Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Hello people, como estão vocês?
Quero agradecer Lika, Ingrid Dixon,
Srta Salvatore Dixon, Isabella, nightshade45, lexa e Elister pelos comentários, fiquei muito feliz mesmo. Adoro receber comentários, e dessa vez eles vieram aos montes, o que fez meu coração de escritora aquecer e fiquei muito feliz mesmo. Obrigada! ♥
Espero que gostem do capítulo, boa leitura, adoro vocês.



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POV Daryl

—Sabe, eu andei pensando e acho que você pode me dizer agora- digo acompanhando o passo apressado de Natasha.

—Não.- ela simplesmente joga a palavra na minha cara, sem nem mesmo virar o olhar para mim.

—Como é que é?- pergunto parando bruscamente e segurando-a pelo braço.

Ela me encara por um instante, e então solta um suspiro.

—Não é como se fosse uma historia legal.- ela desvia o olhar por um segundo, parecendo buscar forças.- Não tem o que ter curiosidade.

—Rick me disse que você teve pesadelos na primeira noite-  digo e elas aos poucos começa a ficar vermelha. Constrangida. –Não estou curioso, Natasha. Estou preocupado.

Ela aperta os olhos nervosa, pela primeira vez em tempos me lembrando que ela é jovem. Quase me sinto culpado por  ter me casado com ela tão jovem. Só quase. Acho que o quanto o sentimento é forte já superou essa coisa de idade. Seja qual ela tenha agora.

—Só confie em mim- peço passando a mão em seu rosto. Ela fecha os olhos por um instante e depois me encara.

Vejo pelo canto do olho que Rick, Michonne e Carl pararam para descansar, a uma distancia que nos dá certa privacidade.

—Eram três caras. Estavam vestidos de policiais e vieram do nada. Eu lutei, mas um deles tinha uma arma de choque e eu acabei inconsciente. – ela para e aperta os lábios – Quando acordei estava no banco da frente de um carro. Houve uma morte, tentaram me estuprar. Matei todos.

—Algum chegou a...?-  não consigo completar a frase, minha garganta fechada em medo e preocupação.

—Não.- ela balança a cabeça e olha para além de mim.- O que me assombra é a possibilidade.  Não se preocupe, não estou mais tão abalada assim.

—Não?- pergunto atordoado

—Não. Agora eu tenho você. E já passou. Só não quero mais falar disso.- e então ela me abraça. Antigamente eu me sentiria desconfortável, mas agora acho que o lugar dela é aqui mesmo, então a aperto contra mim.

Como sempre tudo acaba com um grunhido de um morto qualquer. Me afasto dela e acabo com a coisa, e depois nos reunimos ao resto do grupo para discutir sobre o tal Terminus.

Resolvemos entrar pela lateral, e enterrar as armas extras que conseguimos com aquele grupo de filhos da puta. Natasha acaba cedendo e deixando as armas que geralmente ficam nos coldres de suas coxas e a mochila, que ficou por esse tempo comigo.

—Você não está muito confiante quanto a esse terminus- diz Rick encarando Natasha.

—Não. – responde dando de ombros – Acho arriscado, e acho absurdamente suspeito, mas é onde Maggie e consequentemente Glenn estão indo.

—Se algo der errado, saímos de lá juntos- diz Michonne com uma convicção que me surpreende um pouco.

Seguimos juntos pela lateral do perímetro, tomando cuidado para não chegarmos diretamente na entrada.  Escolhemos um lugar tranquilo  aparentemente sem vigias para pular. Rick ajuda a ultima samurai e Carl a pular.

Natasha começa a dar impulso para se firmar na cerca e eu me adianto para ficar a sua frente e  ajuda-la a pular. Ela para e ri o que me faz franzir a testa.

—Você vai ajudar sua mulher a pular a cerca, Daryl Dixon?- ela arqueia a sobrancelha para mim e poe as mãos na cintura. – Porque eu não vou ajudar o meu homem a pular a cerca nunca.

Eu balanço a cabeça negativamente e rolo os olhos.

—Anda logo- digo e ela usa meu impulso escalando facilmente a cerca e pulando para o outro lado. Sigo-a de perto.

Juntos como um, passamos cuidadosamente por alguns cômodos vazios, até que simplesmente paramos no meio de uma sala lotada de pessoas sentadas pintando. Fico momentaneamente perdido, a cena muito fora da realidade em que vivemos. Eles se assustam e levantam as mãos.

Rick começa com o discurso de negociação e de repente estamos mostrando nossas armas. Coloco a besta no chão e jogo a faca de caça logo em seguida. Os outros fazem o mesmo, Michonne e Natasha relutando bastante em se separar momentaneamente de suas laminas. 

Eles analisam nossas armas e depois entregam de volta. Controlados demais, simpáticos demais. Bons demais.  Não preciso de mais que um olhar trocado com Rick e Natasha para saber que concordam comigo.

Eles nos guiam para a frente, onde encontramos  uma área aberta  e aparentemente vazia. Depois de um corredor finalmente encontramos  o resto deles.

Uma senhora com uma trança enorme nos recebe com sorrisos e gentilezas e reajo ficando ainda mais desconfortável. Sinto meus músculos se retesarem em alerta. Estranho.

Natasha parece focada em outra coisa. A testa está franzida, concentrada, e nem parece ver o prato de carne que a mulher nos oferece. Olho ao redor, procurando o que ela vê e encontro uma armadura policial como as que tínhamos na prisão. Confuso procuro por mais alguma coisa suspeita, encontrando pequenos detalhes. Uma roupa.

Acontece antes que eu consiga comunicar Rick de que tem algo de errado. Em um piscar de olhos Natasha está com uma das saís na garganta de um tal Gareth.

—Onde conseguiu esse relógio? – ela rosna na cara dele, pronta para cortar a cabeça dele fora, ao mesmo tempo em que balança o relógio de Glenn em frente ao rosto dele.

Todos reagimos rapidamente, sacando nossas armas e mirando em diversas  direções.

—É de família.- diz cinicamente o que só faz com que ela rosne.

—É o cacete- ela praticamente grita, o descontrole chegando a ela conforme ela teme pelo melhor amigo.

—Tudo bem, tudo bem querida. Se acalme- ele levanta a mão de uma forma estranha, aberta.

As coisas realmente saem do descontrole no momento em que ele fecha a maldita mão. A desgraça rola solta e tiros descem dos telhados. Xingo alto e puxo a loira pelo lado braço quando vejo que é mais fácil ela ficar e arrancar a cabaça do cara do que fugir.

Corremos sem rumo, desviando dos tiros.

—Não.- Natasha grita sobre os tiros, e não sei bem o que quer dizer. Não o que exatamente?. – Eles estão nos guiando.

—Não temos escolha- grita Rick de volta e sei que está certo.

Continuamos nesse jogo de gato e rato por um tempo até que estamos encurralados.

—Muita calma agora- grita o filho da puta, conhecido como Gareth.- Armas no chão. Isso mesmo, vamos lá. O xerife, o Robin wood, o garoto,  samurai e a garota feroz. Andem.

Meu sangue corre mais rápido, de ódio e de preocupação. Aparentemente é problema atrás de problema. Nunca tem fim.

—Muito bem, agora quero que se virem de costas, mãos para cima.- ele espera que façamos isso. Cerro os dentes de raiva. – Agora um de cada vez vai entrar naquele contêiner ali. Primeiro a samurai.

Ele espera ela entrar, e então continua.

—Você Robin Wood.-quero ficar, brigar e dizer que não saio sem a minha mulher, mas a loira me encara e conversa comigo com os olhos. Entendo.- Vamos antes que eu resolva acabar com a vida do menino.

Vou devagar, forçando cada passo. Ao entrar fico momentaneamente cego com o escuro mas então meus olhos se acostumam e posso enxergar Michonne, e logo depois Glenn, Maggie, Sasha, Bob e alguns desconhecidos.

Fico aliviado por estarem bem, mas não relaxo até que a loira entre. Está claramente irada, fogo saindo pelas ventas. Minha primeira reação é puxa-la para mim, que me abraça de volta por um momento, surpresa por eu ter iniciado, mas logo sai de meus braços. Viu Glenn.

Corre e pula em cima dele, esmagando-o entre os braços e sendo esmagada de volta. Maggie abraça os dois e o abraço triplo transborda carinho. Carl finalmente entra nessa coisa e a porta desce em seguida, nos deixando presos.

O momento de reencontro fica no ar, uns abraçando os outros. Natasha devolve o relógio a Glenn que se emociona. Faço um cumprimento de cabeça para o nosso pessoal que retribui com um sorriso. Bob e Sasha parecem mais próximos.

—Quem são esses?- pergunta Natasha apontando para um trio de desconhecidos.- Cadê a Beth?

—Esses são Abraham, Rosita e Eugenio- responde Glenn- Ajudaram a mim e Beth pela maior parte do tempo, até encontrarmos Maggie, Sasha e Bob. Nos perdemos de Beth próximos a entrada. Um grupo de zumbis nos fez separar, não sei bem o que pode ter acontecido. Achamos que ela iria continuar até aqui, mas até agora nada.

—Tomara que esteja bem- diz a loira se encostando na parede com uma expressão preocupada.

—Tem que estar.- responde Maggie com os olhos fixos no nada enquanto pensa na irmã.

—Temos que sair daqui- é tudo o que Carl diz, é tudo o que precisa dizer.

—É claro que temos, garoto- diz o ruivo, claramente um militar- Só não existe uma maneira.

—Nós vamos sair. Vamos criar uma maneira- responde Rick- Eles não fazem ideia do erro que foi mexer com essa família.

Ninguém discorda.

(...)

Depois da pequena frase de impacto começamos a fazer armas improvisadas, enquanto os que já estavam aqui nos contam o pouco que sabem. Não estamos lidando com um tipo qualquer de loucos, estamos lidando com canibais. Eles querem nos engordar, e como alimento, temos sacas de leite em pó.

Todos hesitam em comer alguma coisa, mas Natasha se abaixa, pega um dos sacos abre e começa a comer.

—Não acho que seja uma boa ideia comer isso e engordar, garota- diz o ruivo, mas ela se limita a dar de ombros.

— Isso é o apocalipse provavelmente não vou ver um negocio desses de novo tão cedo, e não pretendo ficar aqui tempo suficiente para engordar.

—Olha, pensando por esse lado você está certa- murmura Glenn se aproximando e comendo um pouco, seguido de perto por Carl.

Nossas armas são patéticas, mas estamos confiantes. Ouvimos um barulho na porta  ficamos em posição para atacar quem quer esteja ali para abrir a porta. Não chegamos nem perto de fazer isso. Um buraco no teto se abre e uma granada de fumaça e ficamos todos desorientados, próximos a inconsciência.  Sinto mais que vejo Natasha ser puxada para longe de mim. Uma pancada atinge minha nuca e fica tudo escuro.

(...)

Quando minha consciência volta, estou de joelhos, os braços amarrados atrás do corpo. Rick está ao meu lado, e ao lado dele Bob e Glenn, seguidos de outros caras, todos na mesma situação.

Dois homens estão de pé, mexendo em facas e vestidos de açougueiros. Duvido muito que o sangue em seus aventais seja de outra coisa além de humanos.

Gareth entra no cômodo com seu sorriso irônico filho da puta, se achando o dono do mundo. Nos olha de forma superior, e sinto uma vontade absurda de mata-lo.

—Eu soube que vocês tem umas armas escondidas por ai. Onde? Um dos meus olhos disse que viu vocês com uma bolsa.

—No inferno, é onde a bolsa está- rosno e ele desvia o olhar para  mim.

—Você... Robin wood. É um absurdo de fato. Não está em posição para ser marrento, mas ai está.- Ele passa os olhos por nós mais uma vez- não vão falar, tudo bem. Ainda temos a samurai, a garota feroz e o garoto para interrogar. Pode faze-los sangrar.

Um dos açougueiros abre um sorriso enorme e vai em direção ao primeiro da fila. Bate na nuca do cara, e o outro corta a garganta. O sangue jorra na banheira. Gareth ri e nos dá as costas, sumindo porta afora.

O processo vai se repetindo de pessoa em pessoa, e meu desespero vai aumentando gradativamente. Minhas mãos trabalham apressadas na corda, cada vez mais próximas da liberdade, mas não rápidas o suficiente. Chegam em Glenn e meu coração para por um segundo. Trabalho mais rápido, o grandão ergue o  bastão para acertar a cabeça do coreano, mas para no ultimo segundo quando uma explosão o distrai.

Aproveito o momento para terminar de me libertar e me jogo no mais próximo dos dois. Rick de alguma maneira também se levanta e se joga no outro.

Me preocupo com meu adversário. Depois de alguns socos, me concentro no pescoço, usando minhas mãos e força para quebra-lo.

Pego o bastão dele e jogo para Rick, que o usa contra o outro até que este também morre. Soltamos Glenn e Bob e nos armamos com os facões e facas que temos aqui. Poderiamos acabar com a possibilidade deles se transformarem mas queremos caos.

Juntos saímos para descobrir outro caos no corredor. A explosão que ouvimos deixou os moradores dessa porcaria ocupados e nós só temos que atravessar a bagunça até o container A.

 Acabamos com alguns walkers no caminho, assim como com um morador ocasional. Glenn e eu nos esforçamos com a porta, depois de avisarmos que somos nós e após um momento angustiante conseguimos.

O resto da família salta para fora pronto para a ação e me desespero ao não ver os cabelos loiros de minha mulher.

—Natasha?- perguntamos eu e Glenn ao mesmo tempo.

—Foi levada junto com vocês- responde Michonne, também preocupada.

Me preparo para voltar, mas Rick me segura pelo braço.

—Não pode fazer isso- ele grita e sei que é arriscado mas é minha mulher e não estou saindo sem ela.

 Acabo com um walker que avança sobre nós, e me desvencilho pronto para voltar para dentro da estrutura, apenas para dar de cara com uma Carol suja de restos de zumbi, me entregando minha besta.

—Vamos embora- ela grita me puxando pelo braço, mas me recuso e me preparo para uma briga com nosso líder e ela quando Carl grita um “ali” e aponta para frente.

Olho nessa direção e encontro Natasha chutando um cara que é o dobro do tamanho dela para longe e pegando suas saís que até então estavam com ele. Pobre coitado, roubou da pessoa erra.

—Natasha- grito e ela olha em minha direção, logo depois correndo até nós.

—Carol- ela grita com um sorriso logo que está próxima o suficiente para enxerga-la.

Corremos juntos em direção a uma das cercas, pulando em seguida.  A blusa dela está com uma faxa de sangue que inicialmente achei que fosse de outra pessoa mas agora que ainda continua molhada vejo que é dela. Quero parar para perguntar e analisar, mas ela só faz um gesto para continuarmos. Não temos muita escolha.

POV Natasha

A fumaça me deixa parcialmente desorientada, e tudo o que vejo são vultos. Alguém me agarra por trás e  eu me remexo, chutando o ar e esperneando. Mais duas pessoas se juntam e então estou sendo carregada para fora do contêiner. Não vejo o que acontece com meus amigos e isso só me deixa ainda mais atordoada e irada. Chuto a cara de alguém, mas infelizmente não ouço o som de um osso se partindo.

 Resolvo que me remexer é a abordagem errada, então tendo me fazer parar. Me arrastam por alguns corredores e então entramos em um comodo qualquer. Me sentam em uma cadeira, em frente a uma mesa, com um prato de carne no centro, com um garfo e uma face sem ponta.

Os caras que me arrastaram ficam distantes, mas com armas apontadas para minha cabeça. Não entendo nada do que está acontecendo, e olho ao redor em busca de respostas. A mulher de trança longa e branca que nos recebeu a um tempo está parada no canto, com os olhos fixos em mim

—Olá, garota feroz- ela diz saindo de perto da parede e ficando a minha frente.- você deve estar se perguntando o que queremos com você. Sou Mary.

—De fato- respondo, cruzando os braços e a encarando em desafio. Ignoro o apelido ridículo.

—Gareth e eu conversamos a pouco tempo sobre sua chegada e a de seus amigos. Ele te achou particularmente interessante, principalmente porque apontou uma faca para sua garganta.

—Me arrependo bastante disso- digo e ela me lança um sorriso meigo.

—Mesmo?

—Sim. Eu deveria ter feito bem mais.- os olhos dela escurecem de raiva, mas sua áurea de senhora cinicamente boa continua. Tenho vontade de esgana-la.

—Pode se arrepender de palavras como essa- ela diz apertando os olhos  e tirando uma faca da cintura. Me limito a arquear uma sobrancelha, enquanto penso nas possíveis saídas. – De qualquer modo, resolvemos lhe dar uma chance diferente das outras. Pode se juntar a nós.

—Mesmo?- pergunto ironicamente, mais focada em ter uma distração do que qualquer coisa.

—Só precisa aderir ao nosso estilo de vida.- ela faz um gesto indicando o prato com a carne e meu estomago revira de nojo- Só tem que aceitar.

Ótimo, só querem me transformar em uma canibal. Não muito obrigada. Fico absurdamente tentada a responder isso, mas me contenho por um instante. A faca sem ponta é para evitar que eu machuque alguém, mas o garfo ainda tem ponta. Não que eles tenham pensado nisso.

Procuro dentro de mim uma imagem de garotinha assustada. Uso o medo que tenho em relação a vida de meus amigos e deixo transparecer em meu rosto. Não preciso olhar para saber que os caras afrouxaram o aperto nas armas, acreditando na garotinha amedrontada.

—Só preciso fazer isso?- digo com uma voz baixinha e insegura. Ela sorri vitoriosa e se aproxima mais da mesa. Muito bem, idiota.

—Só precisa querer ser uma de nós e protegeremos você de todo o mal.- ela me encara nos olhos.

Ergo minhas mãos de forma hesitante em direção aos talheres. Pego o garfo com a mão tremula, ou aparentemente assim, enquanto seguro a borda da mesa com a outra e no segundo seguinte reajo.  

Uso toda a minha força para virar a mesa em cima da retardada e me jogo sobre o cara mais próximo, derrubando-o no chão enquanto enfio o garfo em seu pescoço. Não tem o efeito de uma faca, mas uso bastante força e ele começa a sufocar com o sangue. O outro corre em nossa direção, apontando a arma para mim, impulsiono os pés e me jogo contra ele fazendo a arma atirar no teto. As coisas ficam bagunçadas, Mary grita por ajuda, mas sua voz é abafada por uma explosão do lado de fora. Consigo a arma, e com um chute jogo o homem para trás. Uso do espaço para atirar acabando com ele.

A velha se joga contra mim, faca em punho, e pulo para trás saindo de seu alcance. Não sou rápida o suficiente e ela arranha minha barriga. Antes que ela possa fazer mais alguma coisa atiro em sua cabeça.

—Posso me livrar do mal sozinha, muito obrigada- digo para os mortos caídos.

Pulo os corpos e corro para fora do cômodo, encontrando a maior bagunça do lado de fora. Atiro em alguns walkers  que vem em minha direção, assim como nos moradores desse inferno, mas logo  estou sem balas. Jogo a arma fora e pego a minha fiel faca de caça que sempre está na minha bota  e me arrasto em direção ao pátio dos contêiner.

 Vejo a distancia o meu pessoal. Daryl e Glenn abrem a porta do contêiner e penso em correr para ajudar, mas pela visão periférica vejo um brutamontes com minhas saís. Ajo mais por instinto do que qualquer coisa, e corro nessa direção.

 Ele é simplesmente patético, então uso minha faca de caça para parar a saí que ele joga contra mim e o chuto no joelho. Em seguida soco seu rosto com força e o derrubo no chão. Puxo minhas saís de suas mãos, me sentindo completa de novo.

 Sem tempo para colocar a faca na bota enfio ela no cinto, onde a outra faca ficava antes de me roubarem ela também nessa bosta de lugar e corro em direção aos meus.

 Daryl recuperou a besta e me da cobertura. Recupero uma ou duas flechas, mas sei que ele perdeu pelo menos duas me ajudando.  Suspiro aliviada ao ver que estão todos bem e ainda mais quando vejo Carol.

—Carol- grito sorrindo e ela sorri de volta. Nos guia em direção a uma parte da cerca e pulamos.

Daryl repara no corte em minha barriga, que diga-se de passagem arde, mas faço com que ignore isso por mais um momento. Um cara tenta me puxar no meio da corrida, mas leva um soco dado por Daryl bem no meio do rosto antes de eu sequer entender o que aconteceu.

Conforme chegamos próximos a cerca recebemos uma cobertura, alguém atira por fora mantando qualquer um que tente nos barrar. Ele me dá o impulso para pular a cerca e pula logo atrás de mim.  Ao pisar do outro lado da cerca encontro Beth, suja da cabeça aos pés com um Ak em mãos.Foi ela quem nos deu cobertura. Sorrio orgulhosa. Maggie da um abraço rápido, mas não tenho tempo de fazer o mesmo.

Corremos para longe. Carol começa a nos guiar para um lugar qualquer, mas Rick pede para pegarmos a bolsa de armas primeiro, que não está longe.

Não é difícil de encontrar, e agora razoavelmente longe da confusão que Terminus- ou inferninho- é, podemos parar, nos abraçar e dividir armas. Abraço Carol apertado, seguida por Daryl e depois me viro para a Grenee mais nova.

—Que bom que está bem- digo dando um abraço rápido em Beth.

—Tive uma amiga durona que me disse que eu conseguiria – diz sorrindo sugestivamente para mim, que só consigo bagunçar seu cabelo já horrível de sujeira, com carinho.

—Temos um lugar para ir- diz Carol e nós simplesmente concordamos.

Estou pronta para seguir na onda, mas Daryl me para e me faz sentar. Dá uma olhada no corte, que não é muito fundo.

—Estou bem- digo observando ele abrir minha mochila, que estava enterrada com as armas e pegar meu kit de costura/ curativos.

—Cala a boca e me deixa cuidar de você- fecho a cara, mas deixo que ele faça o curativo.

Depois disso, seguimos Carol para um lugar qualquer. Rick para na estrada, olha uma daquelas placas ilusórias do terminus e acrescenta um “NÃO” antes da palavra santuário.

No santuary.


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que tenham gostado. Até o proximo



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