Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, aqui estou novamente com mais um pouquinho dessa historia para vocês.
Ingrid Dixon OBRIGADAAAAA você acabou de fazer uma autora ganhar o dia, você não tem noção do quanto é bom receber uma recomendação, principalmente uma recheada de elogios como a sua. Obrigada mesmo, to super feliz aqui. Não se preocupe não vou desistir dessa fic nunca.
A Elister, Lika Trevas, Isabella e Ingrid meus sinceros agradecimentos pelos comentários ( outra parte feliz de uma autora)
Espero que gostem pessoal



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POV Natasha

Sinto mãos me tocando de forma invasiva, meus cabelos sendo puxados e um desespero enorme e então acordo com um grito preso na garganta.  Pisco atordoada, me encontrando sentada naquele carro idiota. Um zumbi bate contra uma das janelas, mas é só.

Passo as mãos pelo rosto, esfregando os olhos e tentado tirar o corpo da sonolência típica. Não é muito difícil, levando em consideração que tive um pesadelo. 

O sol está nascendo então acho melhor seguir em frente. Visto o suporte das saís,  e pego minha nova bolsa que só tem armas dentro, saindo em seguida.

Acabo com o zumbi que anteriormente batia na janela com a faca e dou uma ultima olhada no carro com a cruz branca. Essa porcaria deveria ter aguentado mais antes de acabar a gasolina, mas me trouxe bem ao norte, oque já é alguma coisa.

 Escolho caminhar com os trilhos e fico nisso por quase toda a manhã, parando apenas para conseguir água ou comida. Não sei bem quanto tempo andei, mas em algum momento encontro uma placa estranha. “ Terminus, chegue lá e sobreviva”. Normalmente isso não mudaria nada para mim, mas logo abaixo está escrito “ Glenn, me encontre no terminus – Maggie”, então a coisa muda tudo de figura.

Observo com atenção o mapa e me dou conta de que é só ir para o norte, seguindo os trilhos, que encontrarei o tão santuário,  e pela minha localização nem estou tão longe. Aposto as balinhas que eu não tenho que Glennie já está a caminho, e com nova animação começo a andar mais rapidamente.

Já é quase noite novamente quando resolvo montar acampamento. Ou melhor, fazer um foguinho no mato, porque nem barraca eu tenho.  Não adentro muito, mas saio da parte aberta só por precaução, e logo em seguida vou e busca de lenha para a fogueira.

Ouço passos em algum lugar a minha esquerda e institivamente me escondo atrás de uma arvore qualquer, minha arma destravada pronta para acabar com quer que seja. As vozes ainda chegam até mim de forma abafada e não sei dizer quantas pessoas são. Um segundo angustiante se passa e então um deles passa ao lado de meu tronco e tudo o que faço é levantar a mão e apontar a arma para sua cabeça, que por sua vez para na hora.

—Mãos onde eu possa ver- digo seca, sem conseguir ver o rosto do cara que está - e  as armas de seus amigos no chão.

—Não mesmo- sibila uma voz familiar pra mim, que é a única coisa que me impede de estourar os miolos do cara quando ele tenta se jogar para cima de mim. Eu o chuto para trás, que acaba caindo, e um segundo depois Carl está em meu campo de visão com uma arma aponta para mim.

—Ai cacete- xingo porque é a única coisa que me vem a cabeça, e logo depois estão cercada pelos braços  do garoto. Travo a arma e o abraço de volta, apertando-o entre os braços.  Ele que já estava grande na prisão agora é praticamente do meu tamanho. –Meu deus.

—Tasha- a voz dele está embargada e ele me aperta mais- senti tanto a sua falta.

—Eu também, neném.- digo só porque sei que ele odeia que eu o chame de neném. Ao invés de ficar bravo ele ri e finalmente me solta.  E é ai que eu começo a analisa-lo- Tá machucado?

—Não, estou bem.- ele diz sorrindo para mim. Vejo Mich atrás dele com um sorriso lindo, e então me encaminho até ela abraçando-a também.

Como sempre ele fica desconfortável, mas acaba retribuindo meu abraço.

—Bom te ver inteira, branquela- diz sorrindo- Bom mesmo, Tasha.

—É claro que é , sou uma amiga e tanto- digo brincando e dando um soquinho fraco em seu ombro- Bom te ver também Mich.

Só então me viro para o cara que está jogado no chão, que na verdade é o Rick.

—Eu tinha me esquecido do quão boa você é em se defender- ele diz batendo nas calças para tirar a terra. Solto uma risada pela primeira vez em dois dias e me jogo contra ele, que firma o corpo para me receber.- Que bom que está viva Tasha.

—Eu poderia ter te matado- brigo apertando os braços ao redor dele, o rosto contra seu peito. Ele ri de leve e faz carinho em meu cabelo.- Sumi por um tempão e tudo o que me diz é “ Que bom que está viva Tasha” ?

—O que mais eu poderia dizer?- ele pergunta rindo e eu me afasto um pouco para encara-lo. Ele está péssimo.

—“Fico muito feliz por saber que a luz do grupo ainda está viva, além do que senti muitas saudades de uma das minhas melhores amigas. Nossa Tasha, você fez muita falta” Seria um ótimo começo- digo e ele ri.

—Isso tudo o que disse é verdade.- responde dando de ombros.

—Eu sei-respondo jogando os cabelos para trás teatralmente. Depois paro e encaro-o por um momento- A proposito você tá parecendo um mendigo.

—Obrigado.- responde enquanto assiste eu voltar  a abraçar Carl.

Depois de trocarmos historias, Carl me torturar com o fato de que comeu pudim de chocolate e de fazermos uma fogueira saio para caçar. Não que eles tenham gostado de eu sair sozinho pro meio do mato no escuro, mas eu estou com fome então é o que vamos ter para hoje.

 Odeio caçar a noite, porque tenho que contar mais com a audição do que com a visão, mas eu tinha observado o terreno mais cedo e sei de um lugar estratégico. Depois de uma longa e chata espera, e de um erro, eu finalmente consigo um macaquinho noturno. Tadinho do bichinho. Que ele descanse  em paz no céu dos macacos.

Assamos ele e fica bem visível que eu não era a única com fome. Depois de ter a barriga cheia começo a reparar em pequenos detalhes, e sorrio comigo mesma ao notar os olhares entre Michonne e Rick. Hmmmmm, aprovo esse casal.

Carl dorme comigo, o que faz Michonne  brincar dizendo que ele é um pequeno traidor por estar abandonando-a,  e ele responder que ainda a ama muito. Ela abre o sorriso mais sincero que já vi.

 (...)

Os próximos dois dias seguem uma espécie de rotina: Acordar cedo, seguir os trilhos, acampar.  Estamos na segunda noite, em um acampamento improvisado, a noite quase completa quando ouço a aproximação de um grupo razoavelmente grande.

Faço um movimento qualquer para os outros e em seguida puxo minha arma no coldre. As coisas acontecem muito rapidamente, e tudo o que consigo é apontar a arma para o cara que tenta se aproximar de mim.  As coisas estão naquela guerra de poder, de quem atira primeiro e eu não hesitaria um segundo sequer se não fosse o fato de um gordo aparecer com uma arma apontada para Carl.

Tanto eu, quanto Mich e Rick abaixamos as armas de forma relutante. O gordinho que segura Carl some com ele atrás do carro e meus cabelos se arrepiam de raiva, cientes do que o imbecil pode estar fazendo. As saís aos meus pés me chamam, implorando para fatiar alguém, mas tento manter o controle.

Eu e Rick trocamos olhares desesperados e raivosos e vejo que ele tanto quanto eu está pronto para morrer, se isso pode evitar o que está por vir. Nem sequer preciso olhar para Mich  pra saber que ela está do mesmo modo.

Dois dos idiotas começam a com uma bobagem de meu, e o cara que aparenta ser o líder começa com um discursinho de merda.

—Primeiramente, ela é bonita demais para ser de um de vocês- ele diz andando entre nós. – Tem que ser de todos pelo menos uma vez. Olá, eu sou Joe.

Aperto os olhos em sua direção, segurando um rosnado.

—Joe como o esquilo?- pergunto pensando em como eu adoraria estripar esse esquilo.

—Prefiro que não exista alguma comparação- responde dando de ombros, achando que está no poder. Meus olhos se mantem nele, mas meus ouvidos estão focados em Carl. Nada de ruim ainda, apesar de eu saber que ele está desesperado.- Sabe, vocês parecem ser um grupo legal, e eu normalmente não iria querer a morte de vocês, mas mataram um dos meus e agora quero vingança. Bem, pelo menos de você.

Ele aponta para Rick, que se mantem em um silencio impassível.  O cara próximo de mim não acredita que eu seja difícil de lidar, e já sinto aberturas para mim. A raiva me consome um pouco quando vejo o gordo puxando o meu garoto,  e tenho que tentar controlar a respiração. Grande parte do discuso de merda passa pelos meus ouvidos sem que eu capte nada.

Estou pronta para me jogar no chão e pegar minhas saís, que estão mais perto que as armas de fogo quando ouço passos novos. Me seguro no ultimo segundo, para estacar quando a pessoa que chega é nada mais nada menos que Daryl Dixon. Meu coração para e volta a bater alucinadamente  e quero correr para seus braços. Vejo a surpresa em seus olhos azuis, e força de vontade que ele usa para manter o controle.

—Eu entendo que seja uma divida de sangue- diz Daryl como se soubesse todo o código de morte e vida da máfia, nada bom em negociar – e se é sangue de que precisa pegue o meu. Deixe eles em paz e pegue o meu.

Ele termina o mini discurso com uma pose dramática abrindo os braços e eu mal pisquei já tem um cara em cima dele socando. Meu sangue ferve. Joe diz alguma coisa como “traição”  mas estou pouco ligando para o que ele diz.

Em meio a confusão me aproximo mais de minhas armas, e do nada  um soco vem em minha direção. Paro ele no ultimo segundo com um dos braços, mas a força do soco sobe pelo mesmo. Daryl vê isso e se enfurece, jogando os caras que estavam em cima dele para longe, em uma pancadaria digna de mim. O Daryl Dixon com quem lutei a muito tempo atrás volta e os socos se tornam borrões intensos onde os inimigos gemem de dor e gospem sangue.

Finalmente rolo para minhas armas, pegando minha pistola antes de qualquer coisa, e me apoio no joelho já mirando na cabeça do quem vem em minha direção ao mesmo tempo em que Rick reage  mordendo a garganta do cara que o segura e fazendo o sangue jorrar.

Pego as saís e enfio na barriga do próximo que se aproxima e me levanto seguindo em direção ao Carl ao mesmo tempo em que Michonne me dá cobertura. Daryl se levanta  com as mãos e rosto machucados, mas os inimigos estão acabados no chão.

Puxo o gorducho de cima de Carl e estou pronta para contar sua cabeça fora quando Rick chama minha atenção.

—Ele é meu.- a voz saia arrastada de ódio de uma forma que nunca vi antes, mas não o julgo. Se fosse meu filho eu também iria querer acabar com o filho da puta. Carl é muito importante para mim e entendo o sentimento.

Suspiro aliviada ao notar que o meu garoto está bem, apesar de assutado. Ele vem até mim e me abraça, e o aperto em meus braços. Michonne se aproxima, pronta para o fato de que é a próxima a receber o abraço. Não está errada, pois alguns minutos depois ele se joga nos braços dela e aperta com força.

Me encaminho até Daryl, meus olhos perdidos no oceano profundo que são os dele, e ele me puxa para um abraço forte. Encosta o queixo no topo da minha cabeça e logo depois aspira o cheiro de meu cabelo de uma maneira que me faz tremer. O aperto contra mim, meu rosto esmagado contra seu peito. Juntos de novo.

POV Daryl

Eu estava pronto para partir deixando aqueles filhos da puta, aproveitando que eles estavam ocupados demais vingando a morte de um antigo integrante para se preocuparem comigo, quando ouço uma voz feminina irritada e única dizer a maior idiotice que eu podia imaginar. “Joe como o esquilo?” ela diz.É claro que a retardada a comentar alguma coisa assim tinha que ser a minha loira. Meu corpo todo treme em reconhecimento e eu tenho eu me obrigar a continuar calmo caso contrario eu sairia correndo.

Encontro um cara com uma arma apontada para ela, assim como para Rick e Michonne. Vejo Carl pelo canto de olho.

Tento fazer as coisas pararem, e o mínimo de dano possível mas não funciona muito bem. Em meio a pancadaria vejo um vagabundo tentando um soco na minha mulher e minha reação é instantânea. O ódio ferve por todo o meu corpo e eu perco o controle, enxergando apenas vermelho.

Quando a raiva finalmente passa vejo que os desgraçados estão no chão, mortos.  Tasha está mais a frente, uma saí em cada mão enquanto ela abraça um Carl abalado.

Rick espanca o gordo vagabundo que tentou contra seu filho. Michonne parece abalada e recebe Carl nos braços como uma mãe receberia.

Meus olhos encontram os verdes que me fazem perder a noção de tudo e ficam presos neles por um instante, antes de finalmente abraça-la. Inspiro seu cheiro, me deliciando com a sensação de familiaridade.

Depois de um momento eu saio gentilmente de seus braços e ela me dá um sorrisinho, sabendo que eu só fiz isso para puxa-la para um beijo. É o que faço.

Depois disso ela se afasta suavemente e  começa a analisar meus machucados.  Arranja um pano sei lá de onde e me puxa para baixo de modo que ela alcance meu rosto e possa limpar. Depois de um momento me libera

—Vai lá dar uma ajuda ao Rick – diz como se eu fosse a pessoa mais indicada para dar conselhos e some dentro de um dos carros para ficar com  a ultima samurai e Carl.

Ando hesitante até Rick e me sento no chão ao seu lado. Ele parece descontrolado, com sangue por todo o rosto. Estendo a garrafinha de agua e o pano para ele.

—Melhor se limpar.- digo sério, mas ele apenas dá de ombros.

—Melhor guardar para beber -responde convicto porem com um olhar vazio.

—Você não pode ver, mas eles podem- digo forçando as coisas sem suas mãos. Ele aceita relutante.

Ficamos em silencio por um momento.

—Ele... Ele vai sentir medo de mim. Fui um mostro descontrolado.

—Não. Fez o que tinha que fazer para proteger sua família. Não tem que ter vergonha disso. Todos nós temos marcas que o apocalipse nos deu. Você não é diferente, ninguém é.

—Não sei se posso viver com o olhar de desprezo de meu filho.

—Não vai ter. Só tem que dar um tempo a ele. É o homem mais honrado que conheci. Vai dar tudo certo.

—Nunca disso antes, mas vou dizer agora, você é meu braço direito. É como um irmão para mim.

—Que bom- digo por fim, me dando conta de que sinto o mesmo.- Você é um irmão para mim.

Me livro dos corpos, pegando todas as armas e colocando na bolsa de Natasha, que fica cheia. Vou ter que perguntar o que aconteceu nesse meio tempo em que ficamos separados. Depois de limpo, arrumamos o lugar e passamos a noite dentro do carro.

Sinto um alivio absurdo quando sinto o peso dela sobre meu ombro enquanto ela cai no sono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, foi feito com carinho. Gente eu já não estou me aguentando de saudades de TWD, sério. Só com a proximidade meio distante do primeiro ep da nova temporada eu já to sentindo tudo kkkkk. Acho que vou chorar bastante.
Voltando, e então, o que acharam desse capitulo? Espero vocês no proximo
Ah, desculpem qualquer erro, e se encontrarem algum, me avisem, ok? Beijinhos



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