Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Andy Hide, Elister, e Lika Trevas pelos comentários ♥
Boa leitura pessoal



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POV Daryl

Sinto quando ela se move, mesmo que seja minimamente. Com cuidado ela começa a passar por cima de mim para sair da cama e eu a seguro pela cintura e giro nossos corpos.  Ela ri divertida quando prenso seu corpo contra o colchão e beijo seu pescoço.

—Belo modo de acordar, Daryl Dixon- brinca movendo a bochecha contra a minha- Adoro sua barba assim, por fazer.

—Mesmo?- pergunto com um sorriso estampado nos lábios, enquanto me movo de modo que  passe minha barba contra seu pescoço. Ela geme baixinho e adoro o som.

—Temos que levantar, caipira- diz com a voz rouca.

—Temos cortina agora, loira- respondo antes de tomar seus lábios para mim. Ela corresponde imediatamente, e passa os braços pelo meu pescoço, puxando meus cabelos de leve.

—E está todo mundo acordado e começando a trabalhar.- responde ofegante quando finalmente me afasto. Faz carinho em meu rosto e não sei como reagir a isso. Saio de cima dela e me sento, sendo seguido  logo depois.

Observo enquanto ela  amarra os cabelos, veste o suporte com as saís e antes que  se abaixe para calçar as botas a puxo para mim novamente, colocando-a em meu colo. Lembro da briga no dia anterior e me sinto mal.

—O que foi?- pergunta se segurando em meus ombros.

—Nada- respondo desviando do assunto, e ela dá de ombros.

—Sabe, agora temos poucos espelhos, mas acho que é melhor eu já te avisar: seu olho está roxo- diz e depois morde os lábios.

—Você e esses socos- digo meio divertido, apertando sua cintura- Está muito ruim?

—Ah, você mereceu- diz dando de ombros e se inclinando para apoiar a testa em meu ombro- Nem tanto. Continua o caçador sexy de sempre, só com o olho roxo.

—Caçador sexy, é?

—Você também me acha muito sexy que eu sei. Ontem mesmo deu um jeito de pregar a cortina, só porque me quer sempre. – diz dando uma mordida em meu pescoço e depois se levantando.- vou indo na frente, tenho que conversar com a Maggie.

—OK. – respondo assistindo ela calçar as botas apressadamente. Sem ligar muito abaixo e começo a calçar meus próprios calçados.

—Mas que droga.- estou terminando quando ouço ela praguejar. Levanto o olhar para  a porta e a encontro presa na cortina. Sem conseguir controlar começo a rir.

—Parece que tem alguém enrolada?- brinco me levantando para ir ajuda-la. A cortina se enrolou no suporte de suas saís quando ela foi passar, e consequentemente nela, que está toda presa.

Começo a ajuda-la a se desenrolar, e tiro primeiro sua cabeça, ela me encara irritada e eu simplesmente não consigo tirar o sorriso da cara. O que essa mulher faz comigo? Esta toda sexy com o cabelo bagunçado caindo no rosto e uma expressão brava me vê sorrindo e acaba por sorrir também.

—Adorei você assim- digo me afastando um pouco- Presa e só com a cabeça  de fora. Nada de problemas, de sair por ai só com o coreano.

—HAHA, muito engraçado Daryl- responde rolando os olhos e começando a se movimentar para sair. Vou até ela e ajudo.

—Yeah, 1 Natasha 0 para a  cortina- diz sorrindo quando finalmente se solta. Me lança uma piscadinha e some  para fora.

Balanço a cabeça divertido e saio depois. Rick me para próximo ao refeitório e me diz tudo o que eu já sabia. Concordo com a cabeça, e me dou conta de que não tenho tanta raiva mais. Eu estava preocupado e muita coisa se juntou no dia anterior... Mesmo assim,  eu adoraria que ele não ficasse não próximo dela.

No refeitório encontro a loira sentada ao lado de Maggie e Glenn e depois rola o os olhos parecendo ansiosa com algo.  Michonne aparece e se senta ao lado da loira para a surpresa geral e então a loira abre um sorriso enorme que me faz arquear a sobrancelha.

Carol me para quando estou caminhando até lá e avisa que a carne acabou e sei que vou ter que ir caçar. Conseguir carne para tanta gente é cada vez mais difícil e agradeço mentalmente por ter Natasha como caçadora também, apesar de que nunca vou dizer isso a ela. Concordo com a cabeça e deixo que me fale do deposito de alimentos.

Quando está finalmente acaba, Tasha sumiu.  Olho ao redor meio frustrado, porque tenho que discutir sobre a caça com ela, mas Carol me pede ajuda com algo no deposito, então vou.

Estamos quase chegando lá quando noto uma aglomeração. Não sei porque, mas algo me diz que Natasha está no meio, então é para lá que vou.

 Encontro a mesma treinando com Michonne, as Saís encontrando com a Katana da outra em uma velocidade absurda. A loira sorri, se divertindo e adorando tudo isso, fazendo os movimentos  com perfeição, me hipnotizando. Me lembra uma guerreira, ao mesmo tempo que me lembra a maquina de matar que é como os zumbis. E por mais contraditório que seja, me lembra de uma garotinha também.

Michonne tem muita habilidade também,  e as duas ficam nisso por um tempo. Ouço Carl apostar na ultima samurai, e Rick concordar em um aceno. Glenn aparece  e aposta em Natasha, e não tenho a menor duvida de que a minha loira vai ganhar.

Dito e feito. Em um movimento estudado, ela usa as duas saís com rapidez e desarma a oponente. As duas começam a rir logo que acaba, e então os olhos verdes encontram os meus. Me lança um sorriso cheio de vida, e uma piscadinha.

Balanço a cabeça em negação e vou em direção ao deposito com Carol.

(...)

Mais tarde, no almoço, finalmente converso com ela e decidimos por sair logo em uma caçada.  Almoçamos com os outros e vamos.

—Vi a luta- comento quando estamos entrando na floresta.

—Sou um máximo, né?- responde toda orgulhosa, e balanço a cabeça negativamente.

—Me lembro de ter feito esses planos antes de enfrentarmos o Governador.- digo e ela sorri de lado.

—Sim. Ah, por falar nisso, a Mich vai sair para procurar pelo maldito- diz séria e sua voz parece preocupada.

Paro e me viro para encara-la.

—A ultima samurai sabe se virar, Tasha- digo sem perceber que uso o maldito apelido. Quando me dou conta é tarde demais e ela está com um sorriso enorme no rosto.

—Você disse Tasha- acusa rindo, e para minha surpresa me abraça.

—Não disse.

—Disse sim, bobão.- responde sem me soltar- Que tal usar esses braços fortes para me abraçar de volta?

Fico sem reação sem por um momento, sem saber como faze-lo. Ela se afasta e me sinto culpado por não conseguir retribuir o carinho.

—Tudo bem, tudo bem,  você não gosta de abraços.- diz dando de ombros- OK, vou ter que perguntar.

—Pergunte, criatura.

—Você vai atrás dele também?- pergunta me encarando séria. Isso nem tinha me passado pela cabeça.

—Quero o maldito morto, tanto quanto Michonne, mas não, não penso em ir.- e me dou conta, que não penso por causa dela. Desse pessoal que precisa de mim. Ela sorri, e pega uma das facas de  caça que sempre tem no cinto.

—Então vamos caçar, gracinha.

(...)

Estamos caçando a um bom tempo, em uma espécie de competição que ela sempre faz. Está com vários esquilos e coelhos amarrados as costas, e os olhos atentos na mata. Não estou muito diferente, com uma quantidade igualmente grande. Faço as contas mentalmente e acredito que  seja o suficiente para a janta de hoje, e almoço de amanhã.

Começo a ouvir grunhidos, e em seguida uma voz exaltada. Encaro Natasha e em um acordo mudo que aprendemos a ter desde que começamos a caçar juntos corremos em direção ao som. Estamos indo em direção a estrada, me dou conta.

Um rapaz jovem lutam com alguns errantes próximo a um carro com as portas abertas, está desesperado e sem pensar muito miro a besta e começo a atirar. Natasha tira as Saís do suporte, e reage com rapidez, matando alguns deles em uma dança fluida. A máquina de sempre.

—Quem é você?- pergunto secamente, virando a mira para o rapaz ao mesmo tempo  em que ela vira as saís para ele.

—Muito obrigado- murmura sem parar, parecendo não processar a pergunta.

—Quem é você?- pergunto ameaçando ainda mais com a besta quando ele ameaça se aproximar de Natasha.

—Zack- diz por fim, a voz tremula.

—Quais as perguntas que Rick sugeriu mesmo?- pergunta Natasha sem deixar de encarar o garoto e busco em minha memoria uma conversa qualquer.

—Quando zumbis já matou?- pergunto me lembrando, e ela concorda com a cabeça, parecendo se lembrar também.

—Uns 20, não sei bem.- responde confuso.

—Quantos homens já matou?

—Nenhum – responde atordoado.

—Por quê?- pergunta ela, tomando a frente.

—Porque ninguém nunca tentou me fazer mal?- responde com tom de pergunta.

—Certo. Temos um grupo, um lugar seguro. Podemos te acolher- digo meio a contra gosto. O garoto deve ter o que? Vinte anos? Idade ideal para loira.

—Mesmo?- pergunta maravilhado.

—Sim- responde Natasha, abaixando as saís quando eu abaixo a besta. – Mas faça uma alguma besteira com alguém de bem, e corto seu pescoço.

—Desse jeito  o guri nem vai querer ir- digo divertido.

—Bobo dele se não quiser- responde dando de ombros.

—Quero sim, por favor.- diz suplicante- ela está certa em defender os dela.

—Claro que estou- responde sorrindo.- Sou Natasha Wayland e ele É Daryl Dixon.

—Muito prazer, é um prazer conhece-los.

—Tanto faz- Respondo pegando a parte de esquilos que caiu das costas da loira. –Vamos embora.

Ai desse garoto se ele se aproximar demais dessa loira, digo vendo-o começar a contar sua historia a ela. Ai dele.

(...)

Estamos no refeitório discutindo algumas coisas quando Rick joga a bomba de não querer mais ser o líder. Para mim isso não vai funcionar muito bem, porque o cara é único que aceitei seguir, e não me vejo abaixando a cabeça para qualquer um.

—Precisamos de um novo líder então.- diz Carol com simplicidade- Eu voto no Daryl.

Algumas pessoas concordam. Fico totalmente desconfortável e nego com a cabeça.

—Não sou o tipo que lidera- deixo bem claro, encarando o pessoal da mesa, que consiste em Rick, Hershel, Maggie, Glenn, Natasha e Carol.

—A Natasha então- Diz então- Ou o Hershel.

A loira arregala os olhos pega de surpresa e franze a testa.

—Por que um líder só?- pergunta se recuperando.- Por que não fazemos tipo um grupo que lidera, com alguém para representar cada parte Segurança, saída, arrumação, essas coisas todas.  Hershel  lida bem com todo mundo, Daryl lidera as saídas, Carol coordena as refeições, Glenn ajuda a líder.

—É uma ótima ideia, Tasha- diz Maggie animada.

—Nesse caso você tem que estar no meio também- avisa Hershel com um sorriso sereno.

—Tudo o que eu poderia liderar, Daryl já faz.- responde dando de ombros. –Não precisam de mais de um.

—Você e Daryl se entendem- argumenta Maggie- Acho que flui melhor assim, Tasha.

—Vocês que sabem, mas eu provavelmente vou ajudar em vários nada.

As coisas se arranjam conforme conversamos, e decidimos algumas melhorias para a prisão. Alguém dá  a ideia de chamar de concelho, mas não dou a mínima para o nome disso.

 Estou de saída, pronto para ir para minha cela, quando sinto um cutucão de Natasha.

—Que é?- pergunto

—Rick tirou a arma de Carl, e ele está meio mal- diz com os olhos fixos no garoto sentado ao lado de Beth. Rick vai até eles, pega Bravinha no colo, e o garoto nem levanta os olhos para o pai. 

Ele passa com a menininha nos braços e murmura um boa noite para nós, parecendo contrariado com a reação do filho.

—E..?- pergunto confuso.

—Vou até lá conversar com ele- avisa e me lança um sorrisinho – Te encontro la no quarto depois.

—Quarto?

—Cela é um nome muito feio. Me sinto uma criminosa ruim.

—Criminosa ruim?

—Ah, se fosse uma das boas não teria sido presa, né?- diz e então se vira  e  vai em direção ao garoto. Assisto ele ignorar ela por um momento, e então ela abaixa seu chapéu com um tapa, e se senta ao lado dele. Beth dá um sorrisinho para os dois e sai em direção ao nosso bloco.

Dou de ombros, e vou também. No meio do caminho uma mulher que nunca vi antes, me para e começa a agradecer por acolhe-los aqui, conta que é de Woddbury e seilá mais o que, e só consigo pensar que não tenho nada haver com isso. Concordo com a cabeça vez ou outra, e então ela me para. Mas que cacete.

—Oi- Diz Natasha brotando do nada e franzindo a testa para a mulher.

—Oi- responde sem graça e olho confusa para a coisa toda.

—Ei, Daryl, amanhã vamos caçar de novo?- pergunta a loira ignorando totalmente e começando a andar. Sigo-a imediatamente, aliviado por um motivo para me livrar da mulher.

—Amanhã de manhã vamos ver com Carol e sondar os estoques. Agora somos mais que antes- respondo me aproximando mais dela.

Ela se mantem em silencio até que estamos na cela.

—Como o Carl está?- pergunto porque esse silencio está estranho.

—Quem diabos é aquela mulher?- meio que rosna e olho confuso

—Não faço ideia- respondo me sentando na cama e tirando os sapatos. Ela bufa baixinho e tira as botas com o pé.

—Sei.

—Sabe o que?

—Estava sendo todo educado com ela.

—Loira, eu não estava nem respondendo a mulher- digo confuso.

—Ridículo- diz com a cara fechada, e me levanto para encara-la de frente.

—Qual o maldito problema?

—Problema? Problema nenhum.- responde e para mim parece que tem problema sim. Estou prestes a falar isso quando ela simplesmente me puxa pela ponta do colete e se levanta nas pontas dos pés me beijando.

Me inclino para que ela me alcance melhor e passo os braços por sua cintura, levantando-a e trazendo mais para mim. Ela se apoia em meus ombros e prende as pernas em minha cintura.

—Vamos aproveitar a tal cortina- diz  contra meu ouvido, me mordendo em seguida.

Não penso em mais nada. Não sei de mais nada. Apocalipse? Que apocalipse?


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Notas finais do capítulo

O que acharam?