Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como vocês estão? Quero agradecer os comentarios Andy Hide, Elister e Lika Trevas fiquei muito feliz por vocês comentarem. Ao pessoal que comentava antes, mas que parou, tem algo errado? Eu gostaria de saber opiniões sabe?
Boa leitura queridos ;)



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Pov Daryl

Observo a loira sentada na parede oposta a minha, amarrando os cabelos.

—Nunca matou ninguém, não é?- pergunto por fim. Ela solta um suspiro pesado e concorda com a cabeça.

—Deveria ter ido com Beth e os outros- digo frustrado. Ela estar aqui, em linha de frente só me enche de preocupação e isso é uma merda.

—Estou exatamente onde deveria estar- diz com a voz firme. Balanço a cabeça e me sento ao seu lado. – Tem medo que eu não consiga fazer não é?

—Sim.- concordo  e ela suspira novamente.

—Se tiver que fazer, vou fazer. Não vou hesitar.- se move para poder me encarar e faço o mesmo, ficando de frente para ela- Entre minha vida, ou a de vocês, que agora são minha família, e a deles, escolho a nossa sem piscar.

—Não foi assim com a última samurai- acuso.

—É diferente- diz de forma explicativa e olho para ela questionador- Aquilo séria nós mandando-a para a morte. Isso somos nós nos defendendo.

—Faz sentido.

—Eu sei que faz- me lança uma piscadela e deita a cabeça em meu ombro. A envolvo como sempre e ficamos assim por horas.

Ouço a distância passos em grande quantidade e faço sinal para que fique pronta. Ambos nos levantamos, ela arruma o suporte nas costas e empunha a Ak. Assim, com os cabelos amarrados,  as Saís nas costas, duas facas no cinto, uma pistola no coldre da perna e a Ak em mãos parece uma guerreira daqueles filmes retardados, e só consigo acha-la ainda mais bonita.

Ajeito minha própria arma e juntos esperamos. Ouvimos ordens gritadas, passos vacilantes e então o pânico conforme a horda vai até eles. Saímos ao mesmo tempo  quando Rick lança a primeira granada e começamos o tiroteio. Deixo meu corpo um pouco a frente do dela, em proteção, e seguimos com o plano.

Apavorados, os homens do governador correm para fora. Fazemos com que continuem e conforme recuam, nós avançamos para que não voltem. Maggie, Carol e Glenn começam a atirar também e todos fogem.

—Vamos acabar com isso de vez- grito para Rick e decidimos ir atrás deles em Woddbury.

Novamente, para minha raiva, Natasha está na linha de frente.  Está na moto comigo, com a pose de dona do próprio nariz e guerreira matadora de sempre, os olhos atentos na estrada.

—Daryl pare- pede e paro bruscamente ao ver o que ela viu.  Os caminhões do governador estão parados. O carro de Rick onde os outros estão para logo atrás.

Descemos todos ao mesmo tempo, com as armas já em punho e damos de cara com uma cena de matança. Todas as pessoas que a poucos momentos estavam atacando nossa prisão estão agora no chão, algumas já transformadas em zumbis.

Natasha e Glenn levantam as armas e começam a mirar. Com um aceno geral, acabamos com os poucos transformados. Uma mulher bate no vidro do caminhão e vejo Natasha dar um pulo e erguer a arma em direção a mulher.

Ela nos conta, atordoada e com medo, o que aconteceu. Que o governador surtou e atirou em todo mundo, que só escapou porque se jogou no chão a tempo e que se escondeu embaixo de um morto.

—Eu avisei- diz Natasha dando de ombros- O cara é louco.

Ninguém discorda. Descobrimos também sobre Andrea e vamos para Wodburry em busca de respostas.

Assisto a tal Karen acalmar os dois que estavam de guarda, contar o que aconteceu, e então entramos.

Encontramos Andrea onde Glenn e Maggie estavam antes. Infelizmente, tarde demais. Está mordida, já em febre. Pede para ela mesma cuidar disso, Michonne fica com ela, e sinto Natasha ficar desconfortável. Maggie tem lágrimas silenciosas descendo pelas bochechas, e o clima é pesado.

Ignoro todos os avisos de meu cérebro sobre contato físico e puxo Natasha para perto. Ela encosta a cabeça em mim como sempre . O barulho do tiro é um baque para todos nós.

Começa a conversa sobre levar as crianças e velhos, e acaba que existe concordância. Enquanto todos se espalham juntando os cidadãos que querem ir conosco, Natasha começa a sair em outra direção.

—Ei Natasha- chamo ao mesmo tempo que Glenn.

O coreano dá de ombros quando olho para ele com a testa franzida.

—O que?

—Pra onde vai?- pergunto caminhando em sua direção.

—Despensa- responde- Arsenal.

—Pra que?- pergunto agora de frente para ela.

—Estamos levando as pessoas, e teremos que alimanta-los- responde dando de ombros- Então estou indo pegar a comida e as armas. Vai me ajudar?

—Claro- concordo, admitindo que não pensaríamos nisso, mas que era necessário.

Glenn que estava por perto faz um joinha e corre para o lado oposto.

Pegamos um caminhão e começamos a colocar coisas nele, carregar é cansativo, mas pegamos só o principal. Em algum momento Glenn e Maggie se juntam ao trabalho avisando que os moradores estão acomodados em um ônibus.

—De quem foi a ideia?- pergunta Rick aparecendo na porta, quando já estamos no final do carregamento do caminhão. Não pegamos toda a comida, mas o suficiente.

—Da Natasha- respondo colocando mais uma caixa no caminhão, e me viro para ver ela sair do arsenal parecendo uma  vendedora ambulante,  com duas mochilas com armas e munição

—Nem eram tantas- diz – acho que a maioria foi usada no ataque.

—Garota, quer a liderança do grupo?- brinca Rick bagunçando os cabelos dela depois de ter pego uma mochila e jogando no caminhão.

Um mostrinho rosna em meu peito incomodado com a proximidade de Rick e Natasha.

—Sim. E vou liderar com muito mais diversão que você- brinca de volta.

—Não duvido nada- diz Rick –Quais são seus planos?

—Macarrão ao molho de tomate as sextas, sorvete de chocolate aos domingos, Bravinha crescendo como uma princesa guerreira cheia de glitter vermelho, Glenn voltando a entregar pizza e Hershel e Maggie plantando algumas coisinhas para nós. Ah, e claro andar de patins pela prisão.

—Ótimo plano- responde com uma risada.

—Ser entregador de pizza nunca pareceu uma realidade tão boa- brinca o coreano.

—E você vai entregar minha pizza primeiro, porque vou ser a líder fodona da gangue- diz brincando e dando um tapinha no ombro do amigo.

—Certo maluca- digo pegando-a pelo cotovelo- Vamos embora.

—Você vai ser meu caçador particular, não pense que esqueci de você- ainda brinca e me limito a balançar a cabeça negativamente.

Glenn assume o caminhão, alguém pega o carro que vieram os de nosso grupo, um tal de Tyresse  dirige o ônibus e não presto atenção no que mais é decidido, já que sei que Natasha vai comigo e é o que importa.

Quando chegamos o resto do grupo já está de volta e fico aliviado. Natasha se afasta de mim para abraçar Carl, Beth e Hershel.

Ouço o velho contando que Carl executou um menino, e entendo que é difícil para o garoto, esse mundo novo, onde tudo de ruim acontece. Rick, o velho e Carol ficam responsáveis por instalar os novos habitantes, e fica decidido que o bloco C vai ser só nosso, por segurança. Usamos o bloco D, que estava limpo para os prisioneiros, para os novatos, e apenas Michonne acaba no nosso, não sei bem o porquê.

—Eu sei o que está acontecendo- diz Glenn quando estamos arrumando umas coisas no bloco D-  está com Tasha.

Não nego nem concordo, mas isso não o intimida. Ele continua a falar

—Mais uma palavra sobre isso e enfio uma flecha no seu pescoço- aviso e ele me lança um sorriso amarelo.- Se quer me ameaçar com algum blablabla de não a magoe faça logo.

—Eu te daria um tiro- diz com um dar de ombros- Não posso num mano a mano com você, não sou burro. Mas a Tasha pode, e se você pisar na bola com ela duvido que meu tiro seja necessário. Ela te corta em pedacinhos com as saís e te joga como ração para os errantes.

Concordo porque sei que ela faria. A mulher é fogo.

Estou em pé no meio do bloco C  arrumando minha besta quando a loira maluca resolve dar o ar de sua presença novamente, pulando em minhas costas se aproveitando da falta da besta. Me seguro no ultimo segundo e coloco a besta em cima da mesa de qualquer jeito para  poder segurar suas coxas e firma-la.

—Sentiu minha falta, Daryl Dixon? –pergunta em meu ouvido e acabo sorrindo aproveitando que ela não pode ver.

—nem um pouco.- digo só para irrita-la.

—Sei- responde se soltando de mim e indo para o chão- Estou acabada.

—Eu sei- digo com sinceridade pegando minha besta de volta- todos estamos.

O resto de nós vai chegando e se acomodando em suas próprias celas. O nosso portão acaba trancado por precaução, e acho uma boa ideia.

Ela sobe as escadas a minha frente e entra em sua cela. Fico parado onde uma vez foi meu poleiro e olho para onde ela sumiu. Não quero ficar separado dela, mas não quero invadir seu espaço, nem forçar uma relação, e muito menos ficar preso em uma gaiola.

Uma cabeleira loira aparece na porta da cela, e arqueia a sobrancelha para mim.

—O que está fazendo?- pergunta me encarando.

—Indo para o poleiro.- respondo dando de ombros.

—Quer mesmo ir para o poleiro?- pergunta cruzando os braços e se encostando na parede.

—Tenho outra opção?- pergunto me aproximando dela. Ela ergue a cabeça para poder me encarar direito e sorri.

—Divido minha cela com você- diz em um sussurro provocante- Sou uma boa pessoa.

—É claro que é- digo antes de puxa-la para um beijo.

Acabo ficando, deitamos os dois em uma cama só, e ela parece hesitante em se aproximar. É a primeira vez que a vejo hesitar em fazer algo. Puxo- a para perto e ela me lança um sorriso, acomodando-se melhor a mim, e colocando a cabeça em meu peito.

—Já vou avisar que rolo durante a noite- diz entre um bocejo.

—Eu sei.- confesso e ela me olha surpresa.

—Reparava em mim dormindo, caipira?

Não respondo, mas não preciso. Ela se ergue me dá um selinho, coisa que nunca me imaginei fazendo ou recebendo, mas me pego gostando porque representa carinho e isso é algo que não sou acostumado a receber e descubro gostar.

—Boa noite loira- digo por fim.

—Boa noite caipira- diz se acomodando novamente- Ah, e eu sei que você me chamou de Tasha hoje cedo.

—Ache o que quiser.

—Sempre- responde me dando um beliscão na barriga e rindo baixo.

Estamos tão cansados que não demoramos a dormir, e ali sentindo seu calor, com ela em meus braços,  descubro que prefiro a gaiola. Que se dane o poleiro.


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Notas finais do capítulo

E então? Que tal? Algum fantasminha anima a aparecer? Prometo que não jogo sal em vocês ( e só em vocês, os outros não tem chance)
Beijinhos