Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee... e isso lá é hora de postar? Bem, ficou pronto, então por que não?
Quero agradecer Lika Trevas,Elister, Padawan e lescheibel pelos comentários que me deixaram super feliz.
Espero que gostem. Boa leitura



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POV Natasha

Depois do nascimento de Bravinha, todos  mudamos um pouco a rotina. Rick demorou um pouco para aceita-la, e quando ele finalmente veio atrás da filha foi bem bonito. Beth assumiu para si a responsabilidade de cuidar da pequena, mas todos nós temos nossos momentos com ela. Como Daryl disse, a menina é uma pequena guerreira. Agora ela tem nome, Judith, mas Bravinha é bem mais usado.

—Vamos em busca de mantimentos- avisa Glenn se sentando ao meu lado.- Eu e Maggie vamos na cidadezinha perto daqui.

—Boa sorte, coreano.- respondo sorrindo- trás minha amiga de volta.

—Ué, pelo que eu sei o seu amigo aqui sou eu- brinca colocando a cabeça em meu ombro.

—Os dois são, não precisa ficar com ciúmes- ele  concorda e se levanta.- Adorei você deixar o boné de lado.

—Juízo enquanto eu estou fora-diz e some porta afora.

Pouco tempo depois Maggie para ao meu lado, e avisa também.

—Acho uma gracinha vocês me avisarem que vão sair.- comento enquanto me levanto.

—Se não avisarmos você ranca nossas tripas e dá de presente para os zumbis- diz rindo- Aproveite o tempo sem mim e o Glenn para ficar com seu caçador.

Com uma piscadinha some atrás do namorado. Balançando a cabeça vou procurar algo para fazer.  Passo por Beth, dou um beijo na cabecinha de Judy  e vou para o deposito.

Estou distraída mexendo em umas caixas  que tem lanternas, pilhas, e mais umas coisas da própria prisão quando sinto alguém se aproximar, e sem parar para pensar saco minhas saís me virando para descobrir que estou apontando-as para Daryl.

—Quer me matar, maluca?- pergunta com um meio sorriso maldito que me seduz. É como se não quisesse sorrir mas fizesse mesmo assim.

—Sim, pode ter certeza- respondo  guardando as armas no suporte de novo.

Volto minha atenção as caixas, mas ele me puxa pela cintura. Me viro para ele e estamos cara a cara.

—E porque quer me matar?

—Porque é um idiota- digo e levo minha mão a sua nuca, puxando- o para mim.  Ele nos gira e me prensa na parede, o que faz com que eu sorria entre o beijo.

Nos últimos dias Daryl aparentemente parou de se importar com o lance de idade, e estamos mais próximos. Continua sendo tudo e nada, mas mesmo antes do fim do mundo não fui alguém de rótulos e estou confortável com a relação estranha que temos.

Sinto-o procurar uma brecha em minha blusa, e quando suas mãos entram em contato com minha pele tenho que segurar um suspiro. Procuro espaço em sua camisa também e arranho suas costas instintivamente. Ele rosna em meu ouvido e beija meu pescoço o que só faz com que eu amoleça em seus braços. Estamos mais intensos do que normalmente,  avançando mais e tenho que admitir que não tenho vontade de parar.

Separamo-nos em um pulo quando ouvimos passos no corredor. Passo as mãos pelo rosto e  estou amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo quando Rick entra.

—Aqui estão vocês. Vamos terminar de limpar a parte de baixo do lado leste- chama já se virando. Faço uma careta, pois foi ali que T-Dog e Carol entraram tentando fugir.  Foi ali também que Daryl encontrou Carol. É idiotice, a cena dele carregando ela nos braços ficou viva em minha memoria, mas apesar disso não me sinto nem de longe ameaçada pela presença dela, pois sei que a relação deles não é como a nossa, seja lá como essa for. Além disso, ela se aproximou de Axel.

É bem tranquilo e acho que tem haver com o surto de Rick, que passou um bom tempo limpando por esses lados.

—Acho que precisamos tentar arrumar o sistema de eletrificação – diz Rick e olho para ele com cara de paisagem.

—Não sei nada sobre esse tipo de coisa- aviso séria.

—Oscar sabe. Mas não queria deixar ele sozinho por lá.

— O que espera?- pergunta Daryl, enquanto avança calmamente com sua besta.

—Que um de vocês fique por lá.

—Eu vou- avisa o caipira antes que eu sequer possa processar o que o xerife acabou de falar.

—Eu precisava de você na arrumação de umas cercas- diz Rick e Daryl olha para ele irritado.

—Tudo bem- me pronuncio por fim, passando a mão casualmente pelo braço musculoso de Daryl com a intenção de acabar com qualquer irritação.- Eu fico, não tenho nada para fazer mesmo.

—Acho que é idiotice deixar uma mulher sozinha com o cara.

—Sei me cuidar, Dixon. Além disso vou estar armada.- aponto os fatos e percebo que Rick se sente desconfortável em me pedir isso- Relaxem.

—Sem chance. - rosna Daryl parando  bruscamente. Vejo Rick arquear a sobrancelha e olhar para nós dois com uma olhar diferente, como se visse algo novo.

—É mesmo uma gracinha sua preocupação, mas está tudo bem. Vou lá chamar o cara.- digo e já viro as costas para ambos.

O resto da manhã passa lentamente, enquanto faço vários nada e Oscar arruma os sistemas. Ficar de babá é bem chato, mas tudo ocorre bem.

—Ei- chama Carol parada na porta- precisam de você lá em cima.

—Algum problema?- pergunto me levantando e caminhando em sua direção.

—Mais ou menos.

Não faço mais perguntas, simplesmente subo e procuro por Rick e Daryl. Encontro eles em uma sala qualquer, Hershel está abaixado sobre alguém e os outros dois estão parados observando seriamente, uma cestinha de supermercado está cheia com a formula de Judy. Descubro que o alguém é uma mulher, que está acordando aos poucos.

—Quem é essa?- pergunto  parando ao lado de Daryl.

—É o que queremos descobrir- ela acorda, se move para trás e procura por sua arma.

—O que quer aqui?- pergunta Rick sério- Porque trouxe essas coisas?

—Foi o que o japonês e a mulher pegaram no supermercado- diz e sei que o japonês na verdade é Glenn

—Onde eles estão?- pergunto me desencostando da mesa e me aproximando dela ameaçadoramente.

—Foram pegos pelo branquelo maldito- diz- achei que devia avisar.

—Como soube de nós?- ouço Daryl perguntar, mas tudo o que processei é que Glenn e Maggie foram pegos.

—Ouvi eles comentando- diz com uma espécie de dar de ombros. – Minha espada. Quero minha espada.

—Claro que quer.- diz Daryl e me seguro para não ficar interessada nessa tal espada.

—Sabe onde podem estar?- pergunto com os olhos nos dela.

—Sei.

—Onde é?- pergunto firmemente.

—Posso leva-los até lá.- diz firmemente e a analiso por um momento.

—E porque veio até nós?

—Para avisar.

—Não.  Vai voltar lá de qualquer forma, vai voltar por vingança. Veio por ajuda?

—Não.- paro por um momento. Não importa, penso.

Levanto e deixo a sala. Todos me seguem. Começam a discutir sobre as possibilidades, e enquanto fazem isso checo minha arma, munição, e as facas.

—Por que estão discutindo?- grita Beth- estamos falando de Glenn e Maggie.

—Não estamos discutindo- aviso- eu estou indo.

—Também estou- avisa Daryl, vindo para meu lado.

Em alguns minutos as coisas aceleram, então estamos em um grupo maior. A mulher nos guia, para uma cidade ou sei lá o que, e só consigo pensar que Glenn e Maggie foram sequestrados.

—Vai dar tudo certo- diz Daryl parando ao meu lado- Sei que está preocupada com eles.

—Estou.- concordo, não tenho motivo para mentir.

—Vamos salva-los. – diz bagunçando meu cabelo carinhosamente, com sua expressão debochada de sempre.- Só fique perto de mim.

—Por que eu faria isso?- pergunto arqueando a sobrancelha

—Porque vou te proteger.

—Não preciso de sua proteção, Dixon- respondo com um sorriso e lhe dou um empurrãozinho de brincadeira.

—Não tem que precisar.- eu sei, pois ele também não tem que precisar da minha.

(...)

O tal lugar veio a ser uma cidade murada e para nosso azar, bem protegida por vigias. Para nos dar alguma chance a samurai sabe uma parte com desfalque nos vigias e conseguimos entrar. Como a cidade tem toque de recolher está tudo vazio e temos que nos movimentar rapidamente para não sermos notados.

A mulher nos guia para onde tinha sido interrogada anteriormente, mas não tem ninguém.

—Você disse que seria aqui- acusa Rick, mas não presto atenção na conversa sussurrada. Vejo um movimento na porta e faço sinal para que se calem.

Daryl nocauteia o cara antes que eu possa faze-lo.

—Aqui não tem toque de recolher?- pergunta Rick - O que está fazendo fora de casa a essa hora?

—Eu.. eu..

—Desembucha logo- rosno perdendo a compostura totalmente. Quanto mais demoramos maior a possibilidade de Glenn e Maggie sofrerem. Daryl prepara um soco.

—Vim roubar uma bebida.- confessa com a voz tremendo de medo e só consigo acha-lo patético.

—Você vai me dizer o que sabe das pessoas que trouxeram para cá hoje- digo apertando seu pescoço de modo que minhas unhas entrem na carne.- E vai dizer rápido.

—Gostei da garota- ouço vagamente a mulher dizer.

Por sorte o cara é um covarde idiota que nos conta tudo o que sabe, e nos indica o caminho para uma espécie de galpão.  Nos movemos a  passos rápidos e juntos, Daryl sempre ao meu lado. Estou com as saís em mãos e uma Ak pela alça nas costas. A primeira porta está vazia, mas é claramente um lugar de interrogatório. Avançamos para a próxima e assim que abrimos a porta um Glenn furioso parte para cima do primeiro, com uma espécie de osso em mãos como arma.

—Epa, calma ai coreano- digo aliviada de ver que está vivo. Ele se afasta de Rick, piscando atordoado e solta um suspiro aliviado em nos ver. Maggie  aparece, está com um pedaço de osso também e reparo que usa a camiseta de Glenn.

—Merle está vivo- avisa Glenn com os olhos fixos em Daryl.

—Ele é o tal governador?- sinto preocupação na voz dele e só consigo imaginar que o tal Merle seja o irmão perdido.

—Não, é o capacho dele.

Sinto que o caipira se mexe desconfortável, e acho que Rick também percebe.

—Precisamos de você, Daryl. Está conosco?- ele pisca, fixa os olhos em Rick, olha para o resto de nós, me encara novamente e retribuo o olhar.

—Estou.- sua voz sai cheia de convicção e quase solto um suspiro aliviado.

Começamos a nos mover para sair daqui, Maggie vai apoiando Glenn que claramente apanhou bastante, o que me faz sentir uma raiva absurda. Sinto falta da mulher, mas não temos tempo para nos preocupar com isso, principalmente porque sabíamos que ela veio mais por vingança do que por qualquer outra coisa.

—E a mulher?

—Cumpriu com sua parte do trato – diz Rick e concordo com ele- Disse que nos traria, e trouxe.

Estamos quase no muro quando as coisas saem do controle. Guardas armados aparecem e começamos um tiroteio. Guardo minhas saís e uso a Ak, que surte mais efeito em uma situação dessas. Coloco meu corpo a frente do de Glenn e Maggie e vamos tentando chegar ao muro de costas.

Acabamos nos separando em busca de abrigo, vejo Daryl  no lado oposto ao meu atirar nos inimigos e isso pode nos dar uma chance.

—Vocês vão para o muro- aponto com a cabeça o caminhão onde podem subir para saltar. Oscar concorda com a cabeça e começa a ajudar Maggie a apoiar Glenn. – Eu dou cobertura.

—Não mesmo. Não estou te deixando- rosna Glenn.

—Coreano você não está nem se mantendo em pé. Cala a boca e vai, e tira minha amiga daqui- rosno e vejo Maggie me lançar um sorriso. Ele me lança um olhar irado, mas aceita ir.

Rick atravavessa com a ajuda de Daryl e faço cobertura para os outros chegarem ao portão. Algum tiro atinge Oscar e Maggie atira em sua cabeça, porque é o que fazemos, não deixamos que os nossos virem aquelas coisas nojentas. Com alivio vejo Glenn e Maggie passarem.

Rick grita por Daryl que continua do lado oposto.

—Vão- grita para nós enquanto pega uma granada de fumaça. Rick concorda e me puxa pelo braço. Xingo o caipira com todos os nomes que me lembro por estar bancando o herói.

A fumaça me faz perde-lo de vista enquanto corro para o muro. Novos tiros fazem com que eu me separe de Rick.

Faço um gesto para que continue e aponto um outro lugar pelo qual posso pular o muro pois sou boa de escalada

—Estou confiando em você – grita e sei que se refere ao fato de estar confiando que vou realmente pular. Faço um gesto afirmativo e me viro para meu novo destino.

Atiro mais algumas vezes e vejo Daryl pela visão periférica. Luto contra a vontade de voltar até onde ele esta e continuo meu caminho.

—Ora ora, olha só o que encontrei- diz  debochadamente um homem branco e alto aparecendo ao meu lado. Tem uma arma parecida com a minha em uma das mãos e a, bem, não tem a outra mão, mas sim um negócio de metal que pode me atrapalhar muito em uma luta. Uma pancada com aquele treco e a dor de cabeça é infinita. Oh merda. Maldição do chiclete na cruz diz oi.

Dou um sorriso amarelo e sem que ele espere dou um soco potente em seu maxilar. Ele me olha surpreso e antes que possa reagir giro dando um  de meus chutes altos em seu peito, ele cai atordoado e deixa arma cair. Pego a arma sem hesitar e corro para longe enquanto ele se ergue e grita um “vadia” no meio da confusão. Aproveito a fumaça para sumir, e subo para pular o muro.

Antes de saltar arrisco procurar por Daryl e o encontro sendo capturado. Seus olhos azuis encontram os meus e ele faz um sinal negativo. Xingo baixo e pulo para fora, como  disse a Rick que faria.

Caio no chão graciosamente e corro em direção ao ponto de encontro com o resto do grupo. Um zumbi se põe em meu caminho e puxo uma das saís para acabar com ele.

—Daryl foi pego. – aviso assim que me aproximo deles. Glenn me abraça aliviado por eu ter aparecido.

—Vamos voltar- diz Rick sério- mas Glenn fica.

—Com os diabos que eu fico.- rosna.

—Fica sim- rosna Maggie de volta, e sorrio ao ver ela tomando controle da situação- Não está nem se mantendo de pé direito, Glenn. Se for vai atrapalhar, é isso que quer?

—Não.- diz por baixo da respiração, e acho que quase dá para pegar sua raiva. – Voltem inteiras. As duas.

—Fica tranquilo coreano, vou trazer sua mulher de volta- digo dando uma piscadinha e entregando arma que peguei do branco grandão para Maggie.,  mesmo que meus pensamentos só estejam em Daryl.

Ao voltarmos para a cidade, encontramos um cenário completamente novo. Estão todos acordados, em uma aglomeração no que parece ter sido um estádio ou sei lá oque. Rick planeja chegar pela lateral, usar uma das granadas de fumaça e resgatarmos Daryl. A samurai aparece e fico feliz por estar viva e conosco, pois sua katana é um bom acréscimo numa briga.

—Vou pelo lado contrario- aviso enquanto passo os olhos pela multidão. - a visão dali vai ser melhor. Passo por trás do tiroteio e encontro vocês.

—Cuidado Natasha- diz Rick preocupado e concordo com a cabeça.

Perco-os de vista depois de andar um pouco, mas continuo meu caminho com a certeza de onde eles estarão. Ando de cabeça meio baixa, próxima as construções e chego onde quero sem problemas.

O que está acontecendo é uma loucura completa. Daryl está frente a frente com o branco alto em quem dei o chute, as pessoas ao redor gritam por briga.

—Esse homem estava no meio daqueles que invadirem nosso lar- grita um psicopata de um olho só.- e é irmão de um dos nossos. Merle, quando te perguntei onde está sua lealdade você disse que comigo, com Woodbury, então prove isso lutando contra seu próprio irmão.

Oh inferno, chiclete jogado na cruz e qualquer outra maldição, isso não é nada bom.

Os dois começam a trocar socos, zumbis amarrados por correntes tentando alcança-los.

—Pare, ele é meu amigo – grita uma mulher que descubro ser Andrea.

—Não posso fazer nada- diz o homem de um olho só- O povo já decidiu.

Vejo horrorizada a briga dos irmãos se virar para os zumbis, e então reajo preparando minha arma e pegando uma das facas de arremesso. Uma daquelas coisas nojentas estava prestes a morder o ombro de Daryl, então lanço minha faca e pego a arma com as duas mãos começando os tiros.

Daryl vê a faca, pega-a e me procura na multidão. Corro  para mais perto dele, agora atirando e uma das granadas de fumaça é lançada, os tiros do lado oposto começando. Ele me encontra e corre em minha direção, parando apenas para conseguir sua besta de volta. Quase sorrio com isso, ele nunca largaria aquela besta.

Ele o irmão correm ao meu lado e guio-os em direção ao resto do grupo, aproveitando que os moradores não treinados entraram em desespero. Nos encontramos exatamente onde achei que encontraríamos e tentamos ir para o lugar por onde entramos.

—Não- diz o irmão de Daryl e nos viramos para ele com irritados.- Sei outro caminho.

—Ele não vai conosco- grita Maggie cheia de raiva. Vejo atiradores se aproximando pela esquerda.

—Não temos tempo- aviso pegando-a pelo braço e arrastando para longe.

Seguimos ele de má vontade e passamos por uma outra brecha no muro. Do lado de fora ninguém para pra pensar em nada e simplesmente corremos em direção a onde deixamos Glenn com uns carros.

Alguns zumbis aparecem e deixo que a da katana cuide deles. Somos recebidos pela mira da arma de Glenn, que abaixa quando vê que somos nós e volta a se erguer quando vê o tal Merle.

—Esse homem não vai conosco- avisa Glenn mirando na cabeça do cara. Daryl entra na frente do irmão e tenta argumentar, a arma continua estendida.

—Pare de apontar essa coisa pra minha cara- rosna Daryl dando um tapa na ponta da arma e Glenn a abaixa relutantemente

—Vejo que virou uma marica com todo esse povo – diz debochado o cara.

—Cale a boca- avisa Daryl irritado, mas Merle continua se aproximando dos dois. Franzo a testa para o isso.

—Esse maldito espancou Glenn e não quero ele por perto- avisa Maggie com bastante raiva. Minha cabeça dá um click ao ouvir que foi esse cara que bateu no meu melhor amigo. Ninguém faz isso com amigo meu.

Caminho ate ele, puxo o pelas costas e enfio um murro em seu rosto seguido de outro de esquerda o que faz com que ele caia, minha raiva transbordando. Daryl se vira para mim imediatamente e me segura com os dois braços passados pela minha cintura. Merle me olha surpreso

—Escute bem, idiota.- digo com a voz seca e controlada, como fica quando estou irada- Encoste novamente nele, ou em Maggie e você não vai ter mais dentes nessa boca que só fala merda, isso na melhor das hipóteses.

—Você- diz se levantando e me encarando – Querida, se continuar me batendo assim vou me apaixonar.

Ignoro completamente seu deboche e me desvencilho de Daryl.

—Vamos resolver isso com calma- diz Rick tentando apaziguar a situação.

—Certo- concorda Daryl, passando as mãos pelo rosto, visivelmente nervoso.

—Agora você é uma bichinha que escuta esse xerife de merda? Esse idiota me trancou em um telhado- zomba Merle e entendo que o idiota não sabe a hora de ficar calado.

Seguro minha Ak com as duas mãos, e aproveito que ele se virou de costas para mim novamente e lhe dou uma coronhada forte. Ele cai atordoado mais não desmaia, então Rick termina o serviço dando ele mesmo outra coronhada.

—Pronto.- digo quando sinto os olhares sobre mim- Agora podem resolver a vontade, ele calou a boca.

Não participo da conversa, porque apesar de gostar de Merle sei que é importante para Daryl.

—Merle é minha família- avisa Daryl.

—Bem, a minha família está aqui, e me esperando na prisão- diz Glenn sério.- Você faz parte dessa família, mas ele não.

—Se ele não ficar, eu também não fico.

—Vão aceitar a ultima samurai, mas não vão aceitar meu irmão?- diz pontando a mulher que está encostada em um dos carros apenas observando. Ninguem se pronuncia- Tudo bem , nesse caso vou indo. Boa sorte para vocês.

Ele vai até um dos carros, pega uma mochila e sei que vai embora mesmo. Rick tenta novamente, argumenta, mas ele vai. Sinto um baque com essa verdade e aperto os lábios para conter a raiva e decepção. É idiotice mas eu queria que ele me escolhesse.

Para minha surpresa ele caminha até mim.

—Então...- para por um momento me encarando, como se procurasse as palavras certas- Eu vou indo. Fique viva.

—Eu sei- digo por fim, meus olhos ainda fixos nos dele, sentindo meu coração pesar. - Eu entendo. Fique vivo também, Daryl.

Ignorando todos os alertas do meu cérebro, que dizem claramente que Daryl Dixon não gosta de proximidade, principalmente na frente dos outros, lhe dou um abraço rápido e um beijo na bochecha, sinto ele ficar tenso e desconfortável e logo depois me viro e caminhando até Maggie.

—Isso mesmo irmão- ouço o idiota dizer- Vamos embora, deixe esses idiotas ai.

Daryl me encara por mais um instante, balança a cabeça negativamente se vira e some floresta adentro com o irmão idiota. E eu odeio a sensação de perda que se apossa de mim.

Xingando baixinho, viro as costas e entro em um dos carros, me sentando entre Maggie e a samurai. Glenn vai no banco da frente por ser onde tem mais espaço e ele estar machucado, mas sinto um clima estanho no casal. Vamos embora para a prisão, mas não vamos inteiros.


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Notas finais do capítulo

E então? Alguma crítica, elogio ou sei lá? Espero que tenham gostado. Até o próximo.



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