Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 24
Último ato


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o erro de postagem ontem.
O próximo cap ta escrito e será postado amanhã.



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Jane viu Emma pulando enquanto pulava para o banco de motorista, o carro ainda ligado seguindo sem direção. Não pensou duas vezes em pisar no acelerador, sua mão no cambio, apenas um pensamento: Salvar Maura.

 

Não era uma policial, não tinha treinamento militar, mas tinha tudo que acreditava precisar, tinha fúria, uma fúria que não permitia que ela piscasse, perdendo a Mercedes preta de vista. Pensou em Emma novamente, como sem medo subiu no parapeito da ponte, abriu os braços e pulou, talvez o pulo da morte, mas não importava, só pensava em resgatar Regina, e que Deus tivesse ajudado nesse momento.

 

Dobrou a esquina, fazendo o pneu cantar, talvez estivesse correndo de encontro a morte também, não importava idem. Quando se ama realmente, qualquer sacrifício se torna brisa de outono. Olhou para Giovanne que tinha pulado para o banco de passageiro, dando as coordenadas, certamente estava falando com a policia ou Deus sabe quem mais.
Dobrou outra esquina, tirando fino de um caminhão parado, Giovanni se agarrou ao painel e desligou o celular, olhos arregalados fixos na estrada. Ele não tinha algo a perder como Jane, não sentia toda sua vida indo embora no carro de uma louca lunática. “louca lunática” que redundância, pensou Jane, não pela repetição de sentidos, mas por ela estar sendo uma louca lunática dirigindo o carro amarelo de Emma.

 

Dane-se as regras de transito desse país, serei expulsa daqui mesmo.

Lembrou de sua terra que há tanto tempo não via, dobrou mais uma esquina, perdendo um pouco o controle. Se eu conseguir salvar Maura, irei para à Italia obrigada, mas irei feliz. Olhou seu corpo sem o cinto de segurança, a rapidez da direção não deixava brecha para esse detalhe. E se eu não conseguir... Nos vemos no inferno Maleficent.

A noite estava fria, Jane conseguia ouvir o som do vento batendo contra o parabrisa. A Mercedes entrou no parque, uma floresta tombada pelo patrimônio. Se embrenhou entre as arvores, o preto favorece muita coisa. Jane xingou ao perder o carro de vista, desacelerou, seus batimentos cardíacos foram na direção contraria, batendo mais rápido que o necessário.

 

 

Desceu do carro ao ouvir um gritos abafados. Tudo aconteceu tão rápido...

 

 

Em um instante ela ouvia os gritos amordaçados, em outro estava no chão com o ombro queimando. Os ouvidos ainda doendo com um barulho grave alto.

 

 

Um tiro. Havia levado um tiro. Agora tinha uma história e cicatriz legal para mostrar. Como isso aconteceu?

 

Deitou de costas no chão, ignorando a ardência que sentia, mais a falta de sensibilidade de seu braço esquerdo. Encarou o céu estrelado, olhou as árvores ao redor, testemunhas silenciosas. Se ela morresse, aquelas árvores ainda continuariam ali, sendo apenas testemunhas silenciosas.

 

Ouviu outro tiro, agora conhecia a fonte. Olhou na direção de seus pés, Giovanni lutava com Maleficent pela posse da arma, enquanto Maura lutava com as amarras, sentada no chão.

 

Viu a mira novamente apontada para si. Agora ferrou, Jane pensou olhando a arma, desconhecia o próximo movimento, mas estava preparada para tudo. Um tiro nem dói tanto assim, pensou e sorriu para Maura. Tudo ficaria bem. Sussurrou e fechou os olhos.

 

Outro tiro, Jane abriu os olhos no instante em que Maura havia se chocado contra Maleficent, ambas caindo no chão. Maura ainda estava amarrada, mas mesmo assim lutou. Mesmo limitada, salvou minha vida?

 

Como num piscar de olhos, Giovanni se levantou e pegou a arma, Maleficent correu, fugindo para algum lugar e, rastejando... Maura se aproximou de Jane.

 

— Meu Deus, Jane! Você levou um tiro!

 

— E você fez mágica pulando na louca com a arma. – Tentou desamarrar Maura com uma mão. – Evitou outro tiro em mim, sabia? – Não conseguiu desamarrar.

 

— Não faça esforço, pode piorar o sangramento.

 

— Eu quero te soltar,

 

— E eu quero você viva. – Maura se aproximou de Jane.— Não ouse morrer Jane Rizzoli, eu não permito isso.

 

— Não era minha pretensão. – Jane abriu um braço e Maura se arrastou para deitar ali.

 

— Achei que fosse morrer se te ver novamente. Isso foi o que mais me incomodou, Jane. Eu não queria morrer sem te ver novamente. Eu te amo.

 

— Ama o bastante pra ir me visitar na Itália? Porque é pra lá que seu país me convidou a voltar.

 

— Amo o bastante pra me mudar pra lá. Eu vou com você. – Levantou a cabeça para olhar o ferimento de Jane que ainda sangrava, notou o sorriso largo no rosto da morena.

 

— Agora que não morro mesmo. Itália é linda, você vai amar, apesar que minha avó é um porre.

 

— Não se mexa Jane.

 

— Você não é médica, eu to bem.

 

— Nem você. Então, fica quieta. – Ficaram em silencio por alguns segundos. – Você acha que Regina morreu? – Sua voz saiu dolorida, fraca.

 

— Emma jamais permitiria isso. E você está amarrada a muitas horas, estou preocupada.

 

— Você está aqui, tudo vai ficar bem.

 

— Tomara que Giovanni encontre Maleficent e a mate com atenção e sabedoria.

 

— Não acredito que você nomeou os punhos dele. – Maura estalou a língua desaprovando.

 

— Isso porque você não ouviu os nomes que dei aos punhos da Emma. – Ambas riram, escutando ao longe a sirene.

****

Maleficent correu o mais rápido que podia, conseguia ouvir o homem no seu rastro, se aproximando. As coisas não saíram como o planejado, mas não era por isso que ela precisava ser pega, muitas coisas viriam à tona se isso acontecesse.
Conseguiu descer com maior velocidade que esperava um declive, o homem perdeu seu rastro. Ao longe viu a estação de metrô, essa seria sua salvação. Ninguém jamais a encontraria.

 

Porém antes que chegasse a escadaria, sentiu alguém lhe dar uma chave no pescoço, o famoso mata leão. Aos poucos desmaiou. O homem a deitou no chão e sorriu feliz.

 

— Ta pensando que vai mexer com as amigas da minha filha e sair livre assim. Aqui não doida. Sou David Nolan, ninguém mexe com minha família Nolan e saí assim.

*****

 

— Ei. – Regina sorriu fraco para Jane— Maura foi tomar banho, ficou aqui o tempo todo.

Jane notou estar em um hospital, Regina parecia cansada, sentada na poltrona ao seu lado.

 

— Emma... Ela está bem?

 

Regina remexeu no anel em seu dedo, estava nervosa, olhar triste, Jane engoliu a seco.

— Hoje de manhã ela se entregou na penitenciaria. Fizeram um acordo e ela não irá a julgamento. Conseguimos oito meses, mas tentarei diminuir isso.

 

— Você é uma boa pessoa, Regina. – Jane sorriu,

 

— Ah! Cala boca Rizzoli, não me faça gostar de você.

 

— Você já gosta. Só não quer admitir. Sou a melhor amiga da sua namorada, você precisa gostar de mim. Meu casamento com ela já foi anulado?

 

— Hoje de manhã; Você é oficialmente solteira.

 

— E exportada. Me sinto um tênis ao falar “exportada”.

 

— Olha o lado positivo, o calor da Itália fará essa juba abaixar.

 

— Mas que cisma com meu cabelo.

Dois policiais entraram no quarto, acompanhado pelo médico. Iriam levar Jane ao aeroporto.

 

— Seus pais estão te esperando no aeroporto, suas malas também.

 

— Só espero que minha mãe tenha colocado na mala minhas bolas autografadas. – Resmungou enquanto a enfermeira tirava o cateter do soro.

 

****

 

— Filha, assim que chegar me liga, pelo amor de Deus. – Angela abraçava Jane pela sexta vez, repetindo a mesma coisa— Assim que seu irmão conseguir a liberação do trabalho nós vamos te visitar querida.

 

— Não se preocupe mãe, vou ficar bem. – olhou para Frank que chorava.— Ei Zé ruela, eu vou ficar bem. – Frank abraçou a irmã, a levantando do chão.— Meu braço, meu braço. – Jane resmungou, reclamando do braço na tipoia

 

Ao desvencilhar do abraço do irmão olhou para Regina.— Eu não vou te abraçar

Jane riu com o comentário mal-humorado— Mas, nem um abraço em nome da Emma. Eu sei que ela iria querer isso,

Regina bufou e abriu os braços. Abraçou com vontade, com gosto de saudade. Soltou o abraço e pegou a mão de Jane. – Boneca de Olinda, não faça besteiras lá e você consegue voltar pra cá. Coloquei o melhor advogado que conheço no caso. – Os olhos de Regina lacrimejaram.— Só não faça mais besteiras. Emma irá te escrever.

 

— Cuida da minha loirinha. Ela merece ser muito amada. – Jane segurava o choro. Regina apenas balançou a cabeça, não confiava na sua voz agora.

O Vôo de Jane foi anunciado. Angela e Frankie choraram mais uma vez, Frankie pai levantou e deu um abraço apertado, segurando para não chorar. Mais um abraço em família.

Jane se dirigiu ao seu carrinho de malas e olhou ao redor, nada de Maura. Olhou mais uma vez sua passagem e suas malas. Nem tudo é como planejamos.

Apertou a mão na passagem e deu dois passos mais próximos ao carrinho,... Sorriu

O som daqueles saltos eram inesquecíveis. Olhou para trás e viu Maura correndo, empurrando um carrinho cheio de malas vermelhas. Seu rosto estava vermelho e ela segurava o papel. Parou ofegante perto de Jane.

 

— O cheque list demorou demais.

 

Jane apenas a abraçou, selou seus lábios.— Eu sabia que você iria vir.

 

— Eu te amo, Jane. Vou pra qualquer lugar com você.

 

O vôo foi chamado mais uma vez, mais despedidas, lágrimas, porém dessa vez, havia esperança.


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Notas finais do capítulo

Perai que não acabou...
A história realmente começa agora.



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