Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 13
E eu nunca desisto


Notas iniciais do capítulo

Hello Everyone!

No último cap colocamos uma sutil dica sobre o passado de Regina e Maura, nesse cap teremos mais dicas, pois o tal "Mistério" já esta batendo a porta e será revelado.

Queremos agradecer a todos que nos acompanham, que favoritaram, que comentam e um agradecimento especial a Di Montanez pela maraviLiiiiinda recomendação.. Adorei seus 1,2,3 kkkk

Boa leitura a todos


Aviso: Conteúdo erótico leve

E há mais rizzles nesse cap, afinal o ultimo foi especial swanqueen né



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678864/chapter/13

Ligação Killian & Emma. Manhã 

— Saudades baby, sentiu minha falta? — A voz alegre de Killian soou através do alto-falante do telefone.

— Te acordei? – Emma perguntou ciente do fuso horário e já imaginando Killian babando nos seus travesseiros, quando chegasse em casa com certeza teria que trocar todas as fronhas. Rindo dos próprios pensamentos, entrou no elevador do hotel.

— Estava em um pesadelo mesmo, foi bom ter me acordado. Sonhei que Beyoncé resolveu aposentar, você acredita? Mas é aí, aconteceu alguma coisa? Você está bem? – Killian sempre preocupado...

— Não ... Eu só tenho que dizer a alguém uma coisa. — Emma estava soando extremamente nervosa, estava corada. 
Sim, ela realmente estava corando, olhou no espelho do elevador e viu suas bochechas num tom rosado quase vermelho, e com certeza não era pela corrida que fez a pouco.

— E já que eu sou seu único amigo, então...

— Eu beijei a Regina. – a loira falou de repente, atropelando as palavras e fechou os olhos com força, já se preparando para o sermão.

—  Você o que? – Emma riu ao perceber que o amigo engasgou, e como ele ficou mudo ela completou.

— Ela me beijou de volta também. Bastante. - A loira disse, realmente querendo deixar claro que esse beijo mágico não era uma coisa unilateral desesperada.

— Ok – Killian disse lentamente, tentando registrar os fatos.

— Eu acho que nós estamos namorando. – A loira falou num tom cortante, mal acreditando em suas próprias palavras quando ela ouviu em voz alta pela primeira vez. Mesmo a partir de sua própria boca. Chegou ao corredor do seu quarto.

— Espere Emma. Será que vocês ... Fizeram? - E é claro que essa pergunta estaria no topo da lista de Killian.

— Killian! Pára! Eu posso ver suas sobrancelhas levantando daqui.

— A resposta é simples Emma. Sim ou não?

— Claro que não. - Emma revirou os olhos enquanto procurava seu cartão-chave no bolso.

— O que quer dizer “é claro que não” ?! É uma maldita boa pergunta!

— Eu sinto muito ... Só ... Não. – A loira  suspirou. Obviamente Killian devia entender seu desconforto.

— Ok ... E ela sabe sobre você? – O moreno perguntou - Você sabe, aquilo...

— Não sei se vou falar pra ela.

— Ok ... Então, qual é o seu plano agora, Casanova? – Seu amigo perguntou com toda a seriedade.

— Eu não sei.

— Você vai ter que dizer a ela. - E Killian realmente tinha um ponto.— Em algum momento as coisas vão ficar mais quente entre vocês e...

— Eu estava pensando... - Emma começou receosa

— Hmm

— Você lembra como nós sempre dissemos que gostaríamos de mudar pra a Europa?

— Baby... - Claro que ela estava fazendo uma piada com isso, e Killian irritantemente percebeu

— Eu sinto que agora é um bom momento para isso. – Emma falou sem graça enquanto abria a porta do quarto.

— Não adianta Emma, se você quer arriscar ter algo com ela, uma hora ou outra você vai ter que se abrir. Alguém além de mim precisa saber sobre você. Você confia nela o bastante pra contar?

Emma suspirou— Muito

— Então conte a ela, ela com certeza se gostar de você, vai te compreender. Tenho que me preparar pro jantar da Jane, então vou lá acordar aquela dorminhoca, e daí que são 4 da madrugada? Temos uma lista de compras a ser feita. Te amo baby. Te vejo quando você chegar aqui.

— Sim, eu também. E por favor, não coloquem fogo na casa.


Emma desligou e sorriu ao ver Regina de hobby arrumando as malas.

— Ola atleta. – Regina sussurrou, sorriu e se aproximou da loira, colocando os braços em volta do seu pescoço e roubando um beijo molhado.

— Estou suada, Regina. – Emma sussurrou sem graça e deu uma rápida olhada no garoto dormindo de pijamas na cama.

— Da pra perceber isso. Mas não me importo, só queria meu beijo.

— Quantos você quiser, majestade.

Regina sorriu para o majestade— Boba. Vá tomar o banho, temos pouco tempo antes do nosso voo.

— Desculpe te fazer voltar antes da hora.

— Olhe pelo lado positivo, agora você não terá que infernizar alguém pra trocar de lugar pra ficar perto do Henry e de mim. - sorriu

— Eu não infernizei. – Emma sorriu e a morena amou como aquela garota conseguia parecer inocente e sapeca ao mesmo tempo.

— Vá para seu banho. Vou acordar meu dorminhoco.

— Mas antes... Você sabe que você ainda não me falou qual a outra parte que você queria pegar em mim né? — Emma sorriu sapeca e abraçou a cintura da morena

— Você ainda lembra disso?

— Falei que sou insistente.

Regina beijou Emma, que respondeu de imediato, as línguas lutando pelo domínio. E desceu as mãos pelos braços da loira, sentindo o quanto ela é definida, depois passou pela cintura e desceu mais ao sul, agarrando a bunda, parou o beijo e sorriu encarando os olhos jades.

— Essa é a outra parte que eu queria pegar. - Sorriu mais, um sorriso carregado com luxúria, enquanto massageava a parte que tanto desejou e notou como as pupilas de Emma dilataram de excitação, a morena não conseguiu evitar um gemido baixo ao encarar aqueles olhos que a devoravam.

A loira retomou o beijo, dessa vez mais quente e  imprensou Regina na parede, descendo por seu pescoço, chupando e dando leves mordidas na região completamente arrepiada.

Regina se segurou a camiseta da loira e travou a mandíbula para não gemer, ou emitir qualquer som, sentindo seu corpo inteiro queimar a cada nova investida contra seu pescoço, subiu suas mãos e as perdeu nos fios loiros, sentido a parede dura atrás de si.

Emma segurou mais forte na cintura de Regina, uma mão desceu a perna da morena, a levantando e a fazendo enlaçar sua cintura.

Regina podia sentir que estava completamente molhada, pulsando, louca por um alivio enquanto estava sendo imprensada na parede por uma mulher selvagem que atacava seu pescoço e massageava sua intimidade com o corpo. As respirações ofegantes se misturavam ao ritmo lancinante do beijo. O medo de emitir qualquer barulho excitando mais.

Uma mão desceu ao seio  de Emma, que logo a retirou, Regina parou o beijo e a olhou confusa. Desceu sua perna e deu um selinho na loira.

— Melhor a gente parar - Enlaçou o pescoço de Emma com seus braços— Podemos retornar quando estivermos apenas nós duas - Apontou Henry dormindo na cama, e beijou novamente os lábios rosados, sorrindo durante o beijo.

— Juro que da próxima vez não estarei suada — Emma sorriu

Regina aproximou sua boca da orelha da loira, mordiscando a ponta e sussurrando: “Saiba que você arruinou minha calcinha, fiquei completamente molhada srta. Swan.”

Regina pôde sentir a loira tremer e apertar sua cintura, a pressionando novamente contra a parede, e sorriu antes de Emma atacar sua boca mais uma vez, deliciosamente.

— Por favor Emma. Não – Sorriu afastando a loira um pouco— Melhor você ir tomar um banho, de preferência gelado

 

***

 

Emma & Jane... Killian. Noite 

— Jane, será que você pode, por favor, parar de rodar nessa sala? Vai fazer buraco no tapete. – Killian falou pela terceira vez enquanto preparava a mesa de jantar. Tirou o pano do ombro e bateu na mão da Emma que tentava pegar o petisco adornando a mesa – Não coma minha obra de arte. E Jane! Para de ficar rodando! Já estou tonto.

— Estou ansiosa tá. — Jane bufou— Essa roupa tá boa? – apontou para o próprio corpo.

— Calça jeans e jaqueta de couro nunca saem de moda baby. — Killian levantou uma sobrancelha

— E disse o homem que só anda de couro e calça jeans. – Emma ironizou. – Você está linda Jane.

— Pensei em ir de vestido, mas de moto não dá ne.

— Vai com o carro da Emma, aquele amarelão é imã pra atrair mulher. – O moreno deu outro tapa com o pano na mão de Emma.

— E é imã pra atrair a atenção também né.  Escolhi fazer o jantar aqui exatamente pra não chamar a atenção.

— E sua moto não chama a atenção? Você tem certeza? — Emma fingia ironia — É uma Harley Davidson Iron night, Jane. Até cego volta a enxergar quando aquilo passa. — A loira falou conseguindo pegar um petisco do adorno quando Killian entrou na cozinha.

Jane revirou os olhos.— Será que a Maura vai gostar de andar nela? – esfregou as mãos enquanto mordia o lábio inferior.

— Baby, se ela não quiser, manda ir a pé. – O moreno gritou da cozinha — E se você comer mais um Emma Swan, eu te boto pra fora de casa até eu acabar esse jantar.

Jane sorriu e olhou no relógio mais uma vez.

— Calma, Jane. Vai dar tudo certo. – A loira sorriu tentando tranquilizar a amiga

— E você ainda não me contou como foi a viagem com a rainha do gelo lá.

— Foi... – Emma olhou receosa para a morena que mordia as unhas, ela parecia muito ansiosa, e achou melhor contar sobre o beijo depois— Foi normal. Você sabe que amo aquele garoto.

— Que bom. Oxi, e que horas vocês dois vão sair?

— Já está nos expulsando? – Killian fingiu estar ofendido.— Estamos saindo agora, linda - Retirou o avental entregando a morena— desliga a massa do forno daqui a três minutos... Como você não tira o olho do relógio, vai ser fácil. Mas deixe dentro do forno até você servir lá em cima.

Emma pegou o seu casaco e colocou a mão no ombro da morena.— Jane, respire. Vai dar tudo certo. Só não esquece a massa no forno, Killian é muito chato quando faz alguma comida especial. Estaremos no porto qualquer coisa. – Se virou pegando mais um petisco da mesa.

— Swan! – O moreno gritou da porta— Eu vi tá!

 

***

Jane & Maura

Jane 08:11pm: Estou na sua porta. =)

Maura 08:12pm: Já estou descendo, e realmente amei a moto... Você fica linda nela.

 


Jane sorriu e olhou para a grande casa, a cerca viva tampava a visão, e se lembrou da primeira vez que esteve ali.

Maura apareceu deslumbrante em seu conjunto branco e salto scarpin, com certeza seria a perdição da morena

— Já comentei o quanto você fica bem nessa moto?— Maura sorriu e se aproximou da morena encostada sobre a grande máquina de duas rodas.

— Sim, mas gostaria de ouvir de novo.

— Você fica muito bem nessa moto.

— Obrigada— Jane entregou o capacete a Maura – E você gosta de motos?

— Muito, meu pai era apaixonado por moto GP. – A loira subiu na moto, após Jane. — Meus melhores momentos eram quando eu assistia com ele na teve da sala, todos aqueles sons são inesquecíveis.

Jane deu a partida e acelerou, ainda parada no mesmo lugar. Maura se arrepiou ao ouvir o ronco grave do motor, e abraçou Jane vestida com couro e com um perfume tão bom... Realmente seria sua perdição.

 

 

 

***

Jane & Maura


Jane conduziu Maura ao terraço do prédio, onde havia um lindo jardim paisagista com uma mesa ao centro

— Jane, meu Deus! Você quem fez?— Maura disse olhando todos os detalhes, encantada ao ver a mesa de madeira no centro, em meio a tantos adornos encantadores.


— Não tinha muito o que fazer, então subia pra cá e fui criando ele. Já tô a mais de um mês aqui né, se fizesse algo enlouquecia aqui.

— Mas é tão lindo! Céus! É muito lindo! — Jane sorriu com a empolgação da loira

— Meu pai era jardineiro — a morena falou brincando com uma flor lilás em um vaso suspenso - Ele sempre me levava pra ajudar ele. E eu amava mexer com terra

— Mas isso vai além de um simples trabalho de jardinagem, Jane, isso é paisagismo. – tocou em um vaso de Bonsai muito bem aparado.

 A morena sorriu timidamente. E retirou a flor que brincava, a entregando para Maura.

A loira sentiu o doce aroma, ficou corada pelos olhos castanhos a observando.

Senta Maura— Jane puxou uma cadeira.

A loira sentou, notando o lindo adorno de petiscos sobre a mesa. Retirou um e provou, percebendo o quanto estava delicioso.

— Gostou?— Jane perguntou - Emma quase ficou sem mão pra pegar alguns.

— Eu a compreendo, esta realmente maravilhoso.

Sorriu e ficou surpresa com a forma que Jane serviu o vinho.

— Pode perguntar, Maura.

A loira corou, com certeza estava encarando - Você esta servindo extremamente profissional Jane. Como? Por que?— perguntou pegando mais um petisco.

— Meu pai era jardineiro como eu disse, mas o dinheiro que ele ganhava, mesmo trabalhando quase 16 horas por dia, não era o suficiente pra manter a família. Então eu tive alguns serviços temporários nos momentos em que eu não estava estudando.

— Alguns? Você quis dizer no plural? – Disse assustada, limpando a boca com o guardanapo.

— Sim, no plural. Fui garçonete, babá, atendente, telemarketing e quando não estava nesses serviços, ou na escola, estava ajudando meu pai... Ou minha mãe.

Maura a olhou confusa, até onde sabia, Ângela era do lar.
A morena sorriu sem humor -
Minha mãe também ajudava quando podia, passando ou lavando algumas roupas. E sempre arrumava algo pra vender, essas coisas de beleza, sabe?

— Por isso você quis tanto esse contrato com a Adidas? Pra ajudar sua família... Além claro, sobre sua permanência.

Jane sentou a mesa e bebericou seu vinho — Minha família, Maura... É a coisa mais importante que tenho.

— Jane, você... Você tem um dom - Apontou com as mãos ao redor — Você não precisava desse contrato, olha o que você é capaz de fazer!

— Não tenho um diploma de paisagismo, então isso – Apontou ao redor também – Não é grande coisa... - Jane encarou as próprias mãos — Fui aceita na universidade de paisagismo e arte da Califórnia...

— Nossa! E por que não cursou? O que seus pais falaram?

— Nunca contei a eles. Sei que eles fariam o impossível pra me ajudar, mas... Eu não podia fazer isso, eles... Eles já se sacrificaram tanto trazendo meu irmão e eu pra cá pra que tivéssemos uma vida melhor... Eu não poderia exigir tanto.

Jane respirou fundo. - Killian fez espaguete à putanesca. Espero que goste de anchovas.

 

— Amo— Maura disse pensativa sobre tantas informações, um toque de mensagem a retirou dos devaneios e colocou um sorriso em sua boca.

 

***

Jane & Maura

 

— E então? – Jane tentou puxar assunto, um pouco irritada com as mensagens que não paravam de chegar ao celular de Maura. – Já escolheu a música pro meu noivado? Nada Gay, por favor.

— Pensei em Kylie Minogue. Haverá muitas pessoas que curtem músicas dos anos 80 lá. – Mais uma mensagem no celular.

— Eu falei sem ser música gay. – Maura respondeu a mensagem com um sorriso.

— Então Madonna? – Novamente o telefone vibrou

— É a rainha dos Gays. – Maura respondeu a mensagem, alheia a irritação da morena.

— Lady Gaga

— Vou  nem te responder essa...Maura, eu acho que a Emma está me traindo. – A loira somente balançou a cabeça e continuou a escrever— Acho que vou falar que o casamento é uma farsa, assim ela vai pra cadeia e eu volto pra Itália sem precisar pagar a passagem.

Maura continuava lendo e respondendo as mensagens.  “Mas que diabos será essa pessoa que ela tanto conversa? Deve ser muito especial porque está deixando nosso jantar de lado para ficar respondendo” Pensou a morena, que levantou da mesa e foi até a porta do terraço.

Maura estava toda empolgada digitando uma nova mensagem quando seu celular avisou uma ligação de um número desconhecido.

—Maura Isles

—Olá Maura tudo bem? Gostaria de saber se podemos continuar jantando ou, terei que esperar mais um pouco?

—Jane é você?— Olhou confusa, percebendo a ausência da morena — Mas você não está aqui ...Onde você está? Estava sentada na minha frente e por que esta me ligando?

— Pra ver se você me dá um pouco de atenção— Respondeu mais perto da loira, sentando novamente na cadeira.

 

— Desculpa – Sorriu sem graça. — Não mandarei e nem lerei mais nenhuma mensagem. – Colocou o celular virado sobre a mesa. – Mas por que você está com um número desconhecido.

— Meu novo assessor de imprensa me deu esse número e deu um pra Emma também.

— Jefferson. Ele é paranóico. – Maura bufou e revirou os olhos— Eu deveria saber que a Regina iria escolher ele pra trabalhar com vocês.

O telefone da loira tocou, Maura sorriu ao olhar a tela, disse "com licença" e atendeu ao telefone com um sorriso maior que o anterior.


— Oi, que bom ouvir sua voz. Juro que não entendi sua ultima mensagem. - Jane tentou não prestar atenção mexendo a comida no prato com um garfo.

— Estou jantando com uma cliente agora, mas posso te encontrar daqui uma hora? - A morena observava com as sobrancelhas juntas e mandíbula travada o sorriso alegre, quase emocionado no rosto de Maura  e não deixou de se sentir incomodada por ter sido nomeada como uma simples cliente

— Meu Deus, nunca vi um homem tão ansioso... Não, sem problema. Pode ser em minha casa então? - Jane arregalou os olhos e sem perceber cerrou os pulsos sobre a mesa, perdendo completamente a fome. - Tudo bem então, te mando o endereço por texto... Beijos, também. Claro, e muito!

Maura desligou o telefone e sorriu para a tela apagada.— E então, o que o Killian fez de sobremesa?

Jane sorriu amarelo ao perceber que Maura ignorou falar a respeito do telefonema, e apenas levantou indo em direção a cozinha. Ao voltar, notou que Maura mandava uma mensagem, mas dessa vez não estava sorrindo. Colocou a sobremesa na frente da loira, uma única taça de torta holandesa.

— Tem certeza que não vai comer também? - Maura juntou as sobrancelhas desconfiada—  Você não parou de falar sobre o quanto essa torta cheirava maravilhosamente bem durante todo o caminho que você pilotava até chegarmos aqui.

— Perdi o apetite. - Jane olhou o telefone de Maura sobre a mesa— Quem era no telefone? - O tom saiu mais ríspido do que ela planejava.

A loira a olhou confusa pela atitude inesperada. - É um amigo.

— Amigo? - Jane repetiu com desdém nítido em sua voz, tirando o guardanapo do colo e o colocando sobre a mesa. - Estou satisfeita. Enquanto você termina sua sobremesa, vou ligar pra Emma, talvez ela queira ir assistir a algum filme comigo no cinema.

Maura queria explicar sobre o amigo, porém a atitude fria e amarga de Jane a assustou, então apenas balançou a cabeça, quando chegassem em casa ela a chamaria para um vinho e então conversariam.

Aquela torta não parecia mais tão apetitosa enquanto ela comia e observava Jane ao telefone, seu coração batendo apertado, não entendendo o porquê de tanta rispidez.

 

 

***

Regina & Emma

Emma 09:09pm: Henry já dormiu?

Regina 09:11pm: Não estou em casa querida, estou no meu escritório. – Emma torceu o nariz

Emma: 09:11pm: Mas tão tarde? :’(      Não trabalhe tanto.

Regina 09:12pm: Tenho uma reunião importante amanhã de manhã. Afinal depois de amanhã será seu noivado. Ansiosa?

Emma 09:12pm: Ansiosa apenas para te ver.

Regina 09:15pm: Também :-)

Emma 09:16pm: Se quiser posso te fazer uma visita em seu escritório.  – Emma sorriu esperançosa

Regina 09:25pm: Tenho um compromisso agora em outro lugar, mas aceito sua visita amanhã.

Emma 09:26pm: Então amanhã te farei uma surpresa.

Regina 09:31pm: Humm, agora me deixou curiosa.— Emma sabia que Regina estava sorrindo, aquele sorriso de lado com seus lábios carmim.

***

 

Maura & Jane

 

 

Jane estacionou a moto em frente ao portão de Maura e desceu. A loira também desceu e tirou o capacete, o colocando sobre o banco da moto enquanto procurava suas chaves na bolsa.

A morena pegou o capacete e o guardou embaixo do banco da moto. subindo nela de novo. Maura a olhou confusa.

— Achei que você iria entrar - A loira parou ao lado da moto, observando confusa aquela atitude.

— Você esta esperando alguém, não quero incomodar. - acelerou e saiu quase cantando pneu.

Maura ficou parada ainda chocada com o tom frio daquela voz. Seus olhos arderam e ela engoliu a seco, contendo a vontade de chorar. Virou-se e entrou na casa, frustrada, o jantar em nada se aproximou do que ela tinha planejado.

***

Jane & Emma

 

— Você sabe que não há nada mais infantil do que vigiar uma pessoa, certo? — Emma falou pela terceira vez enquanto aguardava no seu carro junto a Jane, em uma colina, próximo a casa de Maura.

— Um cara ficava mandando mensagem pra ela o tempo todo, e depois ligou. E ela não quis me dizer quem era. – Jane pegou o binóculo, ciente que havia um carro parado em frente a casa da loira, então ainda o “amigo” não saiu de lá.

— Você ao menos perguntou? — A loira revirou os olhos

— Perguntei e ela disse que era um amigo. — Jane bufou e voltou a olhar através do binóculo. -

— E por isso você me ligou me prometendo um cinema e me trouxe pra cá sem comida?

— Sim – A morena bufou novamente.

— Ok – Emma falou abrindo o porta luvas— Como não deixo nada pra comer nesse carro?!

— Você já deve ter comido tudo. - Resmungou

— É o mais provável. Por que você tá com essa cara? — Perguntou olhando a morena

— Não consegui dormir bem essa noite. Fui inventar de assistir um filme de terror e qualquer barulho me fazia dar um pulo da cama. – Emma percebeu que não era por falta de sono, Jane havia chorado.

— Depois que eu assisto a um filme de terror acendo todas as luzes da casa, e jamais desço pra beber alguma coisa. – a loira falou na tentativa de fazer a esposa sorrir — Não entendo como em filmes de terror a pessoa ta numa casa amaldiçoada e cisma que tem que descer de noite NO ESCURO PRA BEBER LEITE! MEU DEUS!  Pra que beber leite de noite? Que tara estranha essa.

— Se fosse eu esquecia o leite e bebia água benta! E aquela mania de comprar casa velha e sair mexendo em tudo. — A morena falou animada - Se fosse eu TACARIA FOGO EM TUDO que tava lá, oxi,  porque já assisti atividade paranormal e sei do que tô falando. E compraria cama box pro satanás não coisar embaixo.

— E se encontrar uma boneca TACA FOGO e chama o padre, porque já assisti Annabelle e to ligada em como isso funciona. Levei susto demais naquele filme oh God! Era cada grito que eu dava que acho que o povo do cinema assustava mais comigo do que com o filme. Eram umas coisas passando na tela o tempo todo que haja dinheiro pra cardiologista.


— Vale me Deus! Fui eu assistindo A freira. A gente ta bem assistindo o filme, quase querendo matar o padre que sai correndo atrás de criança no escuro de noite, ai alguém passa na frente da câmera e a gente da um pulo que quase leva a poltrona junto, vai ver por isso o teto dos cinemas são tão altos.

— Ou então algum possuído aparece no espelho do armário do banheiro quando a pessoa o fecha, não é? Por isso quando escovo dente, nem olho pro espelho de medo de fechar ele e vê lá a Sabata do poço. Cara, me enfio até no vaso de medo.

— Eu já não fecho os olhos pra tomar banho. Vai que tô com minha cara cheia de espuma, lavo e quando abro os olhos ta lá o Satanas rindo dos meus pentelhos.

— A gente sabe que essas coisas não existem. Mas sempre fechamos a porta do banheiro quando estamos sozinhas em casa, por que?

— Sei lá, mas sempre faço isso, como se um espírito fosse preocupar em vigiar a gente. E aquela mania do povo dos filmes tem de não acreditar em nada. Eles vão lá e gravam a cara DO SATANAS! DO SATANAS MEUS DEUS! A menina tá rodando a cabeça 360°, a casa tem móveis que MEXEM SOZINHOS e eles numa calma tomando leite de manhã e falam "acho que tem alguma coisa estranha acontecendo aqui". Se fosse eu já teria me casado com um pastor e tomado banho de água benta com sal grosso. Mas tem que ser pastor, padre sempre se da mal nesses filmes.

— E já notou como todo filme de terror é de noite? Parece que eles gravam aqui de noite e vão pro Japão terminar a gravação. E aquela mania que as crianças têm de falar com espírito e não querer falar pros país.

— Se é lá em casa , hunf! Minha mãe arrancaria o chinelo e me daria umas lapadas "Quer falar não? Vou te ensinar a falar com gente é viva Oxii!" E da-lhe lapada.

— Apanhou muito da sua mãe? – Emma sorriu, Jane estava sorrindo.

— Nossa demais! Era só eu e meu irmão de filhos. Meu irmão não prestava e eu era o capeta em forma infantil.  Então já da pra ter uma noção. Nós dois brigávamos uma hora sim e a outra com certeza, ai a mah pegava o que tava na mão e desce lapada em nós. Certa vez Frank cismou que acertou mais cestas que eu, começamos a rolar no chão, minha chegou, e deu duas lapadas em cada um. Minha alma saiu do meu corpo e me olhou com pena.

— Deveria ter aprendido com as lapadas da vida, - Emma riu— assim não ficaria aqui vigiando a Maura. — Jane revirou os olhos e voltou a olhar através do binóculo.

— Só quero saber quem é e depois vou embora. - resmungou

Jane, você acha que ela queria que você entrasse quando você deu uma de infantil e saiu cantando pneu? - Emma perguntou ao vasculhar o porta moedas atrás de algo pra comer.

A morena deixou cair os binóculos com um suspiro. Ela estava realmente começando a se arrepender  sobre dizer tudo o que se passa na sua vida. -Eu já disse que tava nervosa. – Bufou

— Você deveria ter ficado e perguntando tudo ao invés de me arrastar pra cá sem comida e ficar vigiando a casa dela. Poderíamos estar assistindo a Xman Apocalipse e comendo pipoca e nachos agora. Como uma pessoa não deixa nem uma barrinha pra comer dentro do carro? Deveria ter passado no subway.

Jane a ignorou e pegou o binóculo novamente. — Killian está vigiando a Ariel?

— Não, foi só tentar descobrir algumas coisas a respeito dela. E sobre a foto de dois anos atrás?  Vamos tirar mesmo?

— Sim. Minha mãe vai fazer uma ação de graças na casa dela e vamos fingir que foi daquela época. Meu novo assistente acha uma boa idéia postar na internet fotos antigas nossa.

— Ainda não sei quem é meu assistente. Conheci nosso assessor Jefferson hoje. Ele é gato, mas é estranho. Seu assistente é gato?

— Se você gosta de coroas...

Jane viu o movimento no primeiro andar da casa e correu para fora do carro, "Emma, o cara saiu!" Ela correu em direção à lateral da casa da Maura, evitando chamar a atenção e fazer barulho.


Seu alvo saiu na porta e Jane pulou a cerca viva de no máximo dois metros de altura, na tentativa de uma boa visão. E escondeu entre alguns arbustos.

— E ai? Consegue ver quem é ele? - Disse Emma ao alcançar a morena entre os arbustos.— É gato?

— É um homem, só isso que sei. – resmungou

— E que homem! Forte né. Muito gato, adorei o cavanhaque. — Jane a encarou e a loira percebeu o brilho psicopata em seus olhos. — Ele deve ser gay. - Emma resmungou e  deu ombros.

Jane se aproximou mais, ambas escondidas e a loira sussurrou - Isso é tão excitante!

A morena sorriu para ela e tentou ouvir o que eles falavam, ainda não reconhecendo o homem. Maura se despediu dele com um abraço, eles pareciam muito íntimos, e pareceu falar com alguém dentro da casa.

— Eu acho que vou ate lá — disse a morena enquanto colocava uma mão no ombro de Emma para se levantar.

— Não!

Emma disse mais alto do que pretendia, pois o homem pareceu ter ouvido alguma coisa e começou a olhar em sua direção. Ambas congelaram.

 

— Quem está aí? — Ele gritou com sua voz grave e Maura se encolheu assustada por estar sendo observada, agarrada a porta. Uma terceira sombra apareceu atrás dela.

— Merda — Jane murmurou puxando lentamente o capuz sobre a cabeça enquanto Emma fez o mesmo. Seu coração começou a bater mais rápido quando o homem se afastou de Maura e da terceira pessoa, indo  até onde elas estavam.

Elas estavam se escondendo nas sombras, fora do brilho das luzes de rua, porém ainda poderiam ser facilmente encontradas se alguém olhasse por tempo suficiente.

— O que nós vamos fazer? — Emma sussurrou em pânico uma vez que ele estava menos de dez metros de distância.

Jane respirou fundo. - Fique pronta para...

Ele viu as duas "Ei!" gritou

— Correr! - Jane gritou antes de sair correndo. A morena escalou a cerca viva e quase se desequilibrou ao pousar do outro lado.
Com um único movimento Emma pulou a cerca viva e ultrapassou Jane que teve o bom senso de se prometer voltar às corridas matinais se sobrevivesse a isso e não fosse presa por invasão.



— Volte aqui! - O homem gritou ao pular a cerca, também com um único movimento. ”Só pode ser atleta” Jane pensou e momentaneamente olhou por cima do ombro para ver que ele estava longe de aproximar-se  delas. Felizmente para ela, Emma é boa em correr e já estava bem próxima ao carro.  - Eu estou chamando a polícia! - Ela ouviu e acreditou estar prestes a ter um ataque cardíaco. “Bacon nunca mais em minha vida” pensou.

Emma chegou a esquina onde seu carro estava estacionado. A loira cegamente pegou as chaves do bolso do casaco e apertou o botão para desbloqueá-lo. Jane  pôde perceber que a blusa de moletom de Emma estava escrito "Swan" atrás. “Deus, como alguém sai pra vigiar com uma blusa oficial?!”

Ao invés de ir ao redor do carro, Emma saltou e deslizou sobre o capô em um movimento rápido, Jane provavelmente poderia rir se ela não estivesse preocupada em manter seu coração e pulmão dentro do peito.

A loira abriu a porta e acelerou o carro, deixando marcas no chão enquanto abria a porta do carona, se aproximando de Jane que entrou em um único pulo. Passando pela frente da casa da Maura.

— Oh meu Deus! – Jane falou ao colocar o cinto de segurança.

— Você o vê? - Emma perguntou ao olhar pelo espelho retrovisor.

A morena se virou para olhar. – Não. Acho que o despistamos. Será que ele chamou a policia mesmo?

Emma acelerou mais, tudo que elas não precisavam agora era publicidade negativa. Ela colocou o cinto de segurança e ligou os faróis ao virarem a outra esquina.

— Isso foi uma loucura! - Jane gritou com uma risadinha.

Emma riu. "Eu sei. Você está bem?"

— Sim - disse quando ela finalmente começou a se acalmar.

— Agora eu estou super com fome. — A loira falou ao olhar mais uma vez pelo retrovisor.

— Vamos parar em algum lugar então. Acho que até eu estou com fome agora. Quero uma porção de bacon


***

Jane & Regina

Emma e Jane desceram do elevador e avistaram Regina parada na porta de entrada da cobertura.

— Está  esperando ha muito tempo? – Emma perguntou e Regina negou, seus olhos fixos em Jane.

— Não querida, só vim acertar um detalhe do noivado com Killian.

Emma olhou desconfiada entre Jane e Regina— Ok.

A loira entrou no apartamento dando passagem a Regina, Jane ainda estava calada, pensativa sobre o homem que havia visto.

— Emma, vou me deitar, quando for ir deitar também, não acenda a luz por favor. — Jane olhou para Regina e percebeu seu olhar homicida a encarando.

— Claro, Jane. Pode ir, vou tomar banho primeiro. - a loira se virou para Regina— Só explicando, Killian está dormindo no meu quarto, então vou dormir com a Jane.

— Não querida, está tudo bem, eu entendo. - olhou para Jane entrando no quarto.— Vou apenas fazer algumas perguntas a Rizzoli, será rápido.— sorriu

Emma assentiu e subiu para seu quarto pegar as suas coisas para o banho. Regina abriu a porta do quarto de Jane sem bater, e sentou em uma cadeira, próxima a porta, cruzando as pernas.

— Onde vocês estavam? - Perguntou assustando Jane que retirava sua blusa

— Assistindo trucker fighter, não te chamamos porque você não iria gostar.

— Posso não gostar de ver caminhões sendo destruídos, porém gosto de saber quando Emma está em perigo.

Jane travou a mandíbula e olhou séria para a mulher sentada como uma rainha a sua frente.— Então você sabe onde estávamos - Era uma afirmação, e notou que Regina tirou o celular do bolso.

— Quando sair com Emma, não leve aquele carro tão amarelo - Regina mostrou um vídeo no celular, onde um Lexus amarelo passava próximo a casa de Maura em alta velocidade.

— Achei que teríamos privacidade. - Jane cruzou os braços encarando a morena.

— E eu achei que você seria inteligente o bastante para saber que Maura é uma figura pública e investiu bem em segurança. - Regina levantou— Não me importo nem um pouco com o que você faz da sua vida, muito menos do seu romance com a Maura, mas não arraste Emma para suas crises de ciúmes.

Jane engoliu em seco.

— Você achou que eu não saberia? Como você acha que cheguei tão alto? Foi controlando tudo ao meu redor, e não vou deixar uma mulher de quinta que nem controla seus próprios impulsos sexuais colocar minha Emma em risco. - Regina se aproximou do rosto de Jane— E não vale a pena correr esse risco por Maura. Ela não vale a pena.

— Isso eu que tenho decidir. - Jane não recuou, nunca teve medo de ninguém, e Regina não seria a primeira.

— Não me interessa suas decisões. Apenas mantenha Emma fora delas.

— Impossível! Ela é casada comigo, tomamos decisões juntas e se você quiser ter algo com ela, não passará de uma relez amante.

— Vocês não ficarão casadas para sempre srta Rizzoli. E sobre Emma, eu só tenho duas opções: continuar ou desistir.

Regina se aproximou ainda mais de Jane, rostos quase se encontrando— E eu nunca desisto. - Saiu do quarto e Jane sentou na cama, travar uma briga com aquela mulher era a última coisa que ela queria aquela noite.
Frustrada deitou na cama e encarou o teto por alguns segundos, pegou seu celular e o desbloqueou.

 

Não ficou impressionada ao ver várias chamadas de Maura. Pelo horário ela estava ligando desde a despedida das duas. Abriu a caixa de mensagens e viu varias de um único remetente: Maura Isles.

Apagou todas sem ler, levantou e pegou sua chave, decidindo ir para um lugar onde se sentiria bem, a casa da sua mãe.

Pegou um casaco e bateu a porta. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uma duvida, há alguém aqui que não tenha assistido a alguma das séries?
Obs: Sobre cenas de terror de filmes foi baseado em video do whinderson Nunes
E sério, nós conseguimos imaginar Jane nessa moto. Lembra aquele ep dela e Maura na moto (parada)?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores Proibidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.