Um Imprinting Inesperado escrita por valentinaLB


Capítulo 9
Capítulo 8 - De menina à mulher - Parte I




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CAPÍTULO 8 – DE MENINA À MULHER – PARTE I

POV JACOB

Acordei com o toque do celular. Imaginei que era alguma paciente e soltei um palavrão. Aquela era a parte da minha profissão de que menos gostava: doença não respeitava horário de expediente.

Devia ser bem tarde.

-Alô – falei com voz de sono.

-Ja... Jacob é a Nessie. Des... desculpa te acordar. – Sua voz era de quem estava chorando.

- NESSIE, O QUE FOI? VOCÊ ESTÁ BEM? – Eu estava desorientado.

- Não. Você poderia vir me buscar. Eu estou com tão apavorada, Jacob.

Uma sensação de desespero me atingiu. Minha Nessie estava em perigo e eu não sabia o que estava acontecendo. Parecia um pesadelo.

- Claro que vou. Onde você está?

Ela começou a chorar convulsivamente, para minha total aflição.

- Por favor, Nessie. Fique calma. Me diz onde está e irei te buscar.

Com muito esforço conseguiu me passar o endereço.

Troquei-me rapidamente e segui a toda velocidade para o local onde ela estava. Chovia forte.

Encontrei-a sentada na calçada, algumas casas distantes de onde parecia ter uma festa. Ela estava abraçada aos joelhos e tremia de frio. Estava encharcada pela chuva que caía. Suas lágrimas se misturavam à água que escorria de seus cabelos.

Não falei nada, apenas a peguei no colo e coloquei-a no carro.

Assim que me sentei ao seu lado e fechei as portas ela se atirou sobre mim, me abraçando fortemente, sem parar de chorar.

Apertei-a junto a mim.

- Eu estou aqui, Nessie... estou aqui. Calma, tá tudo bem, querida. Estou aqui...

Não sabia o que tinha acontecido e isso estava me levando à loucura, mas não queria pressioná-la. Ela estava quase em estado de choque.

- Oh, Jacob! Ele foi tão horrível... Eu não queria que fosse com ele... não queria.

Senti uma onda de pavor me dominando.

- Nessie, pelo amor de Deus, o que fizeram com você? Onde está Mike? – Precisava manter a calma para ajudá-la, mas estava angustiado com a possibilidade que passava por minha cabeça.

- Nunca mais quero ver o Mike na minha frente – ela chorava – nunca mais.

Então aquele idiota era o culpado daquilo.

- Nessie, ele te machucou? – Perguntei, me lembrando das várias mulheres que já tinha examinado depois de serem estupradas, quando ainda era estudante. Uma dor lancinante atingiu meu peito.

- Ele te forçou a fazer sexo com ele? – Perguntei com pavor da resposta que receberia.

- Não, eu consegui fugir. Ele me agarrou... me falou coisas horríveis... ele estava tão bêbado. – Seu corpo tremia de frio e medo.

- Nessie, vamos pra minha casa. Você precisa se aquecer. Não se preocupe, vou cuidar de você.

Dirigi mais rápido ainda na volta.

Nessie chorou todo o percurso. Era desesperante vê-la daquele jeito. Ela perecia tão frágil, tão desamparada.

Levei-a até o banheiro da minha suíte,  liguei o chuveiro com a água bem quente e peguei toalhas limpas.

Na luz clara dava para ver as marcas vermelhas em seus braços e alguns chupões e arranhões em seu pescoço. Aquele garoto ia se ver comigo, minha vontade era matá-lo!

- Nessie, você precisa tirar estas roupas molhadas e tomar um banho para se aquecer, senão vai ter uma crise de hipotermia. Quer que eu te ajude? Você está tremendo tanto que não vai conseguir sozinha.

Por mais acostumado que tivesse com a nudez feminina, pelo fato de ser ginecologista, a possibilidade de ver Nessie sem roupas provocou uma sensação de borboletas no meu estômago que há muito não sentia.

- Só me ajude a abaixar o zíper do vestido. O resto eu tiro sozinha – ela falou com aquele jeitinho tímido de sempre.

Ela se virou de costas pra mim e reparei pela primeira vez que vestia um vestido azul, justo no corpo. O zíper ia desde a nuca até o final das costas.

Segurei o ganchinho do zíper e fui descendo devagar para não correr o risco de machucar sua pele. Aos poucos suas costas foram aparecendo. Pude contemplar sua pele clara e sedosa, a curva que sua espinha fazia, uma pequena parte de sua calcinha de renda branca que aparecia no final do zíper e os dois furinhos que tinha na base das costas. Nunca tinha me sentido tão excitado em toda minha vida.

Meus dedos tocaram sem querer sua pele e percebi que meu toque lhe causou arrepios. Aquilo me deixou maluco.

- Pronto, Nessie – respirei fundo. - Agora vou te deixar sozinha. Se precisar de alguma coisa é só chamar. Vou deixar uma camiseta limpa sobre a cama para você vestir, até que suas roupas fiquem secas.

- Obrigado, Jacob.

Dei-lhe um beijo na testa e saí do banheiro.

Nunca tive tanta certeza de uma coisa quanto tive, naquele momento, do que estava preste a fazer. Resolvi que não esperaria mais.

Uns quinze minutos depois ela entrou na sala. Tinha os cabelos molhados e vestia apenas a camiseta que tinha lhe emprestado. Estava absolutamente sedutora. Tinha parado de chorar.

E lá estava eu, parado perto da janela, sem conseguir respirar, segurando uma plaquinha improvisada com seu nome.

 Ela me olhou perplexa. Seu rosto foi abrindo-se num sorriso e pude ver grossas lágrimas caírem silenciosas de seus olhos.

- Eu desejei tanto que você fosse o “cara da plaquinha” – disse com voz de choro, quase sussurrando.

Puxei-a para perto de mim e a beijei apaixonadamente.

Seus lábios eram macios e quentes. O gosto de sua boca lembrava canela. Era delicioso.

Ela correspondeu ao beijo avidamente.

Percebi que ela estava nas pontas dos pés. Eu era muito mais alto que ela.

- Vem cá minha baixinha – disse, sentando-a em cima da mesa que estava próxima de nós.

Ela afastou as pernas e me encaixei entre elas, procurando sua boca novamente. Minhas mãos seguravam sua cintura e as dela afagavam meus cabelos.

Ficamos nos beijando por um longo tempo sem falarmos uma palavra sequer.

Retirei as mãos de sua cintura e coloquei uma de cada lado do seu rosto, forçando-a olhar pra mim.

- Nessie, eu te amo – sussurrei. – Me apaixonei por você desde a primeira vez que a vi. – Meu olhar era cheio de paixão.

- Eu também te amo, Jacob – ela falou delicadamente.

Aquelas palavras eram tudo o que eu queria ouvir. Soaram como música em meus ouvidos.

“Ela também me amava...”. Como fui burro em não ter percebido antes. Quanto tempo perdido...

Ainda segurando seu rosto, beijei-a com sofreguidão, de uma forma bem mais ousada que antes. Apertei meu quadril entre suas pernas, fazendo-a soltar um gemido baixo. Eu não sabia por quanto tempo mais eu me controlaria. Minha vontade era possuí-la ali mesmo.

- Jacob, faça amor comigo. – Ela me pediu de uma forma tão doce que e ao mesmo tempo tão sedutora que quase fui à loucura.

Mas não tinha certeza se era certo aproveitar-me daquela situação em que ela se encontrava. Não queria me deixar levar por meus desejos e me arrepender depois. Verdadeiramente tinha minhas dúvidas se ela estava em condições de tomar qualquer decisão que fosse. Nessie merecia que sua primeira vez fosse especial e eu não podia estragar isso.

Peguei-a no colo e a levei para meu quarto, deitando-a na cama.

- Nessie, vamos com calma, meu amor. Você precisa descansar. Relaxa um pouco enquanto vou ao banheiro tirar essas roupas molhadas. Eu já volto.

Ela fez uma carinha de decepção e abaixou os olhos, evitando me olhar.

- Nessie, o que foi?

- Eu não desperto nenhum desejo em você, né? Também o que iria querer com uma virgem inexperiente como eu? Eu sou uma boba mesmo. – Seus olhos estavam úmidos.

- Nessie – disse, sentando-me do seu lado – se você soubesse o tamanho do esforço que estou fazendo para não deitar-me nesta cama agora e fazê-la minha, você não diria isso. Eu a quero mais que tudo na vida, mas não sei se é o momento certo. Você está tão abalada emocionalmente.

- Jacob, eu sei muito bem o que eu quero. Eu quero você.

Eu precisava fugir dali antes que fosse tarde demais.

- Eu só vou me trocar e já volto, prometo.

Entrei no banheiro o mais rápido que pude. Se ficasse um segundo a mais a seu lado não resistiria.

Despi-me e ri do que vi. Se Nessie me visse naquele estado provavelmente soltaria um “SANTO DEUS!!” mais alto ainda.

Coloquei o chuveiro no modo “frio” e deixei a água gelada cair na minha cabeça. Um tremor percorreu meu corpo, mas isso ajudaria a controlar minha excitação.

Me sequei e coloquei uma calça de moletom confortável e uma camiseta branca, minha roupa de dormir favorita.

Quando voltei para o quarto Nessie dormia serenamente. Fiquei admirando-a. Ela era perfeita. Tinha uma mistura de menina e mulher que a deixava irresistível.

Levantei o edredom e me deitei ao seu lado. Seu corpo estava quente e macio. Uma perdição!!

Me aproximei mais, encostando-me nela.

- Noossa, Jacob! Você está gelado – ela falou rindo um pouco.

- Então me esquenta. Tomei banho frio por sua causa – disse rindo também.

Ela se virou de frente pra mim e me abraçou, colando seu corpo ao meu.

Sem conseguir me controlar, apertei-a em meus braços, procurando sua boca, cheio de desejo.

Parei o beijo e comecei a beijar seu pescoço e orelha. A cada beijo ela se contorcia de prazer.

- Nessie – quase não tinha fôlego para falar – desse jeito a gente vai acabar....

Com sua língua em minha orelha ficou difícil terminar a frase.

Soltei um gemido e sem pensar muito me virei, posicionando meu corpo sobre o dela.

- Nessie – disse olhando em seus olhos – você tem certeza?

- Tenho – ela disse num misto de vergonha e luxúria – mas... dá pra apagar a luz?

- Esse pedido tem a ver com o “Davi”? – Perguntei rindo.

- Hum!! Não me faça lembrar daquilo senão eu fujo – falou, rindo também.

- Posso te contar um segredo? – Sussurrei em seu ouvido, provocando-lhe calafrios. – É a primeira vez que farei amor também.

E assim, naquele raiar do dia, cheio de ternura e entorpecido de desejo eu a fiz mulher.

Dormimos abraçados, exaustos e completamente saciados.

- Bom dia, meu amor. – Acordei-a enquanto colocava uma mesinha com café-da-manhã em sua frente, na cama.

Ela se sentou ainda sonolenta e só aí se deu canta que seus seios estavam à mostra, pra meu completo deleite. Era a primeira vez que os via na claridade e não pude deixar de admirá-los.

Seu rosto corou intensamente. Num movimento rápido puxou o lençol, cobrindo-se.

- Talvez você não se lembre do que fizemos de madrugada, mas te digo que é um pouco tarde para escondê-los de mim – falei sorrindo maliciosamente.

- Se vai me matar de vergonha, deixe-me morrer de barriga cheia – falou, evitando olhar pra mim.

Ela começou a comer.

- Nessie, seus pais devem estar preocupados.

- Eles estão viajando. Nem sabem que não dormi em casa. Vou ligar pra eles depois.

- Quando chegarem quero me apresentar a eles como seu namorado.

Ela parou de beber o suco e me deu um sorriso encantador.

- Namorado?

- Sim, Srta. Cullen. A menos que não queira ser minha namorada? Não me aprovou na cama? – Perguntei, deixando-a mais uma vez ruborizada.

- É claro que quero ser sua namorada. E, se quer saber, você é deliciosamente perfeito na cama.

Era incrível como ela conseguia passar de menina tímida para uma mulher maliciosa num piscar de olhos.

Poucos segundos depois ela estava em meus braços gemendo de prazer enquanto fazíamos amor novamente.

Eu era o homem mais feliz do mundo.


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