Borboletas escrita por sweetheart


Capítulo 1
O que diabos são borboletas no estômago?


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Essa one shot eu escrevi há bastante tempo. Revirando no meu computador eu achei e resolvi incrementar algumas coisas, revisar e postar. É uma das coisas mais fluffys que escrevi, confesso.
Eu gosto dela porque ela tem um tom inocente que combina muito com o Natsu ldksldksça~ç. Enfim, espero que gostem! ♡



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Natsu caminhava tranquilamente pela estrada que dava acesso à Magnólia. Era uma tarde relativamente quente. Happy o seguia voando logo atrás, brincando com as folhas secas que voavam em direção à ele. Era verão e eles acabavam de voltar de uma missão. A guilda ainda estava tentando se reerguer e eles precisavam se distrair. Lucy não fora com eles porque estava com um terrível resfriado, e, ela pediu humildemente que não interrompessem suas atividades por causa dela — o que era besteira, porque de fato, ele tinha uma marca no rosto agora, resultado de um soco que levou na missão por estrar distraído demais, pensando no estado dela. Após um ano longe, tudo o que ele fazia ultimamente era pensar nela. Aquele dia não seria diferente.

Já podia avistar a cidade agora e ouvir o barulho da multidão.

Pela estrada, de frente à ele, duas meninas saiam da cidade. Elas conversavam empolgadamente. Uma delas, balançava os braços e dava pulinhos. A cena era um tanto cômica. Ele teve vontade de rir. Pôde capitar parte da conversa, quando elas passaram por ele.

"Oh, ele é tão lindo, Aika!" Uma delas disse, com os olhos brilhando.

"Jura?" A outra tinha perguntado.

"Sim, ele me faz sentir com borboletas no estômago."

E Natsu não deixou de achar aquilo estranho. Afinal, o que diabos era "borboletas no estômago"? Como alguém podia comê-las e gostar da sensação de ter algo voando e se remexendo dentro de si? Natsu sentia ânsia só de pensar em tal cena.

Mas espere... Já tinha ouvido aquela expressão várias vezes. E se o que ele pensava for errado? Tinha que perguntar a alguém.

Despachando Happy — ele não queria que o amigo o visse em tal situação constrangedora — seguiu seu caminho até a casa dela.

.

.

Dessa vez, ele teve a decência de bater na porta, o que nunca fizera durante toda a sua vida. Sentia-se estranhamente tímido.

Lucy abriu a porta para ele, com aquele sorriso que só ela tinha. Aparentemente, ela já estava bem melhor, para o seu alívio e acalentar do seu coração, que não parava de palpitar desde que decidiu vê-la.

— Natsu! Entre! — Ela disse, entrando no apartamento e deixando o caminho livre para ele passar.

— Yo, Lucy! — Natsu sorriu ao entrar, encarando-a. — Já está melhor?

— Estou sim. Obrigada por se preocupar... — Ela fechou os olhos ao sorrir. Se ela tinha percebido o quanto era diferente o fato de ele bater na porta para entrar, não tinha demonstrado nada. — Ei, onde está o Happy? — Ela perguntou, notando a ausência do amigo alado.

— Ah... — Não posso dizer que eu o dispensei para vir aqui, vai parecer estranho. Pensou. — Ele foi ver a Charlie... — Disse a primeira coisa que veio em mente.

— Ah... entendo. — Ela deu um sorriso forçado. Ela parecia tão nervosa quanto ele por estarem a sós.

— Então... Lucy... poderia me responder uma coisa?

— Si-sim?

— O que são "borboletas no estômago"? — Ele perguntou, corando.

Lucy arregalou os olhos e engoliu um seco de ansiedade.

— Ah, é uma coisa... feminina.

— Como alguém pode “comer borboletas”?

Lucy suspirou. Ele realmente estava falando sério.

— Natsu... — Ela abafou um riso.

— Ei, estou falando sério... me responda! Como se come borboletas? — Ele insistiu e Lucy estava perdendo a paciência diante do nervosismo.

— Natsu, isso é só uma forma de falar. É uma sensação que temos quando algo que queremos ou ansiamos muito... acontece. Então, nos sentimos assim... com... borboletas no estômago.

— Mulheres são mesmo estranhas! — Natsu disse, com uma expressão pensativa, tentando imaginar como seria aquela sensação. Para ele, tudo estava muito figurado ainda.

Lucy sabia que ele não tinha compreendido, mas, aquele comentário tinha sido o ápice. Sua paciência se esvaiu.

"Como assim nós mulheres somos estranhas? Seu idiota insensível!", ela gritou em seus pensamentos.

Ela o faria entender o significado dessa expressão. E faria agora.

Aproximou-se dele rapidamente, colando seu corpo contra o corpo forte e esguio. Ele lhe olhou com os olhos arregalados, e, ela suspirou perto da boca dele — provocando um ligeiro arrepio no mesmo, ela mesma pôde sentir. Ergueu os pés, nivelando suas alturas e roçou os lábios lentamente nos dele, seus lábios selando-o demoradamente. Os lábios deles eram quentes e úmidos, quase febris. Após minutos que mais pareciam horas, ela se afastou, mas não quebrando o contato visual. Sabia que tinha o pegado de surpresa, e, por mais que ela quisesse aprofundar aquele beijo, sabia que ainda não era o momento certo.

A troca de olhares era intensa. Natsu aumentou o ritmo da respiração, seu peito subindo e descendo com maior frequência, mas mesmo assim, silencioso. Ele piscou duas vezes ainda encarando-a e ela respirou fundo. Ergueu uma mão até o próprio lábio, ainda olhando para ela, estupefato.

Lucy deu um pequeno sorriso de canto antes de dizer:

— Isso são borboletas no estômago.

Ao menos aquele era um belo jeito de começar.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Comentem.
Haha, espero que o Mashima faça algo mais quente no mangá, socorro. UHSDSHADUSHAI