Prólogo

PDV Isabella Swan

“ – Você... não... me quer? – experimentei dizer, confusa pelo modo como as palavras soavam, colocadas nessa ordem.

— Não.

Eu olhei, sem compreender, os olhos dele. Eu sabia que estava sonhando, eu sabia o que viria depois, eu praticamente me ajoelharia aos seus pés para que ele me levasse com ele e a sua família, mas quando ele respondeu essa pergunta com um simples não, eu soube que isso mudava tudo.

— É claro que sempre a amarei... de certa forma. Mas o que aconteceu na outra noite me fez perceber que está na hora de mudar. Porque... estou cansado de fingir uma coisa que não sou, Bella. Não sou humano. – Eu sabia que ele não falava só do que aconteceu durante a minha festa de aniversario com o Jasper, ele falava das marcas no meu corpo. A noite do meu aniversario tinha sido tão perfeita, eu tinha me entregado a ele totalmente e incondicionalmente. Porém na manhã seguinte eu acordei com Edward ao meu lado me olhando como se tivesse sido a pior noite da sua vida, como se ele tivesse feito algo cruel e imperdoável. Mas logo depois ele me mostrou as marcas que ele havia deixado no meu corpo. Para mim aquilo não havia sido nada comparado ao prazer que eu sentir, mas para ele isso era o que faltava para a sua decisão. – Permiti que isso durasse tempo demais, e lamento.

— Não lamente. – Eu não me lamentava de nada e se pudesse faria tudo de novo. – Não faça isso.

Ele simplesmente olhou para mim, e em seus olhos eu pode ver que minha palavras chegaram tarde demais. Ele tinha feito.

— Você não é boa para mim, Bella...”

Acordei ofegante, e com lagrimas nos olhos. Minha cama estava uma bagunça assim como a minha cabeça. Faziam já um tempo que eu não tinha mais esses pesadelos. Tentei acalmar a minha respiração e clarear os meus pensamentos. Peguei o meu celular e vir que era cinco horas da manhã, e pelo jeito eu não iria mais dormir.

Já havia passado sete meses que os Cullen foram embora, muita coisa mudou na minha vida. Eu não era mais a garotinha que eles, principalmente ele, haviam deixado para trás. Por um tempo eu tentei esquecer eles, todos eles. Mais como? Tudo me lembrava deles, tudo me lembrava ele, principalmente ele.

Sair da cama e fui direto para o banheiro fazer a minha higiene. Depois de terminar o meu banho fui vestir a minha roupa habitual, uma blusa com mangas compridas branca e uma calça jeans. Amarrei o meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo e sair do quarto. Desci as escadas e fui para a cozinha fazer o café da manhã. Decidi fazer panquecas e suco de laranja, era o que Charlie mais gostava de come de manhã. Nem bem tinha começado a fazer a massa das panquecas quando Jacob apareceu na cozinha me dando um susto. Maldita hora que Charlie deu uma chave da casa para ele.

— Você só pode esta querendo me matar Jacob! Essa é a terceira vez na semana! Terceira! – Disse com raiva. Toda vez era isso, ele entrava em silêncio só para me assustar.

— Desculpa. – pediu com cara de cachorro arrependido. Quase caio nessa de novo. – Mais é muito engraçada a sua cara de susto. – o idiota completou rindo de mim. Notei que ele estava usando uma bermuda, que antes era uma calça, e uma camisa leve. Acho que Jake nunca iria sentir frio novamente.

— Tá tudo certo para hoje? – perguntei querendo mudar de assunto.

— Mais é claro que está. Falei com a Sue e ela aceitou. E os meninos vão está esperando por nós no horário combinado lá no penhasco. O dia parece que vai ser de sol. – comentou rapidamente – Charlie e outros homens vão caçar o lobo gigante hoje a tarde na floresta. Ele e o Harry estão indo para ajuda a esconder os nossos rastros.

— Que bom. – disse dando um sorriso e voltando a fazer a massa da panqueca. – Já que você está aqui porque não me ajuda a fazer o suco de laranja? – Há algumas semanas pessoas estavam desaparecendo e corpos sendo encontrados na floresta. Todos achavam que era um lobo gigante que estava matando as pessoas, mais eu sabia que não era um animal. Era com certeza um vampiro.

— Por onde começo? – perguntou esfregando as mãos.

— Você pode começa espremendo essa laranja, enquanto eu termino as panquecas, pode ser? – Ele concordou com a cabeça e foi em direção a mesa aonde as laranjas estavam. – Cadê o Seth e a Leah?

— Eles estão com a Sue. Ela estava reclamando que os filhos quase não tinham tempo para ela, então eles decidiram passa a manhã com ela – explicou. – Eles ainda não acordaram?

— Não Jake, mas daqui a pouco você pode chamar eles para vim tomar o café. – respondi terminando de fazer as panquecas.

— Bom dia crianças! – saudou Charlie entrando na cozinha.

— Bom dia pai!

— Bom dia Charlie!

— Bells! O que faz acordada a essa hora? – perguntou Charlie, normalmente eu só acordava por volta das seis e meia.

— Eu não conseguir mais dormi e resolvi fazer logo o café. – explique sem querer dizer que os pesadelos estão voltando novamente.

Antes que Charlie ou Jacob pudessem me pergunta algo, eu escutei sons de pezinhos descendo as escadas vindo em direção a cozinha. Olhei para o meu pai e o Jake de forma ameaçadora que damos o assunto como encerrado por aquele momento. Me virei em direção a entrada da cozinha e vi as duas razões da minha vida. A minha pequena Renesmee e o meu pequeno Anthony, que a cada dia crescem mais. Eles tinham a aparência de uma criança de três anos de idade. Eles eram a mistura perfeita entre Ele e eu. Como eu podia esquecer Dele tendo dois pedaços dele na minha vida.

— Bom dia mamãe! – disseram os meus dois anjinhos.

Mamãe, nunca pensei que algum dia pudesse ser chamada assim.