O Jogador de Basquete e o Gótico escrita por Creeper


Capítulo 25
Quebra-Cabeça de Sentimentos (1)


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura,meus amores♡!!!!!!
Viram só? Consegui postar domingo ^-^ ! Isso significa que a postagem voltou a ser aos domingos ao invés de começar a ser nas quartas-feiras! Espero que gostem!



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O dia passou-se lento e tedioso,Cassie não parava de falar,no final,nem tivemos teste.
E pela primeira vez,eu fiquei com meus amigos no intervalo,incluindo Brady que se afastou de sua turminha (que lógico ficou curiosa e protestou) para ficar conosco. Foi divertido,rimos e fizemos palhaçadas,até que o colégio não era mais tão chato quanto costumava ser...Talvez eu só precisasse da compainha das pessoas certas e deixar de ser aquela pessoa quieta no meu canto,não que eu tenha deixado de fazer isso,pois não deixei.
No final da aula,fui até a sala de Benson,tinha assuntos para tratar.
—Entre.-ele disse assim que bati na porta.-Drew!-sorriu ao me ver. Benson estava sentado em cima de sua mesa,uma mão segurava uma xícara de café e a outra alguns papéis que olhava fixamente,um olhar cansado e as olheiras profundas e arroxeadas deduravam a falta de sono.
—Algum problema?-arqueei uma sobrancelha.
—Nenhum.-Benson bocejou.-Precisa de algo?
—Quero sair do cargo de ajudante.-suspirei.
—O que?!-Benson se engasgou com o café que tomava.
—Você prometeu me dar boas notas,mas como pode ver,a sua ex-namorada pediu demissão. -eu disse cruzando os braços e me encostando no batente da porta.
—Bem,eu posso ter chances com a professora nova...-ele alisou seu bigode.
—Nunca.-eu disse sério. -Aquela professora é minha...-fiquei meio indeciso,ela era considerada minha "irmã" por ser irmã de Jack que era meu "irmão",mas também era considerada minha "tia" por parecer irmã de Amanda. Complicado.-Faz parte da minha família.-disse por fim.-Ela não ficaria com você. -disse com desprezo.
—Bem que você podia arranjar um encontro com ela para mim,né?-Benson riu.
—Mulherengo.-murmurei com nojo.-Enfim,eu quero minha liberdade de volta.-pedi.
—Mas quem vai me ajudar?-Benson perguntou.
—Arranje alguém, mas me deixe em paz.-suspirei.
—Ah,Drew...-Benson colocou a caneca em cima da mesa e andou até mim.-Está vendo isso? São reclamações! Os alunos me odeiam!-mostrou as folhas.
—Eu também te odeio.-disse como se fosse óbvio.
—Não faça isso comigo,acabei de perder minha namorada...-Benson choramingou.
—O problema não é meu! E seu namoro já estava perdido faz tempo!-eu disse,já estava cansado daquilo tudo.-Eu decidi que minhas notas vão melhorar por minha causa,por meu esforço! Não quero depender dos outros para isso! E,outra,meus problemas estão resolvidos,terei mais tempo para me concentrar.-suspirei.-E,de agora em diante tenho um compromisso,uma promessa a cumprir.-ajeitei a alça em meu ombro que sustentava a mochila.
—Então é o fim?-Benson perguntou derrotado.
—Você vai achar alguém. Tente os alunos novos, com sorte os boatos não chegaram até eles.-suspirei me retirando da sala.
Sem querer acabei esbarrando com alguém e esse alguém era ninguém mais,ninguém menos que Brady.
—Brady...-eu disse com tédio.
—Eu estava te procurando,não te achei na quadra...-Brady disse massageando a nuca.
—Eu não vou mais ficar para os treinos.-suspirei aliviado.
—Brady,o convença de continuar sendo meu ajudante!-Benson implorou de joelhos no chão.
—Não faça isso.-eu disse com a voz assustadora.
—Por favor!-Benson pediu.
—Não. -eu disse.
—Faça!-Benson choramingou.
E Brady ficou olhando de mim para Benson como se estivesse assistindo a uma partida de tênis.
—Olha,você é como um pai...-Brady disse olhando para Benson.-Você...-me olhou.-Você sabe o que é.-suspirou.-É como dizem,sorte no amor e azar no jogo.-passou o braço por meus ombros.
—Não seria ao contrário?-questionei.
—Brady!-uma líder de torcida correu em nossa direção e praticamente se jogou em Brady.
—Daysy?-Brady se assustou enquanto tentava afastar a garota.-Que roupa é essa?
—Me vesti especialmente para torcer para você nos jogos,talvez assim você se lembre que eu existo!-Daysy disse.-Você não ficou hoje comigo na hora do intervalo!-ela inflou as bochechas.
—Foi mal,linda...-Brady tentou.
Revirei os olhos e me retirei dali.
—Espera aí!-Brady gritou.
—Prefere ele do que eu?-ouvi ela questionar.
—Sim.-Brady disse na cara dura e me alcançou.-Ei,porque saiu de lá? -me perguntou.
—Não ia ficar vendo você paquerando ela.-bufei.
—Ciúmes?-Brady disse malicioso.
—Não!-eu disse revirando os olhos.-Só não gosto de servir de vela.
—Eu ainda vou provar que você tem ciúmes de mim!-Brady cantarolou.
—Vai lá correr atrás da bola,eu tenho compromisso. -suspirei.
—Que compromisso? -Brady arqueou uma sobrancelha.
—Buscar a Lily.-suspirei.
—Mas você ia na minha casa.-Brady fez biquinho e cruzou os braços.
—Fica pra outro dia,eu prometi pra Lily.-chegamos na porta de entrada.
—Prometa para mim,então!-Brady estendeu o mindinho.
—Deixa de ser infantil!-revirei os olhos.
—Drew.-Brady me olhou nos olhos.
—Tudo bem,prometo que vou na sua casa.-bufei enquanto encostava meu mindinho no dele. -Bom treino!-me despedi.
—Espera!-Brady me puxou pelo braço.-A gente se vê amanhã? -perguntou sorrindo.
—Olha,possivelmente, já que estudamos na mesma escola.-eu disse. Antes de me soltar,Brady beijou o alto de minha cabeça enquanto alisava meus cabelos. Outra vez senti meu coração batendo mais rápido.-E-Estamos n-na escola! E se alguém nos ver?-me afastei.
—Todos precisam saber.-Brady suspirou.
—C-Claro que não!
☆☆☆
Cheguei a escola onde Lily estudava graças as informações que Cassie me deu durante o intervalo.
Era toda colorida e alegre,dava até felicidade ao estudar.
Entrei pelo portão da frente e logo dei de cara com Lily brincando no parquinho com Açucena.
—Tio Drew!-ela correu e me abraçou.-Você veio!-sorriu.
—Claro que eu vim!-sorri.-Eu prometi que viria!-retribui o abraço.-Oi Açucena!-acenei.
—Olá!-ela acenou sorrindo timidamente.
—Então, vamos?-soltei Lily.
—Posso dormir na sua casa hoje?-Lilian perguntou sorrindo.
—Claro!-a peguei no colo.-Como vai a vida na casa nova?
—Ótima!-Lily sorriu.-Mamãe sempre brinca comigo! E tia Cassie anda me ajudando nas tarefas de escola!
—Sabia que ela é minha professora?-fiz uma careta de quem chupou limão azedo.
—Sabia,ela me contou ontem a noite! Mas era segredo,por isso não te contei!-Lily segurou o riso.
—Bem,espertinha!-revirei os olhos e ri.-Tchau,Açucena!
—Tchau!-Açucena sorriu e se juntou as outras criancinhas que esperavam por seus pais.
Durante o trajeto ficamos conversando e brincando,tá certo que Lily era um pouco pesadinha de se carregar nas costas (ela queria brincar de aviãozinho ),mas ignorei esse fato,vê-la sorrir já compensava.
Ao chegar em casa,foi uma surpresa para Amanda,mas ela ficou muito feliz e tratou de arrumar o quarto para Lily dormir. Pedimos pizza e ficamos só nós três em casa,assistindo desenhos animados na TV até a hora de dormir.
—Tio Drew,conta uma história?-Lily perguntou toda meiga enquanto eu a cobria. Ela já estava deitada em sua cama e eu pretendia ir me deitar também, porém ela fez esse pedido.
—Sim...-sorri sem jeito.-Bem...-pensei.-Era uma vez...Hã...Um ovo de galinha que acabou se apaixonando por um porco,os dois moravam na mesma fazendo,só que ambos acabaram sendo fritos e viraram café da manhã. Fim.-sorri vitorioso por ter inventado algo decente. Algo decente para um livro de idiotices,isso sim.
—Não é assim!-Lily protestou com cara de choro.-Eu te conto uma história!-suspirou.-Era uma vez...-começou.-Um príncipe,ele vivia no reino das bolas laranjas...Todos os moradores do reino viviam do basquete.
—Como se vive disso?-arqueei uma sobrancelha.
—Ué,basquete seria as plantações de bolas laranjas.-Lily disse como se fosse óbvio.-Enfim,o príncipe por muito tempo vagou sem rumo,ele estava em busca de alguém para se casar,em um belo dia,encontrou em um reino distante,conhecido como reino das trevas,uma princesa fada gótica.
—Eu vou te sufocar com essa boneca!-ameacei segurando Safira com força.
—A princesa fada gótica não queria aceitar os sentimentos que tinha pelo príncipe,ela recusava responder de maneira gentil as formas de declarações do príncipe. Até que certo dia,fadas Aladas Unidas Felizes,mais conhecidos como A.U.F. para abreviar o nome,deram um jeito de unir esse casal! Depois de muito esforço,a princesa fada gótica percebeu que estava apaixonada pelo príncipe! Depois de darem um beijo de amor verdadeiro...-fez barulho de beijo enquanto encostava as mãos como se fossem bocas.-Se casaram! Como não podiam ter filhos,pois a lei do universo não permitia...
—Por que não podiam ter filhos?
—Porque a cegonha não passava pelo reino naquela época, sabe? Era um reino bem distante,a viagem era longa demais...Não tinha cegonha.-Lily explicou.-Então, o príncipe e a princesa fada gótica adotaram um bebê no orfanato!
—Mas você acabou de dizer que a cegonha...
—Só que esses bebês nasciam de brotos de flores! Eram especiais!-Lily disse.-E viveram felizes para sempre! Ah,esqueci de dizer que a família da princesa apareceu para a cerimônia no castelo! Foi muito bonita a cerimônia.
—Da onde tirou isso?-ri nervoso.
—Uma contadora de histórias não revela suas fontes!-Lily piscou um olho.
—Certo...-revirei os olhos.
—Gostou da história, tio Drew?-Lily sorriu.
—Muito.-sorri bagunçando seus cabelos.-Boa noite,pequena.-beijei o alto de sua cabeça.-Durma bem e tenhas doces sonhos.
—Boa noite...-Lily bocejou fechando os olhinhos.
—Que história suspeita...-pensei me levantando e apagando a luz.-Lily,eu sei que foi alguma delas que lhe contou...-sorri de canto e revirei os olhos enquanto fechava a porta.
☆☆☆
Já estava pronto para dormir,ou seja,já havia escovado meus dentes e vestido meu pijama. Mas,por algum motivo não conseguia dormir. Não sei qual,mas simplesmente não era possível fechar os olhos e pegar no sono.
Me enrolei em meu cobertor como fazia quando era criança e com os pés descalços fui até o quarto de Nanda,bati duas vezes na porta e logo ouvi sua doce voz dando permissão para que entrasse.
—Nanda...-eu disse envergonhado.-Não consigo dormir.
—Ora,está com medo?-Amanda riu.-Vem aqui.-deu leves tapinhas na cama,indicando para que eu me sentasse.
Fiz o que ela mandou e me aconcheguei.
—Qual o problema?-Amanda sorriu alisando meus cabelos.
—Só não consigo dormir.-fiz biquinho.
—Quer conversar?-Amanda perguntou.-Como foi seu dia hoje?
—Bem...-pensei.-Você sabia que a Cassie é minha professora?
—Sabia!-Amanda segurou a risada.-Amizades novas?
—Na verdade,amizades renovadas.-dei um pequeno sorriso me lembrando daquela turminha.
—Que ótimo, lembre-se que...
—Toda mãe gosta de ver seu filho se enturmando.-sorri revirando os olhos.
"—Deveria sair com ele.-Amanda sugeriu.
—Estava ouvindo nossa conversa?-finalmente coloquei um punhado de miojo na boca.
—Drew,eu ficaria feliz de vê -lo fazendo amizades.-Amanda fez biquinho.-Toda mãe gosta de ver os filhos se enturmando.-suspirou sonhadora.
"
—Por falar em amizades, como vai o Brady?-Amanda sorriu.
—B-Bem...-olhei para o lado um pouco nervoso.-Está bem.
—Ei,e da onde vieram aquelas flores?-Amanda perguntou.
—NÃO FOI ELE QUEM ME DEU!-respondi rapidamente.
—Mas eu não disse isso...-ela se assustou.
—É,a-aquelas f-flores...Vieram do jardim da Margo.-ri nervosamente.
—São bonitas!-Amanda sorriu.
—E,então...-suspirei.-Como vão as coisas com Erick?
—Ótimas!-Amanda sorriu.
—Como o conheceu?-arqueei uma sobrancelha.
—Bem,há três anos,eu ia na biblioteca com frequência para pegar livros,na maioria das vezes não lia por prazer e sim porque era obrigada a estudar. Sempre via Erick ajudando seu pai,vez ou outra trocávamos palavras,mas apenas simples "oi" ou "vou levar esse livro"...-Amanda suspirou.-Um dia,o pai de Erick havia saído e deixado a biblioteca em suas mãos,já estava a noite,perto de hora de fechar,então eu já ia indo embora,mas Erick me parou,dizendo que era perigoso uma moça sair a noite sozinha,ele se ofereceu para me acompanhar,após pensar na proposta,aceitei,durante o caminho,não nos falamos,o silêncio estava me incomodando,por isso decidi puxar assunto. Enfim,acabamos conversando e percebemos que nossos gostos eram parecidos.-sorriu.-Depois disso,passamos a nos encontrar e viramos amigos,passou-se um ano e eu finalmente me dei conta que estava gostando dele...
—Mas só foram começar a namorar esse ano?-perguntei.
—Sim,ambos tínhamos medo de levar um fora,mas no final,nós dois gostávamos um do outro!-Amanda sorriu,suas bochechas um pouco rosadas.
—Uau...-eu disse encarando o teto.-Realmente o ama,certo?
—Muito...-Amanda suspirou apaixonada.
—Irão se casar?
—Espero que sim...Você não ficaria chateado,não é?-Amanda me olhou preocupada.
Amanda,a única coisa que me deixa chateado é você esconder as coisas de mim. Pensei em insitir naquele mesmo assunto,mas era melhor não pressiona-la.
—Claro que não.-dei um pequeno sorriso.-Contanto que não se esqueça de mim.
—Isso é impossível!-Amanda me abraçou. -Ainda me lembro do dia em que nos vimos pela primeira vez,nem imaginava que você viraria esse mocinho que é hoje...
Ficamos conversando um bom tempo,lembrando do passado e falando sobre o presente,era tanto assunto, até me esqueci como era bom conversar com Amanda desse jeito,nem notamos a hora passar,foi divertido.
—Nanda.-a chamei.-Você é minha mãe, sim. Desculpa por nunca admitir.-confessei um pouco sem jeito.-Nanda?-olhei para o lado e vi que ela dormia profundamente.-Ai,Nanda...-suspirei sorrindo.
Me levantei com cuidado e delicadamente cobri Nanda para que não sentisse frio.
—Boa noite.-sorri lhe dando um beijo na testa.
Talvez eu nunca tivesse percebido como Nanda era valiosa para mim,foi ela quem cuidou e me criou,fui um ingrato ao "ignora-la" durante todos esses anos por causa da mágoa que eu tinha por ela ter mentido. Muitas vezes ela ouviu palavras minhas que a machucaram,ela apenas ficou quieta e esperou eu ir falar com ela.
—Desculpa...-sussurrei fechando a porta.
☆☆☆
Já passava da hora de dormir,amanhã eu teria aula,mas...
Encarei o diário por um tempo,mordi o lábio inferior enquanto decidia lê-lo ou não.
—Vamos lá...-suspirei abrindo o diário.
" ~Ano 2000,Mês Outubro~
Querido Diário,
Jerry anda saindo com mais frequência,tem vezes que nem dorme em casa,não queria me importar,mas é impossível, me incomoda sim.
Hoje,eu e Gisele combinamos de segui-lo,talvez fosse arriscado demais, mas eu precisava tirar minha dúvida.
Jerry saiu após o jantar,foi andando,decidimos segui-lo de carro, afinal,eu estava carregando uma criança em minha barriga,se passasse mal,seria mais fácil me levar ao hospital. Por falar em criança,Jerry não voltou a insistir naquele assunto,mas vez ou outra me manda olhares ameaçadores,nós nem sequer trocamos palavras,meus pais não interferiram em nada,mas eles não gostam da presença dele. Será que eu estou fazendo a coisa certa? Acredito que não. Ah...
Seguimos Jerry até chegarmos em uma linha de trem abandonada,lá ficamos (escondidas) o observando,duas horas depois um carro chegou para busca-lo.
"Parece que ele vai sair da cidade" ,foi o que Gisele disse.
Respondi: "Vamos segui-lo,tenho que descobrir quem realmente mora debaixo do nosso teto. Como diz o ditado: 'Me diga com quem andas,que te direi quem é ' !"
O seguimos,e,realmente ele estava saindo da cidade,chegamos em um terreno que mais parecia uma fazenda,as plantações estavam todas secas e a cerca caindo aos pedaços,em uma parte do trajeto tivemos que abandonar o veículo,caso contrário ele nos veria. Jerry e um cara entraram no que parecia ser um celeiro. Era tarde da noite,o que eles iriam fazer?
Quando tivemos certeza de que eles não nos veriam,entramos. Eu e Gisele nos surpreendemos ao ver caixotes ,alguns carregavam drogas e outros dinheiro.
Ouvi Jerry perguntar: "Mais alguém veio pegar empréstimo? "
O cara respondeu: "Não,mas alguns jovens vieram pegar uma parte do estoque de drogas que chegou ontem".
A essa altura eu e Gisele estamos chocadas,minha irmã já queria chamar a polícia,mas eu pedi que ela esperasse.
O cara perguntou: "Vai voltar pra casa hoje? Se precisar de carona me avise, mas tem que ser logo,mais tarde vou buscar um carregamento..."
Jerry respondeu cuspindo no chão : "Prefiro passar a noite aqui do que voltar para aquela casa."
Então era por isso que ele não voltava para casa...
Gisele me cutucou dizendo assustada: "Vamos embora logo,temos problemas!"
Olhei por cima de seu ombro e alguns caras vinham em direção ao celeiro,eles me davam arrepio só de olhar. Demos a volta no celeiro e esperamos eles entrarem,então corremos até o carro e Gisele se pôs a dirigir.
Gisele estava nervosa,assim como eu,meu coração estava acelerado e a respiração ofegante.
"Vamos chamar a polícia" Gisele mandou.
Dessa vez eu não iria insistir para que Jerry ficasse,lembrando que Drew precisava de um pai,se fosse para ter um pai assim,seria melhor nem tê-lo. Eu mesma estava assustada.
E foi o que fizemos.
"
—C-Como assim?-sussurrei incrédulo, aquelas informações eram muito importantes.-Cada vez mais acredito que Jerry possa ser o chefão com quem Jack se meteu...-estava surpreso. Suspirei derrotado. -Onde será que essa história irá parar?
" ~Ano 2000,Mês Novembro~
Querido Diário,
Eu estou indignada com a justiça.
Eu e Gisele denunciamos Jerry,juramos que havíamos visto tudo e até levamos a polícia até o celeiro,mas ao chegar lá eles não encontraram nada,tudo havia sumido. Gisele voltou a acusar Jerry,mas o advogado dele provou o contrário,os pais dele também não acreditaram nessa história, afinal,na visão deles,Jerry era o filho perfeito.
Mas eu não consegui ficar quieta olhando tudo,o mínimo que eu podia fazer era expulsar aquele homem da minha casa.
Jerry perguntou incrédulo: "Não era você mesma que disse que essa criança precisava de um pai?! E agora está me expulsando de casa?!"
Eu disse com nojo: "E não foi você mesmo que me mandou abortar?! O que foi? Mudou de idéia? Decidiu ser pai agora? Você nem nunca gostou da idéia de morar aqui!"
Jerry respondeu: "Madeline,você sabe que eu ainda te amo..."
Respondi: "Se realmente me amasse,assumiria ser pai dessa criança e falaria comigo,pelo menos me olharia nos olhos!"
Jerry pensou,mas depois de um tempo voltou a falar: "Eu te amo sim,só não consigo aceitar a gravidez. Por favor,não tenha esse bebê,vamos recomeçar de novo,nos casaremos e quando ambos estivermos prontos,teremos outro filho."
Não me segurei e dei um tapa no rosto de Jerry,o deixando ainda mais incrédulo,com a voz embargada falei: "Saía agora! Ou eu te denuncio!"
Jerry me olhou de modo ameaçador e antes de sair disse: "Madeline,eu vou voltar,e você irá se arrepender."
Suspirei derrotada,sentei-me no chão e abracei meus joelhos (Quero dizer,tentei, já que a barriga não permitia) ,chorei baixinho,para que não incomodasse ninguém.
Jerry finalmente havia saído de minha vida,mas...Durante quanto tempo?
"
" ~Ano 2000,Mês Dezembro~
Querido Diário,
Jerry não deu as caras,isso foi um alívio.
Finalmente o Natal (bem,a véspera ) havia chegado,estávamos em clima de festa,todos felizes e animados. Eu,meus pais e minha irmã estávamos na sala,assistindo ao especial de Natal enquanto tomávamos chocolate quente,a casa toda estava decorada,tinha presentes debaixo da árvore,luzes pisca-pisca pra todo lado e etc.
Eu estava embrulhada em meu cobertor,vez eu olhava para TV e vez eu olhava para minha barriga,meu garotinho estava crescendo. Gisele estava ao meu lado com o notebook no colo,provavelmente as idéias não paravam de fluir,era impressionante ver a maneira que ela digitava rápido utilizando todos os dedos ao mesmo tempo.
Gisele repetia sorrindo: "Isso vai ser ótimo! Meu livro fará um grande sucesso!"
Ei,Drew,será que você gosta de ler? Será que irá escrever assim como sua tia? Quem sabe?
Fico imaginando,será que um dia Drew irá achar meu diário? Oh,se achar,espero que ele leia apenas as partes boas,não quero que ele saiba das discussões que tive com Jerry,eu me sentiria horrível em seu lugar.
Bem,diário,o feriado de Natal passou,foi ótimo e divertido,pude sentir aquela boa sensação de estar em família,até mesmo os pais de Jerry vieram festejar conosco e nos contaram que seu filho estava viajando. "Viajando",sei. Ainda não consigo tirar da cabeça aqueles caixotes..."Empréstimos"? Será que Jerry emprestava dinheiro e vendia drogas? Ai,meu Deus,eu quero pensar que não, mas era tudo tão óbvio.
Logo chegou o feriado de Ano Novo,um novo ano se iniciou após a meia-noite,ver os fogos de artifício coloridos que brilhavam no céu como se fossem flores de fogo que iam se despedaçando pétala por pétala era de se admirar. Somos iguais a fogos de artifício, somos lançados para brilhar,mas algum dia esse brilho acaba e viramos uma fumaça de que ninguém irá se lembrar.
Bem-vindo,Ano Novo...O que será que você nos reserva?
"


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem o que acharam!
Bjs.
-☆ Creeper.
P.S.: Quem ainda não fez as perguntas para o Capítulo Bônus ainda tem chances (até sábado,dia 21/05 ) ! E,já vou responder aos comentários ^-^ !



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