Freaks escrita por holden


Capítulo 8
You — Part 2. REGULUS


Notas iniciais do capítulo

escutem you do the 1975!!! e leiam as notas finais!!



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''Esse livro é horrível.''

Regulus se virou, assustado de várias formas diferentes. Primeiro: Ele tinha certeza que estava sozinho na biblioteca, se certificou disso quando acordou mais cedo que o normal apenas para encontra-la vazia. Segundo: Alguém que não era da sua casa falara com ele, isso nunca acontecia. Não há muita interação de Sonserinos x Não Sonserinos. Terceiro: Maia Smith-Robery tinha uma bela voz, não muito fina e definitivamente não grossa demais. Exatamente do jeito que ele imaginara que seria.

''O que?!'' Perguntou, grosso.

''Eu disse que esse livro é horrível, li semana passada e sinceramen....''

''Bom, não quero saber, nada que você faz ou deixa de fazer me interessa.''

Ela arregalou ligeiramente os olhos, surpresa com a grosseria desnecessária.

''Não precisa falar desse jeito.''

''Falo do jeito que quiser. Agora saia, quero ficar sozinho.''

Ela riu, levantando uma sobrancelha. De perto seus olhos eram ainda mais incríveis — Regulus reparou, fascinado e um pouco enojado, pois ainda se tratava de uma garota trouxa.

''Acha que é dono da escola? Pois saiba que não. Fico onde quiser, Black.'' E se sentou na poltrona a sua frente, apenas para provoca-lo.

''Não sabe onde está se metendo...''

''Acho que sei sim. Deixe-me ver, Regulus Black, sangue-puro, descarado, arrogante e Sonserino. Fica me encarando o tempo todo igual um psicopa....''

''Cale-se! Não sabe do que está falando.'' Falou um pouco desconcertado, esperava que seu ligeiro nervosismo não transparecesse. Achava que era muito discreto em suas olhadas nada ocasionais, mas, pelo visto, estava errado. Deveria ter escutado McNair, que droga!

''Você acha que eu sou idiota?'' — Perguntou Maia, debochada.

''Quer mesmo que eu te responda, trouxa?''

''Acha que isso me ofende, sangue-puro? Pois saiba que tenho orgulho de ser trouxa! E isso não me faz inferior a você, afinal, da última vez que reparei estávamos no mesmo lugar.''

Ele riu com escárnio.

''É inferior a mim, não tem sangue mágico correndo em suas veias como eu tenho. Seu sangue é sujo.'' Cuspiu, raivoso. Ela tremeu pela ofensa, e, mais ainda, pelo verdadeiro ódio no tom de voz dele.

''Se é tão sujo como diz, então por que está perdendo seu tempo com ele?! Perguntou, tremendo. Desviou os olhos para a janela a sua frente, evitando encarar Regulus. Nunca se sentira tão mal em toda sua vida. Certo que tinha orgulho de ser trouxa, mas o jeito que Regulus falara, como se ela fosse inferior só por isso, só pelo sangue... a fez acreditar, só por um momento, que realmente era.

Regulus percebeu surpreso, as lágrimas em seus olhos de cores diferentes. Ela se levantou, querendo ir embora e arrependida de ter praticamente seguido-o até ali. Não sabia como Pince ainda não havia vindo ver o motivo de toda aquela gritaria. Sentia tanta raiva, queria poder simplesmente pegar sua varinha e azara-lo.

''Eu não sei, ok sangue-ruim?! VOCÊ FERROU COM A MINHA CABEÇA!''

Maia deu um passo para trás, assustada com a clara implicância daquelas palavras e de como Regulus parecia quase fora de sí.

Ele passou a mão no rosto, assustado consigo mesmo.

''Tenho que ir.'' Falou uns segundos depois, a voz rouca.

''Não, eu....''

''Não.''  — Disse, antes que ela pudesse terminar. ''Adeus.''

Maia abriu a boca, surpresa e decepcionada. Que tipo de pessoa lhe ofendia e em seguida admitia que sentia algo por ela — porque sim, ele admitira, de um jeito estranho mas mesmo assim — e simplesmente ia embora?! Mas o que esperava realmente? Até onde sabia ele podia até ser a droga de um comensal!

''Covarde.'' Ela murmurou quando ele já estava a alguns passos de distância.

Maia não vira seu rosto, pois ele já estava de costas, mas ele parou, levantando a cabeça. Não duvidava que estivesse sorrindo debochado, ou que faria um comentário ácido, mas quando falou, sua voz parecia tão quebrada e vazia que seu coração se apertou.

''Eu sei.''

x


''Eu enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário à altura, terá se tornado outra vez imortal.'' R.A.B.


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Notas finais do capítulo

e, no fim das contas, regulus não era nenhum covarde.
quis fazer essa drabble pra mostrar que até um sonserino, de familia tradicional e comensal, poderia gostar de alguém, no caso, uma nascida trouxa.
espero que tenham gostado.



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