Justice Reborn: Heróis do Amanhã escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 9
Caminhos Cruzados - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

E ai meus leitores.
Mais um capitulo para vocês e espero que gostem.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677983/chapter/9

Metropolis, Delaware – 03 de Março, 06h: 35min.

Katherine e Johnny cruzaram a porta da cafeteria favorita dos dois naquela cidade. O lugar era pequeno e modesto com um ar meio clássico que se remetia a décadas passadas, àquela hora da manhã não havia muito fregueses então puderam escolher uma mesa mais isolada para conversarem.

 Eles tinham trocado os trajes heroicos por roupas civis é claro antes de prosseguirem para o local. Mesmo assim ele pode ver que a amiga ainda mantinha o olhar que costumava ter quanto estava atuando como Batgirl. Eles se conheciam há anos para que um pudesse ler exatamente as ações do outro e naquele momento sabia que Katherine Wayne estava com seus pensamentos em outro lugar.  

A garçonete veio e ele fez o pedido para os dois enquanto a garota de cabelos negros removia o notebook de sua bolsa e o abria sobre a mesa. Ela ficou alguns momentos em silêncio enquanto encarava a tela e em meio aquilo foi que Johnny se viu tamborilando os dedos sobre a madeira da mesa em uma clara demonstração de impaciência.

Não demorou muito para que ela percebesse como ela levantou os olhos da tela do computador para encará-lo. Ele então virou seu olhar para a amiga que lhe respondeu com um arquear de sobrancelha.

— Você pode começar com as perguntas se quiser – falou Katherine – Acredito que queira saber o que eu faço a essa hora por aqui e porque pedi para nos encontrarmos.

— Sinceramente não tenho perguntas – respondeu Johnny – Não quando eu descubro pelos jornais que minha velha amiga de infância retornou da Europa depois de dois anos fora e nem se preocupou em dar um telefonema.

— Está chateado por que não avisei que estava voltando? Não seja ridículo, Kent. – disse Katherine – Você sabe que não iria conseguir me manter afastada de tudo o que deixei para trás. Mesmo que meus pais quisessem isso não é algo que eu queira para mim...

— Eu não a estou condenando – falou Johnny – Sei o quanto ama essa maldita vida que possuímos mesmo que eu não consiga entender a razão.

— Qual é a sua razão para vestir o que veste e sair por ai fazendo o que faz? – perguntou Katherine – Não me diga que não sente o mesmo que eu quando está lutando. Quando está fazendo a justiça e trazendo a esperança para as pessoas.

— Eu não estou dizendo que eu não me sinta bem – respondeu Johnny – Mas quando se tem tanto poder quanto eu e não o uso é como se fosse um ato de egoísmo com a humanidade. Eu não escolhi ser quem eu sou apenas nasci dessa forma. Já você... Teve uma escolha.

— Acredite eu tentei – falou Katherine – Mas não era para ser. Não estou preparada para me tornar a Dra. Wayne quando o que eu realmente quero fazer e o que sou veste preto no lugar de um jaleco branco.

— Você está um pouco enferrujada dos últimos anos – falou Johnny – Mas depois da lesão é normal que não esteja ainda na mesma forma de antes. – Katherine o encarou seriamente e não lhe respondeu de imediato – Sinto muito, eu não queria...

— Eu não ligo – falou Katherine – Eu irei retornar ao meu antigo eu.

A verdade é que o que levou Katherine Wayne a Europa não tinha sido simplesmente o desejo de seus pais para que ela ingressasse na faculdade de medicina. Ela tinha deixado de ser uma super-heroína de modo forçado.

Tinha ocorrido há cerca de dez meses antes de ela ingressar em Oxford, quando sob o manto de Batgirl estava enfrentando a Liga dos Assassinos ao lado de Damian e Helena foi que a mais nova dos irmãos se deparou com uma adversária de peso.

Talia Al Ghul e ela se enfrentaram em um confronto intenso em que a herdeira do demônio quebrara ambas as pernas da garota de Gotham. Katherine teria sido finalizada pela assassina se não fosse pela intervenção dos irmãos mais velhos, de qualquer forma mesmo assim não conseguiram captura-la, apesar de frustrarem seus planos.

Os meses a seguir Katherine passara isolada na Mansão de sua família se recuperando e participando de intensas sessões de fisioterapia. Ela não falara com nenhum de seus amigos mesmo Johnny ou Olivia quando estes tentaram telefonar ou no caso dele quando fora pessoalmente apenas para encontrar a porta do quarto trancado.

Quando ela havia se recuperado foi então que embarcou para a Europa. Katherine não era uma garota que fugia de uma briga e Johnny sabia disso. Provavelmente Talia Al Ghul tinha quebrado nela mais do que seus membros.

 Também tinha lhe fraturado seu espirito e a feito repensar se devia ou não ser uma heroína. Aparentemente ela tinha optado pela primeira escolha.  Aquela garota sentada do outro lado da mesa era alguém que Johnny tinha que admitir a si mesmo que admirava muito. E era bom ter sua amiga de volta.

— Você vai encontrar isso – falou Johnny – Eu torço para que o faça.

— É, eu também – disse Katherine sorrindo então eles fizeram uma pausa enquanto a garçonete colocava na frente deles as xicaras de café com os waffles que o rapaz tinha pedido na frente deles.

— É melhor que coma – falou Johnny enquanto servia-se de cobertura de chocolate sobre o par de waffles que tinha colocado em seu prato.

— Eu não estou aqui para tomar café da manhã com você, Johnny. – falou Katherine enquanto pegava sua xicara em mãos – Estou aqui para tratar de assuntos mais importantes – Ela então dera um gole de expresso duplo.

— Vá então e me fale o que te trouxe até aqui – disse Johnny.

— Estou em uma missão – falou Katherine – E quero falar com você a respeito.

— Eu já esperava por essa – falou Johnny rindo levemente enquanto cortava um pedaço de seu waffle e levava a boca e começando a mastigar – Bem típico seu aparecer assim por razões de trabalho.  – Katherine se contentara em revirar os olhos para aquele comentário e dar uma bufada antes de iniciar a sua historia.

Ela então contou ao rapaz sobre tudo da mesma forma que tinha feito com Olivia há dias atrás. Sobre as visões que tivera com a equipe e provavelmente sobre quem era o causador delas então concluindo mostrando o rosto do que considerava o responsável. O retrato falado que batgirl criara com os computadores da batcaverna em que reunia uma representação detalhada do que ela se lembrava de ser o rosto de Zane.

— E esse é o meu principal suspeito – falou Katherine entregando uma versão impressa nas mãos do amigo. Mas a reação do superboy não foi a esperava quando suas feições tomaram um ar de surpresa. - O que foi?

— Eu já vi esse cara antes – falou Johnny.

— Onde? – perguntou Katherine.

— Agora a pouco – respondeu Johnny – Ele estava aqui – o rapaz estava chocado com aquela coincidência - sentado no balcão quando entramos e saiu tem alguns minutos enquanto você falava. – Naquele momento Katherine se levantou rispidamente e guardando o notebook e os papeis rapidamente na bolsa foi que seguiu em direção à saída.

Johnny deixou alguns dólares na mesa antes de seguir a amiga. Os dois estavam agora do lado de fora da cafeteria e buscavam com o olhar em meio à multidão aquele jovem mago. Os dois então acabaram por encontrá-lo se espreitando em meio às pessoas como mais um cidadão de Metropolis indo para mais uma manhã de trabalho.

Eles correram em meio à multidão se espremendo em esbarrando nas pessoas que andavam na direção oposta a deles.  Katherine podia ver a cabeça do rapaz e seus cabelos negros assim como parte de seu rosto quando este se virou de lado e olhou diretamente para ela. Era o mesmo rapaz que tinha visto em sua visão. Aquele era Zane.

Começara então a chover e rapidamente as pessoas começaram a andar mais depressa enquanto outras começaram a abrir seus guarda-chuvas para se protegerem.

Wayne e Kent não se importaram com isso e começaram a aumentar o ritmo da corrida enquanto a água lhes molhava por completo em poucos minutos e o frio da água gélida causava calafrios na face. Mesmo assim mantiveram o ritmo no encalço do jovem mago.

Eles viram de relance o rapaz atravessando a rua e o seguiram em meio aos carros que transitavam por conta do semáforo ter se aberto. Em meio às buzinas e xingamentos dos motoristas foi que eles persistiram na perseguição.

Katherine inclusive saltara sobre o capô de um taxi que parara bruscamente quando os vira. Johnny se desculpara com o taxista enquanto ainda acompanhava o rastro da amiga indo logo atrás.  

Acabaram por vê-lo seguir virando a esquina e um relance de seu casaco ondulando ao vento quando ele mudou de caminho. Até que por fim o perderam de vista quando esteve virou em uma esquina e entrou em uma viela. Os dois o seguiram apenas para dar em um beco sem saída.

— É o mesmo beco – disse Johnny – O mesmo beco em que nós nos encontramos está manhã. – O rapaz passou as mãos pelos cabelos molhados pela chuva – O maldito estava nos espionando desde mais cedo.

— Não – falou Katherine – Eu duvido que ele tenha nos espionado só hoje – ela fez uma pausa - Ele tem nos espionado há mais tempo. – ela fechou as mãos em punhos - E o pior de tudo é que eu não entendo o porquê dele estar fazendo isso. – ela então chutara uma poça de água espirrando-a para todos os lados num gesto para extravasar sua frustração - Eu detesto quando não consigo juntar as peças.

Keystone City, Kansas - 03 de Março, 22h: 25min.

Uma grande nuvem de fumaça se estendia pelos céus daquela noite impedindo que pudesse se ver as estrelas. O barulho dos carros de bombeiros e da policia no local se amontavam na rua com o som e as luzes das sirenes tomando conta do ambiente. Pessoas da vizinhança estavam amontados na frente de suas casas encarando acena que era uma das casas do final da rua que ardia em chamas.

— Bem, já vi piores... – falou o bombeiro chefe acertando o capacete na cabeça enquanto fazia sinal aonde seus homens deveriam se posicionar com as mangueiras – Mirem nas chamas que estão no segundo andar. Lá que os focos do fogo são maiores.

Longe dali na ponte das cidades gêmeas que liga Keystone City a Central City é que um vulto envolto por eletricidade cinética. O velocista ia deixando um rastro luminoso enquanto cruza a estrutura metálica. Logo entrando na cidade e começando a passar em alta velocidade pelas avenidas centrais.

Novamente no subúrbio de Keystone City, dentro da área destinada a imprensa era que uma repórter se posicionava em frente da cena do incêndio enquanto a câmera que agora se focava no enquadramento para então dando sinal para a colega de que estavam no ar.

— Depois de menos de uma hora, o Bombeiro-Chefe da Brigada diz que está confiante de que esse incêndio que está sob controle. – disse a repórter para a câmera enquanto ao fundo a construção se encontrava incandescente pelo fogo - Também foi confirmado de que a casa estava vazia no momento em que as chamas surgiram. Não foi contatado nenhum morador da casa para dar pronunciamento e ainda não foi revelado se trata de um incêndio criminoso ou acidental...

Enquanto isso, um vulto contornava as ruas do subúrbio até finalmente passar em meio às pessoas curiosas que se encontravam atrás da faixa amarela de contensão. O desconhecido acabou por arrebentar essa fita que tremulou com o vento quando ele passou.

— Aqui é Bethany Snow, do Bairro Residencial Grant de Keystone City. – continuou a repórter próximo de encerrar a matéria – É com você...  – então ela foi acometida pelo vulto que passou ao seu lado e quase a derrubou se não fosse aparada pelo mesmo que se revelou tratar-se de um rapaz em uma roupa amarela e vermelha.

— Oh, eu sabia que era um cara irresistível só que não imaginava que estava ao nível de fazer as garotas caírem em amores assim – falou Kid Flash então olhando para a câmera – Estão no ar? Irado. Dá licença, Beth. – e então ele depositou a repórter no chão e ela deixou o microfone cair que foi pego no ato pelo velocista que já se posicionou em frente da câmera. – Empresta isso? – Ele viu a cara enfezada da moça – Ah, eu vou considerar seu silêncio como um sim. 

— Testando... – continuou Kid Flash dando uns tapinhas no aparelho em sua mão - Alô Estados Unidos, nada temam porque tem um novo herói na área. Um nome já conhecido de todos, mas identidade secreta nova e repaginado deem suas boas vindas para o espetacular Kid Flash, o amigão da vizinhança. Ah, não isso é de outro herói... – e riu - Mas vocês me entenderam.  – Então acenando para a câmera e dando uma piscadela.

— Hei, gata. – continuou Kid Flash então lançando o microfone nas mãos da repórter – Adoro seu trabalho. Se tiver um tempo livre qualquer dia desses, nós dois podíamos sair juntos, quem sabe?

— Idiota – respondeu Bethany Snow irritada enquanto o garoto em amarelo correu estando em menos de um segundo de frente com o bombeiro chefe.

— Oh capitão, meu capitão. – falou Kid Flash batendo continência de frente para o homem fardado - Brigadista voluntário Kid Flash se apresentando para o serviço então me diga: O que posso fazer para ajudar?

— Pode calar essa sua boca e sentar essa bunda superveloz enquanto homens de verdade fazem o trabalho deles. – respondeu o bombeiro chefe.

— Oh, capitão não diga uma coisa dessas. – falou Kid Flash levando a mão a nuca - Não é momento para recusar uma ajuda quando aparentemente vocês precisam.

— Combater incêndios é para profissionais – disse o bombeiro chefe – Homens treinados não para crianças em fantasias de Halloween. É para sua própria segurança e do meu pessoal que estou fazendo isso, moleque.

— E como é que meus fãs vão lidar com tudo isso? – disse Kid Flash – Eles não vão aceitar saber que eu fiquei sentado olhando. Vão me xingar muito no Twitter. – então o rádio do bombeiro chefe começou a soar e uma voz com estática soou dali.

— Unidade para base, requisito ajuda imediata.— falou a voz no rádio comunicador – Eu tenho um problema aqui.— um pouco de estática — Requisitando ajuda no telhado do lado oeste com urgência. – Kid Flash rapidamente pegou o rádio comunicador antes que o bombeiro chefe respondesse ao seu subordinado.

Nada tema, o resgate está indo Soldado Ryandisse Kid Flash então deixando o comunicador cai enquanto corria em direção a casa em chamas – Não há problema que um velocista não possa resolver. E para a sorte de vocês estão trabalhando com um agora... – ele então correu na direção da casa.

— Moleque – chamou o bombeiro chefe.

— O nome é Kid Flash – respondeu o velocista.

— Tanto faz o seu nome apenas volte aqui – chamou o bombeiro chefe – Volte, existem protocolos a serem seguidos.

— Eu sei – falou Kid Flash – Eu volto com seu bombeiro dai você pode me mostrar esse seu livro de regras e mostrar quantas delas eu quebrei.  

Então entrou no interior da casa que ardia pelo fogo. O lugar estava tomado pelas chamas que tremulavam enquanto consumiam o interior do local. O calor era intenso e ele agradeceu pelo fogo não lhe afetá-lo devido ao seu traje especial que aguentava altas temperaturas. Criado com a mesma tecnologia que era usada no Flash afinal era necessário para aguentar ao calor da alta fricção criada pela velocidade sobre-humana.

— Isso não poderia ser melhor para um retorno triunfal – disse Kid Flash para si mesmo – Depois de tanto tempo parado agora eu estou de volta à ação. Nada de Tornado Boy esse nome ficou no passado e agora estou recomeçando. Mal posso acreditar que estava nervoso por dessa vez estar sozinho. Eu nasci para isso...

— Agora – questionou Kid Flash – Telhado? Telhado? Ah, eu já estaria no segundo andar se isso não estivesse queimando mais que a Roma de Nero. Eu teria corrido pelas paredes só que o fogo e a ameaça de desabamento não é algo que eu queira arriscar. – então notou algo em meio a fumaça – E ali estão as escadas. – E correu pelos degraus subindo em direção ao segundo andar.

— Guarde os aplausos para depois, meu chapa. – disse Kid Flash quando viu o bombeiro a sua frente e começou a tirar os escombros que haviam desabado do telhado sobre ele – Quando eu te soltar de todas essas coisas que caíram em cima de você. Logo irá estar livro completamente... – Então colocou o braço do homem ao redor do ombro – Agora vamos te tirar daqui.

— Seu idiota! – disse o bombeiro para o velocista em meio à tosse - Tem ideia do que você fez?

— Claro, salvei seu traseiro de ficar mais tostado que bacon no café da manhã – falou Kid Flash – Acho que obrigado seria um agradecimento melhor, sabe?

— Já ouviu falar de ignição explosiva? – falou o bombeiro.

— Não... – falou Kid Flash um pouco surpreso e preocupado – Mas parece uma coisa ruim.

Então ocorreu a explosão sendo que aos olhos de um velocista era como se tudo ocorresse em câmera lenta. Kid Flash então agarrou o bombeiro correu em direção da janela se atirando dela junto com o homem e o protegendo com o seu corpo. Em queda livre pareceu que o mundo retornava a sua velocidade normal e o rapaz só sentiu o impacto forte de suas costas no chão e o corpo do bombeiro caído sobre o seu.

Ele empurrou o homem inconsciente para o lado e gemeu de dor enquanto se rastejava pelo gramado ainda encarando as chamas que iluminavam todo o seu campo de visão. Sua roupa certamente fumegava pelas chamas como a fumaça que saia dele só que não se sentia quente por conta do material de que era feito. 

Ele removeu os óculos protetores e depositou a cabeça na grama sentindo seus cabelos roçarem nela. Então engatinhou até o lado do homem que salvara se ajoelhou para ele. Olhou para o bombeiro e removeu o capacete e mascara de oxigênio que lhe ocultava a cabeça.

Aproximou seus dedos da lateral do pescoço e checou que a pulsação estava normal e suspirou aliviado. Aparentemente não havia sido um total fracasso apesar do fora que tinha dado por sua imprudência.

— Não sei o que é essa coisa de ignição explosiva – falou Kid Flash – Mas é perigosa hein. – Então escutou vozes se aproximando o que o fez se levantar mesmo com dificuldade e correr na direção oposta da casa.

Kid Flash se escondeu então do outro lado de um muro onde ficou os observando das sombras. Pode ver dois paramédicos tinham chegado até onde se encontrava e agora os profissionais avaliavam o brigadista que parecia ter acordado.

— Calma – falou um paramédico enquanto avaliava o bombeiro que tinha recobrado a consciência. – Vai com calma...

— Como ele está? – perguntou o bombeiro chefe se aproximando.

— Nenhuma concussão – certificou o paramédico.

— O-o que aconteceu com o guri? – questionou o bombeiro.

— O covarde provavelmente fugiu bem rápido – falou o bombeiro chefe.

— Aquele moleque salvou a minha vida – respondeu o homem.

— Ele quase te matou isso sim – corrigiu o chefe.

Kid Flash suspirou um pouco desanimado ao ouvir aquilo. Já imaginava que para um retorno a atividade as coisas não tinham saído tão bem quanto planejava então correu para longe dali deixando para trás o seu rastro de raios vermelhos e amarelos.

O rapaz entrara em um mercadinho 24 horas tão rápido que o caixa apenas achou que se tratava do vento forte abrindo as portas. Um vento que estranhamente abrira a de entrada e batera a do banheiro masculino.

O velocista encarou sua imagem no espelho e removeu a máscara então revelando sua face cansada. Ele era um adolescente de dezesseis anos só que as dores que tinha pelo corpo depois de ter saltado de um prédio em chamas faziam com que sentisse mais velho.

Don Allen molhou as mãos e lavou o rosto então depositando os dedos gelados pela água na nuca e massageou ali por alguns instantes enquanto ainda encarava seu reflexo. Ele já tinha se sentido um fracassado antes só que naquela época sempre podia contar com Dawn para lhe animar. Agora? Ele estava sozinho.

— Grande primeiro voo solo hein? – falou Don então se dirigindo até uma das cabines onde tinha escondido a sua mochila com as roupas civis.

Ele bem que pensara em ir correndo para casa só que a verdade é que naquele momento estava pensando em caminhar um pouco antes de retornar para Central City.

Depois se trocar foi que Don saiu do banheiro e teve sorte por conta do caixa estar atendendo um cara com terno que estava comprando um maço de cigarros e isqueiro. O cliente saiu do estabelecimento enquanto Don pegava um refrigerante numa das maquinas de vendas automáticas.

Don saiu do mercadinho já abrindo a sua lata e tomando um gole. Passou ao lado do rapaz de terno que estava encostado na parede do estabelecimento enquanto tentava acender o seu cigarro que já estava na boca. Quando vira o adolescente passando ao seu lado foi que o fumante piscara um dos seus olhos azuis profundos na direção dele. Don decidiu ignorar e seguir o seu caminho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que vocês acharam?
Deixem seus comentários para mim aqui embaixo que eu vou gostar de responde-los.
Eu não mordo e comentar não irá doer nem cair os dedos.
Até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Justice Reborn: Heróis do Amanhã" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.