— Tem certeza de que sabe para onde nós estamos indo?  – falou Olivia enquanto ela e os outros se posicionavam novamente no teletransportador da Eagle Justice enquanto Batgirl pedia para que reconfigurassem o equipamento para novas coordenadas – Não querendo te questionar nem nada. Apenas quero saber como chegou a essa dedução...

— A criatura fugiu após nós termos causado bastante dano a ela – respondeu Batgirl – Esta assustada e ferida num lugar estranho. Diga-me você também não iria fugir para o lugar que lhe trouxe para cá? O laboratório com o experimento interdimensional é nossa melhor chance de encontrarmos nosso oponente.

— Ela tem um ponto bom – admitiu Jason para a loira – Como sempre – E sorriu ainda olhando para a garota de Gotham que estava a sua frente – Acho que todos já estamos prontos, quando você quiser, James. – E então Oracle do outro lado ativou o teletransportador e todos novamente foram envoltos por uma luz e sentiram seus corpos ficando mais leves.

Quando reapareceram todos estavam em pé novamente de frente para um novo prédio sendo que dessa vez estavam para uma fachada mais vistosa e reconhecível facilmente por se tratar de um dos prédios mais altos de Metropolis.

— Lexcorp? – falou Superboy – Eu tenho um mau pressentimento sobre isso. – eles adentravam o prédio - E eu tenho certeza de que não vou gostar de estar certo dessa vez.

Quando adentraram no prédio Kid Flash disparou buscando encontrar o lugar em que tinha a aparelhagem do portal dimensional que havia trazido a criatura até aquela realidade. E o encontrou avisando a equipe onde estava tal maquina.

— Hei pessoal, vocês não vão acreditar no estado que está aquele lugar – falou Kid Flash voltando novamente em sua velocidade anormal para o local.

E Algum tempo depois o grupo tinha entrado no laboratório. Este que era idêntico ao que Zane mais cedo tinha mostrado em uma visão com a exceção de que parecia ter passado por vários danos.

 _ Parece que uma guerra foi travada aqui e destruiu esse laboratório – falou Artemisa.

— Você nunca viu meu quarto durante a época das provas – falou Kid Flash.

— Será que os aparelhos ainda são operacionais? – perguntou Batgirl olhando para o maquinário – Se estiverem então talvez pudéssemos tentar mandar a criatura de volta para sua dimensão.

— Alguma coisa me dizia que era esse o laboratório – falou Superboy – Não contem comigo nessa. – E se virou na direção da porta por onde tinham entrado - Eu estou caído fora agora mesmo.

— O que? – perguntou Jason – Nós não podemos permitir que você simplesmente vá embora. – ele voou e se colocou enfrente ao kryptoniano – Vamos, Johnny.  Pode ser que precisemos de seu apoio aqui. Somos uma equipe...

— Não quando se trata de... – disse Superboy sendo incapaz de terminar.

 Então antes que o rapaz terminasse acabou sendo interrompido. Quando à porta se arrebentou e um corpo foi jogado com força contra os amigos que foram arremessados para a parede oposta.

Zane estava inconsciente caído sobre os dois companheiros de equipe. Porém antes que qualquer um pudesse tomar uma atitude foi que a criatura surgiu entrando pelo espaço onde antes existia a porta.

— Ao que parece o nosso Jabba the Hutt está querendo voltar para Tatooine – falou Kid Flash enquanto todos partiam para mais um confronto – Estamos indo para o segundo round, pessoal.

— Zane deve ter enfraquecido a criatura – falou Jason em pé novamente com os olhos vermelhos vivos – Meus ataques telepáticos estão surtindo efeito nela. Estou fazendo o monstro gritar de dor.

— Arg, se essa coisa está franca então não quero pensar em como era enfrenta-la diretamente em bom estado. – falou Aqualady recuando após ter sido pega por um dos tentáculos – Minha fisiologia atlante consegue aguentar bem ao toque dessa criatura só não posso dizer o mesmo de vocês.

— O traje me protege da temperatura dessa coisa – falou Kid Flash que se movimentava rapidamente dando vários socos na criatura protoplasmática – Mas obrigado pela preocupação.

— Isso mesmo, Jason – falou Batgirl – Mantenha o ataque mental nessa coisa isso a está fazendo recuar. – a garota sorria determinada ao ver o avanço que o grupo estava tendo - Você a está dominando e é isso que nós precisamos...

— Tudo que você pedir, Katherine – falou Jason enquanto planava sobre o chão e mantinha seu olhar rubro focado contra o oponente interdimensional.

Então a criatura contra-atacou com um de seus tentáculos e envolveu o marciano lhe descarregando uma rajada elétrica que o fez gritar. E suportando a dor foi que o herói transmutou sua estrutura em algo que lembrava a fisionomia de uma serpente. Assim escapando do aperto.

— Todo mundo para trás – falou Black Bird tomando a frente do grupo – E tampem os ouvidos.

E acatando o pedido da companheira foi que todos se colocaram a uma distancia considerável antes que a filha de Canário Negro mostrasse a potencia do grito sônico que tinha herdado da mãe. A criatura estremeceu com o som e toda a estrutura molecular do oponente vibrava com a frequência de decibéis que a atingia.

Então para choque de todos foi que a criatura explodiu em vários pedaços que voaram pelos ares e atingiram todas as paredes e o teto da sala. Um zumbido ainda permanecera mesmo depois de Black Bird terminar de usar seu ataque fatal.

— Nós vencemos – falou Artemisa.

— É o que? – respondeu Superboy gritando – Não estou escutando nada.

— Ah, é... – falou Artemisa – Super-audição.

— Vocês não podem derrotar a criatura desse jeito – falou uma voz de algum ponto da sala.

— Está de brincadeira com a gente? – falou Kid Flash – Nós derrotamos a coisa. Nossa amiga acabou de usar seu grito destruidor para explodir aquilo em vários pedaços se você não viu? O que suponho que tenha visto né?

— Essa criatura vai se regenerar – disse o estranho – E não irá demorar muito.

— Quem é você? – perguntou Batgirl ao desconhecido.

— Apenas um cara tentando consertar a bobagem que fez – respondeu o estranho.

— Você é o responsável por isso – falou Aqualady.

— Eu trouxe esse monstro para cá e posso mandar para o lugar de onde veio só que não posso fazer isso com vocês dentro dessa sala. – disse o estranho e então uma porta lateral da sala se abriu – Eu sei que posso manda-lo de volta.

— O que precisa que façamos? – falou Batgirl – Para mandar esse monstro de volta?

— Que todos saiam da sala agora – disse o estranho autoritário – A criatura se regenera e eu precisarei selar o laboratório hermeticamente e retirar o ar para que ela não escape. E a radiação produzida pelo portal certamente irá causar muito estrago em qualquer um que fique ai.

— Só acho melhor tomarmos uma decisão do que fazer agora – falou Olivia olhando para os pedaços de protoplasma que estavam se reunindo – Porque essa coisa parece que já está se regenerando.

— Entendido – falou Batgirl – Pessoal, ouviram o que tem que ser feito. – enquanto quase todos começaram a se dirigir para a porta aberta - Vamos sair todos daqui agora. – percebeu então que dois dos seus ainda mantinham-se de pé próximos de onde a criatura se recompunha. – Vamos o que estão pensando?

— Que alguém vai ter que manter essa coisa sobre controle – falou Jason – Eu consigo neutraliza-la com minha telepatia e o Superboy irá me dar apoio e jogar nosso adversário pelo portal quando se ativar.

— Isso é... – falou Batgirl.

— Eu consigo ficar mais tempo sem oxigênio do que você e os outros. Jason não precisa respirar na forma intangível. E vocês vão precisar de alguém para empurrar essa coisa para o buraco de onde veio – falou Superboy – Deixe com a gente agora, Batgirl.

— Mas... – falou Batgirl preocupada.

— Confie em nós – falou Jason – Você sabe que somos os únicos capazes de fazer isso – ele então virou sua mão em direção da garota que ainda estava parada dentro da sala – Agora sem mais discussão apenas vá logo – E ele usou telecinesia nela e a garota cruzou a porta que se fechou atrás dela.

— Ele consegue ser bem enfático quando quer não é mesmo? – falou Artemisa para amiga enquanto a levantava do chão – Para não dizer dramático.

— Se todo mundo está aqui então já podemos isolar a sala – falou a voz que tinha falado com eles pelos comunicadores na outra sala sendo que dessa vez vinha da pessoa que se encontrava enfrente ao painel de controle  – Vamos extrair o oxigênio e assim impedir que a criatura transforme o ar em metano.

— Só pode estar de brincadeira – falou Olivia olhando para o homem a sua frente.

Batgirl então pode reconhecer porque da surpresa de sua amiga. A frente deles vestindo seu jaleco de cientista por sobre uma roupa social de marca se encontrava um jovem de aparentemente seus vinte anos assim como eles com cabelos castanhos escuros meio ondulados e olhos da mesma cor. Um rosto de traços leves e um tom de pele pálido.

Seria mais um entre muitos se não se tratasse do homem a frente da empresa atualmente. O herdeiro da Lexcorp, Alexander Lionel Luthor Jr. Um jovem brilhante e que diferente do pai usava sua inteligência para o bem sendo responsável por limpar a imagem da empresa e reergue-la. 

Alex Luthor era nos últimos anos considerado um dos jovens com menos de trinta mais influentes e um dos empresários mais bem sucedidos e admirados. Katherine Wayne nunca tinha estado de frente com ele na vida real mesmo que ambos estivessem no mesmo meio.

— Rezem para que os colegas de vocês – disse Alex Luthor – Consigam fazer o que dizem. – ele possuía seus olhos presos a tela - Eles tem que ter cuidado do contrário serão sugados pelo buraco também.

— Você não falou nada a respeito disso – falou Aqualady colocando a mão no ombro dele – É bom que meus amigos não vão parar em outra dimensão caso o contrário eu terei o prazer de quebrar cada osso do seu corpo.

— Eu não posso fazer nada além de esperar que eles fiquem bem – respondeu Alex Luthor – O portal interdimensional se abrirá e produzira uma fenda que tratara de levar tudo que estiver próximo dela.

— Batgirl, a fera está ficando insana – falou Jason – Começou a definhar e está inundando o lugar com metano.

— Deve ter percebido que não pode mais sobreviver aqui na Terra – falou Superboy então sugando a nuvem de metano com toda a potência que poderia haver em seus pulmões e para continuar socando a criatura.

— Se quiser falar com eles – falou Alex Luthor oferecendo o microfone a garota morcego – Ele é todo seu – E ignorando o olhar que o cientista lhe dava foi que a garota se posicionou enfrente do aparelho.

— Atenção os dois – disse Batgirl – Sigam para a plataforma do portal e tentem fazer a criatura cruzar a fenda no espaço. – E o buraco interdimensional foi aberto quase que magicamente dentro do circulo de pedestais sobre a plataforma central.

— Okay ai está o buraco e agora? – falou Jason.

— Agora ajude o Superboy a arremessar a criatura pela fenda – Falou Batgirl e obedecendo foi que os dois fizeram o que tinha sido ordenado e Johnny liberou todo o gás metano para dentro do buraco também antes de desabar. O marciano o fez levitar para evitar que a fenda o sugasse também.

— O coroa faz parecer bem simples – falou Superboy com uma cara de quem estava para vomitar – Cara, metano tem um gosto horrível.  – e se voltou para o marciano - Não vou tentar isso de novo tão cedo.

— A fenda ainda está aberta – disse Jason.

— Destrua tudo – disse Batgirl para espanto do Luthor que a encarou seriamente – Isso vai selar a brecha permanentemente e impedir que novas sejam criadas.

— Isso não é necessário – falou Alex Luthor.

— Ah, é sim... – Respondeu Batgirl enquanto via o companheiro marciano usar sua telecinesia para amaçar todas as colunas condutoras e a plataforma. – Superboy? - E a bola de sucata que se tornou sendo torrada pela visão de calor do kryptoniano fazendo uma queima de arquivo completa. – Bom – E a garota sorriu.

— Eles conseguiram a criatura se foi – falou Zane.

— Se tivesse permanecido livre por mais tempo e tudo é culpa minha – disse Alex Luthor – Eu a trouxe para cá porque fui descuidado. Deveria ter percebido a criatura se aproximando e escapando pela fenda.

— Era meu sonho estudar outras dimensões – continuou Alex Luthor – Imagine as possibilidades que isso permitiria para nós em chegarmos ao ápice de nossa tecnologia e ciência. Conhecer outras dimensões habitadas por seres conscientes. Era esse meu sonho que acabou virando um pesadelo.

Jason atravessou a parede enquanto Johnny arrombou a parede criando um grande buraco por onde antes o amigo tinha cruzado. Seus olhos passaram por todos na sala antes de parar e encarar o cientista. Alex havia se levantado de sua cadeira em frente do painel de controle.

— Você está sempre fazendo isso não é? – falou Superboy caminhando até o homem de jaleco – Sempre destruindo tudo que toca. Trouxe aquilo para cá e nos fez ter que limpar a sua sujeira. Você sempre se deixando levar pelo seu ego, ambição e vaidade sendo que sempre são os outros que pagam o preço pelos seus erros.

— Teve sorte de não ter hoje mais sangue em suas mãos do que já tem.  – continuou Superboy – Deveria parar de tentar ir além do que é capaz do contrário irá destruir outras pessoas e a si mesmo. Não que eu me importe com você... – ele fez uma pausa – Não mais. Não depois do que aconteceu. – Então saiu indo em da porta da sala.

— Superboy? – chamou Batgirl.

— Eu nunca mais quero ter que consertar seus erros novamente, Luthor.  – disse Superboy – Do contrário, eu não vou fritar apenas seus brinquedos. Eu vou colocar esse prédio abaixo se mais alguma coisa que você criar sair do controle. – ele saiu pela porta - Eu sabia que estava certo sobre meu pressentimento e como eu esperava não iria gostar de vir aqui. – Ele bateu a porta atrás de si e esta se soltou assim como parte da parede também trincara e desmoronara pela força do herói.

— O que foi isso afinal? – questionou Aqualady.

— O rapaz que atende pelo nome de Superboy – disse Alex Luthor – Por detrás daquele traje ele se chama Johnny Kent - ele suspirou - E até um tempo atrás nós dois éramos amigos. Quando eu cometi um erro imperdoável que destruiu a nossa amizade.

— Batgirl? – chamou uma voz distante e logo tudo começou a desfocar e a garota sentiu-se tonta encostando-se à parede e deslizando por ela até se sentar – Batgirl?

Os olhos dela voltaram a ter foco e ela encarou a figura de um policial a sua frente ajoelhado tendo as mãos em seus ombros. O oficial parecia fardado enquanto tentava traze-la a si novamente.

A garota estava zonza o bastante, mas percebeu quando o homem levou as mãos até sua cabeça e estava prestes a tocar em sua máscara. Então o parou ao segurar o pulso do oficial que acabou se assustando.

— Péssima ideia – falou Batgirl – Eu não faria isso se fosse você.

— Desculpe-me – respondeu o policial parecendo nervoso.

— Parece que a moça está melhor, oficial Sanchez – falou uma voz que Batgirl ficou feliz em ouvir – Por que não vai junto com o restante do grupo fazer uma busca pelo prédio e ver se não deixamos escapar nenhum dos capangas do Dent?

— Sim, comissária Gordon – disse policial Sanchez se levantando se afastando deixando as duas mulheres sozinhas. Barbara Gordon, a primeira Batgirl, caminhara até a garota que atualmente detinha o titulo e lhe estendeu a mão assim a ajudando a se levantar.

— É bom vê-la, Babs – falou Batgirl para a comissária que sorriu pelo canto dos lábios.

— Você deveria tentar falar com Jimmy – respondeu Barbara – Ele perdeu contato com você e ficou desesperado achando que havia acontecido alguma coisa ruim. – A Batgirl tentava acessar o comunicador – Acho que em seu combate com Howard Dent o comunicador deve ter se quebrado.

— Não – falou Batgirl parecendo tentar relembrar o que tinha acontecido.

Ela havia retornado a realidade onde estava em uma missão de deter Howard Dent. O filho do Duas Caras tinha invadido um prédio e tinha programado um reator nuclear para explodir e ela estava tentando impedi-lo quando ele lançou um refém por entre o espaço que havia no centro da escadaria. Ela saltara para pega-lo e então não recordava de mais nada.

— O refém... – falou Batgirl – O que aconteceu?

— Você o salvou e ele desativou o reator nuclear o impedindo de explodir – falou Barbara Gordon – Aparentemente perdemos Howard. O canalha usou uma mochila a jato para escapar. Acho que ele esperava que os helicópteros dele pudessem ser interceptados então criou um segundo plano de fuga.

— Ele sempre tem um segundo plano – falou Batgirl – Ele gosta de se vangloriar de sempre estar dois passos a frente de nós. Mas iremos pegá-lo e então mandar o cretino para o Arkham que é o lugar dele.

— Mas foi uma boa noite apesar de tudo você impediu a cidade de explodir – falou Barbara – Muitas pessoas teriam perdido suas vidas se não fosse por você. – ela sorriu para a mascarada - E os capangas que derrotou ainda por cima facilitaram nosso trabalho em muito. Você mandou bem, garota.

— Vindo de você isso é algo bom de ouvir – falou Batgirl sorrindo para a mulher.

— Ela não é a única que pensa assim – falou uma voz, então ambas se voltaram para encarar a quem pertencia e Batgirl teve de esconder sua surpresa ao reconhece-lo – Desculpe-me por ir entrando assim e surpreendendo-as, mas eu precisava agradecer a moça que salvou a minha vida essa noite.

— Você, mas... – falou Batgirl – Como...?

— Acho que você provavelmente não me reconhece sem o capuz que aquele bandido colocou em mim – falou o rapaz – Mas você me salvou quando ele me jogou e eu provavelmente teria me machucado muito ou mesmo morrido se não fosse por sua ação. Eu lhe devo muito, Batgirl. Meu nome é Alex Luthor e sou o responsável pela criação do reator solar que infelizmente foi usado como uma bomba para ameaçar Gotham.

— Alex Luthor... – falou Batgirl apertando a mão do rapaz a sua frente – Já ouvi falar a seu respeito e é um prazer finalmente conhece-lo. Tenho ouvido coisas boas a seu respeito e o que tem feito a Lexcorp desde que a assumiu.

— Era meu sonho tornar esse reator em uma nova fonte de energia para a humanidade – disse Alex Luthor – Eu não poderia imaginar que isso fosse acontecer essa noite. De que esses criminosos chegaram inesperadamente e corromperam o meu experimento.

— Eles o infectaram meu sonho e então o transformaram em uma arma que teria criado a maior tragédia nuclear desse século. – continuou Alex Luthor - Caso tivessem tido sucesso então tudo que sonhei teria se tornado um pesadelo dos mais terríveis.

— Você desarmou o reator de explodir – falou Batgirl supondo ao se lembrar de que a comissária tinha lhe falado sobre o refém tendo desativado a bomba.

— E eu só pude fazer isso graças a você – falou Alex Luthor - Desde que assumi a Lexcorp tenho tentado limpar a imagem da empresa e fazer o meu melhor para salvar o mundo. Não sou um herói como você é claro só que eu estou fazendo a minha parte.

— Essa noite o valor do que fez está na mesma linha ou superior as minhas ações – falou Batgirl – Considere-se um herói, Sr. Luthor. – E começou a se retirar quando o rapaz a segurou pelo pulso.

— Pode me chamar de Alex – falou o rapaz – Sr. Luthor me faz parecer como se eu fosse meu pai. – e a soltou deixando que continuasse seu caminho - E você salvou minha vida então acho que pode usar meu primeiro nome sem que eu me importe. – a heroína deixou ao cientista e a comissária para trás. Sendo que logo saiu do prédio encontrando com vários repórteres que se encontravam por trás da linha de segurança criada pela policia.

Ao vê-la todos os fleches das câmeras se dirigiram para ela que não lhes deu atenção apenas puxando seu lançador de corda e o disparando para um dos prédios a frente então se projetando pelos ares sobre os repórteres e jornalistas que a fotografavam e filmavam.

“Eu não entendo” pensava Batgirl “Realmente não entendo o que foi tudo isso...”. Ela saltara do telhado para o beco onde tinha deixado seu carro estacionado então começando a se caminhar na direção do veiculo. Ao adentra-lo e fechar a porta então removeu a mascara e suspirou pesadamente.

“Será que tive pesadelos?” pensava enquanto ligava o carro “Será que fui exposta a alguma substancia alucinógena que está que fazendo apagar e ter essas visões estranhas ou teria sido outra coisa?”.

Ela deu partida e seguiu novamente pelas ruas de Gotham dessa vez seguindo para fora da cidade pegando seu caminho de volta para a Batcaverna. Com a mão livre ela procurou seu celular e discou um numero que estava na chamada rápida.

— Jimmy? – chamou Katherine Wayne pelo celular – Sou eu.

— Oh, graças a Deus – falou Jimmy Grayson parecendo aliviado – O que aconteceu? – ele parecia verdadeiramente preocupado - Você está bem? Conversei com a minha mãe e ela falou que encontraram você desacordada.

— Sim, mas agora estou melhor – falou Katherine – Estou indo para a caverna ainda está por ai? – E o rapaz riu do outro lado da linha.

— Você acha que eu iria mesmo para casa sem saber se você estaria bem? – perguntou Jimmy – Por favor, como se você não me conhecesse desde que nascemos. Eu só irei embora depois de saber que não há nada de errado com você. – E a garota sorriu ao ouvir aquilo.

— Estou desligando então – falou Katherine – Tenho que manter meus olhos na estrada e você está me distraindo. Até daqui a pouco e por favor me arrume alguma coisa para comer porque estou faminta.

— Imaginei – disse Jimmy – Salvar a cidade deve abrir bem o apetite.

— Até mais – falou Katherine – Beijos.

— Até daqui a pouco – respondeu Jimmy - Beijos.

“Irei fazer alguns testes de sangue e saliva para saber se não tem nada de errado comigo quimicamente e se o teste der negativo então...” pensou “Irei me alimentar e então dormir um pouco para enfim descansada tentar entender o que aconteceu comigo”. Ela suspirou olhando para a máscara que havia deixado ao seu lado no banco do passageiro. “Mas receio que quando despertar minhas duvidas serão ainda maiores do que são agora”.

— Não, Batgirl... – uma figura saiu das sombras do mesmo beco em que havia estado o carro de Katherine Wayne – Muito em breve tudo que você viu irá fazer sentido. Afinal não foi um sonho ou pesadelo o que você vivenciou – E a figura veio para a luz se revelando se tratar de Zane – A nossa equipe não é fruto de uma alucinação ou de sua imaginação. Na verdade, Justice Reborn existe. Ou melhor, existirá.

— Futuramente estaremos juntos como eu vi – falou Zane – Todos nós iremos. Em um futuro que se aproxima cada vez mais. – E então ele desaparece no ar como se nunca estivesse estado ali.

Nós indagamos “Onde terminam os sonhos e começam os pesadelos” talvez uma pergunta mais apropriada seja: Onde terminam os pesadelos e começa a realidade?