Justice Reborn: Heróis do Amanhã escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 4
Sonhos ou Pesadelos - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, mais um capitulo para vocês...
Espero que gostem.

Confiram o tumblr da fanfic: http://justicereborn.tumblr.com/
Boa leitura.



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“Não existe Justice Reborn” pensou Batgirl enquanto corria em direção ao objetivo que era o salão principal em que se encontravam os cientistas e o reator que estavam sobre o poder de Howard Dent e sua gangue.

“Não existe Jason, não existe Marie e nem Zane” quando ela checou seus computadores que mostravam que o salão se encontrava próximo na porta logo a frente foi que percebeu outros capangas que vinham em sua direção.

Ela lutou contra eles, porém por mais que estivesse concentrada na luta sua mente ainda vagava para as imagens que havia vivenciado e que deveriam não ter passado de um sonho de alguma espécie.

Antes que um deles chamasse reforços foi que ela lançou o bat-rangue na direção dele e tirou o aparelho de rádio de sua mão. Em seguida se desviou dos tiros de outros com agilidade de anos de treinamento lhe haviam proporcionado. Ela então dera uma pirueta e com as mãos no chão aplicara um chute giratório.

— Canário Negro ficaria orgulhosa da aluna – falou Oracle pelo comunicador afinal ele acompanhava tudo pela câmera frontal da máscara enquanto a parceira virasse novamente para ficar de pé – Cuidado com a retaguarda.

Em cruzado de direita num dos capangas que se aproximava por trás dela. Deu uma cotovelada seguida de uma joelhada em outro e arremessara mais um par de bat-rangues contra outro. Um o desarmou e o outro lhe atingiu na perna o fazendo cair.

— Só uma dica para você – falou Batgirl enquanto removia o bat-rangue da perna do sujeito – fique no chão. – Então se afastou e removendo do cinto de utilidades um objeto que lançou contra os inimigos derrotados. O objeto metálico cilíndrico explodiu no ar liberando uma rede que cobriu os capangas e cuja cada uma das pontas se ficou firmemente no chão.  – Não que eu acredite que vocês vão se mexer só que apenas para garantir de que caso tentem vão ter alguma dificuldade – Ela deu um meio sorriso enquanto se distanciava pelo hall enorme em que se encontrava.

Foi quando estava próxima de seu centro foi que visualizou as claraboias do teto solar. Uma chegada pelo alto poderia ser o efeito surpresa que precisava para uma boa entrada já que aquela altura sua presença no prédio era quase claramente de conhecimento de Dent. E ele e seus capangas já deveriam estar aguardando por ela do outro lado da porta.

Então foi que disparou seu lançador de corda e se projetou para o alto. A garota abriu a claraboia e se projetou para fora agora se encontrando novamente na parte mais baixa do prédio. Deveriam dar um prémio para o arquiteto que havia projetado aquele prédio afinal era bem surrealista quase que algo que se via em filmes futurísticos.

Todo o prédio era de um aspecto arredondado e espelhado com um centro afundado em que havia várias claraboias em seu centro. Durante o dia aquelas claraboias tinham como finalidade projetar a luz solar. E era pela mais baixa delas que agora a garota se locomovia.

Seus passos eram cuidadosos e precisos tentando não fazer muita pressão para que não fosse notada pelos ruídos que poderia vir a fazer.  E foi quando ela estava andando sobre o teto que sua mente voltou a pensar na estranha visão que tivera.

“Tudo deve ter sido uma espécie de sonho” pensava Batgirl “Um sonho ruim que já acabou” ela já se encontrava próxima da outra claraboia e conseguia visualizar o salão principal. “E agora estou de volta à realidade em que eu estou lutando contra um grupo de criminosos que tem reféns e uma bomba enorme que pode detonar com toda a Gotham” onde podia ver todo um grande laboratório equipado com a mais alta tecnologia e com os reféns sendo mantidos sobre a mira de armas. “Nem um pouco sobre pressão”.

“Mesmo assim queria saber o que causou aquilo” ainda pensava Batgirl sobre o ocorrido de mais cedo “Não há nada de errado fisicamente comigo então só pode ser alguma outra coisa”. Ela então abriu a claraboia silenciosamente e suspirou enquanto removia do cinto de utilidades um par de esferas do tamanho de bolas de golfe e deixou que caíssem pela abertura.

Ao atingirem o solo as esferas liberaram um gás que inundou rapidamente a sala sem que os criminosos percebessem. Logo todo o laboratório tinha tido o seu ar tomado pela nuvem de gás de efeito moral.

A heroína ativava sua máscara um dispositivo que cobriu sua boca com um inalador que filtraria o oxigênio e um par de viseiras cobriu seus olhos para impedir o contato com a reação química gasosa. Então ela saltou para dentro do laboratório e aterrissou começando então a sua luta não tão justa contra os capangas que começaram a ataca-la mesmo que as cegas e quase incapacitados ainda assim atiravam nela.

Ela os desarmou um a um com medo de que qualquer um dos disparos pudesse atingir os reféns que infelizmente também estavam desorientados e confusos afinal sofriam as consequências das bombas de efeito moral.

Batgirl escancarou as portas após se certificar que não havia mais nenhum dos capangas armados sendo que foi assim que os reféns fugiram assim como os criminosos também correram para fora desistindo de continuar a luta. O gás se esvaiu da sala e logo a batalha principal da noite se iniciou entre Batgirl e Howard Dent (que não sofrera os efeitos do gás porque também estava com a face coberta por uma máscara protetora).

Eles trocaram alguns golpes entre socos, chutes assim como vários que seriam tidos como baixos se aquilo não fosse um combate entre uma heroína e seu vilão. No meio da batalha a garota conseguiu arrancar o detonador que se encontrava preso ao cinto do gangster que caso ativado causaria na explosão do auditório (onde se encontravam presos os civis que não haviam conseguido deixar o prédio durante a invasão). Rapidamente seus dedos ágeis desativaram o mecanismo enquanto ela desviava dos tiros dos revolveres do inimigo.

— Parece que você descobriu meu plano B? – riu Howard Dent enquanto a garota desviava de suas balas – Nada mal mesmo, garota. Só que sinceramente acha mesmo que eu iria deixar as coisas assim tão simples hein? Por favor, era apenas um chamariz. – ele então tirou um segundo gatilho de dentro do bolso interno do terno – Esse gatilho é dessa belezinha no centro do salão. A que você acabou de destruir iria apenas destruir o auditório onde estão os restos dos reféns.

— Eu sabia disso – falou Batgirl deixando o dispositivo cair – De qualquer forma acabou agora para você, Dent. – ela o encarava a cerca de cinco metros de distancia - Você será pego pelo raio da explosão caso ela ocorra então não creio que isso seja verdade mais me parece um blefe ou estou enganada? Acabou para você... – ela olhou ao redor parecendo procurar por algo - A policia está invadindo o prédio e seus homens estão fora de combate. Por que não facilita as coisas e se entrega? Queria rever seu pai e bem irá fazer isso só não lhe garanto que irá ficar na mesma cela.

— Oh, é mesmo? Isso aqui parece um blefe para você – disse Howard com um sorriso zombador – Vamos ver se você também esperava por essa, docinho. – Então abriu um armário localizado num dos cantos da sala e puxou dali para o espanto da garota um dos cientistas que se encontrava algemado e com a cabeça coberta por um saco – É sua segunda surpresa essa noite não é? – Ele mantinha uma arma apontada para a cabeça do encapuzado - Bem, então espero que você seja rápida, benzinho para impedir duas coisas ao mesmo tempo – E com a outra mão pressionou o gatilho que disparou e a contagem começou a ser feita – você tem 22 minutos para desativar a bomba. Ah, uma informação extra para você... – a garota havia seguido em direção a plataforma de comando do reator - A cada falha sua o cronometro retirara dois minutos da contagem.

— Por que causar uma explosão e matar apenas duas dúzias de pessoas quando posso matar mais de duzentas mil de uma vez?  - continuou Howard - Seria algo que provavelmente meu pai iria decidir com aquela moeda ridícula. Mas eu não gosto de jogar com a sorte... - Então afundou a arma na área lateral da cabeça do refém encapuzado - Sejamos sinceros aqui, falaremos de probabilidades... Tudo bem? Qual são as suas chances para me deter? 

— Você realmente acha que conseguira sair daqui vivo? - falou Batgirl -Se essa maldita bomba explodir não apenas Gotham como provavelmente Hub City e Bludhaven também serão afetadas. Você não é um genocida a esse ponto ainda deve haver uma parte que se importe.

— Não faça isso, Batgirl... - disse Howard Dent dando um meio sorriso -Não se rebaixe a me fazer pensar como se ainda houvesse um humanitário em mim. - ele atirou contra ela que se desviou com o tiro passando de raspão na máscara dela. - você me desaponta assim, sabe? Porque docinho, eu esperava que você soubesse se eu te quisesse morta já teria feito quando você entrou aqui e espancou meus homens em meio aquela nuvem química... - A garota correu para se esconder atrás do painel de controle.

— Dent... - Falou Batgirl tentando pensar rápido em como iria se livrar daquela situação - Você não precisa fazer isso. - Enquanto isso precisava ganhar tempo. 

— Está errada, novamente. Pare de falar o que não sabe em achar que eu sou uma boa pessoa porque não vai adiantar. Não comigo ao menos... - disse Howard Dent -Dizem que quando eu nasci ao lado de meu irmão foi como se a personalidade do meu pai se dividisse em nós. E eu não sou o seu lado bom da moeda. - Ele começou a se dirigir a saída da porta quando viu um bat-rangue vindo em sua direção e disparou contra o objeto sendo que a bala acertou e desviou a trajetória do alvo. 

— Gostaria de ficar brincando de ver quem acerta quem primeiro só que a verdade é que estou atrasado e você tem que desamar uma bomba se puder - continuou Howard Dent - Eu queria ter duas explosões nessa noite só que você já acabou com uma então providenciarei que a que tenho irá valer pelas duas.

— Você tem menos de vinte minutos para desarmar a bomba que nós transformamos o reator nuclear antes que ele exploda – continuou Howard Dent sorrindo para a heroína enquanto mantinha um refém sobre a mira de seu revolver – Se me seguir meterei duas balas contra a cabeça desse infeliz e então miolos indicados ao prémio Nobel para os ares. O que me diz? Qual das duas opções? – Ela lhe encarou seriamente ainda em silêncio – Olha só, te deixei sem palavras...

— Ainda não acabou – falou Batgirl – Não importa o quanto corra ainda vou te encontrar. – O rapaz sorriu enquanto começava se afastar do laboratório já limpo do gás. Ela pode ver Howard Dent fugindo com o refém.

A garota morcego trincou os dentes ao perceber que havia se distraído em relação ao líder dos criminosos e abaixado à guarda para ele nem o vendo se aproximar tudo aquilo. Agora teria que ser rápida o suficiente e cuidar de desarmar aquela ogiva nuclear que explodiria em menos de vinte minutos e contando.

— Oracle, está na escuta – falou Batgirl enquanto apertava uma parte de sua máscara que recolheu a proteção contra o gás – Diga-me que a Comissária Gordon já retirou todos os reféns que se encontravam no prédio e conseguiram capturar os bandidos.

— Afirmativo – disse Oracle – Enquanto você tratava das coisas no laboratório o GCPD e a SWAT cuidavam do restante do prédio. Agora o que vamos fazer a respeito da bomba. Você tem alguma ideia?

— Eu contava com o seu conhecimento – disse Batgirl – Não saberia como fazer isso não é?

— Bem, vejamos é claro que eu não sei – falou Oracle – Eu sou um hacker não um agente do esquadrão antibombas. Mas veremos o que posso fazer aqui para cuidar disso enquanto isso apenas vamos continuar calmos. Ficar calmos e pensar positivamente.

— Isso é para você ou para mim? – questionou Batgirl.

— Apenas me dá um tempo, Kat – disse Oracle.

— Bem, não temos tanto tempo aqui – falou Batgirl conectando alguns cabos de conexão do traje na plataforma de comando. Os dados passavam nas telas do comunicador só que no caso que não parecia compreender tudo o que era demonstrado nos monitores. – Não vamos conseguir isso... Não podemos vai além de nós - Então olhou para o cronometro mais uma vez e decidiu que teria de ser rápida naquelas quinze minutos que lhe restavam então saindo correndo do laboratório.

— O que diabos, você está fazendo? – questionou Oracle enquanto Batgirl colocava em sintonia o cronometro da bomba com um que havia em seu projetor holográfico de pulso - Katherine, você não está fugindo. Diga-me que não está... Eu ainda estou conectado ao sistema só que não sei se posso desarmar a bomba sem que você esteja lá para me ajudar.  

— Aquele cientista que está com o Dent com certeza sabe como cuidar disso – falou Batgirl – Eu vou recupera-lo e nós iremos cuidar disso. – ela chegara ao corredor em que havia uma divisão por dois caminhos - Apenas me diga por onde ele está indo?

— Ele está seguindo pelas escadas rumo ao terraço – disse Oracle analisando as câmeras de segurança – Alguns lances acima de você - Então Batgirl arrombou a porta que estava tranca e logo se viu as voltas com os tiros que Dent disparava contra ela.

Usando sua capa para parar as balas foi que a garota seguiu adiante pelos degraus então disparando seu lançador de corda para cima. A heroína se puncionou pelo espaço que havia entre as escadas. Fazendo com que ela avançasse alguns lances da escadaria que lhes separavam.

— Parece que você ou está mais bem preparada do que eu imaginava ou fez uma escolha arriscada vindo atrás de mim – falou Howard Dent – Então o que te trás até aqui? – ele subia as escadas mantendo uma arma apontada para o refém e a outra para ainda disparando contra a heroína - Vamos, docinho. Porque nós não podemos ser civilizados e conversar um pouco.

— Você está com a arma apontada para alguém enquanto a outra estava ocupada atirando em mim – respondeu Batgirl – Sem conversa fiada e vamos ser sinceros aqui de que por mais perturbada que sua mente possa ser ainda assim você não quer morrer. – eles continuavam a subir as escadas lentamente - Não conseguira se afastar a tempo do raio de ação dessa bomba então o que vai ganhar com isso?

— Sinceramente, não me conhece o suficiente – disse Howard Dent – E vocês vieram atrás de mim por conta do meu não tão querido companheiro aqui – ele pressionara ainda mais a arma debaixo do queixo do refém – É muito triste saber que não sou a sua principal preocupação agora. Então se importa com ele é bom ficar ai ou eu vou sujar um pouco as coisas por aqui se é que você me entende não é? – A heroína parou aonde estava preferindo acatar o pedido do rapaz.

— Eu me preocupo com a cidade – disse Batgirl olhando para o cronometro e percebendo que faltavam dez minutos – E com as pessoas que irão morrer se aquela bomba não for desarmada e você está me fazendo perder tempo.

— Eu sei e é isso que diferencia você de mim – respondeu Howard Dent sorrindo – Eu não me preocupo com essas pessoas nem um pouco. Mas quer saber de uma coisa? Vou lhe dizer algo que talvez te agrade. Sabe? Vou te fazer escolher de novo e darei você à chance de salvar a sua preciosa cidade. – ele continuava pelos degraus da escada subindo cada vez mais ainda encarando a garota morcego - Darei a opção de escolhê-lo... – E então soltou o refém encapuzado e o empurrou com pé fazendo-o que caísse pela passagem que era aquela espécie de fosso que havia no centro da escadaria.

E sem pensar duas vezes foi que a garota saltou logo atrás num mergulho para o vazio enquanto lutava para alcançar o corpo do refém. Howard Dent sorriu e avançou escadaria acima rapidamente. Batgirl mantinha os braços juntos enquanto caia para que pudesse aumentar a velocidade e conseguir se aproximar o suficiente do cientista.

Era a segunda vez que mergulhava para salvar alguém só aquela noite só que diferente de antes não se tratava de um criminoso e sim de uma vitima inocente. O pobre homem por sua vez parecia em pânico e se debatia enquanto descia cada vez mais em queda livre.

Então foi que percebeu que sua visão estava começando a ficar turva novamente e a mesma sensação que havia experimentado momentos atrás retornava. E novamente Batgirl viu ao seu redor tudo parecer desaparecer e se modificar para outro ambiente de um momento em algum lugar que não era o que estava antes.

Mesmo assim um lugar estranhamente familiar e foi assim que ela retornou para a segunda batalha que estava travando paralelamente aquela em Gotham. Sendo que essa ocorria de alguma maneira desconhecida ainda para si.


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Notas finais do capítulo

Deixem seus comentários ai embaixo sobre o que estão gostando ou o que vocês acham que deva ser melhorado.
Saiu um capitulo menor dessa vez.
Enfim, vocês foram apresentados aqui a um dos vilões da Batgirl.

Howard Dent - Tom Felton
Até mais.