Justice Reborn: Heróis do Amanhã escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 1
Sonhos ou Pesadelos - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Bom Leitores, eu decidi fazer a historia seguindo arcos.
O primeiro arco é introdutório e cada um desses arcos será dividido em quatro partes ou seis ainda estou decidindo como será.

Essa é minha segunda tentativa de tentar escrever algo relacionado desse estilo espero que gostem.

Confiram o tumblr da fanfic: http://justicereborn.tumblr.com/

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677983/chapter/1

“Onde terminam os sonhos e começam os pesadelos?”

Eram às 22 horas e ela estava seu carro dirigindo em mais uma das vias públicas de Gotham. Era uma das principais e mais movimentadas avenidas e dentro de uma das maiores construções localizadas ali se encontrava o prédio onde estava ocorrendo a Convenção de Ciências e Tecnologias que anualmente era feito como maneira de serem exibidos os avanços feitos pelos cientistas em suas respectivas áreas.

Há cerca de alguns minutos atrás aquele lugar estava repleto de incansáveis repórteres para cobrir os acontecimentos além das mais brilhantes mentes que aproveitavam a oportunidade para se maravilharem com as surpresas que seus colegas haviam preparados ao longo do ultimo ano. Ainda era certo que muitos estavam ali simplesmente para enaltecerem seu ego próprio ao alcançarem e realizarem façanhas até então consideradas arriscadas e impensadas. 

Era claro que aquele deveria ser o caso do gênio criador do reator termo nuclear que seria apresentado aquela noite pela Lexcorp. Anunciar em revistas científicas assim como jornais e atrair toda a atenção da mídia parecia ter servido mais do que esperavam de um simples marketing.

Katherine Wayne soubera que aquilo era arriscado desde o inicio afinal era como criar um grande anuncio de neon para os bandidos lhes oferecendo uma bomba de destruição maciça de graça do outro lado da rua. Não foi novidade quando a caminho do evento deu de cara com a rua interditada pelo que parecia toda força policial de Gotham.

— Oficial, existe algum problema para que eu não possa seguir? – perguntou Katherine ao policial que viera lhe abordar em seu carro – Eu estou atrasada para um evento nessa rua e mais de dez minutos creio que não seja algo aceito de bom grado. Sabe? Cientistas tendem a ser temperamentais.

— Sinto muito senhorita, mas infelizmente terá de retornar para casa – disse o oficial da policia ajeitando o cape – Toda a avenida esta cercada por conta de uma ocorrência criminosa nessa rua. Civis devem manter distancia para não interferirem nas ações policiais e devo dizer que teve sorte porque o local para onde a senhorita se dirigia é centro da ação terrorista...

— É, sério? Nossa, eu não sei o que dizer apenas estou abismada. Tudo isso é realmente uma grande surpresa – falou Katherine – Obrigada pelo aviso, oficial. Eu estou tão chocada em saber disso... – ela tornou a ligar o carro - Espero que consigam fazer o trabalho de vocês e resolvam essa ocorrência. – e deu marcha ré então fazendo a curva e indo na direção oposta.

Katherine então mexeu na sua escuta atrás da orelha ligando a comunicação e após alguns momentos de estática foi que a frequência foi efetuada. Então ela se dirigiu a pessoa que estava do outro lado da linha.

— Oracle, você ouviu tudo? – perguntou Katherine de forma séria enquanto guiava o carro pela rua até se direcionar e estacionar em um beco.

— Se ouvi? Sério, sua versão garota inocente para os que te conhece de verdade é uma verdadeira piada. – respondeu uma voz masculina do outro lado – Mas devo admitir que eu fosse te avisar mesmo do acontecido. Mas aparentemente seu comunicador estava desligado...

— Deve ter acabado desconectando durante aquela abordagem a caminho daqui – respondeu Katherine se lembrando do assalto que impedira em uma loja de conveniências – O comunicador deve estar um pouco danificado então se lembre de repara-lo quando retornar para a caverna – Ela dizia enquanto passava para o banco detrás e pressionando um botão que estava em uma parte oculta acabou abrindo o compartimento que era oco sendo que ali se encontrava o uniforme – Eu acabei de colocar esse vestido. Sabe como é tirar o traje e me colocar nisso?

— Deve está lindo em você – falou Oracle do outro lado.

— Dá um tempo com isso, James.  E por que não me dá mais informações do ocorrido? – disse Katherine enquanto começava a se aprontar.

— Tudo bem, a cerca de dez minutos toda aquela parafernália foi feita interferindo em todas as vias. A polícia em peso de Gotham foi chamada assim como o esquadrão de emergência e a SWAT. – disse Oracle – Estou com a imagem das câmeras de alguns helicópteros de reportagem. O prédio está cercado por todos os cantos...

— Conseguiu invadir a rede de comunicação da policia? – perguntou Katherine.

— Tentando chegar à frequência – disse Oracle então fazendo algum silêncio – Okay, as informações contam que cerca de vinte homens armados invadiram o lugar faltando vinte minutos e vinte segundos para o inicio da apresentação do reator termo nuclear...

— Da LexCorp – disse Katherine então suspirando – Eu sabia que ia feder trazer isso para cá. Alguma vitima até agora? – e terminava de afivelar seu cinto de utilidades e colocar as botas - E tem ideia do numero e reféns?

— Negativo ainda não foi feita nenhuma vitima – falou Oracle – Mas talvez você devesse saber que esses terroristas estão em negociação com a Comissária Gordon.  – Katherine sabia que parte em se esconder-se por detrás da identidade um do outro seria evitar usar graus de intimidade com as pessoas de quem falavam. No caso de Jimmy Grayson era evitar chamar a Bárbara Gordon de mãe.

— Quem são essas pessoas? – falou Katherine enquanto amarrava o cabelo.

— Ainda não adivinhou? Por favor, você é mais esperta que isso – falou Oracle sarcasticamente.

— Eu não estou com tempo para adivinhações então seja direto ao ponto – respondeu Katherine ríspida enquanto vestia sua mascara – Seja mais claro sem enrolações porque estamos perdendo tempo.

— vinte minutos e vinte segundos – disse Oracle revisando o que tinha dito anteriormente – vinte homens armados não lhe faz pensar no que pode se tratar tudo isso?

— Harvey Duas-Caras Dent está no Arkham – respondeu Katherine – Mas é a gangue dele agindo sobre o comando do Howard Dent. Aparentemente ele decidiu que já estava em tempo de tirar o pai da sua cela acolchoada. Isso não muda as coisas... – então saiu do carro e fechou a porta – Vamos nessa – então usou o lançador de corda que se prendeu no topo do telhado do prédio e então a impulsionando para o alto.

...

Ela foi saltando pelos prédios com a capa que usava esvoaçando ao vendo enquanto aterrissava no outro lado de um jeito felino. Sua agilidade logo a permitiu que se encontrasse sem dificuldades e logo estava de frente para o prédio em que se encontrava a conferencia e como o esperado se encontrava cercado pela policia.

Ativou então a visão telescópica presente nas lentes retráteis da máscara. E analisou a lateral do prédio nas janelas para se certificar de que não havia homens vigiando os andares superiores. Por sorte os atiradores estavam mais espalhados e muitos dos andares estavam desprotegidos.

Howard Dent nunca foi o melhor estrategista do contrário saberia que um prédio daquelas proporções havia a necessidade de ainda mais homens do que apenas aqueles que tinham levado. Apesar de que os seus capangas já estavam mantendo os oficiais no andar debaixo.   

Batgirl suspirou pensando que números não eram o diferencial quando se tinha em mãos algo que em si só já gerava uma apreensão maior do que um exército. Desativando as lentes telescópicas logo após encontrar uma brecha em um dos andares inferiores. Ela então lançou sua corda novamente que se prendeu na lateral do prédio. E novamente ela estava nos ares, usando a capa como planador para suavizar o impacto do contrário o impacto contra o vidro lateral teria sido maior.

Ela então ativou as luvas cuja tecnologia empregada fez com que a polaridade fizesse com que a pressão do atrito se tornasse possível. As Empresas Wayne tinham desenvolvido aquelas luvas de fricção de polaridade termostática para a realização de escadas em locais de difícil acesso sendo ideias para uso urbano.

E como o esperado foi se gasto uma considerável quantia de dinheiro somada ao tempo apenas para possibilitar os planos de fundo de usarem aquilo nas operações dos morcegos de Gotham.

Em situações normais uma pessoa seria capaz de se sentir em verdadeiro estado de pânico e se ver a vários andares a acima do solo em uma posição em que o ângulo se encontrava em cerca de noventa graus. Sem treinamento e equipamento necessário nada daquilo se veria como viável sendo que mesmo estando usando de tecnologia de ponta era certo de que qualquer falha ali poderia lhe custar à vida.

— Oracle, desligar sistema de vigilância do décimo oitavo andar na ala leste – disse Batgirl no comunicador - Dent pode não ser dos mais espertos só que mesmo assim sabe que tem que ser precavido. Deve ter com toda a certeza posto alguém na vigia. - E foi assim que ela subiu pela lateral do prédio até uma janela que lhe desse acesso ao andar citado que se encontrava vazio.

— Afirmativo – disse Oracle pelo comunicador – Sabe que se realmente alguém estiver de olho nos monitores do prédio então isso te dará pouco tempo para agir antes que alguém vá por ai.

— Então seja meus olhos – disse Batgirl – Você já invadiu o sistema de monitoria não é? Qualquer movimento que indique alguém vindo em minha direção me avise. – Então puxou dos compartimentos do cinto algo do tamanho de uma caneta sendo um cilindro de cor prateada – Para que o plano ocorra sem problemas devemos ser furtivos.

— Você me conhece o suficiente para saber que sempre olho por você – respondeu Oracle – Estou com as imagens de vídeo das câmeras agora aqui rodando nos monitores. E eu desliguei o sistema de monitoria do andar que você me pediu...

— Excelente – disse Batgirl que então usou o micro laser que já tinha tirado de seu cinto de utilidades para cortar o vidro. – Estou pronta agora, finalmente no prédio... – ela falava enquanto guardava o laser no cinto - Preciso da planta da construção.

— Já achei que estava deixando isso passar – respondeu Oracle e ela pode imagina-lo sorrindo do outro lado - Acabei de envia-la para o banco de dados do traje – ela abriu um compartimento no seu pulso que projetou uma mensagem de que novos dados haviam sido recebidos.

— Pode acessar pelo sistema holográfico de pulso – completou Oracle – E não precisa agradecer – Batgirl então clicou no holograma foi alterado para uma planta do prédio em que se encontrava.

— Mais uma coisa – falou Batgirl analisando a planta - Então corte o funcionamento do elevador. Isso certamente irá aumentar o nosso tempo de agir – então Oracle fez como o pedido e a heroína seguiu pelos corredores por de dentro do prédio já estava na hora de colocar os planos em prática.

Então foi que sorrateiramente foi adentrando até que descera o andar abaixo. Ela se deixara guiar pelos tiros e logo viu um dos atiradores aparentemente um dedo quente no gatilho já que estava disparando ferozmente. A garota morcego então foi indo sorrateiramente pela penumbra do corredor escuro até se colocar na parte detrás do atirador.

O homem nem viu de onde veio quanto notou já tinha levado um mata-leão ao redor do pescoço e sido puxado para longe da janela. Ele ainda tentara lutar, porém a garota o arremessara contra o chão então o fazendo perder a consciência.

Então ela algemara as mãos do homem e os pés em seguida começando a arrasta-lo. Batgirl então continuou sua empreitada colocando a primeira fase do plano em pratica que era ter conhecimento dos reféns e dos homens de Dent que se mantinham na vigia deles.

...

Uma pequena onda de choque lhe atingindo a perna foi o que fez com que o antes atirador despertasse. Quando acordou o capanga de Dent teve um vislumbre de que estava de cabeça para baixo mesmo com a visão ainda turva. Ele pode notar que estava com os pulsos algemados ao se movimentar. Ao olhar para os pés teve um pânico iminente ao ver a silhueta de alguém que o segurava sendo que finalmente viera notar que estava dependurado dentro do poço do elevador.

— Batman? – perguntou o capanga para a figura que o segurava.

— Não, mas você bem que ia querer que fosse ele – disse Batgirl com um meio sorriso – Sabe por que não facilita as coisas para mim e para você. E provavelmente para quem for o responsável por limpar a bagunça que faremos caso eu perceba que você não está sendo sincero... – ela o balançou o fazendo estremecer - Sabe o que é um corpo caindo a essa altura não ficara muito bonito quando atingir o chão. Vai explodir como se tivesse sido atingido por uma locomotiva.

— O que você quer? – perguntou o bandido – Eu não sei de nada apenas fui pago para atirar é isso que faço. Eu juro que não sei nem o que o Dent está planejando fazer aqui apenas fui encarregado de atirar em qualquer um que tentasse entrar no prédio. É isso... Livre-me dessa, moça.

— Você está sendo honesto comigo? – perguntou Batgirl.

— Ele está bastante agitado – disse Oracle pelo comunicador – Mas não peguei nada no detector de mentiras porque não há um padrão para comparar. Pergunte a ele algo que não haja para que ele mentir.

— Qual é a cor dos seus sapatos? – perguntou Batgirl.

— É o que? – respondeu o capanga confuso então recebendo um olhar duro da heroína que o balançou um pouco mais – Pretos. Meus sapatos são pretos... – ele fechou os olhos enquanto sua cor lhe escapava do rosto.

— Okay, captei o padrão – disse Oracle – Vamos nessa.

— Qual é a razão para o Dent querer o reator nuclear? – perguntou o capanga.

— Eu não sei – falou o capanga – O que é um reator nuclear?

— Uma coisa que estava aqui e que o Dent veio atrás – disse Batgirl – Você sabe disso não é?

— Olha moça, nós não estamos por dentro de todos os planos do patrão apenas fazemos pelo que somos pagos e é ai que acaba nosso trabalho – respondeu o capanga e a heroína fez uma feição séria.

— Não, acho que não está dizendo a verdade – falou Batgirl então apertando um botão em seu cinto e o bandido se contorceu em dor – Acho que não percebeu só que eu coloquei um dispositivo de choque não letal em você que sou capaz de controlar remotamente. É só mais um estímulo para tirar de você à verdade... – ela então desligou o choque mesmo assim o capanga ainda tremia um pouco - Usei carga mínima para te acordar e a média agora.

— Ele quer tirar o pai do Arkham – disse o capanga após a onda elétrica ter passado – Está em negociação com a policia para que isso seja possível. Ele só irá libertar os reféns quando isso acontecer... – Ela mantinha a feição séria afinal nenhuma daquelas informações era novidade para si – Por favor, é tudo que sei... - E ao perceber a face impassível da heroína foi que o atirador engoliu em seco - O reator nuclear não vai ser utilizado para nada.

— Vocês não o programaram para explodir? – disse Batgirl no mesmo tom interrogativo que vinha usando – Sabe essa coisa é capaz de abrir um buraco no que chamamos de Gotham City não é mesmo? Se usada inapropriadamente acabara se tornando uma bomba.

— Eu sei só que nós não vamos usa-la – falou o capanga – Ninguém tem que morrer sem necessidade. Apenas se a policia invadir que iremos ativa-la mesmo assim estaremos longe quando isso acontecer.

— A bomba não irá explodir? – perguntou Batgirl.

— Não – respondeu o capanga já com a face vermelha no rosto - É só um blefe – ela o balançou novamente - eu juro foi isso que me passaram.

— Ele foi sincero sobre isso – respondeu Oracle – Aparentemente Dent está apenas blefando o que faz sentido porque por mais que ame o pai não iria agir de maneira suicida só para vê-lo livre. – Lá no fundo Batgirl sentia que aquilo tudo podia ser muito bem o oposto. A insanidade de Dent e o seu prazer em desafia-la seria algo que poderia surpreendê-los de uma maneira negativa.

— Quantos reféns? – disse Batgirl.

— Eu não faço ideia do número – disse o capanga.

— Mentira – falou Oracle e logo depois a heroína apertou o botão no cinto que liberou mais uma onda de choque.

— Quantos reféns? – disse Batgirl novamente mais duramente – Meu braço está cansando só para avisar – e o homem ainda tremia em espasmos pelo choque.

— Eu não sei – disse o capanga – Já me mandaram para cá quando invadimos o prédio.

— Mentira – repetiu Oracle.

— Okay, vai continuar mentindo para mim? – respondeu Batgirl então se dirigindo para apertar o botão para uma nova sessão de choque.

— Espera, eu falo – interrompeu o capanga a heroína – Não faz isso. Eu falo para você apenas não faça isso... – ele estava com medo o que facilitava as coisas – Eu não posso dizer muito só sei que são cerca de cinquenta deles. Estão presos no auditório de palestras no térreo.

— Porta vigiada por quantos? – perguntou Batgirl.

— A porta está sendo vigiada por dois – disse o capanga – Existe dois também guardando por dentro. Sei que parece pouco só que mesmo assim eles estão sobre nossas posses e ainda estão todos vivos.

— O armamento que todos estão usando é o mesmo do seu? – perguntou Batgirl.

— Sim – respondeu o capanga.

— Mentira – repetiu Oracle e a garota morcego tentou mais uma vez o choque que não funcionou então suspirando foi que se voltou para o bandido.

— Assim você não facilita – disse Batgirl então o soltando e o capanga caiu gritando sendo que ela saltou atrás dele num mergulho pelo poço do elevador. A garota então pegara em seu pé enquanto com a outra mão disparava o dispositivo que lançava a corda. Eles pararam bruscamente e ficaram balançando por cerca de alguns minutos.

— T-Tem b-bom-bombas no auditório – falou o capanga tremulo – S-São cerca de onze delas e estão espalhadas pelo lugar. Caso alguma coisa dê errada o Dent vai dar o sinal para abandonar o auditório antes de ativar a detonação.

—Com quem está o controle que detona as bombas? – perguntou Batgirl.

— Com o patrão – falou o capanga choramingando – com o Dent.

— Onde está o Dent? – perguntou Batgirl.

— No salão da exposição da LexCorp – falou o capanga – Perto do reator nuclear e junto da equipe de cientistas que o construiu.  Ele está com dois dos nossos com ele para mantê-los sobre controle e tem dois dos nossos vigiando a porta de entrada.

— Como planejam fugir daqui? – perguntou Batgirl.

— Há dois helicópteros esperando a chamada de rádio para vir nos buscar – falou o capanga – Dent planeja levar dois reféns caso as coisas saiam do controle para garantir a nossa fuga. Por favor, é tudo que eu sei... – ela olhou para o aterrorizado homem que segurava – Por favor, eu me entrego a policia e aceito a pena só não me deixe cair.

— Segura firme – disse Batgirl então lançando uma nova corda com gancho que se prendeu as algemas dos tornozelos dele então disparando a outra ponta para o alto – Vou falar para a comissária que colaborou comigo quem sabe sua pena não é reduzida? Oh, espera acho que não vai adiantar muito para alguém que estava atirando em policiais. – ela deu um meio sorriso - Desculpe-me por essa só que não há o que fazer para te ajudar nessa vai ter que pagar pelos seus crimes.

— Pare de debochar do coitado, Batgirl – disse Oracle – Isso já é maldade.

— Apenas me deixe em paz – respondeu o capanga e Batgirl então recolhera o dispositivo de choque que estava na perna dele sendo que ficara uma cicatriz em forma de morcego onde antes o objeto se encontrava.

— Vadia maluca – falou o capanga enquanto a heroína guardava o dispositivo – Maldita... – então foi que ela ativou um botão na corda que a segurava que se recolheu e então caiu novamente calmamente cerca de um metro e meio no chão – Espera? O que?

— Eu fui descendo a gente aos poucos – falou Batgirl então virando as costas para o homem – pensei que tivesse notado é claro que teria se não estivesse com a atenção em mim que estava tentando te fazer soltar a língua. Alias, foi mal se eu possa ter exagerado com você só que tem que entender minha posição não é? – ela então deu um meio sorriso antes de abrir as portas que davam para o térreo – Alias, antes que me esqueça... – ela então arremessou uma esfera com gás sonífero na direção do capanga antes de sair do lugar.

...

— Você exagerou com o cara – falou Oracle.

— É um bandido não um inocente – disse Batgirl – Sabe que interrogatórios às vezes apenas o terror psicológico não é o suficiente e que às vezes temos de apelar para o físico. Ele teria feito pior comigo caso tivesse me visto chegando.

— Batman não vai aprovar quando souber que você usou o  bat-taser portátil para uma função que não fosse incapacitar bandidos – falou Oracle – Mas você que vai ter que prestar contas com ele. Me livre dessa...

— Aliás, grande ajuda o bat-taser deu hein – disse Batgirl – na terceira carga já tinha descarregado e eu tive de improvisar que constou em eu soltar aquele cretino e pega-lo no ar.

— Ah, foi isso então? Vou pedir ao Fox para dar uma vistoriada – falou Oracle – Já estava imaginando que o sangue frio seu tinha chegado de uma maneira que não ia se importar em ver aquele cara se quebrar todo.

— Sabe que não sou assim – respondeu Batgirl um pouco chateada pelo comentário – E que tal parar com as suas preocupações com o que o Batman vai falar e apenas me elogiar por ter mandado bem? Conseguimos muita coisa afinal.

— Você mandou bem – falou Oracle – Pobre sujeito deve ter se urinado todo. – e riu do outro lado do comunicador fazendo Batgirl revirar os olhos - Você notou se ele fez isso?

— Vamos ser profissionais aqui? – exigiu Batgirl – As coisas pioraram. Você o ouviu falando das bombas no auditório e da equipe de cientistas como reféns no salão principal das exposições... – ela analisava o holograma da planta do prédio marcando os locais em que deveriam agir em vermelho – Eu irei até o salão principal e cuidarei das coisas por lá primeiro quando tiver tirado o detonador das mãos dele então dê o sinal para que o pessoal da GCPD invada. – então olhou para a câmera de vigilância – Você... – então foi interrompida.

— Eu sabotei o sistema das câmeras – disse Oracle – Eu achei que fosse o certo a ser feito apenas te dei tempo de entrar e deixar o decimo oitavo para preparar um truque que é uma repetição de cenas gravadas. Quem quer que esteja vigiando está vendo os últimos minutos de gravação enquanto as coisas estavam apagadas na sua entrada.

— Já usamos esse truque antes – falou Batgirl.

— Alguns truques sempre merecem ser usados mais de uma vez – respondeu Oracle rindo – Então contatarei a comissária e passarei as informações que obtivemos no interrogatório. Enquanto isso eu vou encontrar uma maneira de interferir no sistema da frequência de rádio deles.

— Isso mesmo – falou Batgirl enquanto corria pelos corredores – Informe a comissária dos helicópteros deles e peça para rastreá-los e intercepta-los. Não quero nenhum desses cretinos escapando hoje.

— Afirmativo – respondeu Oracle - parece que você tem companhia – ela havia acabado de chegar a um corredor onde se encontrava uma porta fechada sendo que certamente do outro lado se via os guardas responsáveis por guarda-la.

Quando a notaram os dois capangas vieram em sua direção para ataca-la sendo que já disparavam contra si. Ela desviava das balas mesmo que o kevlar junto com as placas de titânio de seu traje fossem lhe proteger caso fosse atingida. Batgirl então removera dois batrangues do cinto e os arremessara contra os inimigos.

 Um deles atingiu a mão de um que o desarmou no ato enquanto a outro por sua vez acertou-lhe o braço fazendo com que gritasse de dor e segurasse o bíceps que ainda mantinha o objeto fincado. Então foi que a garota morcego partiu para a luta deferindo um soco no desarmado seguido de um no queixo.

Ela virou uma cambalhota aérea e atingiu o peito do segundo com os dois pés o fazendo ir ao chão. O que tinha ido ao chão primeiro tinha recuperado a sua arma e atirara contra ela. Ao escutar o som do disparo foi capaz de agir rapidamente, sendo que desviou do tiro ao mergulhar contra o piso numa rotação que a fez sair da mira dele. Ela lançou uma micro-bomba de fumaça na direção dele que o distraiu lhe dando a oportunidade de agir.

Então usando a parede como impulso foi que se pressionou num mortal sobre o bandido ainda no ar agarrara suas vestes e o arremessara o piso como uma fera que acaba de capturar sua presa. O segundo que havia sido ferido com o batrangue parecia ter se recuperado da dor e viera feroz para cima da heroína lhe tirando de cima de seu comparsa.

Fora uma investida que geralmente poderia ser vista facilmente em um jogo de futebol americano e devido ao tamanho consideravelmente maior do homem em relação da garota foi fácil de derruba-la. Batgirl agora se contra o chão com um bandido pressionando o braço bom encima de sua garganta numa tentativa de sufoca-la.

Ela podia ver o outro bandido se recuperando e rastejando até a arma que tinha deixado cair pela segunda vez.  A heroína tentara se mover para alcançar o seu cinto só que o brutamonte em cima de si estava com um dos joelhos sobre seu abdômen e o outro sobre seu joelho. Seus braços estavam livres e foi com eles que agiu para se libertar.

Com um dos braços foi que pressionou o ferimento do bandido. O grandalhão por sua vez reagiu ao expressar uma careta de dor quando tocado e apertou ainda mais a garganta dela que não se deixou intimidar. Ele bateu a cabeça dela contra o chão algumas vezes para fazê-lo solta-lo só que persistentemente foi que a garota se manteve firme.

Batgirl metera então um dos dedos no ferimento o aumentando o que fez o outro gemer de dor ao que ela respondeu aprofundando ainda mais para provoca-lo.  Ele então soltara sua garganta e dirigira a mão ao seu braço para removê-lo.  Aquele foi seu pior erro porque aquela era a deixa que a garota precisava para com o outro braço pudesse dar um soco certeiro no maxilar do oponente que estremeceu com o impacto.

Ela então deu uma cabeçada na cara do sujeito sentido os ossos do nariz dele se quebrando com o impacto. Pressionando um pé sobre seu tórax foi capaz de aplica-lhe um golpe de judô e se colocar novamente por cima. O outro oponente novamente apontava a arma para ela ao que quando disparou simplesmente saltara para fora do caminho da bala.

Batgirl com um salto giratório finalizando com um chute duplo contra o oponente sendo o primeiro para desarmar e o segundo para nocautear. Vendo os dois capangas no chão foi sua chance para se dirigir a porta.

— Caminho livre – falou Batgirl – Agora nós vamos ver o que nos aguarda atrás da próxima porta. Alguma informação com a Comissária? – ela falava pelo comunicador - Relatou a ela o nosso plano?

— Comissária Gordon deixou claro que esperar você agir por sessenta minutos – disse Oracle – É o tempo que ela está nos dando para concluirmos a missão. Ela espera pelo sinal de que você tenha conseguido tirar o detonador das mãos do Dent. Você acaba de gastar quinze com esses cretinos então te restam uns quarenta antes que a SWAT resolva invadir o prédio...

— quarenta e cinco minutos? – falou Batgirl – É tempo suficiente para agirmos e eu já tive uma ideia de o que faremos. – ela então começou a sentir um zumbido em seu ouvido e uma sensação de tontura.

— Boa sorte, Batgirl... – falou Oracle do outro lado – você vai precisar - No entanto assim que a heroína inicia o seu avanço é que suas pernas começam a tremer e ela cai para frente – Batgirl? Está tudo bem? – o parceiro da heroína conseguia visualizar tudo pela câmera frontal da máscara.

— Minha cabeça está estranha e esse barulho – disse Batgirl colocando uma das mãos sobre o rosto mascarado - A-Alguma coisa está errada... – ela olhou para a outra mão vendo-a tremular em sua frente - Estou me sentindo estranha... Meio tonta... – então ela começou a piscar como se lutasse para se manter consciente.

— Batgirl? – chamou Oracle do outro lado – Batgirl?! Kat?! Katherine?! – a voz dele soava para ela tão distante até que não passava de um eco quase inaudível - Katherine está me ouvindo?! – então finalmente tudo ficou em silêncio quando ela viu tudo ficar muito claro a cegando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Batgirl/Katherine Wayne - Daisy Ridley Oracle/ James "Jimmy" Grayson - Rupert GrintEnfim, é isso ai pessoal espero que tenham gostado do capitulo e nos vemos no próximo. Deixem seus comentários e até mais.