Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 23
Ameaças


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente sinto muito pela demora, mas o bloqueio criativo me atacou; E eu estive pensando se continuaria a escrever ou não. Bem... Pelo visto eu vou continuar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677979/chapter/23

— QUE DROGA!

— Calma Xavier.

— É mano, nem é para tanto.

“Nem é para tanto?”— O garoto tinha um sádico sorriso em sua face escondida dos comparsas.

— Você mesmo não disse que havia esquecido a nerd?

— NÃO IMPORTA SE EU ESQUECI OU NÃO! – Xavier se virou para os três rapazes que ali estavam. – ERA PARA A KORY FAZER A MESMA COISA QUE TODAS!

— Mesma coisa?

— Correr atrás dele. – Um dos comparsas, loiro, chamado Juan explicou ainda olhando para o celular. – Você sabe qual o seu problema?

Richard.

— Aquele esquisitão? – Rafael e Guilhermo se entreolharam e começaram a rir.

— Que péssimo gosto o dela.

— Nem me diga. – Juan concordou, enquanto Xavier chutava outra caixa aleatória dentro do galpão abandonado.

— Desde que Richard se aproximou dela, TUDO tem dado errado. Eu vou quebrar a cara desse desgraçado. – Outra caixa havia sido lançada longe, dessa vez por conta de um soco. Foi à vez de Juan rir. – QUAL A GRAÇA MOCINHA OXIGENADA?

— Pode me xingar, eu não ligo. – O garoto guardou o celular no bolso. – Só que você está olhando o lado errado do problema.

— Ah, é mesmo? E o que o senhor sugere? – Xavier cruzou os braços encostando-se a uma das pilastras de ferro, sorrindo irônico.

— Richard já deixou bem claro que você pode matá-lo, mas ele não vai sair de perto da Kory. – Xavier rangeu seus dentes. – E a Kory ‘tá desprotegida, já que os amiguinhos estão separados.

— Então está na hora deu ter uma conversinha com a minha gata. – O castanho sorriu.

— Raquel não vai gostar disso.

— FODA-SE AQUELA VADIA! – Disse antes de começar a se acompanhado pelos amigos até o carro de Juan.

— Então chefe, qual vai ser? – Guilhermo perguntou quando entrou no carro.

— Vou fazer uma visitinha à garota. – Todos começaram a rir e a uivar para fora do carro, enquanto Xavier assistia Juan dirigir em direção à casa de Kory.

POV Kory ON...

            Eu havia acabado de desligar uma vídeo-chamada com Richard, já estava tarde da noite. Guardei o notebook no criado mudo e sai do quarto indo em direção à cozinha para beber água.

— Três horas. – Me espreguicei. – Tão tarde... – Eu dizia meio manhosa por causa do sono.

            Saí do cômodo e ia em direção do meu quarto para finalmente ter uma noite de sono tranquila e confortável para poder descansar um pouco. Eu deitei em minha cama e me cobri, logo caindo no sono e sonhar com minha amada infância.

            Acordei com fortes batidas na porta, levantei e passei os olhos no meu despertador. Seis e pouco da manhã de um domingo, quem poderia ser? Eu me levantei e andei preguiçosamente até a porta que havia parado de ser quase derrubada.

            Ainda com sono, olhei pelo olho mágico da porta e vi Xavier irado. Preferi ficar quieta, esperançosa que ele fosse embora. Porém ele conseguiu arrombar a porta, me assustando e me fazendo cair para trás.

— Oi anjinho. – Ele se agachou em minha frente segurando meu rosto com força. – Vamos conversar?

— Sai daqui Xavier. – Eu falava com um pouco de dificuldade. Ele riu.

— Arrumem a porta, eu vou conversar com minha princesa. – Xavier me puxou com força pra cima e me arrastou para meu quarto, fechando a porta e me jogando no chão. Eu tinha lágrimas nos olhos.

— O que você quer? – Eu perguntei temerosa no chão.

— Vamos acertar umas coisas chuchu. – Ele se aproximou novamente de mim e ficou por cima, me pressionando no chão. Eu tentava me debater e pedir ajuda. – Shhh. Eu odeio meninas levadas.

— NÃO! ME LARGA. – Ele se irritou comigo e desferiu um tapa em minha bochecha, me calando de uma vez.

— Melhor ficar quietinha, ou vai ser pior. – Eu mordi meu lábio inferior tentando abafar os soluços e segurar o choro. – Boa garota. – Ele tentou acariciar meu rosto, mas eu virei na outra direção. – Vadia. – Xavier puxou meu cabelo com muita força, me fazendo gritar. – NÃO GRITA! – Outro tapa.

            Meu corpo inteiro tremia de medo e nervosismo, eu queria poder gritar e sair correndo. Queria ficar livre dele e de suas agressões de uma vez por todas, não aguentava mais. Aquela sessão de tortura durou muito tempo.

— Escuta bem Kory... – Xavier alisava meu rosto já vermelho pelos tapas. – Se você quiser que nada aconteça com aquele mauricinho do Richard, é melhor você ficar longe dele.

— M-mas ele... É... Meu ami-go. – Eu soluçava enquanto tentava argumentar, mas minha voz falhava. Como resposta eu recebi outro tapa.

— Você é minha Kory, de mais ninguém. Você não pode mais conversar com ele e com nenhum outro garoto, fui claro? – Eu assenti segurando o choro. Havia chorado e apanhei mais. – Você vai voltar comigo e vai fazer o que eu quiser. Eu mando em você, então se eu disser pra você trocar a roupa, você troca. Se eu falar pra você me dar feito uma vagabunda, você vai fazer, fui claro? – Assenti e ele me deu outro tapa. – Eu não ouvi.

— F-foi sim.

— Foi sim? Foi sim o quê? – Ele me deu um forte soco na boca do estômago que me fez perder o ar por breves momentos, enquanto me encolhia tentando amenizar o desespero e a dor.

— S-sim... S... senhor.

— Não quero você contando NADA DISSO pra Mel ou para o John, senão eu volto aqui e te mato. E ainda mato aquele seu amigo idiota junto com a patricinha e com o nerd panaca.

“Meus amigos... Richard...”— Eu senti as lágrimas ameaçarem a escapar por meus olhos que já ardiam com o novo pensamento.

— Fui claro vagabunda? – Eu fechei meus olhos.

Foi sim, senhor.— Eu disse baixo, pela falta de forças. Ele levantou e eu comecei a rastejar até próximo do guarda roupas. Ele riu de meu estado e me deu um chute forte na barriga, me fazendo rolar fraca até bater no armário. – Por favor, deixe Richard e os outros em paz para sempre.

— É melhor não tentar me enganar Anders, ou acabo com você e com todos eles. – Com o restante de forças que me sobrava, eu me apoiei no guarda roupas e me sentei, ficando encolhida no escuro do meu quarto. – Eu volto pra te ver amor. – Ele veio até mim e tentou me dar um beijo, que eu evitei virando o rosto. – Vadia. – Ele sussurrou e me deu um tapa, logo me puxando pelos cabelos e forçando um beijo. Quando tentou introduzir a língua, eu mordi fazendo-a sangrar. Para se vingar, ele puxou minha cabeça e a bateu no chão, me deixando tonta.

Bons sonhos amor.

            Acordei com a visão turva e com todo meu corpo dolorido. Tentei me levantar e me arrependi amargamente, meu corpo parecia não obedecer aos meus comandos. Com muito esforço consegui sentar e minha visão começou a melhorar.

            Eu olhei minha roupa para ver minha situação quando vi que minha camisola cor-de-rosa estava suja com um líquido branco e gosmento, que logo entendi o que era. Arrumei força sobre-humana, para correr até o banheiro e vomitar de nojo daquele cara. Tentei me certificar se ele havia abusado de mim e percebi que não havia sido violada... Ainda.

            Com muita dificuldade eu retirei minha camisola e, escorando na parede entrei embaixo do chuveiro para me lavar. Me sentia nojenta por ter esperma daquele cara em mim, eu precisava me limpar.

            Durante aquela semana, eu obedeci ao Xavier. Não me aproximei de Richard, me mantive longe e ignorei suas chamadas e mensagens. Bloqueei o garoto de todas as redes sociais e pude ver Argenta se reaproximar dele, sempre me dando um enorme sorriso quando me via.

— - -


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, vou fazer um esforço para poder postar mais.
Beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kiss Kiss" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.