Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 21
Capítulo 21 – Velho integrante


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo!
Ele demorou, por causa da minha falta de inspiração, mas cá está!

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Kory e Richard conseguem atrair um dos amigos para perto, prometendo reestabelecer a amizade do grupo. Os três ficam mais unidos e começam a tentar bolar algo para trazerem algum dos três amigos de volta. Durante a tarde, eles fazem à torta que levariam no dia seguinte. Eles levam e ficam com total em espanhol.



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         Meu despertador começou a tocar, indicando que era hora de me levantar para arrumar para a escola. Tomei um banho rápido, me vesti e fui tomar café. Quando terminei, peguei minhas coisas e saí do meu apartamento.

            Desci as escadas e fui em direção ao ponto de ônibus perto da escola para esperar Richard para seguirmos juntos pra escola. Quando ele chegou nos abraçamos e seguimos conversando animadamente até chegarmos.

            Fomos até nossos armários e pegamos nossos materiais para s primeiros horários. Com isso, vamos caminhando tranquilamente até nossa sala.

            No meio do caminho pude ver Ray conversando com algumas pessoas. Mel em um canto qualquer pela escola fumando. Michael sentado sem jogar, apenas olhando para o chão. E John estava na sala, deitado quieto.

— Qual o problema Kory? – Richard colocou sua mão em meu ombro. Suspirei.

— Ah, Richard. Me dói ver meus melhores amigos assim, separados. Cada um na sua, sozinho e sofrendo. Além de estarem brigados. – O moreno ficou em silêncio por algum tempo, até que me olhou sorrindo.

— Vamos juntá-los de novo. – Eu olhei para ele, sem entender. – Simples, vamos fazê-los fazer as pazes. Assim tudo volta a ser como antes.

— Ótima ideia Richard. – Eu pulei em seu pescoço, o abraçando. Olhei meu amigo e ele estava vermelho, assim como eu. Ficamos nos olhando por alguns segundos que pareciam uma doce eternidade.

— Err... E-então vamos falar com o John p-primeiro. – Ele gaguejou.

— S-sim. – Concordei nervosa. Estávamos bastante vermelhos.

            Com um pouco de duvida, nós nos aproximamos de John que estava com fones nos ouvidos e com a cabeça baixa. Coloquei minha mão em seu braço e ele olhou esperançoso para cima, até que viu que era apenas eu e Richard.

— Ah, oi gente. – Ele retirou os fones e nos olhou.

— John, vamos conversar. – Richard disse serio e se sentou do lado dele. – A Kory e eu chegamos num ponto em que não aguentamos mais ver vocês e os outros assim, para baixo. – John prestava atenção.

— Sim. Eu não aguento mais te ver assim. – John deu um pequeno sorriso e bagunçou levemente meus cabelos.

— Eu entendo vocês... – John olhava nos meus olhos. – Mas é horrível ficar sem a galera de antes. Sinto falta.

— Então ajuda a gente John. – Eu pedi segurando em seu braço. – Ajuda a gente e recuperar nossa amizade, nosso pessoal. – John olhou Richard.

— Eu tô disposto a ajudar. – Richard disse sério. – Eu mais que ninguém, sei como é ter seus amigos longe de você e se sentir sozinho. – Pude ver um pouco de tristeza no olhar de Richard.

— Vamos John. – Pedi para ele. John passou seu olhar por mim e Richard e depois olhou para mesa, suspirando.

— Tá bom. – Ele sorriu e me olhou. – Vamos unir a galera de novo. – Sorri feliz. E, sem saber, Richard me observava com um lindo sorriso no rosto, meio corado.

            Nós três sentamos no fundo dessa vez. Eu estava entre meus dois amigos e nós pensávamos em tudo o que aconteceu para que nos separasse e todas as brigas.

— Com quem você não está conversando mais? – Richard perguntou para John.

— Com todos. – Ele disse. – Michael tá pra lá e só fala com Mel. Ray mudou de amigos. E Mel não quer falar comigo.

— Também pudera. – Eu disse.

— Como assim? – John me estranhou.

— Ah, qual é John. – Richard começou. – Você é o único que ainda não percebeu que a Mel gosta de você.

— Gostar de verdade? – John questionou.

— Não John, é gostar de mentira. – Respondi para ele ironicamente.

— Precisamos pensar nos conflitos para tentar resolver todos, mas eu não estou sabendo de quase nada. – Richard disse.

— Muito menos eu. – John completou.

— São dois lerdos. – Eu disse. – É tudo sobre questão de sentimentos.

— Sério? – Os dois me questionam ironicamente. Creio que não entenderam.

            Passamos o dia tentando bolar qualquer coisa, mas nada vinha na mente. Nenhuma ideia, e a ideia do Richard de prender todo mundo no mesmo quarto não iria dar tão certo assim. Poderiam se matar antes de tudo.

            No final do dia cada um foi para seu canto. Richard foi para minha casa, já que tínhamos que fazer a torta e combinamos que ele iria dormir no antigo quarto do meu irmão, já que iríamos ter que apresentar essa torta amanhã.

POV John...

            Eu peguei o mesmo ônibus de sempre, mas não parei no ponto de costume. Parei quase na metade do caminho, eu queria ir há outro lugar antes, precisa pensar.

            Eu ainda me lembrava de como havia conhecido a Mel. Estávamos com apenas 14 anos e eu havia batido a moto de um amigo meu, era um cara ruim e impiedoso. Me recomendaram uma oficina boa e barata, já que não estava com muita grana.

            Fui nessa tal oficina e, quando entrei uma garota da minha idade me atendeu. Estava meio suja de graxa e estava terminando de mexer em outra moto.

            Eu queria falar com o dono da moto, mas ele não estava. Foi Mel quem me atendeu e ela deixou a moto perfeita quando fui buscar no dia seguinte e ainda não me cobrou nada, como agradecimento por ter confiado nela.

            Descobri depois que éramos da mesma escola, porque uma garota puxou briga com ela e Mel a arrebentou. Me aproximei e ficamos muito amigos, e depois fiquei sabendo que aquela garota veio atrás dela por causa de um jornal, o que eu não entendi bem.

Flashback On...

— Hey. Mel... – Eu chamei a garota que me olhou feio, mas quando me reconheceu, ela sorriu.

— Oi John. – Eu me aproximei.

— Aonde vai? – A perguntei, com o coração a mil. Eu tinha uma queda nela. – Achei que ia me esperar.

— Desculpa, eu vi que você entrou em uma sala vazia com uma garota, então achei melhor não incomodar. – Ela disse e voltou a andar.

— Vai para casa? – Perguntei.

— Não, vou para o parque. – Ela continuou a andar e eu a acompanhei, como de costume.

            No parque, eu acabei falando com uma galera e ficamos jogando bola, enquanto Mel se sentou embaixo de uma arvore com um caderno de desenho apoiado nas pernas. Ela começou a escrever coisas e depois foi desenhar no seu caderno.

            Quando me aproximei, ela tinha algumas lágrimas nos olhos e seu celular em mãos. Ela me olhou no fundo dos olhos, meio assustada e me perguntou, tentando controlar a voz.

— Você mora com alguém?

— Meu pai, mas ele não fica comigo. – Dei de ombros.

— Posso dormir na sua casa essa semana? – Eu ia perguntar o porquê, mas ela estava tão mal que decidi deixa-la quieta.

— Claro Mel. Vamos. – Nós saímos do parque.

Flashback Off...

            Mais tarde, eu acabei descobrindo que a mãe de Mel era uma prostituta alcoólatra que não ligava para ela nem para as despesas de casa, então Mel trabalhava como mecânica aprendiza com um antigo cliente da mãe, em troca de dinheiro. O homem tinha pena da garota, então a ajudava como pai, inclusive era ele que a ajudou com o processo de emancipação.

— QUE DROGA! – Eu soquei a parede da sala, já havia chegado e já se passavam das sete e meia da noite. – Porque você não sai da minha cabeça Mel? – Eu me apoiei minhas mãos e fechei meus olhos. – Eu te amo, mas não quero te perder.

POV Richard...

            Depois da aula, eu acompanhei Kory até em casa e não pude deixar de perceber os olhares de Xavier e sua maldita gangue em nós dois. Ele me olhava com ódio, mas não fez nada porque John estava na porta da escola encarando eles.

            Seguimos para sua casa, e Kory falava como estava empolgada com a ideia de juntar todos os seus amigos de volta. Afinal, era injusto ficarem desunidos, ela os amava tanto. Enquanto ela falava, eu notei o quão fofa e delicada Kory era.

            Eu não queria dizer que ela não podia se defender, afinal, era a Kory. Ela era forte e corajosa, mas ao mesmo tempo parecia com uma linda rosa que precisa de todos os cuidados precisos.

            No meio do caminho, quando íamos atravessar a rua, um carro veio em alta velocidade ara ultrapassar o sinal. Num impulso, puxei Kory para mim e caímos na calçada. Kory estava por cima de mim e nós nos olhávamos profundamente, desviamos nossos olhos para nossos lábios por breves momentos, até que uma criança apareceu.

— Vocês estão bem? – O menininho perguntou.

— Ah, sim. Obrigado camarada. – Sorri para o pequeno, enquanto Kory se levantava e me ajudava.

            Ela havia ficado tão próxima de mim, que eu queria beijá-la. Comecei a ficar vermelho com a cabeça no acontecido há poucos segundos.

            Seguimos para sua casa em silêncio, enquanto eu tentava desviar meu rosto dos olhares de Kory, que me deixavam mais vermelho ainda. Deus! Eu nunca havia me sentido assim. O que Kory tem que me faz ficar assim, vermelho e agindo como um bobo ao seu lado?

            Depois que chegamos a sua casa, acabamos voltando a conversar. Comemos e fomos fazer à torta, já que dessa vez tínhamos todos os ingredientes já em sua casa.

            Brincamos o tempo todo, e Kory não parava de roubar os morangos para comer, enquanto eu sempre lambuzava meu dedo de chocolate para provar. Mas no final tudo deu certo, terminamos a torta e ela parecia muito mais apetitosa que a sua primeira versão.

            Arrumamos um lanche, pois já estava tarde. Tomamos banho e logo cada um foi para “seu quarto”. Quando me deitei na cama, não parava de pensar na ruiva e em seu jeitinho e sorriso, o que me fez corar um pouco. Acabei me recordando da cena de mais cedo, o que me deixou ainda mais vermelho.

            Girei na cama e notei que na cômoda do outro lado do quarto, havia muitas fotos de Kory e um menino, que deduzi ser seu irmão. Ela era tão fofa e inocente, sempre sorrindo alegre em fotos que pareciam ter sido tiradas em momentos divertidos.

            No dia seguinte, levamos a torta para a escola. Apresentamos para a tal professora que adorou a receita e a explicação, acabamos com um total. Ao invés de irmos para o recreio, fizemos um recreio privado. E acredite, a professora de espanhol tinha trago algumas garrafas de refrigerantes bem geladinhos para tomarmos enquanto comíamos.

            Foi um dia incrível, e eu descobri que Kory adora doce. Ela ama doce, tanto que tive que controlá-la. Essa menina poderia ter diabetes se comesse assim todos os dias, e é por isso que eu sempre irei cuidar de minha ruivinha.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo!

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Kory:
https://www.polyvore.com/kory_cap_21/set?id=235071401

Richard:
https://www.polyvore.com/richard_cap_21/set?id=235071769

Mel – 14 anos:
https://www.polyvore.com/mel_cap_21/set?id=235610836#fans



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