Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 16
Capítulo 16 – Dia corrido


Notas iniciais do capítulo

Visão do Richard para vocês.

Tenho que dizer, que andei olhando a fic e mexi no planejamento, e tenho uma ÓTIMA NOTICIA!
A fic está nos trilhos, está dentro do planejamento, e vai vir muita treta! PREPAREM-SE!

E PREPAREM AS EMOÇÕES!!!!



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Acabei indo dormir tarde ontem à noite. Havia recebido uma ligação de meu pai e meus irmãos ficaram no pé dele, até ele deixar cada um falar um pouco comigo. Até mesmo Jason falou comigo, mas foi apenas para me encher a paciência. Ignorei.

  Minha irmã conversou um pouco comigo, dizendo que todos sentiam minha falta inclusive... Ah, não é nada. Despedi-me de todos e me deitei para mexer no telefone. Eu sentia falta de meus amigos. Olhei o horário e já eram duas da manhã. Deixei o celular de lado e virei na cama, logo dormindo.

  Meu celular começou a apitar, eu levantei e olhei para a janela.

— Ainda está escuro? – Olhei o relógio. 04h56min. Me espreguicei. – Mais cinco minutos. – Selecionei a opção soneca no celular de qualquer jeito e voltei a dormir.

  Acordei com o celular tocando novamente. Levantei e olhei a janela, estava claro. Deveria ser 07hrs agora. Peguei meu celular e cai da cama. Era dez da manhã.

— A Kory vai me matar. – Corri para dentro do banheiro. Tomei meu banho e me arrumei.

  Sai de casa correndo feito louco. Parei no ponto de ônibus e fiquei ali um bom tempo. Olhei para o horário, já era 10h55min. E nada do ônibus. Fiquei esperando transporte por um tempão, quando olhei o horário, tomei um susto. 11h20min da manhã. Desesperei.

  Sai correndo em direção à escola, fiquei imaginando a expressão de Kory quando eu chegasse lá. Será que ela ficaria brava? Será que me passaria um sermão? Ou será que apenas sorria e diria: “Estava te esperando!” Realmente, às vezes, Kory me surpreendia. Ela era tão fofa e gentil. Meu coração apertava só de pensar em minha ruivinha.

  Sim. Minha amiga. Minha lindinha. Minha princesinha. Eu não sou paranoico, só estou apaixonado. Perdidamente apaixonado. Cheguei à escola depois de um om tempo correndo contra o tempo. Assim que pulei o muro, por que o porteiro não me deixou entrar, o sinal do recreio tocou.

  Sai correndo para o corredor, com certeza Kory iria para lá. Ela estava perto da porta, quando olhou para meu lado. Ela parou e esperou e, eu corri mais rápido ainda para encontra-la, até que parei em sua frente.

— O... Oi... Ko... ry... – Disse ofegante, e ela riu.

— Olá Richard. – Eu me endireitei e olhei para ela.. – Dormiu bem, Bela Adormecida? – Kory sorriu.

— Ha. Ha. Ha. – Fingi ri. – Hilário Kory. Hilário. – A ruiva revirou os olhos e entrou no refeitório. – Perdi alguma coisa hoje?

— Sim. – Ela pegou uma bandeja. – Perdeu um tempo de matemática e dois de Espanhol. – Kory começou a encarar tudo, parecia escolher o que ia pegar.

— Pega uma maçã. – Eu comecei a sugerir e ela pegava.

— Mas... – Ela ia me retrucar, mas peguei a maçã e coloquei na bandeja dela. Ela não disse mais nada.

— Pega duas salada de frutas e dois cookies. – Pedi e ela pegou, mas eu tive que pegar para mim. Obviamente eu ia ajudá-la a pagar. Acho que ela penou que não ia pagar tudo sozinha, ela ficava tão linda. Corei. Quando chegamos ao caixa, a bandeja acabou saindo por U$4,50. Kory pagou seu lanche normal e eu completei. Um cara acabou esbarrando em mim, o que fez com que eu me aproximasse de Kory. Seu cabelo estava cheirando à camomila. Era tão bom, e isso me fez corar bruscamente.

  Fomos nos sentar e ela olhou a bandeja. Peguei a maçã da bandeja dela e sorri para a ruiva. Eu ainda estava corado por causa de seus cabelos, então usava o capuz.

— Obrigado Kory. – Mordi a maçã depois de agradecer.

— Idiota. – Ela revirou os olhos. Eu apenas ri. – Ah, temos que fazer o trabalho de Espanhol.

— Temos? – A olhei assustado.

— Sim. Você é minha dupla. – Sorri. Eu havia decidido adotar uma abordagem diferente. Eu já vi muitos meninos ficarem amigos, fazerem brincadeiras e, no final ficar com a garota... Bem, funcionava nas vezes que eu vi.

— Obrigado. – Agradeci feliz. Ela havia me colocado em seu grupo.

— Disponha. – Kory pegou um frango frito e comeu. Era minha hora.

— Vai ficar gorda desse jeito. – Ela me olhou boquiaberta. Corei por dentro do capuz. Kory me desculpa por isso. Ela ficava tão lindinha assim.

— Grosso. – Ri.

— Também te amo, Kory. – Meu coração quase infartou quando eu disse isso. Era uma grande verdade. Eu corei mais ainda. A reação dela foi mais fofa ainda, ela riu para disfarçar. Kory tomou um gole do suco e, com muita relutância e força de vontade, peguei seu copo e dei um gole. SOCORRO, EU ESTOU INFARTANDO! EU NÃO SABIA QUE ESSA ABORDAGEM EXIGIA TANTO SACRIFICIO ASSIM!

— Richard. – Kory chamou minha atenção, mas logo rimos.

— Intimidade é uma droga. – Eu tento manter a voz firme com a brincadeira. Ela riu. Consegui deixar a voz normal!

  Depois que comemos, fomos lá para fora. Ainda tínhamos muito tempo antes do tempo de história. Depois eu tinha uma aula chata de língua inglesa e ela tinha geografia, mas no final eu ia ver minha princesa no tempo de química.

— Sobre o que é o trabalho mesmo? – Fingi arregalar os olhos. Vamos voltar à abordagem nova. OPERAÇÃO CONQUISTE KORY 2.0.

— Ainda tá com fome Kory? Continua assim que vai engordar. – Recebi um tapinha no braço. Eu morri. O PLANO ESTÁ SENDO BEM EXECUTADO! JÁ RECEBI UM TAPINHA!

— Não seu tonto. O trabalho é sobre comida. – Sorri.

— Agora eu gostei. – Eu fiquei animado. Kory revirou os olhos.

— O objetivo do trabalho é simples... Você tem que fazer uma torta, doce ou salgada, trazer e apresentar para turma.

— Só? – Digo com os olhinhos brilhantes. Adoro trabalho fácil que dê ponto fácil.

— Sim. – Ela confirmou. Melhor parte? Eu iria cozinhar com Kory!

— Nada daqueles relatórios chatos, redações enjoadas ou atividades chatas? – Perguntei contente. Odiava essas coisas.

Eu gosto dessas coisas...— Kory murmuro. Comecei a rir. Corei com meu próximo passo. Dependendo do ela diria, eu teria que aplicar um carinho especifico da abordagem.

— Eu sei que gosta boba. – Eu abracei Kory corado e com o coração à mil, mexi em seus cabelos e pude sentir novamente o cheiro de camomila. Era tão bom que me fez corar mais ainda.

— Bobo. – Solto ela.

— Vamos pegar os materiais, comigo? – Perguntei à ela.

— Claro. Aproveito e pego o meu também.

  Depois de irmos ao meu armário e depois ao dela, seguimos para a sala de aula. Horário de história. Kory está me induzindo a sentar na frete, para eu ir melhor na escola. Falamos de algo relacionado a um plano para reunir os amigos de Kory. A professora de história falou um pouco com nós dois sobre notas e tudo mais.

  Quando a aula acabou, segui para Língua Inglesa, enquanto Kory foi para Geografia. No caminho, percebi que tinha algo de estranho. Um dos colegas de Xavier estava me seguindo. Apressei o passo. Olhei lá para frente e vi Xavier com seus amigos. Se eu corresse, dava para chegar à sala de aula. Apressei i o passo e Xavier fez o mesmo, mas antes que ele soubesse, eu apenas entrei na sala de aula e sentei na frente da mesa do professor.

  Ele passou pela porta, furioso e fez um “tô de olho” para mim. Ignorei e esperei a aula começar. Aula chata. Professor chato. Tudo chato. Quando a aula finalmente terminou, sai da sala com a guarda baixa. O que me levou dois socos no rosto. O professor acabou vendo, e mandou Xavier para suspensão, junto aos amigos.

  Levantei e segui rapidamente para o horário de Química. Não queria que Kory me visse assim. Droga! Entrei na mesa da frente e esperei Kory, que logo apareceu. Não demorou muito. Eu não queria retirar o capuz, mas precisava. Quando tirei o capuz, Kory me encarou por um tempinho. Rezei, com todas as minhas forças, para que eu não corasse. Coloquei o óculos de proteção, a máscara e o jaleco.

— Depois me conta. – Ela disse séria, enquanto tentava pôr as luvas de látex.

— Contar o que? – Fingi não entender. Peguei a luva da mão de Kory e a abri, para que a ruiva colocasse a mão. Senti sua pele encostar-se a mim, era tão macia, eu acabei corando um pouco.

— O porquê desses cortes. – Ela disse observando eu repetir o procedimento para ela pôr as luvas.

— Não sei do que está falando. – Eu disse, sentando Kory e a virando de costas,  enquanto puxava seu cabelo para amarrá-lo num rabo de cavalo. Todos começaram a cochichar. Ela parou para olhar o penteado feito por mim no reflexo de um dos vidros.

— Está muito bom. – Eu sorri e comecei a pôr suas luvas rapidamente.

— Tive que aprender a fazer na minha irmã. – Ela me olhou bem surpresa. Gelei. Não deveria ter dito isso!

— Nunca me disse que tinha uma irmã. – Fiquei em silencio, enquanto rezava para ela esquecer ou para o professor começar a falar.

— Jura? Que estranho. – Desviei o olhar para os materiais em cima da mesa. – Jurava que havia dito.

— Qual o nome dela? – Ela me perguntou.

— É... – Eu fui interrompido pelo professor.

— Bom dia alunos. Espero que já estejam prontos. – O professor entrou sorrindo. – Hoje vamos...

  Fiquei em silêncio pelo resto da aula, não deveria ter dito sobre minha irmã, mas o problema é que com a Kory eu fico tão à vontade, me sinto tão confiante, que acabo falando o que não devia. Kory não disse mais nada até a hora de ir embora, quando nos despedimos e cada um foi para seu canto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo, ok?



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