Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 1
Capitulo 1 – Primeiro Dia Do Ano


Notas iniciais do capítulo

Hey! Hey! Quanto tempo!
Explicações?
Bem... Inspirações para novas fics, mas para as antigas, NA-DA! Estou com um block TER-RÍ-VEL!



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TRIIIIIM

  Retiro minha mão debaixo da coberta e desligo o despertador. Olho para janela e vejo o sol passar pela cortina rosa. Olho o despertador na cômoda ao lado da cama. 07h00min da manhã. Levanto e me espreguiço.

  Tomo um banho frio e ao sair vou me vestir. Era um dia quente, então uma roupa leve cairia bem. Uma camisetinha, um short de cintura alta, botas cano longo, brincos, colar, pulseiras, unhas feitas ontem, make e minha bolsa.

  Vou para a cozinha e tomo meu café. Ao terminar pego meu celular, chave e saio de casa. Fecho e tranco a porta do apartamento 39 do oitavo andar. Um apartamento de três quartos com suíte junto a um banheiro, uma cozinha, uma sala e um banheiro.

   Desço os oito andares de elevador e, ao chegar lá embaixo cumprimento o sindico. Um senhor de idade. Passo pelo portão do prédio e viro a esquerda, indo em direção à escola, que ficava a duas quadras de onde eu morava. Uma caminhada de 5 minutos pelas quadras serem pequenas.

    Chegando a escola, encontro meus melhores amigos. Ray, John, Mel e Michael. Ray, ao me ver, me abraça fortemente. Era uma garota super animada. Mel e eu tocamos as mãos e damos um “Bom dia” uma à outra. John murmura algo como “Bom Dia” com seu cigarro entre os dentes enquanto tocamos nossas mãos. Lancei-lhe um olhar de reprovação, o que o fez jogar seu cigarro fora. Michael diz um “Eai” e nos abraçamos.

  Quando entramos na escola, eu e John caminhávamos juntos conversando. Mel e Ray discutiam, enquanto Michael não largava o celular. Era o viciado da turma.

— Michael, larga o celular. – John reclamou.

— Não dá John. Estou na fase 26. – Ele diz sem tirar os olhos do celular. Rio.

  Entramos na sala e fomos nos sentar. Eu e Ray mexíamos nos cadernos novos. John e Mel foram para o final da sala fumar e conversar. Michael sentou do lado de Ray e ficou jogando. Após algum tempo, o diretor aparece na sala e, os alunos começam a entrar na sala. Então eu o vejo. Xavier. Meu Bad Boy.

— Bom dia alunos. – Disse o diretor.

— Bom dia diretor Thomas. – A sala respondeu em desanimo.

— Michael, desligue o celular. – O diretor chamou atenção de Michael e, todos começaram a zoá-lo. Michael desligou e olhou para o diretor. – Bem, a professora Hill está doente e não poderá vir hoje. – Ele olhou para o lado, como se estivesse repassando algo em sua mente. – Então... Classe liberada pelos três horários. – Todos começaram a comemorar e jogar suas coisas para cima. Olhei para Ray e nós duas damos de ombros.

POVS ??? On...

  Minha manhã já começou agitada. Chegando à porta da escola, tive que fugir de Xavier e sua gangue. Não pretendo apanhar logo pela manhã, e se depender de mim, nem pelo dia. Corri direto para sala, tentando não ser visto. Entrei e me sentei no fundão, no canto oposto a janela. Logo um grupinho de cinco pessoas chegou e se sentou. Um garoto e uma garota foram se sentar perto da janela para fumarem, enquanto duas garotas e um garoto ficaram lá na frente.

  Vi Xavier entrar na sala e logo me encolhi no meu assento. O diretor fala alguma coisa, mas eu estava ocupado demais prestando atenção no Xavier. Ele poderia fazer qualquer coisa. Quando o diretor sai de sala, um bando de garotas fica em volta de Xavier. Havia uma menina. Raquel. Era a mais rodada de toda a escola. Estava usando uma minissaia e uma blusa curta. Ela ficou ao lado de Xavier, e o mesmo, sem que ninguém percebesse, passava a mão por debaixo da saia da garota.

  Noto que, a garota lá da frente sai da sala com a amiga. E o garoto que sentou ao lado delas foi junto. As duas pessoas que fumavam, observaram os três saírem da sala e logo assentiram um para o outro. Ambos se levantaram e foram até Xavier e seu grupinho.

  A garota puxou o cabelo de uma e chutou longe. Foi até Xavier e lhe depositou um soco no rosto. Um grandalhão iria pegá-la, mas o amigo dela chegou por trás e o segurou e em milésimos de segundos colocou-o no chão. Todo mundo da sala, com medo deles, saíram correndo para fora.

— Saiam todas... AGORA! – O garoto berrou e todos saíram. Peguei minha mochila e sai junto a todos, mas fiquei na porta. A garota puxou os cabelos de Raquel e a jogou contra a parede e deu duas joelhadas em seu estomago fazendo-a cair.

— VADIA! – A garota gritou, enquanto Raquel chorava.

— Oh, Mel. – O garoto chamou à amiga.

— Fala John. – Ela se virou.

— Vem cá acertar as contas com nosso amiguinho.

  Todos os amigos de Xavier estavam ou no chão ou tinham muito medo de enfrentar os dois e saíram correndo que nem o diabo foge da cruz. A garota pegou Xavier pelo colarinho, o mesmo parecia com medo e, eu adorei ver esse medo em seus olhos.

— Escuta bem aqui, senhor Xavier. – Ela começou e o colocou de pé. – A Kory, não é como essas suas putinhas de aluguel que tu arruma nas esquinas a noite por uma mixaria não. – A tal de Mel deu uma joelhada nos países baixos do Xavier o fazendo gemer e deitar no chão.

— Vaca... – Ele disse entre gemidos. Mel ri e olha o tal John, o mesmo sorri. Ela agacha e o puxa para cima de novo.

— A Kory, é minha amiga. Não sua conquista. Ela não é igual a essas vacas daqui. A Kory é uma mulher, seu canalha. – Ela disse com muita raiva na voz.

— Vai pro inferno... – Xavier cuspiu na cara dela.

— Você não fez isso. – John sorriu.

— Ah, ele fez John. Ele fez. – A garota sorriu e lhe deu um soco no estomago, o fazendo ficar sem ar e, quando ele a olhou, ela deu um murro no rosto mais forte que o primeiro. – Canalha! – Xavier caiu no chão e ela o chutou nos países baixos, de novo.

— Deixa um pouco para mim Mel. – A garota se afastou e John chutou Xavier e logo abaixou em frente dele e perguntou de forma cínica.

— Entendeu o recado? – Ele riu e se levantou. – Vão bora Mel.

— Tá. – Ambos saíram da sala e, quando viram todos no corredor, a garota ficou brava. – Tão olhando o que?

— Mel. – O garoto chama sua atenção e logo olha para todos. – Ninguém viu nada, certo? – Todos assentiram calados e de cabeça baixa. – Ótimo. Porque seria uma pena se, vocês se acidentassem. – Ele arrumou a jaqueta de couro e saiu andando com a amiga do seu lado.

POV Kory On...

  O resto do dia se passou tranquilamente. Eu estava com meus amigos, mas por algum motivo todos olhavam Mel e John e cochichavam algo. Olhei meus amigos, mas não tinha nada de estranho. Michael jogava, Mel aguentava o sermão de Ray em relação as suas vestimentas, enquanto a mesma revirava os olhos e às vezes lançava um “Tô nem aí Ray!” John conversava comigo sobre meu gosto ridículo e sem noção para homens, e isso inclui Xavier.

— Algum problema Kory? – Olhei John.

— Nenhum John. – Neste momento Mel olhou meu amigo de lado.

— Kory... – Ele sorriu para mim... Do seu jeito. Meu coração derreteu.

— Todos estão olhando para você e meu e ficam cochichando coisas. – Digo olhando para baixo preocupada. Mel olha John, ignorando Ray. Ambos olham para o lado e todos param de cochichar sobre ambos, mas eu não pude perceber isso.

— É apenas sua impressão Kory. – O olho. Ninguém mais fazia nada.

— É. Deve ser. – Me abraço. John ri e passa o braço por meus ombros e ri. Sorrio. Mel vem até nós e nos abraça. Paramos e logo Ray e Michael nos abraçam também. Ficamos calados.

— Porque estamos nos abraçando? – Michael pergunta sorrindo com os olhos fechados.

— Sei lá, mas está muito bom. – Ray responde.

“Puff! Idiotas...”— Mel murmura e todos começaram a rir. Soltamos-nos.

  Fomos andando até a entrada da escola. Nisso, andamos um pouco até um ponto de ônibus. Mel e John pegavam o ônibus para irem para a parte mais Barra Pesada da cidade. Neste momento, acabo trombando com alguém.

— Desculpe... – O olho e vejo que se tratava de um garoto totalmente encapuzado. Ele não diz nada, apenas entra no ônibus passando por Mel e John.

— Até amanhã Kory. – John diz. Sorrio. Mel apenas da um aceno, para mim já era o bastante.

— Até. – As portas se fecham e o ônibus se vai. Atravessamos a rua conversando e Michael vai para o lado oposto da rua e vira a esquina, acenando de longe.

— Não vi seu pai Ray. – Disse olhando para os lados.

— Ah, papai está em Star City Kory. – Ela me respondeu saltitante. – Volta sábado.

— Quer ir pra minha casa então? – Perguntei. Ela me olhou e sorriu. Não era sempre que eu chamava meus amigos para ir a minha casa. Não que eu não gostasse de receber eles, mas o problema era Koma. Desde que eu era pequena ela assustava meus amigos e eu acabava sem amigos, então aprendi a evitar esse tipo de problema. – Koma volta quarta-feira.

— Ok. – Ela sorri. Seguimos para minha casa.

POV ??? On...

  Depois do ocorrido na sala de aula, aproveitei para correr para o terraço. Ninguém notaria minha presença ou minha não presença na sala de aula ou em qualquer outro lugar.

  Fiquei durante todo o tempo repassando o que ocorreu na sala de aula. Então... Mel e John? Kory? Quem é essa tal de Kory de que eles tanto falaram com Xavier? Com certeza é uma daquelas duas meninas que saíram da sala com o tal de Michael, o qual o diretor chamou a atenção.

  Ah, que se dane!

  Essa garota, de forma alguma era importante para mim. E porque raios eu estou repassando o que ocorreu lá na sala? Não tem nada haver comigo. A única coisa que eu tenho que fazer é me manter protegido.

— Ora! Ora! Ora! Vejam só quem está aqui. – Gelei. Olho para o lado e vejo Toni Monetti. Ou como gosto de chamá-la, Argenta.

— Oi Argenta. – Disse frio. Ela desceu de alguma parte alta que eu não dei atenção.

— Te assustei? – Ela se sentou de frente para mim.

— Não. – Respondi olhando para o lado. Argenta não era como as outras pessoas. Ela era legal e, por incrível que pareça, conversa comigo. Ela tem cabelos pretos até um pouco acima da cintura e, a parte da frente é tingida de vermelho. Sua pele é meio pálida e seus olhos são castanhos avermelhados. Ela é gentil e me entende, além de saber o que eu passo e saber meus segredos.

— Ok então. – Ela se levanta. – Tenho aula agora. – A olho sorrindo.

— Aula? Você quer dizer que você está indo matar aula. – Ela ri.

— Esse ano, vou tentar evitar ao máximo. – Ela ri e se vai.

— Sei. – Escuto ela rir.

  Fico ali durante um bom tempo. Pego o meu celular que fica escondido numa parte falsa da minha mochila e abro a galeria. Fiquei ali por várias e várias horas vendo, revendo imagens e me lembrando de como cada uma delas foi tirada. Quando noto, o sinal havia batido e era hora da saída. Guardo o celular e respiro fundo. Se Deus Quiser, Hoje Não Apanho De Xavier E Sua Gangue!

  Sai dali e fui me esgueirando por cada cantinho, tendo quase certeza de que Xavier não iria surgir do nada com seus amigos e de que eu não apanharia. Quando percebo, Xavier estava vindo em minha direção com seus amigos reclamando. Viro para o corredor da direita e saio correndo.

“O que foi aquilo?”— Escutei sua voz de longe. Ele me viu! Corri o mais rápido possível.

— OLHEM! É O RICHARD! – Alguém gritou.

“Ah, droga! Porque Deus?”— Apressei e estava correndo mais rápido ainda.

— PEGA ELE! – Ouvi a voz do Xavier. Merda! Por alguma graça divina, eu acredito. O corredor no qual fui parar estava lotado. Eu poderia despistá-los, ou eles poderiam me pegar, mas obviamente eu preferia a primeira opção. Olho para trás e vejo Xavier se aproximando. Eu apenas entro naquele formigueiro, tentando não me mover muito para não chamar muita atenção deles. – Cadê ele?

— Eu não sei. – Vi Xavier pegar o cara pela gola e falar algo de forma ameaçadora a ele. Quando noto, esbarrei no armário e eu estava cercado, se eu abaixasse todos começariam a cochichar e zombarem, aí sim eu estava frito. Senti uma mão em meu ombro.

“Merda...”— Essa mão me virou e pude ver que era Argenta, sorrindo. – Argenta...?

— Calado Richard. – Ela pegou minha mão e saiu me puxando pela multidão. Às vezes ela me fazia abaixar porque ela pisava no meu cadarço o fazendo desamarrar. Quando nos afastamos da multidão e viramos alguns corredores, ela sorriu. – Vá pra casa. E rápido. Xavier e sua gangue logo sairão de lá. E acredite... Muito furiosos.

— Eu sei. – Suspiro. – Valeu Argenta. – Apressei o passo e acenei para ela de longe.

  Eu comecei caminhar pelo corredor até que noto um grupo de pessoas abraçando o “John” e a ruiva. Eles trocam poucas palavras e logo riem. Após se soltarem seguem para a entrada da escola. Por algum motivo eu fiquei curioso para saber quem era a tal Kory, mas eles também seguiam para o ponto de ônibus. O mesmo ponto no qual eu descia todas as manhãs e subia toda tarde. O ônibus chega e eu passo ao lado deles e acabo trombando com a ruiva.

— Desculpe... – Ela diz, mas nada respondo. Apenas entro no ônibus e presto atenção na conversa. Uma garota usando saia conversava com o tal de Michael, o viciado no celular.

— Até amanhã Kory. – O cara diz. A ruiva sorri e a tal de Mel apenas dá um pequeno aceno para a ruiva.

— Até. – A ruiva responde e as portas se fecham. Os dois passam por mim. E se sentam atrás de mim. Escuto a garota suspirar.

— Que foi Mel? – O cara pergunta.

— Ah John. A Kory me preocupa tanto. – Pelo o espelho que o motorista usava para ver tudo no fundo do ônibus, a vejo virar o rosto.

— Por quê? – John pergunta olhando a Mel.

— Xavier não presta. E a Kory parece gostar dele de verdade. – Ela olha o companheiro. – Xavier vai feri-la.

— Olha Mel... – Ele se vira um pouco para ela. – A nossa ruivinha apesar de parecer frágil é muito forte e sabe cuidar de si mesma.

— Eu sei disso. – Ela olha John, incrédula. – Acontece que Xavier se faz de santo na frente de Kory, mas nós dois conhecemos muito bem o tipinho dele.

— É. – O cara vira para frente enquanto suspira.

— Fizemos bem em dar aquela... Pequena lição a ele. – Ela sorriu olhando para ele. O mesmo ri.

— É. O melhor foi à cara dele.

— Uhum.

  Após um bom tempo, eu pude descer do ônibus. Fui para a entrada do apartamento e subi os três andares. O apartamento era pequeno. Uma cozinha, sala, um banheiro, dois quartos e uma pequena área de serviço onde ficava a máquina e os produtos de limpeza. Tranquei a porta e passei as travas de segurança pela mesma. Medo de ser roubado? Não. Medo de ter sido seguido por Xavier e sua gangue.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Tandam! Fic novaaa!

Kory: http://www.polyvore.com/kori_anders_cap/set?id=178496300



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