Palavras Perdidas escrita por Bruno Tavares Pacheco


Capítulo 8
Palavras Perdidas


Notas iniciais do capítulo

Isso não é uma poesia. São meus sentimentos.



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Aqui estou novamente. Medo. Através de um monitor digo o que sinto. Conforto em não ter de lidar com as coisas diretamente.

O tema é medo, mas não meu medo de não falar.

É o meu medo de amar.

Quando procurei você, quando tentei lhe apoiar, meus objetivos não passavam disso. Jamais imaginei ver tua face novamente, ou mesmo trocar palavras com você de forma mais tranquila. Naquele momento eu havia pesando em construir uma relação de amizade, mesmo que frágil.

Por longo períodos continuamos afastados, porém você resolveu voltar a falar comigo, e se aproximou querendo algo mais. Não entendia o que estava acontecendo, jamais havia imaginado que a pessoa que feri no passado pudesse querer qualquer coisa comigo. Tive medo, não queria dizer o que sentia de forma direta, não queria assustar-lhe, afastar-lhe.

Havia muito tempo que não havia ficado tão feliz.

Com passar do tempo o medo começou a dissipar-se. Comecei a querer saber mais sobre sua rotina, estar presente. Mas isso soou de uma forma tão errada... eu simplesmente não sei como me expressar, quando ser safado ou ser romântico, tem medo de lhe assustar.

E você encontrou outro alguém.

Algo que eu sempre esperei, e então eu só tremi. De tantos medos que me entrego, meus medos se tornam reais.

Pais, família, amigos. Relações que parecem tão vazias. Parece apenas laços de sangue misturado a obrigações e a segundas intenções. "Por eu ser sei parente eu tenho que lhe ajudar, mas não quero que você siga por tal caminho".

"Tenha tal emprego", "seja confiante", "é fácil".

Palavras tão vazias, com ações tão divergentes.

A minha maior tristeza não é porque quero prender-te. Minha tristeza é porque sei que a quero feliz e livre, se teus sentimentos não se direcionam a mim, seria o mesmo que arrancar uma rosa do jardim para apenas ferir-me as mãos por uma beleza que viria a definhar, ferindo ambos os lados.

Talvez eu não tenha motivos para dizer tais palavras. Talvez apenas sejam vazias. Frutos da ilusão de minha ansiedade.

Eu te amo Gabryella Câmara.

Mas não vou lhe forçar a me amar. Um pássaro sem asas não pode voar.


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Notas finais do capítulo

As palavras encerram aqui [ponto final]



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