My Fallen Guardian escrita por Nana Roal


Capítulo 5
Secreto!




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Capitulo 4: Secreto!

 

1 de Novembro de 2007, Los Angeles, Califórnia.

 

Suigetsu Hozuki era um dos paparazzi mais conhecido no meio artístico, qualquer artista que quisesse promover sua imagem poderia facilmente negociar com ele, para obter uns créditos a mais na mídia.

 

Lógico que ele, como qualquer um do meio em que trabalhava, amava flagrar artistas em situações complicadas, afinal, era isso que realmente lucrava.

 

E era em lucro que pensava agora, enquanto olhava para uma foto, que definitivamente valia ouro, mas ele a usaria para outra coisa.  

 

- Vai ficar babando em cima dessa foto, até quando? – indagou Hidan parando em frente à mesa de Suigetsu.

 

Hidan era um repórter que trabalhava na Seção de Política, não gostava muito de lidar com famosos, pois de acordo com ele: “Eram apenas rostos bonitos, sem conteúdo, que em geral não sabiam lidar com a fama.”

 

Bom na verdade ele disse: “São apenas putos fofinhos, burros e que agem como cretinos com seus fãs.” Mas Suigetsu gostava de imaginar, que seu amigo era tão bom na fala, quanto era na escrita.

 

Eles trabalhavam em uma das maiores revistas do mundo, A Akatsuki, porém Suigetsu trabalhava na Seção de Celebridades. Apesar de lidarem com coisas diferentes, ambos se davam bem devido a personalidade parecida.

 

Bem humorados, mas quando provocados viravam pessoas extremamente frias e que não medem esforços para acabar com o problema.

 

- Você não entendeu Hidan? – o Hozuki disse com um sorriso torto na face.

 

- Achei que você entregaria a foto para o chefe. – disse com um sorriso desdenhoso. – A revista iria lucrar muito com ela. – se encostou a mesa, ao lado da cadeira do amigo.

 

- Sakura me pediu um favor e eu cumpri minha parte. Ela é um dos rostos mais famosos atualmente, o filme que ela estrelou bateu recordes de bilheteria, sua imagem está nas alturas. Graças a algumas ajudas minhas, mas agora ela resolveu que conseguiu tudo sozinha e não quer me pagar. – o sorriso torto aumentou – E você sabe que eu não gosto de pessoas mal-agradecidas. – sua voz pingava sarcasmo.

 

- E o que você tem em mente? – indagou o outro, com um meio sorriso.

 

- Eu farei um ultimato, se ela não me pagar o que deve. Terá que dizer adeus ao amado noivo dela. – respondeu sério. – Duvido muito que ele continue com ela depois der ver isso.

 

- E como você entrará em contato com ele? – indagou o de cabelos prateados.

 

- Uma amiga minha, trabalha como secretária do pai dele. Talvez eu até consiga um telefone se oferecer algo em troca. – esclareceu sorrindo e guardando a foto.

 

*******////*******

 

Estava chovendo fortemente, a jovem andava com paços trôpegos. Abraçava a si mesma, como se estivesse querendo se proteger de tudo e de todos, soluçava sofregamente enquanto suas lágrimas se misturavam as gotas de chuva.

 

- Por quê? – sua voz soava angustiada. – Por que você fez isso comigo? – perguntou para ninguém em particular, se sentia traída pelo homem que dizia que a amava.

 

Caminhou mais alguns passos até não conseguir sustentar mais o próprio corpo, caiu de joelhos na grama e se permitiu soltar gemidos de dor e angustia.

 

Dois braços a cercaram, ela olhou pra trás deparando-se com um par de belos olhos verdes, que a encaravam preocupados.

 

- Marry, você não deveria ter saído daquele jeito. Você enlouqueceu? – a voz do rapaz soava dura e preocupada.

 

Ela apenas fitou atentamente, aquele ruivo que a estava ajudando e sem pensar duas vezes, selou seus lábios aos dele...

 

- Corta! – a voz do diretor soou pelo set.

 

Os atores se separaram e a chuva subitamente sumiu.

 

- Gaara você tem que entender que Smith não espera ser beijado pela melhor amiga, portanto sinta-se estático quando ela lhe beijar, ok? – Juugo explicou, como se estivesse falando com uma criança de 8 anos. – Sakura coloque mais sentimentos em suas ações, o “amor de sua vida” engravidou outra, pense nisso! – disse para a jovem.

 

O ruivo apenas o encarou friamente e acenou positivamente nem parecia a mesma pessoa de minutos antes. Sakura o fulminou com os olhos, mas assentiu.

 

- Certo pessoal! Vamos fazer uma pausa. – anunciou o de cabelos alaranjados.

 

A Haruno tirou a peruca castanha, que cobria seus cabelos rosados e caminhou em direção ao seu camarim. Chegando lá encontrou sua empresária Tayuya a esperando.

 

- E então como andam as gravações? – perguntou.

 

Tayuya era uma mulher de personalidade forte, um tanto desbocada e que ama falar. Mas sabe negociar melhor do qualquer outra pessoa que Sakura tenha conhecido. É ruiva de cabelos longos, olhos castanhos e um estilo de se vestir bem alternativo, geralmente roupas modernas de cores bem chamativas.

 

- Bem. Mas aquele Juugo é muito irritante... – desabafou se sentando em uma confortável poltrona existente no camarim.

 

- Tente entender que ele é bom no que faz, se ele não exigisse um trabalho perfeito, não teria conseguido ganhar o Oscar de melhor diretor. – rebateu a ruiva com voz séria. – Mas o que me preocupa não é isso...

 

A dona dos olhos verdes a encarou atenta, esperando que ela continuasse.

 

- Eu acho melhor você parar de sair naqueles encontros, antes que alguém pegue e você perca toda a fama que conquistou. – disse de forma dura – Além de perder também o noivo.

 

-Esse papo de novo... – resmungou - Eu não vou perder o Sasuke e nem abrir mão da minha diversão. – respondeu displicente – Relaxa Tayuya, ninguém vai descobrir nada, nós somos discretos. – disse com descaso.

 

A ruiva se inclinou sobre a rosada de forma ameaçadora...

 

- Tudo bem, essa é minha última tentativa, mas saiba que se tudo se complicar para o seu lado... – Sakura fez menção de responder mais a outra interrompeu - Sim Sakura, se isso vazar, você vai se complicar e muito. Não estamos falando de um desconhecido, estamos falando da reputação do filho perfeito de Uchiha Fugaku, o dono de uma das maiores multinacionais do mundo. – fez uma pausa – Se tudo se complicar para o seu lado, novamente, eu caio fora.

 

- Mas ele t... – tentou falar.

 

- Não Sakura, você sabe que ele não tem praticamente nada de influência. E se Sasuke descobrir, ele não terá nenhuma.  – após concluir arrumou a postura e caminhou até a porta.

 

- Você vai me abandonar? Mas nós chegamos até aqui juntas. – sua voz soava enfurecida – Eu tornei você o que você é. Foi graças a mim, que você conseguiu dinheiro para pagar os transplantes daquele seu namoradinho, Kimimaro. – cuspiu – Minha fama a ajudou e agora você me diz que se tudo se complicar você irá pular fora?

 

A ruiva parou de cabeça baixa e depois se virou, seu rosto destorcido em uma cara de ódio.

 

- Você está errada. – sussurrou ameaçadoramente – EU a tornei o que você é, foi graças ao meu namoradinho que você conseguiu fama, por causa dos contados dele que você conseguiu tudo. Juugo: Amigo de infância dele; Orochimaru, o estilista que a convidou para seu primeiro desfile: Amigo do pai dele; Suigetsu: Também amigo de infância dele. E graças a mim, que tinha muita consideração por você, ele resolveu ajudá-la. Mas agora vejo que estou errada. – fez uma careta de nojo e se virou para ir novamente – E só pra você saber... – disse não olhando para ela – Foram Juugo e Orochimaru que pagaram os transplantes dele, ele nunca viu um tostão do seu dinheiro. – e saiu batendo a porta.

 

Sakura voltou a se jogar na poltrona, estava com muita raiva de sua empresária. Mas sabia que ninguém conheceria seu segredo, portanto não precisava se preocupar com ela.

 

Seu celular tocou, tirando-a de sue pensamentos, sorriu contente pensando ser Sasuke ligando, afinal, fazia um dia que ele não ligava já estava com saudades.

 

- Oi, amor! – atendeu com voz doce.

 

- Sabia que você tinha uma queda por mim, princesa. – soou uma voz debochada do outro lado da linha.

 

- O que você quer Suigetsu? – falou com tom de desprezo. – Se soubesse que era você nem teria atendido.

 

- Era só olhar no visor do celular, que você saberia quem estava ligando. – explicou zombeteiro – Mas não estou ligando para te ensinar, as maravilhas da tecnologia. Quero saber quando você vai me pagar?  

 

- Não me lembro de estar te devendo. – disse indiferente.

 

- Se você não me pagar em quinze dias, irá se arrepender muito. ‘Te ajudei a subir no trono, posso te derrubar rapidinho. – as voz estava séria, sem qualquer traço de zombaria.

 

A rosada revirou os olhos. Hoje deveria ser o dia de “Ameacem Sakura Haruno”.

 

“Idiota!” – pensou – Ameace-me o quanto quiser você não pode fazer nada contra mim. – e após isso desligou o telefone.

Bateram na porta e ela abriu.

 

- Cinco minutos para a nova cena Sakura. – avisou um rapaz.

 

- Estou indo. – e começou a se arrumar despreocupadamente.

 

*********////********

 

Hozuki desligou o telefone e encarou o amigo, que tinha um meio sorriso nos lábios.

 

- E então? – perguntou Hidan.

 

- Ela disse que não me deve nada, mas como eu sou um bom rapaz, esperarei os quinze dias e só depois farei algo a respeito. – disse sério.

 

- Eu já teria acabado com a carreira dela há muito tempo. – comentou displicente – Não tenho paciência com esses putos. – concluiu e depois saiu indo em direção a sua mesa. – Até mais frutinha.

 

Suigetsu revirou os olhos, mas acenou para o amigo.   

 

*********////********

 

Tókio, Japão.

 

Já era mais ou menos nove da noite, quando Sasuke resolveu que deveria saber como enganaria seu pai, pois com certeza ele perceberia que o mais jovem não estava machucado coisa nenhuma. O que levaria a uma complicada e inacreditável explicação.

 

Levantou-se da cama decido a conversar com seu Anjo da Guarda para descobrir um modo de enganar o patriarca Uchiha. Sentia-se um adolescente cabulando uma aula de matemática, coisa que nunca havia feito na vida.

 

Encontrou o loiro na sala, sentado no sofá, assistindo um filme na TV, parecia muito concentrado e fazia caretas em certas partes do filme.

 

- O que você está assistindo? – indagou se sentando ao seu lado.

 

- Dogma. – respondeu sem tirar os olhos da tela.

 

- Eu achei esse filme uma palhaçada. – comentou o Uchiha também olhando pra tela.

 

- Esse era o objetivo do homem que teve a ideia. – olhou o homem ao seu lado, como se ele fosse uma coisa de outro mundo.

 

- Você não se sente ofendido? – o loiro o encarou confuso – Quero dizer, eles fizeram uma paródia com uma coisa Bíblica.

 

- Deus está muito acima de coisas como essa Sasuke. – sorriu brando – Você acha que um ser que é capaz de perdoar até demônios, ligaria para um simples filme sem noção, que tem como objetivo fazer pessoas rirem?

 

O moreno ponderou um tempo e depois negou com a cabeça. Ficaram um tempo em silêncio até que Sasuke o quebrou...

 

- Você é igual Metraton? - perguntou indicando as partes baixas do loiro, meio constrangido.

 

Naruto caiu na gargalhada, pela primeira vez em muito tempo, riu de verdade sem ser falso, custou muito para que ele parasse de rir. Na verdade custou uma tapa de Sasuke, em sua cabeça.

 

- Ai... Ai... Sasuke... Você é engraçado! – disse ainda tentando controlar o riso.

 

- Não vi tanta graça assim, eu te fiz uma pergunta normal. Ora, você afirmou várias vezes que não têm sexo, eu fiquei curioso. – cruzou os braços - Não é sempre que tenho oportunidade de conversar com “Entidades Divinas”.

 

- Tudo bem... – risos – Anjos têm várias formas, mas muitas vezes optam por usar apenas uma, como é o caso da maioria dos Anjos da Guarda. Como nós temos que vir a Terra constantemente, preferimos manter uma forma humana, completa com todos os seus adereços. Porém podemos mudá-las quando quisermos isso custa muita concentração, mas é possível.

 

- E qual é a forma verdadeira de vocês? – indagou, o filme agora esquecido.

 

- Em geral, entidades denominadas como “Anjos” são apenas luz. – respondeu.

 

- E porque você escolheu essa forma? – Naruto achava engraçado o Uchiha super frio, ficar parecendo uma criança, sempre cheio de perguntas para fazer aos pais.

 

- Eu já fui humano e essa era minha aparência naquela época. – respondeu, voltando a olhar para tela.

 

- Faz muito tempo? – tinha muitas coisas que queria saber. Achava-se no direito, pois tinha certeza que o outro sabia tudo sobre ele.

 

- Século XVI, fui julgado sob pena de morte, pelo Tribunal da Inquisição. – viu Sasuke abrir a boca para perguntar, mas interrompeu – Só falarei isso. Agora fique quieto e me deixe ver o filme.

 

Silenciaram-se novamente, apenas prestando atenção ao filme, até que Sasuke lembrou-se do que o tinha levado ali.

 

- Como vou convencer meu pai de que realmente machuquei o tornozelo? – o loiro o encarou – Eu não vou conseguir fingir estar mancando o tempo todo. – declarou.

 

- Oh certo...

 

Inclinou-se para frente e agarrou a perna esquerda de Sasuke e fez o pé dele ficar apoiado sobre seu colo. Como o moreno já estava pronto para dormir, não estava usando sapatos.

 

- Isso pode ser incomodo, mas não doerá tanto quanto uma luxação. Servira apenas para você ficar mancando. – com o indicador e o polegar segurou o tornozelo do moreno.

 

Sasuke sentiu uma pequena dor, como se tivesse recebido um choque no local. Em seguida Naruto retirou a mão e encarou o Uchiha.

 

- Caminhe! – mandou.

 

Ele se levantou, mas quando foi dar um passo com a perna esquerda, não conseguiu colocar o peso do corpo sobre ela e acabou quase caindo. Mas se apoiou na mesa de centro para evitar a queda.

 

- O que você fez? – indagou assustado.

 

- Nada demais, agora é como se você tivesse uma bursite no tendão. Ela não existe de verdade, eu apenas fiz seu corpo mandar uma “mensagem” para seu cérebro indicando a existência do problema. Isso fará com que você sinta dor, mas não mais do que o necessário. – aclarou de forma simples, como se não fosse nada.

 

- Isso será bem convincente. – disse o Uchiha irônico e voltou a se sentar – O que você fará com as fichas? – perguntou mudando de assunto.

 

- Pelo que eu entendi, nem todas as fichas tem ligação com você. Algumas daquelas pessoas nem ao menos moram no Japão, por isso acho que são “trabalhos extras”. Por se tratar de casos mais fáceis, eu darei uma pausa no seu caso e me dedicarei à eles. – avisou.

 

- Hn...

 

- Mas quando voltar e tiver tudo resolvido, eu lhe ajudarei com sua noiva. – disse com um meio sorriso.

 

- Sério? – perguntou desconfiado.

 

- Sim, já que nenhuma daquelas pessoas serve para você. – respondeu.

 

- Quanto tempo levará? – perguntou o jovem Uchiha.

 

- Quinze dias, mas não se preocupe continuarei morando no seu apartamento. – sorriu presunçoso.

 

- To muito feliz por isso. – rebateu sem empolgação.

 

O telefone tocou, fazendo os dois se sobressaltarem.

 

- Alô. – o moreno atendeu com a voz fria de sempre.

 

- Oi, amor estava com saudade de você. – a voz de sua noiva se fez presente – Porque não me ligou?

 

- Eu andei ocupado ultimamente. – disse frio, o anjo fez uma careta e negou com a cabeça – Mas como estão as gravações do novo filme? – tentou soar mais amável.  

 

- Está legal, apesar de minha personagem, ser um pouco dramática demais. – fez uma pausa como se pensasse e algo

 

Quando você poderá vir à Califórnia para me visitar, meu ursinho? – perguntou manhosa.

 

Tique nervoso no olho esquerdo, Naruto se segurando para não rir.

 

- Eu já disse pra não me chamar assim. – tentou continuar soando afável, mas falhou.

 

- Ah Sasu, você sabe que é meu ursinho. – respondeu divertida – Mas então quando você poderá vir?

 

- Não sei... – respondeu sincero – Eu machuquei o tornozelo e fiquei sem ir a empresa hoje, talvez só possa ser liberado daqui a algumas semanas. Se Fugaku der a liberação, óbvio.

 

- Você se machucou? Como? É grave? – as perguntas saíram preocupadas e rápidas.

 

- Calma Sakura, não precisa se preocupar. Foi apenas uma pequena luxação, que em duas semanas estará completamente curada. – tranqüilizou a noiva. 

 

- Tudo bem, mas tome cuidado ouviu. – repreendeu – E não ouse deixar aquela tal de Karin, se aproximar de você, enquanto você estiver neste estado frágil. – resmungou.

 

O moreno revirou os olhos.

 

- Estado frágil? Foi uma luxação, eu não estou em coma. – retorquiu.

 

- Mas eu tenho certeza que aquela vaca, arrumará um jeito de se aproveitar de você.

 

- Ela não fará nada. E pare de falar como se eu fosse uma donzela em perigo.

 

- ‘Tá bom! – pausou parecendo estar conversado com alguém

Tenho que ir ursinho, beijos e te amo. – se despediu meiga.

 

- Beijos, Sakura. – e desligou o telefone.

 

Olhou para Naruto que o encarava com um sorriso debochado.

 

- Que foi? – inquiriu com a sobrancelha arqueada.

 

- Nada... Ursinho! – riu.

 

- Idiota! – xingou e depois começou a ir para o quarto – Eu ‘to indo dormir, boa noite.

 

- Boa! – respondeu e voltou a ver TV.

 

*********/////*********

 

2 de Novembro de 2007

 

Sasuke trabalhou normalmente, ou quase, já que sua secretária não permitia que ele fizesse quase nada. Mesmo protestando que não era nada demais e que poderia ao menos ir a copa tomar um cafezinho, ela o ignorava e continuava o ajudando.

 

Karin bem que tentou se aproveitar de seu estado, para dar em cima dele, porém, graças a Fugaku ela não teve muitas oportunidades. Pois de acordo com o patriarca: “Ele se machucou por descuido próprio, portanto não merece tanta atenção ou cuidados. Além disso, não contratei uma enfermeira particular e sim uma secretária.”

 

Naruto iniciou sua tarefa de ajudar as outras pessoas das fichas, disse a Sasuke que começaria com os estrangeiros e apenas depois cuidaria dos que estavam no Japão.

 

**********/////**********

 

16 dias depois...

18 de Novembro de 2007

 

O avião pousou às duas da tarde no Aeroporto de Tókio, dele desceu um homem de porte elegante e de expressão neutra.

 

No saguão de entrada uma jovem ruiva esperava por ele, quando o viu deu um sorriso e acenou.  Ele caminhou até ela, a expressão neutra dando lugar a um sorriso amigável.

 

- Suigetsu, quanto tempo! – exclamou a ruiva abraçando o amigo.

 

- Karin, eu sei que você me ama. – respondeu sorrindo e retribuindo o abraço.

 

- Cala a boca! – exclamou dando um tapa nele, mas em seguida voltando ao abraço. – Como estão os outros: Juugo, Kimimaro e Tayuya?         

 

- Estão bem. Kimimaro depois dos transplantes, para curar a Hipertensão Pulmonar, está esbanjando saúde. Juugo trabalha feito um louco e Tayuya está de saco cheio, da namoradinha do seu chefe. – comentou pondo-se a caminhar ao lado da amiga em direção a saída.

 

- Aquela coisa rosada. – grunhiu nervosa – Ela me tirou qualquer chance de ficar com o Sasuke. A Haruno é muito sortuda por ter conseguido noivar com ele.

 

- Mas acho que esse noivado não durará muito... – disse como quem não quer nada, dando um sorrisinho.

 

- O que? Por quê? – soltou as perguntas uma atrás da outra, visivelmente empolgada.

 

- Você saberá. – respondeu de modo relaxado – Mas precisarei da sua ajuda, para alcançar meu objetivo.

 

- Se for para aquele noivado se acabar, pode ter certeza que eu ajudo.

 

- Ótimo.

 

Os dois entraram no carro da ruiva e seguiram para a casa dela, no caminho conversaram sobre banalidades, Karin até tentou descobrir como Suigetsu iria acabar com aquele noivado, porém, o amigo apenas disse que ela saberia quando fosse a hora certa. E que por enquanto Karin só ajudaria com parte do plano.

 

**********/////**********

 

Eram cinco da tarde, estavam em uma lanchonete, Sasuke comia batatas fritas, enquanto Naruto tomava sorvete.

 

- Deixa eu ver se entendi: Você não precisa se alimentar, mas é viciado em sorvete? – indagou o moreno olhando para o loiro, com uma careta.

- Exato, venho tentando me livrar desse vício pecaminoso, desde que o inventaram.

 

- Você nem existia nessa época! – exclamou o Uchiha.

 

- Eu sei Uchiha, eu apenas usei uma Hipérbole. – o outro arqueou uma sobrancelha – Exagerei para dar mais ênfase no meu problema.

 

- Você é muito engraçadinho. – resmungou o moreno.

 

- Eu sei... – sorriu.

 

- Já concluiu seus serviços, com os outros protegidos? – perguntou e depois comeu uma batata.

 

- Eles não são meus protegidos, eles apenas precisavam de um empurrãozinho. – olhou para o Uchiha – Você precisa é de um chute pra conseguir ir em frente.

 

- Nem vou rebater isso... – murmurou.

 

- Naruto-kun! 

 

Ouviram alguém chamar, ergueram os olhos deparando-se com uma loira, que estava de mãos dadas com um moreno de rabo-de-cavalo, e expressão entediada.

 

- Olá Temari, Shikamaru! – cumprimentou acenando –

Sentem-se conosco. – convidou.

 

- Não será incomodo? – perguntou o Nara, olhando rapidamente para Sasuke que os encarava friamente.

 

- Não, podem se sentar. – respondeu o moreno, percebendo o olhar.

 

Eles se sentaram e fizeram pedidos e depois iniciaram a conversa.

 

- Esse é Uchiha Sasuke, um amigo meu. – O Uzumaki apontou e o outro acenou com a cabeça – Sasuke estes são Nara Shikamaru e Sabaku no Temari.

 

- Você é o noivo da atriz Haruno Sakura? – perguntou a loira.

 

- Sim. – torcia para que loira não fosse uma fã pirada de sua noiva, odiava quando isso acontecia.   

 

- Meu irmão, Gaara, está atuando junto a ela em “Um Erro por Amor”. – fez uma careta – Esse nome é horrível. – resmungou.

 

- Também acho. – o moreno concordou – Não sei como Juugo, o ganhador do Oscar, aceitou dirigir um filme com esse nome.

 

- Talvez o enredo seja mais interessante que o nome. – o Nara bocejou e encostou a cabeça no ombro da  Temari.

 

- Vejo que vocês pararam de brigar. – Naruto sorriu, e colocou uma grande quantidade de sorvete na boca.

 

- Seguimos seu conselho. – responderam em conjunto, com um sorriso.

 

- Naruto é um ótimo conselheiro Sasuke, ele nos mostrou algo que nunca havíamos percebido. – o comentário partiu de Temari.

 

- Foi ele que nos juntou. – completou Shikamaru.

 

- Ele é, realmente, bom no que faz. – deu um sorrisinho.

 

- Vocês perceberiam de qualquer forma, eu apenas acelerei a situação. – o loiro fez pouco caso.  

 

A conversa continuou de modo descontraído e divertido, eles ficaram lá por bastante tempo, até que, por volta das seis e meia, o casal resolveu se retirar, mas não sem antes garantir que se encontrariam de novo.

 

- Você me disse uma vez que não gostava de ser cupido, mas vejo que se da bem fazendo isso. – o Uchiha zombou.

 

Em uma de suas conversas, Naruto havia revelado o que o levou a objetar a ordem de seu supervisor, isso gerou alguns risos por parte do moreno e ele sempre zombava na primeira oportunidade.

 

- É uma coisa que faço inconscientemente, como se não pudesse fugir de minha obrigação. – rebateu sério – Mas eu, definitivamente, não gosto desse tipo de trabalho.

 

- Isso não faz sentido... – murmurou o moreno.  

 

- Muitas coisas não fazem sentido, Sasuke. – replicou se levantando e se pôs a caminhar em direção a saída.

 

Sasuke pagou a conta e seguiu o mesmo caminho que o loiro.

 

- Agora você vai me ajudar a enxergar, o amor que eu sinto pela Sakura? – indagou em zombaria.

 

O loiro suspirou, pois sabia que ainda faltava alguma peça no quebra-cabeça, do caso Uchiha.

 

- Sinceramente, eu não sei como farei isso. – respondeu em voz baixa.

 

O outro apenas o encarou e ambos seguiram para casa.

 

Quando chegaram Sasuke alegou estar fedendo a batata frita e foi tomar banho, Naruto se jogou no sofá da sala e começou a ver televisão. Mas desviou sua atenção ao escutar o telefone tocando.

 

- Alô! – atendeu, tomando o cuidado de deixar sua voz igual a de Sasuke.

 

- Sasuke-kun. – a voz soou enjoada do outro lado da linha.

 

Naruto franziu o cenho em concentração e segundos depois deu um meio sorriso.

 

- O que você quer Karin? – perguntou frio e direto.

 

- Ah Sasuke-kun, não fale assim com...

 

- Fale de uma vez o que você quer, ou eu desligarei o telefone. – cortou.

 

- Certo... Um amigo meu, Hozuki Suigetsu, pediu para ter uma audiência com você amanhã. – ela parecia estar receosa.

 

- Qual seria o assunto? – o loiro ficou curioso pelo que estava por vir, afinal, isso parecia ser coincidência demais.

 

- Ele disse que é sobre sua noiva. – respondeu, parecia sentir um estranho prazer ao falar aquilo.

 

Naruto soltou um suspiro, tentando pensar em algo.

 

- Peça para este seu amigo encontrar-me em meu apartamento, amanhã às oito horas. – fez uma pausa ao escutar uma risadinha empolgada da ruiva – Apenas ele! – concluiu taxativo, a risadinha sumiu.

 

- Tudo bem Sasuke-kun, até amanhã. - sua voz estava um pouco menos alegre, mas ainda exageradamente doce.

 

- Até! – respondeu neutro e desligou. – Isso será interessante. – sorriu, dirigindo-se ao quarto do protegido para contar a novidade.


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Notas finais do capítulo

Sem betagem! T_T

Qualquer erro é só me falar por Review!

Bjus



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