My Fallen Guardian escrita por Nana Roal


Capítulo 12
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Olha ai o resto dele...

Acho que assim ficou melhor...

Aqueles que leram o capitulo inteiro e pensaram que agora a história foi atualizada, mil desculpas...

Mas eu reli o capitulo e achei que tinha ficado cansativo ele tão grande...

Mas não se preocupem até sabádo o ultimo capitulo chega! *ops spoiler*



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Capítulo 11: Adeus.

Ao chegar ao hospital descobriu que Kiba não estava em seu quarto e sim em algum lugar no andar de cima, se encaminhou para lá e quando a presença do jovem Inuzuka tonou-se mais forte pode ouvir risadas infantis vindo de um amplo quarto e junto delas a voz do jovem.

- E então o ninja gritou: “Eu vou salvar meu amigo e você não vai me impedir, ‘ttebayo!” E avançou contra seu inimigo, mas foi facilmente parado.

Quando o anjo se aproximou da porta, viu que no espaço tinha nove camas em uma delas estava Kiba e as outras eram ocupadas por crianças, que fitavam o rapaz de olhos admirados.

O Inuzuka fazia um pequeno “teatro” – mesmo que não conseguisse se mexer muito na cama onde estava instalado - enquanto contava a história e as crianças riam das imitações do castanho.

Ao analisá-lo criticamente, reparou que Kiba estava “enérgico” demais para alguém que tinha acabado de começar um tratamento intensivo, quanto à quimioterapia.

- Naruto-kun! – O rapaz sorriu.

- Olá Kiba... – Aproximou-se da cama do jovem.

– Naruto-kun eu gostaria de apresentá-lo para alguns amigos. – Virou-se para as crianças, algumas olhavam admiradas para o louro. – Galera este é... – Interrompido.

- Um anjo! – Alguns exclamaram admirados.

- O que? – As outras olharam espantadas para o Uzumaki

Kiba ficou surpreso e encarou o anjo que tinha um olhar um brando para as crianças.

- Algumas pessoas conseguem nos enxergar como somos verdadeiramente. – Naruto esclareceu, ocultando o fato de que naquele caso era porque algumas crianças em breve se libertariam daqueles corpos doentes.

- Legal.

- Olá meu nome é Naruto. – Os pequenos sorriram para o loiro. – Então qual a história que o Kiba estava contando?

As crianças começaram a relatar as aventuras de um ninja hiperativo, escandaloso e persistente. O loiro ouvia atentamente e depois passou a ajudar Kiba na história e no teatro.

- As crianças gostam de você. – Kiba havia sido levado ao quarto que estava antes.

 - Eu sou um anjo. – Deu de ombros. – Agora me explica: como você conseguiu se recuperar das seções tão bem?

- Não sei... Na verdade até ontem a noite me sentia completamente moído. Porém quando acordei hoje, foi como se tivesse apenas um mal estar. Ainda estou fraco e sinto náuseas, mas não tanto quanto antes. Talvez isso seja normal.

Naruto o encarou e franziu o cenho, tentando entender como algo assim poderia acontecer, mas a voz de Kiba o trousse de volta dos devaneios.

- Você está diferente? – O castanho olhava intensamente para o anjo.

- Sério? – Inclinou a cabeça para o lado.

- Sim. – Estreitou os olhos. – Você parece mais... Humano?  

- Talvez... – O loiro sorriu de lado.

Shino e a família Inuzuka chegaram naquele momento ao quarto, o residente examinou superficialmente o paciente, apenas para ter certeza que estava tudo em ordem. Enquanto os familiares de Kiba conversavam com Naruto.

– Kiba-kun, hoje eu vim aqui para dizer adeus. – Naruto anunciou quando Shino terminou a checagem. 

- O quê? – O castanho perguntou enquanto as outras pessoas no quarto apenas o encaram.

- Eu já terminei meu trabalho aqui e não posso passar mais tempo que o necessário.

- Como assim? Eu ainda não estou curado! E... Tem tantas pessoas que você poderia ajudar, tantas coisas que ainda é preciso fazer. – Falava rápido devido ao nervosismo. – Quem vai ajudar minha família se esse tratamento der errado?

- Cale-se! – A voz de Tsume, mãe de Kiba, soou forte. – Ele nos ajudou muito Kiba, mas não pode ficar preso a nós.

- Além disso, você está reagindo bem ao tratamento, eu sei que é cedo para dar qualquer parecer, mas não haja tão pessimistamente. – Ôkami rebateu estreitando os olhos para o filho.

Kiba permaneceu em silêncio e abaixou a cabeça, envergonhado...

- Não se preocupe pirralho! – O loiro deu um largo sorriso e jogou um dos braços sobre o ombro do paciente. – Olhe a sua volta... – Levantou o rosto de Kiba e depois fez um gesto indicando as pessoas que estavam em volta da cama.

– Essas pessoas o amam, fariam de tudo para vê-lo sorrir, reclamar, brincar... Enfim, fariam tudo para que você fosse feliz. E eu tenho certeza que você faria a mesma coisa por eles. – Afastou-se parando em frente a Hana.

- Hana-chan o que você acha do seu irmão?  

- Ele é o melhor irmão do mundo! – A jovem sorriu. – Mesmo que às vezes ele brigue comigo por mexer nas coisas deles, ou mude o canal quando eu ‘to vendo TV! – Cruzou os braços e fez uma careta.

Todos riram...

- Você sempre poderá confiar nele. Não importa o quanto vocês briguem, ele sempre te defenderá e cuidará de você. – Acariciou os cabelos da jovem e sorriu. – E você sempre poderá fazer o mesmo por ele.

- Certo chefe! – Ela assentiu e bateu continência, todos riram novamente.

- Ôkami-san, Tsume-san! – Abraçou os dois ao mesmo tempo. – Vocês têm uma família abençoada, nunca se esqueçam disso. – Separou-se, mas anda continuou apoiando as mãos nos ombros deles. - Agora um pequeno conselho: Não importa que escolha os seus filhos façam, não os julguem, se essa escolha os fizer realmente felizes.

- Está bem! – Responderam ao mesmo tempo.

- Às vezes eu acho que você é mais velho do que aparenta ser... – A matriarca Inuzuka, colocou as mãos na face do jovem e sorriu gentilmente.

O loiro apenas retribuiu o gesto, afinal ele parecia ter a idade de Kiba, mas não agia como tal e também não poderia contar o porquê disso. Aproximou-se de Shino.

- Eu nunca conheci alguém tão sério e misterioso quanto você. – Ficou sério. – Você praticamente não fala, não sorri e tem um senso de humor quase nulo. – A família Inuzuka encarava o loiro, incrédula, mas Shino mantinha-se impassível.

 - Mas você é inteligente, dedicado e ama a profissão que escolheu. Consegue passar confiança para seus pacientes sem muito esforço, conquistou uma família inteira, isso inclui o cachorro... – Risadas. – Você será um profissional brilhante Shino e aposto que será feliz na vida pessoal também. – Piscou um olho e foi em direção a porta.

- Eu sou muito agradecido a todos vocês por terem me ensinado tanto. – Fez uma reverência educada.

- Mas nós não ensinamos nada. – Hana piscou confusa.

- Ensinaram o que é ser uma família de verdade. – Sorriu com gentileza, os olhos marejados. – Muito obrigada. – Inclinou-se novamente e sentiu braços finos e infantis circundarem seu pescoço.

- Obrigada você nii-san, por ajudar meu Aniki e toda minha família. Obrigada por sempre me distrair enquanto o maninho passava pela primeira seção de quimioterapia e tudo mais. – O loiro se agachou e retribuiu o abraço, emocionado. – Eu vou sentir saudades. – A pequena soluçou.

- Não chore pequena... – Empurrou-a delicadamente, limpou-lhe as lágrimas e segurou o pequeno rosto. – Eu posso não estar mais aqui fisicamente, mas eu sempre estarei aqui... – Apontou-a na altura do coração. – Da mesma forma que todos vocês estarão aqui. – Colocou a mão sobre o próprio peito. – Certo? – Sorriu radiante, afagou os cabelos castanhos da pequena e se levantou.

- Certo! – Secou as lágrimas e retribuiu o sorriso. – E não bagunce meu cabelo, baka! – fingiu estar brava.

- Sim senhora! – Bateu continência e depois riu. – Bom, não vou dizer adeus. Então até um dia.

Tentou sair, mas não conseguiu até que todos o tivessem abraçado e, de acordo com a Sra. Inuzuka, se despedido “decentemente”. 

Estava caminhando rumo a saída, já sentindo saudades daquela família que tanto o ensinou...

- Naruto... – O loiro olhou para o lado surpreso.

- Haku? O que faz aqui? – O castanho sorriu ao loiro.

- Eu serei o anjo que auxiliarei aquele que criara a versão japonesa dos Drs. Da Alegria.

- Kiba? – O loiro indagou sorrindo e recebeu um aceno de confirmação. – É por isso que ele está reagindo tão bem ao tratamento... Ele precisa estar bem para começar algo assim...

- Exato! Óbvio que não será agora, afinal o tratamento dele está no inicio ainda, e após isso ele terá que fazer várias coisas... – Falou rápido em tom ansioso. - Penso que demorará entre um ano ou dois, mas com certeza dará certo. – Sorriu empolgado e fez o louro sorrir junto.

- Isso aí, ‘ttebayo!  - Bateu o punho direito na palma esquerda.      

********////*******

- Vocês vão ficar quanto tempo? – Temari perguntou enquanto se servia.

Os Sabaku e Shikamaru estavam reunidos na casa de Yashamaru para um almoço em família, afinal era raro Gaara e Kankuro irem ao Japão e isso merecia toda a “comemoração” possível.

- Nossa! Já cansou da nossa presença? – Kankuro se fez de ofendido.

- Não é isso. – A loira lançou-lhe um olhar irritado. – É que geralmente vocês ficam no máximo um dia ou dois e até agora nem comentaram sobre a partida, ou receberam qualquer ligação urgente. Só achei estranho. – Fez um gesto de descaso.

- Temos uma semana de folga. – Gaara respondeu sereno, como sempre.

- O que eu acho ótimo, afinal eu estava quase me esquecendo de seus rostos. – Yashamaru brincou.

- Exagerado. – Os quatro jovens a mesa murmuram.

Mas antes que o mais velho pudesse responder, a campainha tocou...

- Eu atendo! – Kankuro levantou-se rapidamente, querendo fugir da bronca do tio.

- Algumas coisas não mudam... – Gaara balançou a cabeça em descrença.

Os outros apenas riram...

- Kankuro me solta! – Uma voz grave e apática encheu o ambiente, fazendo todos os ocupantes da mesa sentirem um calafrio. – Onde estão todos?

- Credo tio você nem sentiu saudades do seu sobrinho preferido. – Gaara bufou ao escutar a frase. – Estão todos na sala de jantar.

- Senti, mas isso não significa que você seja ele. – O homem estava se aproximando, mas ninguém conseguia se mexer.

- Assim o senhor me magoa.

- Você é narcisista demais pra ser magoado tão facilmente. – O ruivo passou pela porta olhando em direção ao sobrinho mais velho, com um meio sorriso no rosto. – Tadaima... – Murmurou desviando a atenção para a mesa.

- Okaeri. – Responderam todos no mesmo tom.

Sasori olhou em direção a Shikamaru e arqueou uma sobrancelha, voltando sua atenção para Yashamaru, fazendo-lhe uma pergunta muda.

- Esse é Nara Shikamaru, namorado de Temari. – O castanho respondeu calmo.

- Namorado? – Os olhos opacos fixaram-se no rapaz moreno.

- Sim. – Shikamaru respondeu sossegado, arrancando um sorriso ladino do ruivo.

 - Tio, Shikamaru e eu iríamos até Londres conversar com o senhor, contar sobreo namoro. – Temari respondeu com voz contida.

Shikamaru estranhou a reação dos irmãos e de Yashamaru, ele pareciam receosos com relação à Sasori, como se ele fosse capaz de destruí-los com apenas um olhar, até mesmo Kankuro apesar da brincadeira, pareceu ficar sério ao ver a expressão do tio ruivo.

- Iam é? – Cruzou os braços. – O relacionamento está tão sério assim? E eu nem ao menos sabia o nome do “fulano”? Pra que existe o telefone se ninguém é capaz de usá-lo para mandar notícias? – A voz não havia mudado de tom em momento algum, mas para os irmãos ele parecia estar gritando.

- Desculpe-me tio, mas é que nós queríamos contar pessoalmente. – A loira abaixou a cabeça.

- Não custava ao menos ter... Como se diz? “Preparado o terreno”?  - Inclinou levemente a cabeça para o lado.

- Desculpe tio. – A loira fitou o prato distraidamente.

- Eu não achei correto fazer isso Sasori-san... – Shikamaru tomou a palavra, ainda mantendo o tom relaxado na voz, mas sem soar desrespeitoso. – Eu realmente amo Temari e não queria me apresentar a você por telefone, venho de uma família tradicional e mesmo tendo sido fortemente influenciado por costumes ocidentais, ainda prezo valores de nossa cultura.

Sasori estava sem expressão, mas seus olhos brilharam ligeiramente. Os outros encaravam o moreno, atônitos.

- Eu sei que Temari, mesmo tendo crescido no Japão, tem muitos costumes ocidentais devido ao senhor ter nascido na Inglaterra, assim como o pai dela, e isso se intensificou após a temporada que ela passou em Londres. – Fez uma pequena pausa e suspirou. – Isso me trouxe problemas, pois ela queria ligar para o senhor e contar sobre o relacionamento, mas levando em consideração a cultura japonesa, sem sua permissão nós, tecnicamente, não temos relacionamento algum, então não havia o que dizer. 

- Você é esperto rapaz... – O ruivo deu um curto riso. – Então você quer dizer que vocês não fizeram nada demais nesse tempo de relacionamento?

- Correto... No máximo nos beijamos e andamos de mãos dadas na rua. – Nara responde sem nem hesitar.

Gaara encarou a irmã com o cenho franzido e pelo olhar que recebeu viu que era a verdade. 

- Mas ela dormiu na sua casa! – A expressão de Sasori tornou-se sombria após ouvir a declaração de Kankuro.

- Exato! Ela apenas dormiu no meu apartamento, que antes que você pergunte, tem dois quartos. – Continuava calmo e isso fez Yashamaru dar um sorriso, pois nunca havia viso alguém ficar tão calmo diante de Sasori.

- E você quer que eu acredite que vocês não fizeram nada?

- Eu já disse que os meus valores são tradicionais, portando eu não faria nada. – Inclinou-se ligeiramente para frente. – Não quero ofender-lhe Sasori-san, mas não esqueça que a cultura do seu país é diferente da cultura do meu, então não desfaça de algo que você não compreende.

Silêncio.

Sasori encarava o moreno com os olhos estreitos, Shikamaru voltou a se recostar na cadeira e os outros estavam sem reação.

O som da campainha fez Kankuro levantar-se rapidamente sem falar nada e sair do recinto.

- Boa tarde Kankuro-san... – Uma voz alta e alegre encheu o ambiente, o clima pareceu ficar mais leve.

- Boa tarde. – O Sabaku respondeu um tanto confuso.

- Eu vim falar com o Shika e a Temari. – O casal finalmente reconheceu a voz e sem perceber suspiraram aliviados.

- Entre, eles estão na sala de jantar.

- Com licença.

Segundos depois um loiro passou pela porta e sorriu radiante aos presentes no recinto.

- Boa tarde... – O sorriso tornou-se envergonhado quando viu que eles estavam almoçando. – Oh... Desculpem-me ter vindo agora, não queria atrapalhar o almoço. – Coçou a nuca e sorriu fechando os olhos.

O ruivo mais velho encarou o menino loiro com o cenho franzido, ainda não tinha aceitado a petulância do “genro”, mas não continuaria a conversa com um desconhecido no recinto... É certo que Shikamaru era um desconhecido para si, mas não era para Yashamaru e nem para seus sobrinhos. Já este jovem parecia ser amigo apenas do casal.

- Não atrapalha Naruto-kun. – A loira sorriu e levantou-se para apresentar o jovem loiro aos tios. – Tios esse é Uzumaki Naruto, Naruto estes são Sasori e Yashamaru, meus tios, que são mais como pais.

- É uma honra conhecê-los. – Fez uma curta mesura.

- É um prazer conhecê-lo Naruto-kun, ouvi falar muito de você. – Yashamaru sorriu para o jovem. – Sente-se conosco e Sasori sente-se também, eu vou buscar mais pratos. – Levantou-se e saiu.

- Nã... – O loiro tentou se manifestar, mas Temari o empurrou até sentá-lo ao lado de Shikamaru.

- Nunca recuse o almoço do Yasha-jisan.  – A loira murmurou.

- Ok! – Se acomodou. - “Yasha? Apelido estranho.”   

Todos se mantiveram calados. Mesmo após o castanho voltar e servir os dois “convidados”, o clima ainda estava desconfortável demais para um almoço. Naruto percebeu que o tal Sasori estava irritado e toda a sua irritação estava “dirigida” a Shikamaru.    

- Então Naruto-kun, você é tão jovem. Não se sinta ofendido, mas quando Temari falou de você eu imaginei que fosse mais velho. – O loiro sorriu para o tio castanho de sua amiga.

- Não me sinto ofendido. Já me falaram isso muitas vezes, uma vez disseram que eu tenho uma aparência jovem demais para uma mentalidade tão velha.

- Com o Kankuro acontece o contrario ele é um velho com mente de criança. – Temari soltou, fazendo os outros, exceto Sasori e Kankuro, rirem.

- Sou um ano mais novo que você, maninha. – O castanho soltou maldoso.

- Mas não parece! – Gaara e Shikamaru disseram juntos.

Naruto riu da careta que o homem fez...

 - Onde você conheceu minha sobrinha?

Temari corou e Shikamaru deu um sorriso divertido.

- Eu conheci os dois juntos, na verdade foi um pouco assustador. – Fingiu medo. – Eu estava em um restaurante e eles estavam em horário de almoço juntos, no começo eu nem liguei para eles. No entanto eles começaram a discutir alto e quando dei por mim estava com uma tigela de macarrão na cabeça. – Gargalhou e foi acompanhando pelos outros, menos pelo ruivo mais velho.

- Quem jogou a tigela? – Gaara perguntou.

- Temari. – A citada corou um pouco mais. – Shikamaru estava sentado de costas para mim e muito inteligente, se abaixou para não ser atingido, quando viu a nossa querida loira jogar o recipiente. Só que eu estava na mira e sofri as consequências.

- E você sabe por que eles estavam discutindo? – Sasori encarou os olhos azuis do anjo.

- Não, mas depois de passar um tempo com eles, tenho certeza que deve ter sido algo sobre, preguiça ou o jeito conservador do Shikamaru. – Balançou os ombros em descaso.

– Eu até achei um pouco engraçado, afinal no tempo que estive aqui nunca tinha visto uma mulher discutir com um homem pelo jeito conservador, mas entre eles dois eu já vi várias vezes. – Sorriu. – E depois eu percebi que eles discutiam apenas por terem sido criados de modo diferente e que mesmo assim tinham várias coisas em comum. Então quando senti que já tinha liberdade o suficiente eu falei isso para eles, agora eles estão mais pacientes um com o outro.

- Você foi o cara que os juntou? – Kankuro arqueou uma sobrancelha.

- Tecnicamente eu só disse a eles o quanto era hilário vê-los discutindo iguais duas crianças. – Riu. – E que às vezes eles lembravam um casal, que briga mais não pode ficar separado. - Ficou sério. - Eles não conseguiam perceber que a pessoa não precisa ser igual à outra para ter um relacionamento com ela, ela precisa apenas amar, conversar, entender, respeitar e receber o mesmo. E isso não se aplica apenas a uma relação amorosa, mas também entre familiares e amigos.

Os que não conheciam o anjo ficaram admirados com as palavras dele, ele falava de modo calmo e sábio.

Com simples palavras ele tinha acabado com o inicio de um problema familiar, afinal Sasori, mesmo tendo simpatizado um pouco com o Nara, não estava muito disposto a aceitar de bom grado o namoro.

- Agora eu tenho que admitir: você realmente tem uma mente velha demais para um corpo tão jovem. – Sasori falou e deu um pequeno sorriso que foi retribuído de forma mais empolgada pelo loiro.

O almoço continuou de modo descontraído, eles conversavam e riam. Sasori e Shikamaru começaram a conversar sobre a história da arte, o ruivo ficou admirado com a inteligência e conhecimento do rapaz.

Naruto ajudou Yashamaru a lavar a louça, alegando ser um agradecimento pelo almoço e ao mesmo tempo um pedido de desculpas por atrapalhar um momento familiar, o homem não conseguiu negar. Gaara e Kankuro foram dar uma volta pelo bairro, para rever alguns amigos, deixando na sala de jantar apenas o casal e Sasori.    

O casal conseguiu o consentimento do ruivo, mas Shikamaru não espaçou de uma ameaça de morte, caso ele machucasse a princesa da família.

Quando todos estavam novamente reunidos na sala, Naruto finalmente revelou o motivo de ter ido visitar o casal de amigos.

- Como assim ir embora? – Temari colocou as mãos na cintura.

- Eu vim aqui a trabalho, eu disse isso a vocês quando nos conhecemos, mas agora que terminei não posso mais ficar aqui.

- Isso não significa que você vai cortar qualquer tipo de contado com a gente. – Nara apontou.

- Infelizmente no meu caso, eu não posso garantir nada. – Naruto sorriu envergonhado. – Meu trabalho não é muito convencional.

- Você é um tipo de espião internacional? – Kankuro se inclinou em direção ao loiro, com uma expressão curiosa, quase infantil.

- Não! – Arregalou os olhos. – Você precisa se libertar dos roteiros de Hollywood cara.

- Você disse que não era convencional e que talvez você não possa mais entrar em contado com minha irmã e o Shikamaru. Isso soa um pouco estranho, não acha? – Gaara cruzou os braços.

- Eu sei que é estranho, mas eu realmente não sou um espião ou algo do tipo. – Colocou as mãos nos bolsos. – Tenho certeza que um dia iremos nos reencontrar, mas não posso definir uma data certa. – Sorriu. – E por isso estou aqui para me despedir e desejar muita sorte a vocês.

Temari o abraçou e algumas lágrimas teimosas deslizaram por seu rosto...

- Passamos tão pouco tempo juntos, mas eu realmente o considero um grande amigo. – Afastou-se um pouco e secou as lágrimas. – Obrigada por tudo. Espero que de tudo certo na sua viajem e no seu trabalho.

- Temari-chan, eu fico honrado em ser considerado um amigo por você, acho-a uma mulher admirável, inteligente e forte. Você me ensinou muitas coisas com sua amizade, mesmo tendo passado pouco tempo juntos. Obrigado.  – A mulher assentiu e se afastou tentando esconder as lágrimas.

Shikamaru também abraçou o amigo e depois se afastou.

- Despedidas são problemáticas, penso que Temari já tenha resumido tudo o que eu iria dizer. – Colocou uma mão no bolso e com a outra coçou a parte de trás do pescoço. – Então só me resta dizer que você é um cara legal e que eu te admiro, além de ser grato por ter me ajudado com Temari.

- Já disse que vocês se acertariam algum dia, eu apenas acelerei o processo. Você também é um cara legal Shika, sua inteligência e preguiça ainda me deixam assustados, ‘dattebayo. – Riu. – Obrigada por tudo cara e até um dia.

- Até! – Apertaram as mãos.

Após se despedir de todos, o loiro seguiu para a Floricultura Yamanaka.   

********////********

Ino estava terminado de montar um arranjo, mas a homem que estava a sua frente lhe deixou realmente curiosa... Ele era alto, cabelos longos e negros presos em um rabo-de-cavalo baixo, olhos indiferentes. Vestia uma camisa de botões branca, uma calça jeans escura e calçava sapatênis preto. Parecia que ela o conhecia de algum lugar.  

- Itachi? – O homem olhou em direção a porta da loja, sendo imitado por Ino.

- Pirralho? O que faz aqui? – Arqueou uma sobrancelha.

- Vim visitar minha amiga... – Sorriu em direção a loura que estava atrás do balcão. – Olá Ino. – Foi até ela, inclinou-se sobre móvel e depositou um suave beijo na bochecha da jovem.

- Oi Naruto... – Disse feliz, então arregalou os olhos e riu. – É lógico! Agora eu sei de onde te conheço.

O moreno suspirou... Tinha certeza que agora aquela garota iria dar chilique e pedir um autografo, não estava com disposição para isso.

- Olha e...

- Você é parente do Sasuke-kun. – Sorriu e fechou os olhos. – Sabia que o conhecia de algum lugar, vocês se parecem... Principalmente a cara de “nada”.

O loiro gargalhou da expressão surpresa de Itachi, ninguém nunca havia falado com ele em um tom tão simples, e por que não dizer? Petulante.

- Ele é o irmão mais velho de Sasuke, lembra que ele disse que o irmão estava no Japão? – Naruto falou após controlar o riso.

- Ah... Sim... Eu me lembro. – Terminou o arranjo e entregou ao homem. – Mas e ai, o que aconteceu ontem? Eu não entendi nada. – Entregou uma caixa com cartões ao Uchiha e se virou para o anjo.

- Nada demais, o tonto do Sasuke deu um ataque estúpido de ciúme e tratou mal a Hinata-chan. – Itachi parou de procurar um cartão e começou a prestar atenção na conversa.   

- Sério? – O moreno enrugou a testa. – Meu irmão com ciúme da secretária?

O anjo assentiu e ficou sério esperando uma reação negativa do outro, mas o que recebeu foi um sorriso pequeno.

- Quem diria. – Itachi balançou a cabeça. – Por isso ele não ficou tão bravo com a Sakura.

- Quem é Sakura? – A loira indagou.

- A ex-noiva do Sasuke. – Naruto virou-se para Itachi. – E você Itachi? Pra quem são essas flores?

 - Não lhe interessa pirralho!

Naruto deu um sorriso e se inclinou em direção ao mais alto...

- Mei-chan? – Tombou a cabeça para o lado, formando uma expressão de duvida.

- Não é da sua conta! – Sibilou.

- Sim é pra Mei-chan... - Retomou a postura e se encostou ao balcão. – Ino você não acha que falta algo?

- Se eu fosse ele comprava alguns chocolates... – Encostou o indicador nos lábios. – Ou talvez uma jóia?

- Acho chocolate melhor.

- Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui. – O moreno disse irritado.

- Certo... – Os outros dois fingiram medo.

- E também não dêem palpite sobre o que eu devo ou não comprar para Mei.

- Ahá! – Uzumaki apontou um dedo para a face do homem. – Eu disse que era a Mei!

- Idiota... – O primogênito Uchiha murmurou. Puxou a carteira, pagou pelo buquê e pelo cartão.  

- Obrigada pela compra e boa sorte. – Ino sorriu radiante.

-Por nada... - Saindo.

- Hei! – Os olhos negros fixaram-se nos azuis de Naruto. – Pare de se culpar pelo passado. – Itachi estreitou os olhos. – O que passou não tem como mudar, apenas tome cuidado para não cometer o mesmo erro duas vezes. – Concluiu e deu sorriso. – Boa sorte com a Mei. – Piscou.

- Obrigado. – Sussurrou e saiu.

- Ainda não entendo como você consegue deixar as pessoas tão atordoadas. – A loira estava com os olhos ligeiramente arregalados.

- É um dom! – Fez uma pose teatral.

A Yamanaka riu...

- Ino eu vim aqui para me despedir. – Soltou de uma vez, a jovem cessou o riso.

- Por quê? Você vai viajar?

- Não...

- Então?

- Não é apenas uma viagem, eu vou voltar para minha casa. – Os olhos da jovem entristeceram.

- Mas nós ainda poderemos nos falar, não é? Você ao menos virá ao meu casamento?

- Você vai se casar? – Indagou surpreso.

- Sim, talvez na metade do ano que vem... – A expressão tornou-se mais leve. – Sai disse que nós demoramos demais para nos acertar e nos conhecemos o suficiente para casar.

- Ele é bem apressado, ‘datteba. – Arqueou uma sobrancelha. – Se é assim, eu já volto... – E saiu correndo da loja.

Ino não entendeu nada, mas poucos segundos depois o louro estava de volta e trazia algo nas mãos, a loura arregalou os olhos, fascinada.

Naruto carregava um vazo com duas rosas, as flores traziam uma tonalidade nunca vista pela jovem, as pétalas tinham vários tons de roxo e rosa, formando desenhos de espirais¹, como se tivessem sido pintadas.

- Gostou?

- Onde você conseguiu isso? – Deu a volta do balcão e aproximou-se do rapaz.

- Segredo... – Riu. – É o seu presente de casamento, eu dei o nome de rosa Ino. – Entregou o vazo a loura. – Essas duas são únicas no mundo e só poderão ser cultivadas por você e por quem você amar.    

- Isso é impossível... – Murmurou. – Eu nunca ouvi falar de algo assim.

- Não arrisque. – Alertou. – Essa será a lembrança que você terá de mim... – Sorriu radiante.

A jovem depositou o vazo no balcão e se lançou sobre o loiro em um “abraço de urso”.

- Obrigada Naruto-kun, são lindas! – A voz saiu um pouco esganiçada, pois o choro misturou-se a risada. – Eu as usarei como buquê no meu casamento.

- Espero que lhe de muita sorte. – Pausou pensativo. – Acho que tecnicamente eu estarei em seu casamento então.  – Riu sendo seguido pela jovem.

- O que é isso? – Uma voz irritada soou.

Os dois separam-se e olharam em direção a porta, deparando-se com um Sai completamente diferente do habitual, devido a sua expressão de fúria.

- Sai-kun... – A Yamanaka estava assustada com a expressão do, agora, noivo.

- Isso é uma despedida, ‘ttebayo. – Naruto respondeu calmo. – E um agradecimento pelo presente, adiantado, de casamento.

O moreno apenas arqueou uma sobrancelha...

- E pra você eu também tenho um presente de casamento. – No segundo seguinte, o louro estava segurando o homem pela gola da camisa. – Ouse fazê-la sofrer... E Sasuke acaba com você!

- Sasuke? – Sai e Ino indagaram ao mesmo tempo.

- É o Sasuke, afinal, eu infelizmente não estarei aqui, mas tenho certeza que ele não hesitará em acabar com você, se você fizer algo contra a amiga dele. – Soltou o homem.  

- Você é estranho... – Se recompôs e fez uma expressão pensativa. – Eu li em um livro que pessoas muito estranhas, são loucas, frustradas ou não humanas.

- Você deveria mudar seus gostos para livros, dattebayo! – O louro rodou os olhos. – Bom eu espero que você tenha gostado, Ino-chan. - Abraçou a jovem mais uma vez. – Obrigado por tudo e até um dia.

- Até... – Sorriu entre lágrimas e quando o rapaz se afastou, sentiu-se ser abraçada pelo noivo.

- Tchau, Naruto-kun!

- Tchau, Sai. – Acenou e depois partiu.

- O que é dattebayo? – Sai perguntou curioso para a namorada.

Ino balançou os ombros e foi cuidar de suas rosas.

********////********

O casal estava abraçado no sofá, assistindo a um filme qualquer, se perguntasse a qualquer um deles a história, nenhum saberia responder. Pois não conseguiam parar de se beijar, ou simplesmente se encarar. Sentiam-se plenos, felizes e em paz, não conseguiam pensar em mais nada a não ser o outro.

- Trabalhar para que? Isso é coisa de gente anormal! – Uma voz escandalosa os fez praticamente pular.

Naruto gargalhou das expressões de espanto de Hinata e Sasuke.

- Seu idiota, não grita minha cabeça ainda dói um pouco. – O moreno fechou os olhos e massageou as têmporas.

- É MESMO? TALVEZ ASSIM VOCÊ APRENDA A NÃO SER UM BASTARDO IRRESPONSAVEL E BEBADO. – O Uchiha encolheu-se e tampou os ouvidos, mas a voz de Naruto parecia entrar na sua cabeça.

- Naruto-kun não faça isso, por favor. – Hinata puxou Sasuke fazendo-o deitar a cabeça em seu colo e pôs-se a massagear as têmporas dele, tentando aliviar a dor do moreno.

O louro observou a cena e um sorriso terno se formou em seus lábios, finalmente sentiu que havia cumprido sua missão e poderia partir sem arrependimentos, levando desta missão apenas saudade e lições de vida.

Os observados encaram o anjo, estranhando sua expressão distante, apesar do sorriso que ele dava, seus olhos pareciam melancólicos.

- Onde você estava dobe? – Sasuke sentou-se, mas puxou Hinata para mais perto de si.

- Me despedindo. – Um sorriso triste apareceu em seu rosto. – Acabou Sasuke, você conseguiu perder o medo de mostrar seus sentimentos e eu percebi que quase não fui necessário aqui.

- Como assim? É lógico que foi necessário.

- Não, eu não fui. – Acomodou-se na mesa de centro, em frente ao casal. – Você tornou-se um bom amigo para Ino, Shikamaru, Temari, Karin e até Kiba e Shino... Eu não coloquei palavras em sua boca Sasuke, as conversas que você teve com eles foram completamente naturais. – Deu um meio sorriso. – E você pensa que eu não sei que você cobriu 80% das despesas médicas do Kiba e encobriu isso com a ajuda de Kakashi, amigo de seu tio Obito. E só não pagou tudo porque o Shino, que também sabia, resolveu bancar 20%.

O moreno apenas deu um sorriso torto em resposta, sabia que isso não ia passar despercebido pelo anjo.

- Você tem uma família que o ama e você os ama também, eu não coloquei esse sentimento aí, apenas o ajudei a “sair para a superfície”. – Olhou para a Hyuuga. – Você tem um anjo Sasuke, alguém que, na medida do possível, estava disposto a fazer de tudo por você. E mesmo sem perceber, você também sempre esteve pronto para ajudá-la. Não fui eu que os ensinei a serem assim, vocês aprenderam sozinhos.

O Uchiha começou a falar, mas um gesto do anjo o fez calar-se... 

- No final eu aprendi mais com vocês, do que vocês comigo, eu sou muito grato por isso.  – Lágrimas começaram a rolar por seu rosto. – Todos aqui me lembraram o que é ser humano, o que é amar e respeitar o próximo. Aprendi valores diferentes, cultura diferente e conheci pessoas diferentes.

Hinata começou a chorar junto do anjo...

- Mesmo como anjo eu cometi vários erros, mas de alguns eu não me arrependo, pois foram graças a eles que eu finalmente me libertei do passado e reaprendi a ter esperança no futuro... Pode parecer infantil e bobo, mas eu não ligo, pois eu me sinto uma criança, pronta para crescer e aprender... E devo isso a você, Sasuke, por mais difícil que seja admitir. – Riu, fazendo o moreno sorrir.

- Eu também devo lhe agradecer muito dobe... – Fez uma careta. – Nossa isso soou desagradável aos meus ouvidos. – Todos riram. – Você foi meu primeiro amigo verdadeiro dobe, a primeira pessoa que não teve medo de ser sincero comigo e que respeitava quem eu era, por mais que nós brigássemos... Isso é legal. – Deu um sorriso pequeno, mas sincero e recebeu um sorriso radiante.

- Isso é legal? Você ainda é péssimo em se expressar, ‘ttebayo! – Gargalhou.

- ‘Ttebayo? – Sasuke e Hinata estranharam a gíria.

- O Kiba tava contando uma história e o personagem do conto falava isso toda hora, parece que se impregnou em mim, ‘datteba! – Coçou a nuca, sem-graça.

 - Você ‘tá cada dia pior... – Sasuke murmurou.

- Eu sei. – Levantou-se. – Bom acho que eu não tenho mais o que falar. – Olhou por segundos o casal sentado no sofá. – Até um dia... – Sorriu e deu um aceno.

Hinata levantou-se e abraçou fortemente o anjo...

- Seja feliz, Naruto-kun. – A voz saiu tímida.

- Você também, Hina-chan. – Se desvencilharam. O louro olhou para o protegido e estendeu a mão. - Foi legal te conhecer bastardo, ‘ttebayo.

O Uchiha apertou a mão do outro e foi puxado para um abraço rápido.

- Também foi legal de conhecer idiota. – Os dois riram.

O casal viu o anjo se afastar. As roupas comuns se transformaram em uma toga laranja clara e suas asas brancas apareceram, o loiro os olhou e sorriu largamente.

Uma luz forte cobriu seu corpo quase cegando os outros ocupantes da sala e quando desapareceu não havia mais anjo, apenas uma pena branca que flutuou até pousar na mão do Uchiha. A única lembrança concreta que teria de seu Anjo Protetor Caído.   

Continua...


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Notas finais do capítulo

¹As desenhos nas petalas obviamente fazem alusão ao nome de Naruto!

Estava com saudade do "Dattebayo!" então não resisti em dar um jeito de colocar a giria! kkk

Bom até a próxima...

Bjins

Reviews please? *olhos brilhando*



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