O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 30
Me deixe ir...


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS! LEIAM AS NOTAS INICIAIS! LEIAM AS NOTAS INICIAIS! LEIAM AS NOTAS INICIAIS! LEIAM AS NOTAS INICIAIS!

Bom, último capítulo pessoal e sim, capítulo duplo hoje;
A partir de amanhã eu não vou poder postar mais nada até o ano que vem, lá pela metade de janeiro, por que vou estar viajando.
Mas como um pedido de desculpas já postei a terceira temporada! O primeiro capítulo pelo menos...
Segue o link:https://fanfiction.com.br/historia/772273/Olhos_Escarlates/

Escrevi esse capítulo ouvindo "Dói sem tanto" de Anavitória, acabou se tornando a música da Leah na minha cabeça kkkk

Espero que gostem...
FELIZ ANO NOVO PESSOAL ♥
Câmbio.



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Epílogo

Hospital de Forks – 7 da noite

—Como ele está? –A voz de Connor quase não pôde ser ouvida no corredor.

O doutor Carlisle olhou para dentro do quarto onde uma enfermeira cuidava das mãos de Carter, alguns dos seus dedos haviam sido fraturados e a carne de suas juntas estava dilacerada pela força que usara para socar. A parede da oficina dos Black também não estava muito melhor.

—Ele está em choque. –O vampiro respondeu. –O que houve?

Connor suspirou.

—De acordo com a alcateia, Erika apareceu em uma espécie de espelho no ar. Ela falou que terminou o que tinha que fazer, mas para nos proteger dos Volturi ela teria que estender seu tempo debaixo da água para fazer algo perigoso. –Ele olhou para o filho de forma amuada. –Ela não disse o que era... Mas deu adeus a Carter e Embry. Nenhum dos dois lidou muito bem com isso.

Carlisle decidiu não comentar nada. Ele não sabia como funcionava a ligação entre Erika e os dois garotos, mas ele tinha certeza que era muito forte. Ambos, Carter e Embry, pareciam destruídos psicologicamente. Quando deixou Embry em La Pursh teve que aplicar uma dose cavalar de anestésico para que ele dormisse.

—Deixe-o dormir por algumas horas quando sair daqui. – Falou Carlisle. –Ele vai precisar de descanso, por que quando acordar vai precisar de apoio para enfrentar o fato de que ela ter dito adeus significa que ele não pode ajuda-la a fazer o que quer que ela tenha ido fazer. Eu recomendaria um psicólogo para ajudar nisso.

Connor franziu o cenho, pensando seriamente sobre o assunto.

—Mas quem seria bom o bastante para conversar com o Carter sobre isso? Ele não poderia contar sobre todo o lado sobrenatural e seria mais estressante ainda para ele se tentasse forçar normalidade. –Falou ele, respondendo à recomendação do médico. –Não há ninguém com quem ele possa conversar.

Foi quando a expressão de Carlisle se iluminou.

—Talvez haja.

—--

No dia seguinte, bem cedo, Connor saiu de casa em direção a um local que lhe trazia péssimas memórias. A curva suave para a floresta e a entrada de areia escondiam lembranças terríveis demais para contar, mas ele achou que seria capaz disso. Ele seria, pelo bem do filho, ele acelerou o carro até a cabana no meio da floresta.

A cabana de Sam Uley.

Quando o carro parou em frente à casa, o alfa saiu, o cenho franzido em confusão.

—Connor. –Ele cumprimentou.

Connor saiu do carro olhando seriamente para o alfa.

—Eu sei que existe uma restrição a minha presença em La push... –Começou ele, desconfortável. –Mas há algo que eu preciso conversar.

Sam negou com a cabeça com um sorriso leve, indicando que a restrição não era tão importante agora e o convidou para dentro com um movimento de cabeça.

Na sala do alfa, mesmo sendo cedo, já havia parte do bando. Paul, Jared, Colin, Seth e Leah já estavam por lá, espalhados em lugares diferentes da sala. Ao olhar a única garota presente Connor sorriu, achando que não seria ruim ter uma nora tão bonita.

—Como está Embry? –Perguntou ele um segundo depois, ao notar a falta do garoto na sala.

—Está na casa dele. Ele precisa de um tempo para colocar a cabeça no lugar, então o liberei de fazer patrulha. –Sam respondeu.

Sim, fazia sentido. Desde que descobriu sobre Erika ele mesmo queria colocar a cabeça no lugar. Sempre que pensava sobre aquela menina pequena e de gênio forte que veio morar em sua casa sentia que ia morrer de preocupação. Mas ele não podia. Ele tinha que cuidar do filho e da esposa. Os seus sentimentos não eram os mais importantes na ordem do dia.

—Obrigado por isso. –Connor disse de forma polida.

—E como está Carter? –Perguntou o alfa.

Leah, mais atrás, se moveu de forma desconfortável.

—Era sobre isso que eu queria falar. -Connor respondeu.

Sam aparentou preocupação.

—Aconteceu algo com ele?

—Carter... Encontra-se em estado de choque mental.

Alguns lobisomens ofegaram, Leah, com o rosto surpreso, colocou a mão em frente à boca.

—Eu sinto muito, Connor. –Disse o alfa, tristemente.

—Ele vai precisar de um tempo para se recuperar e é exatamente por isso que estou aqui.

Os lobos se entreolharam e já cientes do que ele queria davam olhadelas furtivas a Leah. Sam franziu o cenho.

—Eu não estou entendendo. –Falou friamente.

Connor levantou o rosto de forma decidida para encarar o alfa.

—Eu estou pedindo, com toda a educação, que, por favor, libere Leah para ir ver o meu filho. –respondeu.

O queixo de Sam ficou tenso. Leah arregalou os olhos e olhou de Sam para Connor sem saber como reagir. O resto dos lobos acompanhava a discussão com expressões que iam desde desconforto a curiosidade crua.

—Carter causou dor a Leah da última vez que os dois se viram. –Sam argumentou. – Além disso, eles dois não tiveram um imprinting. Ela não tem nenhuma responsabilidade para com o Carter.

—Você está certo. O imprinting não aconteceu, mas por uma razão. Quando Leah e Carter se viram a primeira vez ele estava transformado em guardião. O manto do guardião o protege de magia externa. Magia como o imprinting. –Connor explicou.

Alvoroço aconteceu entre os lobos.

—Isso é possível?

—Um imprinting a segunda vista?

Leah se levantou de onde estava, a boca aberta, em choque.

—Por isso Leah sentiu dor. Por isso nada aconteceu. –Connor continuou. –Se eles se virem novamente, vai acontecer. Deixe-a visitar meu filho. Ele precisa de ajuda e acho que Leah pode ajuda-lo.

—Como você pode ter tanta certeza que vai acontecer? E se Leah apenas...?

—Sam. –A voz de Leah pareceu silenciar a sala. –Eu quero tentar.

—Leah! –Ele exclamou surpreso.

—Deixe-me ir. –Ela pediu. Andou em direção a Sam e olhou nos olhos dele. –Deixe-me finalmente ir.

Sam não soube como reagir ao olhar suplicante de Leah. Nenhum dos outros pareceu esperar por aquela reação da garota, ela não estava pedindo que a deixasse visitar Carter, ela pedia que Sam a libertasse. Libertasse dele. E dos sentimentos que tinham um pelo outro.

Naquele momento o jovem Seth levantou-se chamando a atenção de todos.

—Sam... Deixe minha irmã ir. –Ele disse.

—Seth...!

O alfa olhou de um irmão a outro e depois para Connor que olhava esperançoso para ele. Então fechou os olhos, suspirando levemente derrotado.

—Vá, Leah.

A loba sorriu.

—Obrigada.

Então ela deu uns pulinhos e se virou em direção ao pai de Carter, juntos os dois saíram em direção ao carro. Seth sorriu ao ver a alegria da irmã e olhou para o alfa, que observava ela ir embora com uma expressão melancólica no rosto.

—Foi o melhor, Sam. –Falou Seth. –Ela merece isso.

—É... Ela merece. –Concordou o alfa.

—--

Quando Carter acordou já era quase hora do almoço. Ele não sentiu vontade de se levantar de onde estava. Ele na verdade não sentia vontade de fazer nada.

Ele era um inútil.

Para quê ter esses poderes se ele não podia ajuda-la quando ela mais precisava? Para que servia um guardião se ele não a mantinha em segurança?

Suspirou, olhando para o teto.

No andar de baixo ele podia ouvir sua família se movendo e vivendo, mas faltava alguém. Alguém muito importante. Ela não estava ali. Sua irmã. Sua protegida. A pessoa que ele tinha que cuidar.

Ou talvez estivesse. Talvez fosse tudo um pesadelo. Talvez fosse apenas um sonho ruim.

Ele levantou da cama sentindo uma vontade urgente de ir até o quarto dela. Jogou as cobertas para o lado, se enroscando sem querer e caindo com o corpo todo no chão. Suas mãos doeram mais do que deveriam, então olhou para elas, enfaixadas.

Ah, claro. Ele havia socado uma parede.

—Meu Deus, Carter! Você está bem? –Uma voz feminina falou na porta do seu quarto.

Levantou a cabeça apenas para ver o rosto bonito de Leah Clearwater o olhando preocupado.

—Leah! –Ele ofegou surpreso.

Ela continuava parada, olhando para ele no chão, dessa vez seus olhos não estavam confusos, eles brilhavam. Ela encostou o corpo no umbral da porta, um sorriso feliz no rosto.

—Connor estava certo.  –Ela disse.

Connor? O pai dele? O que o pai dele tinha ver com isso?

Tentou se levantar para olha-la direito, mas as mãos doeram e ele gemeu. Leah se precipitou em sua direção para ajuda-lo a ficar de pé, quando ambos estavam finalmente frente a frente, Carter sorriu de lado. Leah era mais baixa que ele então teve que levantar o rosto para olha-lo.

—O que está fazendo aqui? –Perguntou.

—Seu pai foi me buscar na casa de Sam. –Ela responder enquanto tirava a poeira do chão de cima do ombro dele com uma tapinha.

—Meu pai? –O choque podia ser ouvido em sua voz.

Leah riu.

—Ele foi bem incisivo com Sam. Mas no final estava certo. –Ela levantou o olhar para ele e colocou a mão em seu rosto num carinho. –Realmente aconteceu.

Carter levou um segundo para entender o que ela queria dizer.

—Eu sou o seu imprinting?

Leah riu novamente, se sentia mais feliz do que esperava.

Ela viu as memórias de Embry, ela ouviu as histórias de Connor, ela sabia que Carter estava apaixonado por ela. Aquele adolescente do sorriso mais inocente que ela já vira na vida. Antes mesmo que ela pudesse amá-lo, ele já a amava.

E agora... Ele era a razão da existência dela.

Não culpava mais Sam e Emilly.

O imprinting era forte.

Mas desconfiava, enquanto os olhos brilhantes de Carter esperavam sua resposta, que teria se apaixonado por ele de volta mesmo sem isso.

—Sim, Carter. Você é o meu imprinting.

Carter estava exultante! Passou os braços ao redor de Leah num abraço e a girou pelo quarto, ouvindo a risada dela ao seu ouvido e as reclamações sobre como ia machucar mais suas mãos.

Erika sempre esteve certa no final.

Mas no segundo que pensou isso ele se sentiu triste.

—Ela não gostaria de te ver assim, sabe? –A voz de Leah soou frustrada, denunciando que ela percebia que ele pensava na Erika.

—Mas ela não está aqui. –Ele respondeu melancólico. –Ela parecia tão animada que nós dois ficássemos juntos. E no final ela é a única que não está aqui para ver isso.

—Carter... Erika não está morta. –Ela disse enquanto levantava a mão e passava os dedos no cabelo dele, que fechou os olhos, apreciando. –Seu pai falou que enquanto você tiver a marca do guardião, enquanto ainda puder se transformar isso significa que ela está viva. Por isso, tenha um pouco mais de fé nela.

Ele olhou para a mulher a sua frente, os cabelos curtos, a pele cor de bronze, os olhos negros que lhe encaravam com amor e preocupação. Então sorriu. O oco que sentia dentro de si e o sentimento de incompetência ainda não haviam sumido. A falta de Erika não sumiria. Mas naquele momento ele estava bem, por que Leah estava ali.

Então Carter simplesmente desceu o rosto ao dela e tomou os lábios cheios de Leah Clearwater para si.

—--

Era meio da tarde quando Dandelion saiu de casa. Ele não estava de bom humor, teria que contar a sua mulher que sua filha estava em um lugar perigoso, que algo havia dado errado em sua viagem. Ele sabia o quanto Erin amava a filha, sabia que ela ficaria devastada e se culparia por não ter ido com eles.

Mas ele estaria lá por ela. Estava tão preocupado que não conseguiu comer nada hoje. Preocupado com sua filha, seu bebê, sua bonequinha.

Respirou fundo sentindo a vontade de chorar vir mais uma vez.

Mas ele tinha que ser forte.

Estacionou o carro na areia da praia. O lugar estava cheio, mas eles dois tinham um local escondido para se encontrar. Dandelion caminhou pela areia até chegar junto às pedras, andou por entre os rochedos que eram castigados pela água do mar e esperou. Não demorou muito para que ela aparecesse linda como sempre, parecia que ela podia senti-lo.

—Dandelion. –Ela disse sorrindo.

Nadou até chegar à pedra onde ele estava e num movimento rápido se sentou ao colo dele, tomando a boca do homem num beijo apaixonado. Dandelion correspondeu com todo o amor que tinha, abraçando o corpo molhado e frio da sereia.

—Estava com saudades. –Falou ele quando separaram o beijo.

Ela mexeu a cauda de forma animada, suas escamas pareciam brilhar pela luz do sol escondida entre as nuvens.

—Me questionava quando você viria me ver novamente. Sinto-me tão sozinha desde que Rock viajou. –A sereia fez um biquinho.

Dandelion sorriu, mas ficou sério em seguida.

—Erin... Sobre a viagem... –Respirou fundo criando coragem para dar a notícia. –Aconteceu um problema. Parece que Erika vai demorar mais a voltar, ela se meteu em alguma coisa perigosa para salvar a nossa família.

Ele a encarou esperando alguma reação, mas Erin o olhava sem expressão alguma, então a cabeça pendeu para o lado e uma expressão confusa tomou o rosto dela.

—Dandelion... Quem é Erika?

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo



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