O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 16
Uma visita indesejada


Notas iniciais do capítulo

Vou casualmente jogar esse capítulo aqui e fugir. kkkk Desculpem!



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Capítulo 15

Antes de ir embora Alice me contou sobre a Bella.

—Um vampiro? No quarto dela?

Alice acenou que sim.

—Não sabemos quem é ou o que queria, mas os lobos estão trabalhando conosco para vigiar a casa dela... Sendo sincera, apenas Jacob está ajudando. O resto deles ainda não confia em nós. –Ela disse.

—Ah é?  -Meu tom de era levemente irritado. –Pode ficar tranquila, amanhã mesmo Embry estará na ronda do lado da janela de Bella ou eu não me chamo Erika McRae.

Alice riu.

—Bom, temos que ir. Próximo final de semana você vai a La Push, não é?

Eu a olhei confusa.

—Vou?

—Sábado não é a fogueira? –Ela questionou.

Era verdade... próximo final de semana teria outra fogueira, me lembro vagamente de ouvir Embry comentar sobre isso quando nos vimos a última vez. Billy Black havia tido a ideia depois que eu avisei a Leah que Seth estava perto de se transformar.

—Nossa, havia esquecido totalmente.

—Eu estava pensando em domingo você me ajudar com um projeto. –Ela disse.

—Ah, claro, tudo bem.

—Oba! Vamos ao shopping!

Vi os olhos de Jasper se arregalarem rapidamente em minha direção numa tentativa de me alertar algo, mas antes que eu pudesse entender Alice o empurrou pela janela e pulou em seguida com um “Tchau, Erika!” rápido.

Olhei os dois sumindo na escuridão.

—Hum... Estranho.

—--

Na segunda depois do colégio eu fui diretamente para a casa de Embry. A mãe dele ficou surpresa de me ver por ali, ela usava um vestido azul dessa vez e sua inseparável flor no cabelo.

—Ora, Erika! Como você está querida?

—Ah, bem Artemísia. Eu queria falar com o Embry, ele está por aí?

Ela negou com a cabeça.

—Chame-me de Artie, tudo bem? Embry saiu para ir até a casa de Jacob. Os garotos andam bastante ativos ultimamente, aconteceu alguma coisa? –Ela me perguntou.

Eu fiquei cautelosa. Não sabia se devia contar tudo a mãe do Embry, apesar de saber que ela já sabia que o filho era um lobo.

—Sim... –Comecei. –A alcateia está com uns problemas, mas não é nada com o que precise se preocupar Artie, você está segura.

—Não é comigo que me preocupo, Erika. –Ela disse suspirando por fim.

Eu sorri e me aproximei dela.

—Não fique com essa cara. Vou esperar Embry chegar aqui com você, tudo bem?

Ela sorriu e pegou meu rosto em suas mãos.

—Estou tão feliz que ele tenha você.

Sorri de volta. Naquele momento me ocorreu uma coisa.

—Eu nunca realmente contei a você sobre mim. –Falei sem me conter.

—Sobre você? - Ela franziu o cenho.

Me animei com aquilo. Artemísia ficaria maravilhada em descobrir sobre mim e seria bom ter mais alguém com quem contar. Por muito tempo eu guardei esse segredo comigo, ter pessoas em quem eu confio era uma sensação muito boa.

—Vamos... Vou contar um pouco sobre mim.

Passamos boa horas juntas e não vi o tempo passar. Quando Embry chegou mais tarde ele entrou em casa correndo.

—Erika! –Ele gritou me chamando.

Saí do quarto onde estava com a mãe dele.

—Por que os gritos? –Perguntei.

Ele sorriu e correu para me abraçar.

—Eu senti seu cheiro. –Ele explicou.

—Sim, eu vim falar com você. Espera um pouco. –Entrei no quarto novamente. –Artie, eu e Embry vamos dar uma volta, daqui a pouco estamos por aí.

Ela acenou que sim com a cabeça enquanto guardava algo na gaveta.

—Claro, querida. Tomem cuidado.

Acenei que sim com a cabeça e me despedi.

Embry parecia feliz em me ver, ele me puxou para uma trilha que ia em direção as casas da reserva, caminhamos por um tempo calados.

—Você parece preocupada, aconteceu alguma coisa? –Ele perguntou.

—Sim. –Respondi simples, seca.

Ele franziu o cenho, estranhando meu tom.

—Algo com a sua tia? –Ele perguntou novamente.

—Não.

—Com sua mãe?

—Não.

Ele parou de andar e eu acabei parando também, cruzei os braços enquanto ele analisava meu rosto a procura de uma resposta.

—Eu fiz alguma coisa?  -Ele apontou para si mesmo.

—A pergunta certa é: “O que você NÃO fez?”, Embry. –Respondi.

Ele pareceu surpreso com meu tom de voz irritado.

—Você vai ter que ser mais clara, Erika. Eu não estou... Oh, espera. –O rosto dele pareceu se iluminar e em seguida pareceu cauteloso. –Você não está com raiva por causa da Bella, está?

Arregalei os olhos.

—Será que estou? –Questionei sarcástica.

Ele fez uma careta.

—Erika, eu...

—Ela é minha amiga! –Reclamei.

—Eu sei. –Ele disse gemendo.

—O coitado do Jacob está se matando para protege-la.

—Eu sei.

—Nenhuma ajudinha, Embry! Nem uma pequenininha você deu.

—Eu sei. Sinto muito.

Ele estava de cabeça baixa.

—Tem vampiros atrás dela.

—Foi ela que se meteu com vampiros Erika, ela não devia...

—Isto não está em discussão! –Eu o cortei. –Por que ela se meteu com vampiros vocês não vão protege-la?

Ele pareceu desconfortável.

—Não é isso.

—Ela é um ser humano também, ou eu estou enganada?

—Erika...

—Será ela uma árvore? Uma pedra? Um alienígena? –minha voz aumentou umas oitavas no final.

Embry suspirou.

—Desculpe. Sam deixou a ordem em aberto, disse que podíamos ajudar se quiséssemos, mas nenhum de nós quis. –Ele explicou. –Ela sabia dos perigos quando se meteu com os vampiros.

Me aproximei de Embry e segurei seu rosto com carinho, fazendo com que ele me olhasse.

—Embry... É a minha melhor amiga. -Falei. –Não quero que ela se machuque.

Ele me segurou pela cintura me puxando para um abraço, deitei a cabeça em seu ombro.

—Você sabe que me pedindo desse jeito eu não consigo te negar nada, não é? –Ele sussurrou junto ao meu ouvido.

Acenei que sim com a cabeça e ele riu baixinho.

—Eu estava contando com isso. –Confessei.

—Manipuladorazinha barata. –Ele reclamou, mas tinha um sorriso no rosto.

Eu sorri aproximando nossos lábios, Embry aceitou o beijo me puxando para mais perto, deslizei minhas mãos pelo seu cabelo prolongando aquela sensação maravilhosa que me vinha sempre que o beijava.

—Obrigada. –Sussurrei quando nos separamos por uns segundos.

Ele continuou com os olhos fechados, a testa colada na minha.

—O que você não pede sorrindo que não faço chorando?

Nossos lábios se encostaram levemente e suas mãos fizeram um carinho na minha bochecha, era tão bom sentir Embry por perto, eu nunca realmente conseguiria ficar com raiva dele.

—Ei. –Ele levantou meu rosto me olhando com o cenho franzido. –O que é isso?

Fiquei confusa.

—O que? –Questionei.

Ele segurou meu queixo e virou meu rosto com delicadeza, olhou meu cabelo do lado direito.

—Isso aqui é novo. –Ele comentou com um sorriso.

Eu sorri também ao lembrar da mecha azul que Rock havia feito no meu cabelo, na escola todo mundo pareceu achar interessante, eu com certeza seria o assunto da semana, Angela inclusive havia me perguntado se eu não queria participar de uma entrevista para o jornal.

Neguei, é claro.

Bella pareceu a mais surpresa, ela não acreditava que eu fui capaz de fazer aquilo. Alice, ao contrário, tanto acreditava que queria tentar fazer a mesma coisa.

—Foi um presente do meu irmão. –Soltei o cabelo par mostrar a ele. –É um dos poderes dele.

Embry pegou a mecha entre os dedos e fez um cachinho, em seguida me olhou com um suspiro.

—Ficou mais linda que antes.

Eu ri sem me conter.

—Você é meu imprinted, sua opinião não é confiável! –Falei.

—Ei, como assim? Isso não vale. Minha opinião é completamente sincera. –Ele respondeu falsamente ofendido.

—Não é não. –Eu ri mais. –Faz parte do contrato que assinamos quando você me olhou nos olhos pela primeira vez. Você ainda me amaria se eu fosse coxa, desdentada e me faltasse um dos olhos.

Ele abriu a boca fingindo-se de ofendido mais uma vez, mas depois pareceu pensar melhor e sorriu.

—Você seria a pirata-banguela-manca mais linda do mundo.

Soltei uma gargalhada alta jogando a cabeça para trás enquanto ele me abraçava, também aos risos, e beijava meu pescoço.

—Me apaixono por você cada dia mais Embry. –Confessei com um sorriso.

Ele pegou meu rosto em suas mãos.

—Isso é muito bom... –Ele disse.

E beijou meus lábios mais uma vez.

—--

A semana passou mais rápido do que eu esperava, na sexta de manhã Carter amanheceu com infecção alimentar, por isso não iria a aula, acabei entrando na onda e decidi ficar em casa também, mas fiquei entediada enquanto assistia TV do lado do Carter.

Ultimamente Carter ficava bastante em casa, comendo besteiras demais, por isso ficou doente. Talvez estivesse na hora dele arrumar uma namorada?

Mas no momento em que pensei isso tive uma visão.

Carter estava andando abraçado com uma garota, ela estava de costas e tinha cabelo curto. Me parecia familiar.

Ele a beijou na bochecha e pude ouvi-la rir.

—Jesus, como você é linda! –Ele disse, num tom de voz apaixonada.

Então os dois se beijaram.

Não consegui ver o rosto dela, mas fiquei feliz que isso estivesse para acontecer.

Olhei para a cara verde dele e suspirei. Ele me encarou com uma expressão enjoada.

—Se você ia ficar com essa cara devia ter ido para a escola ao invés de ficar aqui comigo. –Ele disse com a voz monótona.

—Eu estava preocupada com você. –Respondi.

—Não fique. A culpa é toda minha. Ninguém mandou eu comer aquele seu macarrão com queijo no congelador. –Ele falou.

Soltei uma risadinha.

—Você é meu guardião, não é seu dever me proteger? Então... Estava apenas fazendo seu trabalho. –Comentei.

—Por favor, só vai procurar alguma coisa para fazer e me deixa sofrer em paz? –Ele pediu se deitando no sofá e respirando fundo como se pedisse forças.

Eu ri e decidi fazer o que ele me pedia, não contaria nada sobre a garota de cabelos curtos, deixaria o destino agir dessa vez. Fui até a escada e gritei para o andar de cima.

—ROCK?! Está aí?

Ouvi o barulho de passos e meu irmão apareceu.

—Aconteceu alguma coisa? –Perguntou ele.

Neguei com a cabeça.

—Estava pensando em ir até La Push para dar um mergulho, visitar a mamãe... Você quer vir?

O rosto dele pareceu se iluminar.

—Sim! –Ele gritou e correu para pegar alguma coisa no quarto.

Virei para Carter e sorri.

—Nós não vamos demorar muito, qualquer coisa você me liga no celular, está bem? Tia Jasmine volta daqui a pouco do mercado e papai deve chegar logo também. –Falei.

—Tsc. –Ele soou em desagrado. –Eu vou ficar bem.

Me aproximei e dei um beijo na testa dele.

—Claro que vai. –Respondi.

Rock desceu as escadas correndo e parou na sala.

—Vamos?

Nós dois saímos na moto de Carter, ele ia me contando algumas coisas sobre o mar e sobre aqueles que viviam embaixo da água, era somente uma tarde tranquila, quem poderia imaginar que tudo iria ficar complicado a partir daquele dia...?

Carter

Ow, droga.

Gemi me virando no sofá, meu estômago estava mal desde que comi o macarrão com queijo que era da Erika. Claro, isso é bom para que eu aprenda a nunca mais pegar nada dela sem pedir.

Eu podia só ir no banheiro e colocar tudo pra fora, não é? Com certeza eu ficaria melhor... Mas eu odeio vomitar. Eu já tinha tomado um remédio, então era questão de tempo até ficar melhor, eu esperaria. Fechei os olhos e me concentrei na minha respiração, até não pensar em nada mais que não fosse no ar entrando e saindo das minhas narinas.

Foi quando ouvi um barulho.

Abri os olhos em alerta, não havia ninguém em casa, então por que eu ouvia alguém andando pelo quarto da Erika? Não podia ser boa coisa. Levantei-me do sofá e senti todo o macarrão voltar pela minha garganta, meu primeiro instinto era segurar, mas tinha alguma coisa me dizendo que eu não tinha tempo para esperar o remédio fazer efeito, então virei para o lado no sofá e coloquei tudo para fora bem no vaso de vidro da mamãe. Quando terminei tive uma sensação morna pelo corpo e fiquei instantaneamente melhor, em compensação minha garganta doía e forçava mais vômito para fora só por causa do cheiro.

—Merda. –Cuspi limpando a boca.

Voltei a ficar em silêncio, mas o barulho lá em cima havia sumido, controlei minha respiração e esperei mais um pouco, os passos voltaram em seguida. Senti um arrepio na minha coluna.

Tinha alguma coisa errada.

Fiquei descalço e discretamente subi as escadas até o primeiro andar, antes que eu me desse conta eu senti meu corpo arrepiar e meus braços brilhavam prateados. Então a coisa era séria assim, hein?

Me escondi atrás da parede e tentei olhar o corredor, havia dois caras no quarto da Erika, eles estavam revirando as coisas dela.

Vampiros... Um grande e forte e outro mais magrelo.

—Ei. -O grandão falou cutucando o outro. –Não estou mais ouvindo o coração do garoto lá na sala.

O outro parou.

—Tem razão. Será que ele morreu? –Eles se olharam.

Os dois saíram do quarto, me encostei mais a parede como se tentasse me fundir a ela. Por algum motivo eles não ouviam meu coração, o que era irônico por que ele estava acelerado como um louco. Virei para descer a escada, mas antes que eu pudesse me mover o grandalhão estava bem na minha frente.

—Eh... Olha só o que eu achei. –Ele sorriu.

Eu culpo o desespero pelo meu movimento, por que, mais rápido do que eu poderia imaginar, meu punho foi de encontro a cara do vampiro, pude ouvir o som de uma pedra rachando, o rosto dele virou para o lado com força. Antes que ele pudesse se recuperar eu chutei seu flanco e ele voou batendo na parede.

—Merda! –Ele grunhiu.

No segundo seguinte o outro vampiro já estava do meu lado, rosnando. Dei um pulo para trás, em alerta, e os dois ficaram me encarando. Eu não sei de onde tinha vindo tanta força, mas eu havia conseguido derrubar um Volturi e isso me surpreendeu mais do que qualquer coisa.

—O que diabos é você? –O vampiro grande rosnou se levantando do chão e vindo em minha direção.

Levantei os punhos, mas o menor segurou o companheiro.

—Vocês devem ser os Volturi. -Falei.

—Você nos conhece então... As coisas ficam mais fáceis. –Ele disse arrumando a postura e sorrindo profissional. –Meu nome é Demetri e esse é Santiago, nós estamos aqui para ver o andamento da missão de Erika, a sereia.

Ri anasalado.

—Sei. Vocês estavam era procurando o coração nas coisas dela. –Sorri irônico. –Adoraria ajudar, mas ela já trocou de lugar.

O vampiro Santiago fez um barulhinho de irritação com a garganta.

—Você é bem informado. –Demetri sorriu agradável. –Quem é você? Uma sereia também?

Fiz uma careta.

—O termo politicamente correto é tritão. –Expliquei. –Mas não, não sou um peixe. Eu sou o cara que vai chutar a bunda de vocês vampiros se tocarem um dedo na minha prima.

—O primo da sereia... –Ele franziu o nariz como se eu fedesse. –Que adorável.

Levantei o dedo do meio com um sorriso.

—Vai a merda.

Eles rosnaram, mas não me atacaram.

—Avise a sua prima que nós passamos na cidade. –Demetri falou.

E então os dois sumiram, meus olhos ainda não eram rápidos o bastante, mas consegui vê-los saindo pela janela do quarto. Soltei a respiração que estava prendendo e baixei os punhos. As coisas estavam começando a pegar fogo.

—Erika... – Suspirei.

—--


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo



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