O Espirito do Lobo escrita por Sensei


Capítulo 14
Dia de caça




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Capítulo 13

—Você vai ficar bem sozinha? –Carter perguntou quando paramos na porta de casa.

Franzi o cenho.

—Mas não vou estar sozinha, tem o Rock. –Apontei para trás onde Rock olhava uma planta com curiosidade.

Carter arqueou a sobrancelha com uma expressão de desdém.

—O cara não sabe nem usar um chuveiro. –Ele sussurrou.

—Ah, para Carter. –Eu ri.

Ele tocou na mexa azul no meu cabelo onde Rock havia tocado.

—Ficou bonito. –Ele disse. –O cara sabe mesmo o que faz.

Nós dois olhamos na direção dele, agora ele tinha as sobrancelhas arqueadas em surpresa, ele tinha uma flor na mão e parecia achar aquilo muito estranho. Olhei para ele sentindo vontade de rir, era tão fofo o modo como tudo parecia uma nova descoberta para ele.

—Ele só está meio desinformado. Eu vou ficar bem, vamos só dar uma volta. –Expliquei.

Meu primo deu de ombros e se afastou de mim para subir na moto.

—Não deixe que todos descubram como nossa família é esquisita. –Ele disse.

Observei ele ir embora e acenei em despedida quando ele buzinou. Quando a moto já estava longe eu corri em direção a Rock.

—Vamos logo, Deus do céu, você deve estar faminto! –Falei o puxando pela mão.

Rock sorriu.

—Você não tem ideia.

Nós caminhamos sem parar até estarmos bem longe de casa, não precisava ser muito distante, mas longe o bastante para que Tia Jasmine não desconfiasse de nada. Passei o caminho inteiro respondendo às perguntas dele sobre as coisas novas que ele não entendia.

—Mas e aquela coisinha estranha com dentes na mesa? O Mini tridente. –Ele perguntou.

Olhei para o semáforo na rua pensando sobre aquela pergunta.

—O garfo? –Perguntei.

O sinal havia ficado verde, peguei a mão dele e puxei para atravessar.

—Isso, foi assim que o papai chamou. Garfo! Que coisa estranha para se usar na comida. –Ele respondeu se deixando levar por mim até o outro lado da rua. – Nós usamos como armas.

—O que? –Virei para ele.

Ele deu de ombros sem revelar mais informações.

—Podemos conversar depois do lanche, eu realmente estou com fome. –Ele pediu.

Eu abri a boca para retrucar, mas ele realmente parecia com fome. Olhei ao redor para ter certeza de onde estávamos, o consultório do dentista estava a alguns metros, havia o mercado e a placa de Forks.

—Estamos bem distantes mesmo. –Falei olhando para a placa de entrada da cidade. –Acho que aqui está bom. Você quer escolher alguma garota?

—Pode ser um cara? –Ele perguntou.

Olhei para ele chocada, mas Rock deu de ombros.

—Você não se importa? –Perguntei.

—Você está falando de comida? –Ele questionou confuso.

Fiquei um pouco vermelha com aquele assunto. Eu estava pensando em comer, mas não exatamente comida.

—Não exatamente. Eu só acho que alimentação é uma coisa muito íntima, então...

Rock pareceu finalmente entender.

—Ah! –Ele soltou uma gargalhada. –Você está falando de sexo. Bom, para falar a verdade eu me atraio por mulheres, mas também por homens, isso nunca foi nenhum problema para mim... Para falar a verdade de onde eu venho isso não é nenhum problema para ninguém. A maior parte das sereias tem parceiras mulheres, elas vivem por muito tempo então reprodução não é bem um problema. Entende?

Acenei que sim com a cabeça.

—Então você não se importa com gênero? –Questionei.

—Os homens são mais fortes para se alimentar. –Ele explicou. –Mas você se importa com isso?

Pensei um pouco sobre o assunto, não é como se eu nunca tivesse beijado uma garota antes, aconteceu umas três vezes, mas eu estava um pouco bêbada e havia feito por que o Theo havia pedido. Mas para falar a verdade eu não havia achado nada estranho.

—É só... Diferente. –Comentei.

—Então façamos assim hoje, se alimente de uma garota e veja a diferença. –Ele disse. –Não é nada estranho, nem diferente. É até bem interessante se alimentar de alguém do mesmo sexo.

Olhei para ele meio desconfiada.

—P-pode ser. –Falei.

Ele colocou a o braço ao redor dos meus ombros.

—Então vamos lá! Vamos caçar uns humanos!

Eu observei enquanto Rock, usando o termo dele, “caçava”. Eu nunca imaginei que pudesse ser tão fácil conseguir se alimentar dos humanos, era como se tudo fosse ao nosso favor. A beleza de Rock ajudou, claro, mas os poderes dele... Nós procuramos uma lanchonete onde podíamos sentar e conversar sem sermos incomodados.

—Como você vai fazer isso? –Perguntei.

Ele sorriu, o olhar sapeca cintilando.

—Você nunca atraiu eles antes, não é? –Acenei que não em resposta e ele grunhiu. –Sua tia está fazendo um péssimo trabalho, mas eu devia imaginar, você nunca passou por um Ritual da lua cheia, então não sabe atrair comida. Como você sobreviveu até hoje?

—Quando a fome começou a bater eu me alimentei de um humano. –Expliquei. –Mas depois da primeira vez eu continuei me alimentando do Embry, meu namorado.

Ele me olhou surpreso.

—Você tem um companheiro?

Sorri.

—Sim, ele é um lobisomem, estava na praia falando comigo, lembra?

Ele pareceu pensar naquilo.

—Aquele de pele escura e cabelos pretos? –Perguntou.

Arqueei a sobrancelha para ele.

—Todos os Quileutes tem pele escura e cabelos pretos. –Respondi o óbvio.

Ele sorriu.

—Exatamente. –Ele disse.

Então eu entendi. Era impossível para ele saber qual dos Quileutes era meu namorado, por que todos eles deviam parecer idênticos para Rock. Soltei uma risada sem conseguir me conter.

—Desculpe. –Falei. –Vou apresenta-lo da próxima vez que formos para a Reserva.

—O que é Reserva?

Olhei para ele.

—Deixa para lá, concentra na sua comida.

Ele sorriu achando graça da minha reação.

—Não vai demorar muito, olha ali. –Ele apontou para o lado com os olhos.

Virei na direção que ele apontava e vi três caras ali olhando para mim, eles riam e faziam brincadeiras olhando em minha direção.

—Mas ele está olhando para mim. –Falei.

—Sim, mas Ela está olhando para mim. –Ele apontou para alguém atrás de mim.

Tinha uma garota comprando um café, ela olhou para Rock e sorriu com graça, depois baixou o rosto envergonhada. Era bonita, com cabelos loiros e olhos escuros.

—O que você está querendo dizer?

—Estou querendo dizer... –Ele começou a baixar a voz. –Que você devia chamar aquele garoto para a nossa mesa e eu chamo aquela garota. Caçar juntos, lembra? Se ajudar!

Ele fez um sinal apontando de mim para ele e vice-versa. Acenei que sim com a cabeça, então eu virei para o cara e ele para garota e ao mesmo tempo nós sorrimos e os chamamos com a mão. Os amigos dele começaram a comemorar dando batidinhas no ombro dele, enquanto que a garota arregalou os olhos apontou para ela mesma como se não acreditasse que era com ela que meu irmão estava falando.

Eles se aproximaram da nossa mesa.

—Querem sentar? –ofereci.

—Vai ser um prazer dividir a mesa. –Meu irmão falou.

Nós sorrimos um para o outro... Cúmplices.

—--

—Vocês... Arf... Eu... –Ela suspirou.

Eu sorri enquanto lambia o pescoço dela com delicadeza.

—Tudo bem linda, não precisa dizer nada. –Respondi.

Ela acenou com a cabeça levemente.

Estávamos num beco, atrás da lanchonete, a garota falou que alguns adolescentes costumam marcar encontros ali, para fazer algo parecido com o que fazíamos agora. Não foi nada difícil convencer os dois a nos seguirem, eles pareciam cada vez mais confusos e apaixonados a cada palavra que eu e meu irmão proferíamos... Me sentia como uma succubus. Quando chegamos ao beco nós trocamos os pares, o garoto empurrou meu irmão contra a parede e eu puxei a garota pela cintura.

Levantei o rosto levemente e vi Rock aos beijos com o carinha, que se chamava Peter aliás, uma linha fina de prateado saindo dos lábios do garoto em direção a boca do meu irmão. Era estranhamente sexy de ver aquilo. Virei meu rosto para a garota e abri seus lábios levemente, queria me alimentar também.

—Você é bonita... –Ela disse sorrindo, quase bêbada.

—Obrigada. –Sorri de volta e aproximei nossos lábios.

—--

Olhei de um lado para o outro na rua e puxei a mão de Rock para atravessarmos.

—Para quem nunca passou por um ritual da lua cheia você até que você caça bem. –Ele falou com um sorriso convencido.

Bufei.

—Cala a boca.

A risada dele foi alta.

—Você é engraçada, Erika.

Nós fomos caminhando de volta até pararmos em uma pracinha perto da lanchonete e sentamos num banco. Lembrei da cara que o garoto tinha feito quando se despediu de nós, o coitado parecia duvidar de sua própria sexualidade.

Soltei uma risadinha ao lembrar disso.

—O que foi? –Rock perguntou.

—A cara do Peter... –Ri novamente.

Rock sorriu.

—E você? Como foi a experiência de beijar uma garota?

Sorri.

—Não foi tão ruim como eu pensava. –Respondi sincera. –É mais delicado, o que não deixa de ser bom. Sei lá Rock!

Ele riu novamente.

—Certo... Certo... Você vai repetir a dose no ritual da lua cheia mesmo. –Ele comentou.

—Que ritual é esse Shamrock? Por que você disse que a nossa mãe ficaria com raiva por eu ainda não ter passado por ele? –Questionei me virando para vê-lo.

Ele se arrumou no banco como se fosse me fazer uma longa explicação.

—O ritual é... Hum... –Ele olhou para o lado como se procurasse palavras para me explicar, mas naquele momento seus olhos se arregalaram de pavor e ele levantou as pernas colocando no banco. –GATO!

Virei assustada na direção em que ele olhava. Havia um gato, parado numa pequena construção de pedra olhando em nossa direção fixamente, seu rabo se movia levemente se um lado para o outro.

—Você tem medo de gatos?! –Perguntei chocada.

—E VOCÊ NÃO?! –Ele praticamente gritou, desespero estampado no rosto. –Eles comem peixes, Erika! PEIXES!

—Eu sei disso! –Respondi surpresa com aquela reação.

Naquele momento o gato pulou para o chão.

—Ah! Por Netuno! –Ele disse.

Em seguida Rock deu um pulo do banco e correu para atrás dele, como se quisesse colocar alguma coisa entre ele o bicho. Soltei uma risadinha nervosa, o bichano veio rebolando em minha direção e se enroscou em minha perna.

—Rock, é só um GAAAAATO!

Aquele desgraçado mordeu minha perna! Meu grito chamou a atenção das poucas pessoas ali por perto.

—Eu avisei! –Rock disse assustado. –Eles comem peixes.

Empurrei o gato com um chute e ele voou. Depois de aterrissar ele correu novamente em nossa direção com um longo e aterrorizante Miau.

—Ah meu Deus! CORRE ROCK!

Ele não esperou que eu dissesse mais nada e correu. Fui na direção contrária a dele e o bicho me seguiu, pulei um banco meio em desespero, tropecei numa pedra e pulei para me pendurar num galho.

—Socorro! – Gemi.

Meio desajeitada consegui subir na árvore e quando olhei para trás tinha uma garota me olhando como se eu fosse louca, o gato parado aos pés dela, com aquela cara falsa de anjo, mexendo o rabo para lá e para cá, com certeza esperando a melhor oportunidade para me comer.

Cínico!

—Você está bem? –A garota perguntou.

Ela tinha uma pele bem clara e cabelos lisos, seu rosto tinha traços orientais, os olhos levemente puxados e de uma cor escura, carregava uma mochila nas costas.

—Fica longe dessa coisa! –Falei. –Ele é perigoso!

Ela olhou para o gato e depois para mim.

—É só um gato. –Ela respondeu.

Arregalei os olhos.

—Foi exatamente isso que eu disse antes dele tentar comer a minha perna. –Avisei.

Ela riu e empurrou a criatura com o pé.

—Xô, vai embora. –Ela disse. –Vai!

O gato pulou para longe e correu para o mato.

—Tem certeza que ele não está apenas se escondendo para me atacar quando eu descer? –Questionei.

Ela me olhou com o cenho franzido como se dissesse: WTF? Mas andou em direção a moita onde o gato tinha entrado e empurrou as folhas para me mostrar que não tinha nada ali.

Suspirei aliviada.

Desci da árvore meio desajeitada e virei para a minha salvadora.

—Obrigada! –Estendi a mão para ela. –Meu nome é Erika McRae.

—Terumy Okano. –Ela respondeu e apertou minha mão.

E como se não fosse novidade uma visão me tomou.

“Era Terumy, ela estava caminhando comigo em direção a casa de Emily.

—Você vai adorar, eles são iguais a você, vai se sentir em casa! –Eu falei a puxando em direção ao chalé.

—Não sei não, Erika... –Ela respondeu.

Então a matilha saiu do chalé para nos receber e Terumy travou me puxando para trás, seus olhos estavam nos lobos, arregalados de surpresa.

Os lobos todos olharam para o recém-chegado na matilha que sorria de modo reverente.”

Soltei minha mão da dela com surpresa. Ela seria uma imprinted! Eu havia acabado de conhecer uma imprinted da matilha.

Terumy parecia uma garota legal, tinha um sorriso esperto e um sinal no queixo que a fazia parecer atrevida. Usava uma camiseta com um desenho de um panda e tênis all star... Acho que poderíamos ser amigas.

—É um prazer conhecê-la, Terumy Okano. –Respondi sorrindo. –O que você acha de eu te pagar um lanche para agradecer por ter me ajudado?

Ela abriu um sorriso malicioso.

—Você vai se arrepender por ter me chamado, eu como muito. –Ela avisou.

—Não tem problema. –Eu ri. -Eu só preciso achar o meu irmão...

—--

Rock não estava muito longe afinal de contas... Ainda bem. Ele havia voltado para o banco onde nos separamos quando me perdeu de vista.

—Por Netuno Erika! Eu achei que ele tinha matado você! –Ele me abraçou com força quando nos encontramos.

Terumy riu.

—Vocês realmente detestam gatos. –Ela comentou.

—Aquilo não era um gato! Era uma criatura vinda diretamente do fogo do inferno! –Respondi seriamente.

Ela soltou uma gargalhada.

Avisei a Rock que iriamos comprar um lanche para a Terumy em retribuição por ela ter me salvado e ele pareceu feliz em nos acompanhar. Ele ofereceu beijá-la em agradecimento, mas ela achou que ele estava brincando, então recusou.

Eu somente ria de nervosa com o comportamento daquela criatura.

—Você mora aqui? –Perguntei a Terumy.

Ela acenou que sim com a cabeça arrumando a alça da mochila nos ombros.

—E tem alguém louco o bastante para visitar essa cidade? –Ela brincou.

Sorri.

—Verdade. Muito frio, não é? –Comentei.

—Até que não. –Ela olhou para cima, o céu pesado de nuvens. –Eu acho bem agradável.

—Gosta de frio? –Questionei.

Olhei bem para ela e notei, ela realmente não parecia estar sentindo frio, a camiseta era de um tecido fino e ela estava usando um short curto. Como ela aguentava sair de casa sem um casaco?

—Gosto. Acho que me acostumei desde que me mudei para cá. –Ela disse.

—Eu quase não consigo senti-lo. Debaixo da água é diferente. –Rock comentou.

Arregalei os olhos.

—Você é nadador? –Terumy perguntou.

Acenei que sim com a cabeça rapidamente e segurei o braço de Rock com força.

—Quase isso. –Falei. –Você disse que se mudou? Quando foi?

—Ano passado. –Ela respondeu. –Papai falou que Forks era um bom lugar, que eu encontraria amigos se soubesse onde procurar.

Caramba, aquela frase ecoou na minha cabeça. Olhei para Rock e ele olhou para mim, como se estivéssemos pensando a mesma coisa.

—Seu pai parece um humano muito sábio. –Rock falou.

Terumy sorriu.

—Ele é legal. –Ela respondeu.

Nós chegamos rapidamente na lanchonete, Terumy estava certa, ela comia muito! Eu fiquei chocada com a quantidade de comida que aquela criatura ingeria. E como que ela era tão bem feita de corpo? Como ela não engordava? COMO? Ela quase parecia um Quileute de tanta comida! Pra onde todo aquele negocio ia?

—Você é realmente forte, não é? –Rock perguntou olhando assustado para a sacola com comida que a Terumy segurava.

Ela deu de ombros.

—Papai sempre diz que temos que nos alimentar bem para ficarmos fortes.

—E sua mãe? –Perguntei.

—O que tem ela?

—Bom, é que você só fala do seu pai, então...

—Ela é legal também. –Respondeu simples e colocou um pedaço de sanduíche na boca.

Naquele momento uma voz nos chamou do outro lado da rua.

—ERIKA!

Nós viramos os três juntos e Alice vinha arrastando Jasper pela mão. Acenei para ela.

—Ei, quer saber de uma coisa? Eu tenho que ir pra casa agora. –Terumy falou.

—O que? Mas já? –Falei tristemente.

Ela sorriu nervosa.

—Minha mãe vai ficar preocupada. –Ela levantou a sacola. –Valeu pela comida.

Então virou as costas e correu bem no momento que Alice e Jasper chegaram até nós.

—O que deu nela? –Rock perguntou.

Não havia entendido também, ela praticamente fugiu de nós. Virei para os Cullens.

—Hey Alice. –Cumprimentei ela e apontei para o Rock. –Esse daqui é o...

—VAMPIRO! –Rock praticamente rugiu.

Ele me puxou para detrás dele quase me derrubando, se colocou entre mim e Alice numa posição de ataque, eu sentia a água ao nosso redor vibrando reagindo a raiva dele. Alice se afastou assustada e Jasper se colocou em sua frente com um rosnado para protege-la do meu irmão, aquilo estava se tornando uma batalha.

—Jesus Rock, pare!

—Não Jasper, espere.

Eu e Alice os seguramos.

—O que a sua tia anda fazendo que não te ensinou a ameaça que essas criaturas representam? –Rock perguntou num tom de voz duro, sem sair da posição de ataque.

Jasper e Rock não tiravam os olhos um do outro, mas também não avançavam por que eu e Alice os segurávamos. Olhei ao redor, aquele teatro já começava a chamar atenção.

—Eles são meus amigos Shamrock! Pare com isso. –Pedi sentindo vergonha.

Rock virou seus olhos para mim, uma expressão de choque no rosto.

—Amigos?! AMIGOS?! Eles são vampiros Erika! –Ele sussurrou letal e segurou meus ombros com força. –Eles não podem ser amigos.

—Mas esses são! –Empurrei seu braço com força também. –Pare com isso!

Ele fez uma careta.

Olhou para Alice e Jasper, em seguida para mim e virou as costas indo embora. Fechei os olhos com pesar sabendo que tinha feito merda. Rock não entendia tudo, ele havia acabado de chegar em terra firme.

—Rock! –Chamei.

Mas ele não virou.

—Desculpe Alice, Jasper. –Falei acenando em despedida.

—Tudo bem. –Ela disse com um sorriso pequeno. -Cabelo legal, aliás.

Eu sorri em agradecimento.

Então eu corri para acompanha-lo.

—Rock, você não entendeu...

—Tem alguma coisa seriamente errada aqui Erika. –Ele parou e virou para mim, sua expressão era dura. –Você não sai na lua cheia, não foi ensinada a caçar, não conhece o perigo dos gatos e é amiga de vampiros! Mamãe estava certa, seu lugar é ao nosso lado, você corre perigo em terra.

Então virou as costas e continuou andando. Fiquei ali parada, em choque.

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo



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