Meu Verdadeiro Amor escrita por queenlyAisling


Capítulo 7
Sentimentos que Confundem


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus amores ♥
Como vocês estão?
Okay, okay. Talvez estejam se sentindo aborrecido(a)s comigo, sim? Por favor, me perdoem *.*
Eu tinha vários planos para estas férias, planos de postar mais regularmente, mas não deu certo. Na verdade não foi por preguiça minha. Minha família está passando por um problema que muitas passam, meu avô está bem ruim de saúde e vocês sabem como é. Tira o foco, pois a gente acaba se preocupando e tudo mais. Na verdade minhas férias foram até meio cansativas e enfim.
Pensem que não demoraria senão tivesse uma razão, eu me importo com vocês e não abandonarei a história. Espero conseguir atualizar em breve.
Boa leitura ♥



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— Então vocês se desentenderam por minha causa? — indagou Elsa com um olhar preocupado

— Não, Elsa! Claro que não.

Negou Anna rapidamente se reprovando mentalmente por ter citado a respeito da flor. Depois de chorar para fora toda a dor que as palavras de Kristoff haviam lhe causado, Anna permanecera quieta e Elsa não a pressionara. Ela sabia que a irmã deveria estar morrendo de vontade de saber o que havia acontecido, mas Elsa continuara aguardando até que a princesa estivesse pronta para falar.

Elsa havia lhe dado colo, conforto, consolo, carinho e apoio, porém Anna sabia que em determinado momento teria de explicar o que ocorrera. E foi o que a princesa fez quando sentiu que tinha chorado o suficiente.

Obviamente Anna omitira a maioria dos detalhes envolvidos. Anna dissera que Kristoff e ela tinham se desentendido porque ela havia retornado ao castelo sem avisá-lo deixando-o preocupado. Ela não mencionou a parte em que o rapaz a acusara de não dar importância a ele, nem a parte em que Kristoff repetira que a amava e esperava a sua resposta a respeito do que sentia por ele, e muito menos sobre ele ter mostrado para Anna que ela pensava em Elsa sempre, inclusive em momentos que deveriam pertencer ao seu amante.

Perdida em uma reflexão profunda Anna não notou que Elsa a encarava a espera de uma resposta. Uma mão macia pousada em sua face despertou a princesa de seus pensamentos. Quando olhou na direção da irmã se viu de frente com dois olhos azuis que a olhavam com ternura. A princesa sentiu seu peito aquecer, aqueles olhos faziam-na sentir tantas coisas diferentes. Um olhar que aquecia seu interior, que fazia cada pedacinho de seu ser vibrar, que fazia com que Anna se sentisse um pouquinho mais viva quando os olhos azuis de Elsa paravam nos seus.

— Anna, eu sinto muito.

— O que? Pelo que? — perguntou Anna confusa

A princesa lamentou a partida da mão de Elsa.

— Eu amei seu gesto de me trazer a flor, de verdade, Anna. Mas talvez você devesse ter esperado até voltar para casa, talvez assim não tivesse ocorrido o desentendimento entre vocês.

A força que Elsa estava fazendo para proferir aquelas palavras parecia descomunal em seu peito. Ela estava mentindo e sabia disso. A rainha havia adorado que Anna tinha sido Anna. Que a princesa tinha agido de acordo com sua personalidade e levado a flor no momento em que a encontrou apenas porque queria que a irmã a recebesse no momento em que fora encontrada.

Elsa entrelaçou suas mãos e respirou profundamente.

— Anna-

— Você gostou mesmo? — perguntou Anna impedindo de completar o que diria

A expressão apreensiva derreteu do rosto de Elsa dando lugar a um sorriso feliz.

— Eu amei, Anna. — respondeu com um brilho especial nos olhos — Foi o presente mais especial que já ganhei.

Um genuíno e satisfeito sorriso se formou na face de Anna.

— Eu fico feliz. Elsa, eu precisava te entregar naquele exato momento! Simplesmente não podia ser depois, eu não sei...

O sorriso e as palavras de Anna vibraram o coração de Elsa. A rainha acariciou a face da irmã com ternura.

— Oh, Anna, você é tão doce e gentil! Sempre me fazendo feliz não importa o que, mas — ela ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha da princesa e escorregou os dedos lentamente pela trança. — eu não quero que você se prejudique por minha causa.

— Me prejudicar? — repetiu a ruiva

— Bem, Anna, eu não consigo deixar de pensar que se você não tivesse trazido minha flor naquele momento com o intuito de me agradar, você e Kristoff não teria brigado e você não teria chegado em casa como chegou, você estaria feliz agora.

— Elsa, pare de se culpar, okay? Em primeiro lugar eu não trouxe a flor apenas para te agradar, quero dizer sim! Mas não apenas isso. Eu trouxe a você no momento em que a vi porque era importante que fosse naquele exato momento, não depois. Ela estava lá tão bela e diferente das outras que já vi, era única. — Anna refletiu um momento, como se recordasse do instante em que encontrou a flor. — Assim que a vi, pensei em você, Elsa. Não que eu já não estivesse pensando, pois eu penso o tempo todo e é algo que realmente me agrada na verdade, então qual o problema? Além do mais eu não poderia fazer nada a respeito, não é como se eu pudesse controlar de qualquer forma, eu até tento sabe? Eu tento pensar em outras coisas, mas quando percebo seu sorriso ou sua voz estão aqui na minha cabeça, e eu fico querendo estar perto de você. Seus olhos são tão lindos e seu olhar me faz sentir coisas, eu não entendo e-

Anna parou de falar quando notou que pequenos flocos de neve caiam sobre a cabeça de Elsa, a temperatura parecia um pouco mais baixa no quarto e a princesa percebeu que talvez estivesse falando demais. Ela fitou a irmã que estava visivelmente corada e não emitia qualquer palavra.

— Elsa? — chamou a princesa em voz baixa — Elsa? Você está bem?

— Sim, sim. Eu...

— Está nevando na sua cabeça. — comentou Anna com um sorriso

— O-o que? Oh não! — a voz de Elsa saiu alarmada

Com um sinal sutil de sua mão direita a rainha puxou seus poderes de volta deixando-os sob controle.

— Eu sinto muito, Anna. Às vezes minha magia age sem meu consentimento.  Eu prometo ter mais cuidado, eu-

A princesa pousou suas mãos gentilmente sobre as mãos da rainha.

— Está tudo bem, Elsa. Foram apenas pequenos flocos de neve. O tipo de coisa fofa que você e seus poderes fazem.

— Mas poderia ter sido diferente. Poderia-

— Mas não foi. — interrompeu Anna — Eu confio em você. Além do mais, isso foi minha culpa.

Elsa a encarou confusa.

— Sua culpa?

— Sim, eu acho que falei coisas demais e... Sua magia falou por você. A ligação entre vocês é muito forte, não é?

—Você sempre fala coisas demais, Anna. — observou Elsa em tom de brincadeira

— Que malvada, você, minha rainha! — rebateu a ruiva

Os sentimentos e emoções de Elsa eram intimamente ligados a seus poderes, ela sabia disso. Sua magia refletia o que se passava em seu interior e, em certos momentos, a rainha perdia o controle sobre seus poderes e eles se manifestavam de alguma forma. Devido seu estado atual de paz interior e por ter alcançado uma boa relação com sua irmã e seu reino, as manifestações, quando ocorriam, eram sutis e inofensivas. Mas Elsa não se esquecia do quão mortal seus poderes podem ser se suas emoções estiverem fora de controle.

— Minhas emoções estão sim ligadas a meus poderes, é como se minha magia sentisse como me sinto e... — ela suspirou — É como se ela se manifestasse quando eu perco o controle do que estou sentindo. Por isso que tenho medo de me perder novamente, de machucar você, Anna.

— Está tudo bem, Elsa. Já disse que confio em você. Apenas confie em mim também, certo? Sua magia está bem, nós estamos bem. — tranquilizou a princesa

Com um balançar de cabeça, Elsa concordou e não disse mais nada. Ela baixou o olhar e fitou o local onde as mãos de Anna estavam. A princesa permanecera segurando suas mãos e agora traçava suaves círculos fazendo a rainha se sentir levemente mais relaxada. Porém as palavras que Anna dissera anteriormente não saiam de sua cabeça e ela se perguntava a que coisas sua irmã se referira ao dizer o que disse. “Seu olhar me faz sentir coisas...” ela ouviu a voz de Anna repetir em sua cabeça.

Elsa não fazia ideia, mas Anna estava pensando exatamente a mesma coisa. Tentava entender o significado de suas próprias palavras e de todos os confusos sentimentos que se intensificavam em seu interior cada vez mais.

— Elsa, eu...

Anna chamou a atenção da irmã e mais uma vez se perdeu na profundidade de seus olhos azuis, era tão fácil para ela se perder naquele olhar e querer ficar. Ao olhar para os lábios de Elsa, Anna lembrou-se da noite de seu aniversário quando beijou acidentalmente o canto de sua boca. Seus batimentos aceleraram e o desejo repentino de beijar a boca de Elsa confundiu Anna. A princesa não queria repetir o acidente de seu aniversário, ela não queria apenas o canto da boca de Elsa. Naquele momento ela ansiou por beijar os lábios de Elsa da mesma maneira que beijara Kristoff.

A cabeça de Anna deu voltas e ela lembrou-se das palavras que ouvira mais cedo de Kristoff. Estaria ele correto? Ela se perguntava.

— Anna, tem algo errado? — perguntou Elsa trazendo a princesa de seus pensamentos.

Depois de piscar algumas vezes, Anna desviou o olhar dos lábios de Elsa e saltou abruptamente da cama.

— E-eu tenho que fazer uma coisa!

— Que coisa?

— Eu não sei, qualquer coisa! Não posso estar com você agora.

— O que?

— Você é um perigo, quero dizer, eu sou um perigo! Você é incrível! Eu...

Dizia Anna andando de um lado para o outro, agitando os braços enquanto falava.

— Anna do que você-

Elsa tentou falar, mas foi interrompida por Anna.

— Não, Elsa! Eu não entendo isso. Deuses, eu não consigo entender! Será que? Eu realmente preciso ficar sozinha. — disse Anna seguindo para a porta do quarto — Sinto muito. — falou, fechando a porta em seguida.

Elsa encarava a porta e se sentia confusa, sem entender a razão da perturbação repentina de Anna. A rainha ficou de pé e seguiu até a porta, decidida a ir atrás da princesa, mas ao tocar a maçaneta hesitou. “Ela disse que precisa ficar sozinha.” Sua voz mental lhe lembrou.

Com um suspiro resignado, Elsa deixou sua mão cair da maçaneta.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Caso sintam-se a vontade, digam-me nos comentários o que acharam do capítulo. Amo nossas conversas.
Bejokas