Meu Verdadeiro Amor escrita por queenlyAisling


Capítulo 6
Palavras que Pesam


Notas iniciais do capítulo

Oii, meus cookies o/
Como estão?
Então, sei que havia prometido que sairia um pouco antes, mas tive alguns imprevistos. Desculpem-me *.*
De qualquer forma aqui vai, fiquei meio tristinha pela Anna, porém mágoas fazem parte da vida, certo?
Boa leitura ♥

Ps.: Títulos como sempre me enlouquecem >—<, eu sofro ao finalizar um capítulo escolhendo como ele se chamará. Embora o título escolhido traduza bem o que há no texto, eu não estou plenamente satisfeita, mas okay.



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O dia estava quente e agradável, pássaros cantavam ao longe, o sol brilhava por todo o reino de Arendelle aquecendo e iluminando o povo que iniciava suas atividades. Esse era o tipo de dia perfeito para Anna, ideal para passear pela cidade. Perfeito para se aventurar em alguma atividade pelas docas ou explorar pelos campos da floresta encantada dos trolls.

De seu cavalo Anna lançou um olhar para trás e viu o grande castelo diminuindo à medida que se afastava.

— Não sei por que você trouxe seu cavalo, poderíamos muito bem ir juntos no Sven. — comentou Kristoff atraindo sua atenção — Ele ficou magoado, sabe? — brincou

Sven entrou no jogo confirmando com um balançar de cabeça.

— Mas se eu estivesse sem meu cavalo quem venceria a corrida? — perguntou Anna com uma piscadela de olho

— Que corrida? — retrucou o rapaz

Entretanto a tal corrida aparentemente já havia começado e Kristoff e Sven estavam perdendo.

Anna incitava seu cavalo a ir mais rápido e curtia a sensação do vento batendo contra sua face, ela sorriu. Fazia algum tempo desde a última vez que montara, pelo menos simplesmente por prazer e sem qualquer preocupação. A última vez fora para tentar trazer Elsa de volta da montanha do Norte, mas ela sacudiu a cabeça afastando as memórias.

A princesa sentia que precisava de um pouco ação, ela queria fazer algo que ocupasse sua mente e desviasse os pensamentos que se tornavam cada vez mais recorrentes. “O que será que Elsa está fazendo agora? Aposto que ela aproveitará minha ausência para se enfurnar naquele estúdio e ficar trabalhando o dia todo, aquela teimosa! Não sabe se divertir ou descansar. Se eu estivesse com ela agora...”.

— Espero que seu cavalo goste de comer poeira, Anna! — gritou que Kristoff que acabava de ultrapassá-la

Anna segurou os arreios com força e já se preparava para acelerar quando avistou um campo de flores totalmente diferentes de qualquer outra flor que já tivera contato. Ela se aproximou das flores e desmontou do cavalo.

— Que lindas! — comentou maravilhada — Nunca tinha visto destas antes...

Com pétalas suavemente alongadas e curvadas e uma coloração azulada com extremidades brancas, a flor chamou a atenção da princesa por não ser semelhante a nenhuma outra que havia no jardim Real.

— única e bela, assim como ela... — murmurou traçando os dedos com delicadeza pela extensão da flor.

Sempre impulsiva e determinada, Anna nem pensou duas vezes quando apanhou uma das flores, e decidiu que deveria entregar a Elsa imediatamente. E lá se foi ela em direção ao castelo, retomando o caminho que fizera. Além de impetuosa, Anna às vezes costumava ser desatenta e, quando colocava uma ideia na cabeça, esquecia-se de certos detalhes. Justamente por isso ela nem se preocupara em avisar Kristoff que daria uma passada no castelo, e o jovem homem nem havia notado que a princesa tinha ficado para trás já que ele estava bastante à frente devido a tal corrida.

Ao chegar às dependências do castelo, Anna esbarrou com Olaf a caminho do jardim e pediu-lhe que entregasse a Elsa a delicada flor.

— Você não gostaria de ir comigo, Anna? — convidou o boneco animadamente

— Sim, mas eu não posso. Apenas diga a ela que relaxe e que nada de trabalhar por hoje.

— Puxa, é uma bela flor! — exclamou Olaf

Com um balançar afirmativo de cabeça e um olhar sonhador, Anna sorria enquanto pensava “Assim como a Elsa.”.

— Pensando na Elsa, Anna? — indagou Olaf com um olhar curioso

— Sim.

Confirmou Anna quando de repente arregalou os olhos ao perceber que as palavras haviam saído de sua boca sem permissão. Um calor sutil se espalhava pela face da princesa. Ela se abaixou na altura do boneco de neve e pediu.

— Diga a Elsa que mesmo que não estejamos juntas, ela está sempre em meus pensamentos.

Abraçou Olaf com ternura e montou seu cavalo seguindo para fora dos portões do castelo.

Não levou muito tempo para que Anna encontrasse Kristoff vindo em direção oposta. Seu semblante parecia preocupado.

— Anna, o que houve? Você está bem? — perguntou ofegante

A princesa ofereceu um sorriso tranquilizador.

— Estou bem, Kristoff. Eu apenas dei um pulo no castelo-

— No castelo? E por quê? Quando percebi que você nunca se aproximava de mim, eu voltei e não a encontrei e acabei ficando preocupado. O que você foi fazer? — interrompeu ele

— Eu sinto muitíssimo, Kristoff! — lamentou Anna — É só que quando eu estava prestes a te ultrapassar na corrida eu vi essa flor e ela era tão incrível e especial! Lembrei-me da Elsa e achei que ela precisava vê-la, então-

— Então você voltou para o castelo sem nem ao menos me avisar? Eu fiquei preocupado. — interrompeu Kristoff novamente

— Me perdoe, Kristoff. — pediu a princesa se sentindo culpada

— Tudo isso por uma flor? Apenas porque você achou que sua irmã precisava ver uma simples flor?— questionou em tom exasperado — Não te ocorreu me avisar que faria isso? E nós apenas tínhamos acabado de sair do castelo, será que não dava para esperar até retornarmos, Anna? Qual o motivo de tanta pressa?

A culpa que momentos antes cutucava o interior de Anna deu lugar a raiva quando Kristoff passou a falar da flor como senão fosse algo importante, Anna se sentiu chateada e irritada, pois as palavras de Kristoff desmereciam tudo que ela sentira ao encontrar a flor. Talvez não fosse a intenção de Kristoff, mas Anna sentia o desprezo no tom daquelas palavras.

— Não fale desse jeito! — replicou ela — Não é uma simples flor! Foi algo importante para mim! — sua voz soava aborrecida

— E o que sobre a Elsa não é importante para você, Anna? — debochou — E quanto a mim? Eu não sou importante?

— Eu não posso acreditar! Você realmente quer que eu escolha entre você e minha irmã?

— Não, Anna, não é o que quero. Ate porque está bem claro qual é a sua escolha! — cuspiu ele

—Isso é tão injusto, Kristoff. Você e Elsa representam coisas diferentes para mim!

— Sim, você a ama porque ela é sua irmã. Mas e quanto a mim? Porque se bem me lembro eu disse algo importante a você em seu aniversario e simplesmente...

Kristoff desceu das costas de Sven e caminhou alguns metros como se estivesse refletindo. A rena tinha em sua face uma expressão apreensiva como se sentisse na pele toda a tensão daquela situação.

O vendedor de gelo virou-se para Anna e a encarou.

— Eu amo você, Anna. E quanto a você? Você me ama?

Aquela não havia sido uma simples pergunta. Por trás daquelas palavras havia uma necessidade de confirmação. Anna era capaz de sentir na intensidade do olhar de Kristoff e no tom de sua pergunta que ele esperava um sim mais do que qualquer outra coisa. Um nervosismo tomava conta da princesa e ela sentia em interior como se estivesse prestes a dar uma má noticia a alguém muito querido.

— E-eu — balbuciou ela

Nem foi preciso Anna tentar falar novamente, ela conseguiu ver decepção e tristeza nos olhos castanhos de Kristoff.

— Você não se sente da mesma forma...

— Kristoff, você não decide quando vai amar alguém. Eu-

— Amor não se escolhe, se sente. Eu sei. — interrompeu ele — Diga-me, Anna, você costuma pensar muito em mim? Você pensa em mim quando ficamos sem nos ver ou fica contando os minutos para nos encontrarmos? Eu sou a última pessoa que você pensa antes de dormir? A primeira que vem na sua cabeça ao acordar?

A voz de Anna morrera em sua garganta, ela se sentia muda. Uma tempestade de sentimentos confusos ocorria em sua cabeça e na parte mais profunda de sua alma. Havia uma pessoa que se encaixava em todas as perguntas que Kristoff permanecia fazendo, porém tal pessoa não era ele.

— Eu não sou quem te faz querer abandonar um passeio do nada apenas porque você queria mostrar uma flor que achou especial. É um sentimento bem bonito, sabe? — comentou amargurado

— Espere, Kristoff, Elsa é-

— Sua irmã, eu sei! Mas você pensou nela em cada pergunta que fiz, não foi?

Os olhos de Kristoff fitaram Anna a espera de uma resposta que não viria. A princesa desviou o olhar para baixo.

— Você não precisa falar, seu olhar entrega. Ser criado pelos trolls fez de mim um observador razoável, e você também é meio transparente. — Kristoff massageou a ponte do nariz e prosseguiu. — Todas as vezes que fala da Elsa você fica com um olhar sonhador e, deuses, como você fala dela! O tempo todo! Eu sei que vocês passaram por muita coisa e precisam uma da outra e tudo mais, mas — ele encarou Anna profundamente. — eu começo a me perguntar se tem algo mais.

— O-o que? — gaguejou Anna

— Exatamente! Se nem você mesma sabe o que se passa em seu coração, como eu poderia saber?

Os lábios de Anna se abriram, mas ela não era capaz de formar nenhuma silaba.

— Eu não entendo bem o que está acontecendo aqui, Anna. Minha única certeza no momento é que não estamos em sintonia. Eu vou embora, este encontro não tem mais nenhum sentido e, honestamente? Acho que não quero te ver por um tempo. — Sven cutucou as costas de Kristoff com o focinho e o encarou entristecido. — Não, Sven, agora não.

— Mas, Kristoff, eu não quero perdê-lo! Você é meu amigo... — disse Anna sentindo um nó desconfortável crescer em sua garganta

— Sim — sorriu Kristoff, um sorriso triste e amargurado —, mas ser seu amigo não é o suficiente para mim.

Kristoff montou as costas de Sven e seguiu rumo ao vale dos trolls para logo em seguida sumir por entre a floresta.

 O vazio que ficara diante de Anna de repente parecia aumentar e ela se sentia cada vez menor. Uma sensação de angustia se instalava em cada pedacinho de seu interior e o nó em sua garganta era agora insuportável e se desfez em soluços que a princesa nem se preocupou em abafar. Ela só queria fugir das palavras de Kristoff e de todo o turbilhão de sentimentos confusos que martelavam em seu interior.

Sacudindo o arreio com força, Anna guiou o cavalo de volta para o castelo. As palavras de Kristoff tinham-na magoado, ela sentia como se ele a tivesse abandonado. E a sensação de culpa pelo olhar deprimido na face de Kristoff pesava em seu peito. Ele também estava magoado e Anna sabia disso, ela percebeu em seus olhos. Mas a razão pela qual ele a deixara, todas as palavras e acusações que Kristoff jogara em sua cara pareciam sufocá-la de dentro para fora.

Com a visão embaçada pelas lágrimas Anna fechou os olhos com força, ela se sentia atordoada e confusa. Pensar em Elsa fez seu coração apertar.

— Elsa é minha irmã e minha amiga, ela sempre virá em primeiro lugar! É por isso que ela é a mais importante e apenas por isso que ela sempre está nos meus pensamentos! — disse Anna como se tentasse convencer a alguém de suas palavras, talvez a si mesma. — Eu preciso dela... — sussurrou


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Contem-me nos comentários ou por mensagem caso se sintam a vontade. Adoro interagir com vocês. E me avisem caso encontrem algum erro, okay?
Bejokas