Meu Verdadeiro Amor escrita por queenlyAisling


Capítulo 5
Sempre em Meus Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Oi oii, Cookies! Como vocês estão?
Dessa vez não demorei, certo? Mais um capítulo novinho para vocês se deliciarem e se apaixonarem ainda mais por esse Shipp tão fofinho ♥♥♥
Espero que vocês apreciem ler tanto quanto estou apreciando escrever ♥
Agora só estarei de volta após as provas, lá pela metade de junho. Me desejem boas provas ^^
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/676678/chapter/5

Elsa já havia tentado ocupar sua cabeça com qualquer coisa que não envolvesse sua irmã. Ela tinha tentado se engajar na leitura de um livro de contos românticos, piorou. Decidiu ler sobre as leis de Arendelle, foi até o estúdio onde poderia encontrar tudo relacionado a organização jurídica local. Porém Elsa não se sentia focada, era como se as palavras não fizessem qualquer sentido. Frustrada ela andava de um lado para o outro em seu estúdio.

De repente a porta se abriu e Olaf entrou.

— Elsa, Elsa! — exclamou alegremente — Encontrei você!

— Olaf! Como vai você, amiguinho?

— Estou ótimo! E você?

— Estou bem, Olaf.

— Tem certeza? Você tem aquele semblante... — ele gesticulou os braços de graveto — De quando está chateada.

Elsa o encarou e se perguntou como ele podia conhecê-la daquele jeito. Ele era de fato parte dela, parte de sua magia e do amor que compartilhava com Anna. Talvez por esta razão ele fosse capaz de perceber suas alterações de humor, ou talvez ela estivesse sendo transparente em demasia, fosse o que fosse ela decidiu não deixá-lo preocupado.

— Apenas preocupada com algumas correspondências.

O boneco a encarou e então sorriu.

— Talvez isso a alegre. — ofereceu uma pequena flor

A flor era diferente, tinha pétalas suavemente alongadas e curvadas e possuía uma coloração azulada com as extremidades brancas. Elsa não a reconheceu, não era semelhante a nenhuma do jardim do palácio. Assim ela supôs que deveria ser do vale dos trolls, o local era rodeado de magia.

— Obrigada, Olaf. É linda.

— Anna que mandou para você.

Elsa observava a flor quando as palavras de Olaf sacudiram-na por dentro.

— Anna? E onde ela está? — perguntou mais ansiosa do que pretendia

— Com Kristoff e Sven!

Uma pontada de decepção cutucou em seu interior.

— Mas você disse que ela mandou.

Ele concordou com a cabeça.

— Sim, ela tinha saído e um tempo depois retornou com a flor. Ela pediu que eu desse a você assim que a visse e lhe dissesse que você deve relaxar e não trabalhar hoje. O que mais... — ele refletia — Oh, sim! E disse que mesmo não estando ao seu lado você está em seus pensamentos.

Um calor agradável começava a preencher o peito de Elsa, aquela sensação que estava começando a se tornar recorrente e sempre envolvia Anna de alguma forma. Um sorriso se desenhava em seus lábios “Que atenciosa a minha princesa”, e ela acariciava a flor delicadamente perdida em seus pensamentos, enquanto Olaf a observava com um olhar interessado.

— Anna tinha esse mesmo brilho no olhar quando falou de você mais cedo, Elsa. E o mesmo sorriso bobo.

— O q-que? — balbuciou Elsa

— É tão adorável o sentimento entre vocês! Acho que tão doce quanto você, Elsa. Bem, eu preciso ir, estou ajudando o jardineiro.

O boneco se afastava em direção a porta quando foi parado.

— Olaf, espere!

O boneco parou e voltou-se para a rainha com olhar em expectativa.

— O que você quer dizer... Como Anna estava mais cedo? — perguntou timidamente

— Bem, ela estava com esse brilho no olhar que ela sempre tem quando fala de você, e um sorriso bobo e apaixonado igual o que vocês dão uma para outra.

Elsa se abaixou no nível do boneco de neve.

— Você tem certeza, Olaf? Anna costuma falar de mim para você?

— Sim, sim! Não só para mim. Para os outros do castelo, Kai e Gerda, Kristoff, o quadro da Joana d’Arc. E ela tem essa expressão, assim como você. Puxa, Elsa, você não notou? Talvez seja uma coisa de vocês, a demora para perceber... — Olaf permaneceu em silêncio enquanto pensava — Não é atoa que o amor verdadeiro entre vocês salvou a todos nós.

— Anna é minha irmã, Olaf. É claro que nos amamos de verdade.

— Eu sei, Elsa. Mas eu sinto que tem algo mais, você me criou, lembra-se? Eu não entendo bem o que é, mas podemos conversar sobre isso novamente quando eu não estiver fazendo jardinagem. O que você acha? — perguntou animadamente

— Está bem. Obrigada, Olaf.

Eles trocaram um abraço terno e o boneco se retirou do estúdio.

A rainha permaneceu no local. Sentia-se diferente agora, o gesto de atenção e carinho em deixar a linda flor, e o recado de que ela permanecia nos pensamentos de Anna mesmo distante a deixaram contente e eufórica.

A ansiedade em ter a irmã de volta em casa o mais rápido possível permaneceu, mas os pensamentos incentivados pelo ciúme deram lugar a curiosidade. Elsa pesava todas as sensações que Anna estava lhe causando recentemente. Era confuso e muito novo, e isso a incomodava. Incomodava o fato de ela não ser capaz de dar nome ao que estava sentindo. De não conseguir entender. E pior ainda, de não conseguir controlar certas coisas. Principalmente os pensamentos. Sua imaginação andava indo de contra seus planejamentos.

Primeiro fora o sonho na noite passada, Elsa ainda não compreendera porque tivera tal sonho. Anna beijá-la e ela gostar, sim porque em seu íntimo a rainha sabia que estava gostando, que se sentia bem. Tanto que a interrupção de ter sido acordada por sua magia a deixara estranhamente frustrada. Depois o ciúme excessivo de Anna com Kristoff, o temor em deixá-los a sós. Agora mesmo ela pensava que preferiria mil vezes Anna em casa, ao seu lado, em vez de com o namorado se divertindo como ela merece. Era angustiante saber que Anna estava nos braços de outro. Na verdade Anna estava ocupando demais os pensamentos da rainha, era comum ela se pegar pensando na princesa.

— O que há de errado comigo? — perguntou para o vazio a sua volta — Eu a fiz prometer... Ela não quebraria sua promessa comigo, não é?

Elsa fitou a delicada flor e lhe ocorreu que ela não viveria para sempre agora que estava separada de suas raízes. A rainha teve, então, uma ideia para preservar a flor que ganhara de Anna.

Elsa conjurou uma pequena quantidade de neve ao longo do delicado caule da flor, para saber como ela reagiria à magia. Como a neve parecia inofensiva à flor, a rainha supôs que sua magia a preservaria viva, conjurou então uma espécie de globo de neve em volta dela, e observou o quanto ela parecia bonita e perfeita protegida ali dentro.

Mesmo que apreciasse pensar em Anna, Elsa achou mais sábio concentrar sua atenção com alguma atividade para tirá-la da cabeça. Ela pousou o globo sobre a mesa e, finalmente, decidiu que abriria as correspondências. Talvez isso a distraísse.

A rainha de Arendelle apanhou as cartas e enfileirou por ordem de chegada. A primeira a ser aberta chegara de Randal, pequeno reino vizinho mais a oeste. Como Elsa havia imaginado era um pedido formal para fazer a corte. O rei desejava apresentar seu filho a Anna, o ímpeto de amassar a carta causou coceiras nas mãos de Elsa, no lugar disso ela fechou o papel respondendo não mentalmente. E assim foi, das dez cartas de pedidos envolvendo um possível casamento, nove foram abertas, sete eram para Anna e duas para ela, faltava apenas uma.

O brasão era maior que das outras, se destacava no envelope. Elsa o reconheceria em qualquer documento que tivesse contato. Reino principal da União do Leste, reino de Arlesian. O local era conhecido por liderar a aliança entre os reinos do leste. A influência que exercia sobre os reinos menores que o cercavam sempre foi motivo de admiração e também precaução por parte de outros reinos. Arendelle possuía uma relação de diplomacia com Arlesian, mas ainda restavam questões políticas e comerciais a serem discutidas desde a coroação.

Elsa lembrou-se de seu pai lhe explicando como funcionava a organização política local e havia também outro aspecto referente a este reino. Ele deveria ser um dos que ela deveria considerar, caso viesse a decidir casar-se. E ali estava a prova de que o rei de Arlesian tinha um pensamento similar ao de seu pai. A embaixadora solicitava uma audiência com a rainha Elsa assim que possível.

Elsa fechou os olhos e massageou sua testa tentando aliviar o estresse que se instalava.

— Magnífico... — murmurou ironicamente

De tão concentrada que estava na leitura das cartas, rainha Elsa nem notou sua irmã parada na porta observando-a.

— O que é magnífico, minha rainha? E por que em nome dos deuses você esta aqui, metida nesse estúdio em pleno domingo?

— Anna? — falou Elsa como senão acreditasse — Pensei que você chegaria mais tarde.

Passava pouco tempo após o horário de almoço e, embora estivesse feliz e aliviada de Anna ter chegado em casa mais cedo que o previsto, Elsa não deixou de achar estranho.

Sem responder a pergunta de sua irmã, Anna diminuiu o espaço que havia entre elas e se atirou em seus braços abraçando-a com necessidade. Algo estava errado, a princesa começou a fungar no colo de Elsa.

— Anna, aconteceu algo? Você está bem? — perguntou preocupada

A pergunta fez a princesa quebrar em soluços e na intenção de abafar os sons de seu choro, ela se apertou ainda mais contra a irmã.

— Anna- — dizia a rainha quando foi interrompida

— E-eu posso... Posso apenas ficar assim agora? — pediu em voz embargada

Elsa a abraçou de maneira protetora.

— Claro, Anna. O tempo que você quiser. — respondeu suavemente

Elsa acariciava os cabelos ruivos de sua irmã com delicadeza dedicada, já havia passado algum tempo desde Anna parara de chorar. Ela dava apenas uma fungada ou outra, mas permanecia em silêncio. A rainha sentia uma curiosidade ansiosa e preocupada, queria saber o que tinha ocorrido. Provavelmente algo dera errado no encontro com Kristoff, a possibilidade de ele ter feito algo para magoar Anna fez o sangue de Elsa ferver. Mas ela esperaria a irmã explicar quando se sentisse a vontade para fazê-lo.

— Anna, que tal irmos para meus aposentos? La é mais confortável que esta cadeira. — sugeriu com um tom de divertimento

— Você tem razão, Elsa. Eu também preciso me trocar. — disse ficando de pé — Irei até me quarto tomar um banho e encontro você depois.

Elsa levantou-se e, delicadamente, enxugou os resquícios de lágrimas existentes na face de Anna, e então a abraçou. Quando se separaram Elsa sugeriu.

— Pegue uma muda de roupas e vá para o meu quarto, você pode tomar banho em meu banheiro se quiser. Irei pedir que lhe preparem um chá enquanto isso. Que tal assim?

Anna mordeu os lábios trêmulos e concordou com um balançar de cabeça, e então elas se abraçaram novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tal, meus Cookies? Gostaram? Me contem o que acharam. Mega curiosa pra saber suas sensações.
Bejokas