Meu Verdadeiro Amor escrita por queenlyAisling


Capítulo 4
Um Passeio e um Lago


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, galera linda e fofa que adora uma leitura? Que ama um yuri básico :3
Como vocês estão?
Bem, primeiramente gostaria de me desculpar com vocês. Eu sei o quão é desagradável e chato ficar esperando uma história que estamos acompanhando ser atualizada. Eu tive motivos para estar afastada do Nyah e outros locais que posto. Chegou a semana de provas e minha ansiedade ficou a mil, e pra piorar cai em matéria, fiquei mega pra baixo. Porém, nem tudo é coisa ruim. já tenho um monitor novo e com certeza vai fazer muita diferença nas atualizações. Infelizmente estou em época de trabalhos e terei provas fim do mês, mas antes ainda postarei mais um ou dois capítulos.
De qualquer forma espero que vocês me desculpem e não abandonem a mim e as meninas, Elsa e Anna ainda vão viver umas e outras coisas :3
Este capítulo ficou um pouco maior que os outros, fluiu mesmo. Mas é bom, certo? Demora um pouquinho mais a acabar a leitura. Espero que vocês gostem. E, se quiserem, me digam o que acharam nos comentários. Amo interagir com vocês ♥
Boa leitura ^^



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Elsa?

Mmm...

Você ainda está acordada? perguntou Anna em voz baixa

Agora que você me acordou, sim.

Elsa abriu os olhos e percebeu o quão próximo o rosto de sua irmã estava.

Eu te amo. sussurrou a princesa fechando a distância entre elas.

Os lábios suaves e macios de Anna causaram uma mistura de sensações inesperadas. Um calor se espalhava pela face e peito da rainha, e então ela fechou os olhos correspondendo ao beijo.

 

 

 

As mãos formigando foram um sinal de que a magia de Elsa estava reagindo, ela abriu os olhos e viu Anna dormindo abraçada a seu corpo.

Os batimentos acelerados e a garganta seca e Elsa não conseguia compreender o significado do sonho que acabara de ter. Anna a beijara e estava sendo tão agradável. “O que foi isso?” perguntava-se ela mentalmente com uma estranha e confusa sensação de decepção por ter acordado e interrompido a continuação do beijo.

A voz de Anna murmurando seu nome de forma quase inaudível chamaram sua atenção. A expressão de Anna parecia tão em paz enquanto dormia. Elsa a encarou e percorreu seus olhos até os lábios entreabertos de sua irmã. A lembrança do sonho cutucou a memória da rainha e ela desviou os olhos e levantou-se.

A primeira coisa que Anna percebeu ao acordar foi que sua irmã não estava na cama. Ela procurou no banheiro e após realizar sua rotina matinal em seu próprio quarto seguiu em busca da rainha.

Anna já imaginava onde acharia Elsa, por isso não demorou muito para encontrá-la.

— Elsa? Posso entrar?

Entre, Anna. — Respondeu Elsa do lado interior

Já do lado de dentro Anna encontrou a irmã debruçada sobre um livro.

— Eu não posso acreditar, Elsa! Você está trabalhando?

— Não. Apenas lendo para relaxar. — disse sem levantar o olhar

A princesa se aproximou da poltrona da irmã e a abraçou.

— Acho que você é viciada em leitura, Elsa! Será que se esqueceu de nosso passeio?

— Eu não esqueci, Anna, só...  O que você está fazendo?

— Apenas te abraçando! Você cheira bem... — disse Anna perto da orelha de Elsa lhe enviando arrepios

Elsa se desvencilhou da irmã e ficou de pé.

— Você já tomou café da manhã?

— Eu esperava poder tomar com você.

— Eu já me alimentei, Anna. Pensei que seria bom para não atrasar qualquer que sejam seus planos.

— Oh... — murmurou a princesa em decepção

— Devo mandar preparar algo para nós?

— Eu já cuidei de tudo. Irei comer alguma coisa e encontro você no portal principal. — disse Anna saindo do estúdio da rainha

Anna parecia decepcionada, Elsa percebeu e sentiu uma pontada de culpa lhe cutucar o estomago. Ela nem mesmo havia se alimentado ainda, mentira para irmã. Apenas por que não conseguia tirar da cabeça o sonho que tivera horas antes.

Após um longo suspiro a rainha saiu do estúdio, fechando a porta atrás de si.

 

 

 

Durante todo o caminho para o lago Elsa permanecia distraída. Sua mente ia e vinha no sonho que tivera. E agora toda vez que olhava para Anna lembrava-se do beijo e se sentia confusa, embaraçada e culpada. “Por que na terra eu teria um sonho como esse?” inconsciente de sua ação, a rainha traçava o dedo indicador lentamente ao longo de seus lábios.

— Elsa? Elsa! — Chamava Anna pela enésima vez — Ouviu o que eu disse?

— Eu... O que? — indagou em confusão

— Rainha Elsa está distraída e você está incomodando, Anna. — brincou Kristoff

— Em que você tanto pensa, Elsa?

— Eu sinto muito, me perdoem. Só estava pensando em algumas reuniões que terei esta semana. — mentiu — O que você dizia, Anna?

— Kristoff quem falou.

Elsa olhou para o rapaz e sorriu timidamente.

— Sinto muito, Kristoff. Você pode repetir?

— Bem, eu estava apenas me despedindo.

— Se despedindo? Mas nós acabamos de chegar.

— Você não escutou absolutamente nada do que falamos, não foi? — inquiriu Anna

— Eu... — Elsa sorriu sem graça — Perdoem minha distração. Por que você está se despedindo, Kristoff?

— Anna não me quer por perto hoje, então — Brincou o jovem dando de ombros.

— Kristoff! — interrompeu a princesa

O jovem gargalhou e então falou novamente.

— Hoje é dia das damas, então eu fui educadamente convidado a me retirar.

— Talvez seja melhor se eu falar, sim? — interrompeu Anna revirando os olhos

— Suponho que não tenha problemas em você ficar, Kristoff. — comentou Elsa, que internamente desejava mesmo que ele fosse embora.

— Elsa! Não é questão de ter problema ou não. É apenas o que nós combinamos. — disse a princesa

— Sim, sim! Vale totalmente a pena, Elsa! Amanhã Anna será toda minha então não ire atrapalhar o passeio de vocês.

Não deveria, mas as palavras de Kristoff causaram enorme desgosto em Elsa e ela se pegou com alguns pensamentos nada amigáveis em relação ao rapaz. “Ótimo! Agora ele já fala dela como se ela o pertencesse!”

— Muito bem, Kristoff. Até mais. — despediu-se contendo seu ciúme atrás de um sorriso educado

— Ate mais, Elsa! Espero que vocês se divirtam bastante!

Após se despedir da rainha, Kristoff voltou-se para Anna pressionando um beijo em seus lábios. A cena de sua irmã sendo beijada foi ainda mais desagradável que as palavras que Kristoff pronunciara momentos antes. A rainha, então, desviou o rosto para o chão e acabou perdendo a irmã quebrando o beijo mais rápido do que se esperava.

Elas já estavam caminhando há algum tempo em silêncio. Tudo que se ouvia era o farfalhar das folhas devido à brisa corrente, o cantar dos passarinhos também se fazia presente. Elsa agora dividia seus pensamentos entre o incômodo que sentira com o que acabara de presenciar e o desgosto em saber que no dia seguinte Anna estaria a sós com o namorado.

— Elsa. — chamou Anna — É aqui.

A rainha olhou em volta e se deparou com o lago a apenas alguns metros de distância. A luz do sol refletia na água dando ainda mais beleza ao local. O clima estava agradável, sem calor ou frio. Era apenas a temperatura perfeitamente equilibrada com suaves brisas da manhã.

Anna estendeu uma grande toalha cor verde clara próximo a uma grande árvore e pousou a cesta que trouxera consigo no chão.

— Então —, começou Anna — que tal tirar esses sapatos e sentir a água do lago?

Elsa encarou a irmã e então o lago.

— Vamos? — pediu a princesa lhe segurando a mão

Elsa acatou ao pedido da irmã e elas caminharam um pouco na parte mais rasa do lago. Dedos entrelaçados, mãos dadas e um calor desconhecido preenchia o peito de ambas, a sensação era nova e agradável.

— Obrigada, Anna. A sensação é maravilhosa.

Anna apenas sorriu e então parou de andar para enfrentar a irmã.

— Será que você vai me contar o que há de errado?

— Anna-

— E, por favor, não diga que não é nada, pois sei que tem algo! — interrompeu ela segurando as duas mãos da irmã, quando sentiu sua hesitação — Está tudo bem. Seus poderes estão bem. Não tem problema em te tocar, confia em mim?

— Está bem. Mas, Anna, é só que não há o que dizer, eu...

— Elsa, pelos Deuses! Eu sei que deve ter algo, eu... Eu acordei e não te encontrei ao meu lado e então você nem ao menos me esperou para tomarmos café juntas. A semana toda isso acontece, pensei que nos fins de semana seria diferente. E durante todo o caminho você esteve longe. O que houve? Que reuniões são essas, afinal?

— Reuniões? — repetiu Elsa confusa e então se lembrou da mentira que contara — Oh, é que... Anna, eu sinto muito. Não imaginei que você ficaria tão chateada pelo café da manha. Não acontecerá novamente, está bem?

Anna apenas resmungou um monossílabo qualquer.

— Desculpe também por ter estado distraída na última hora.

— E o que a distraiu? — insistiu Anna

Elsa enrolou o dedo em sua trança.

— Não é nada muito importante. Apenas uma pilha de correspondências acumuladas em minha mesa e, bem, você sabe. Estive planejando corrigir esse atraso. — mentiu a rainha

As cartas acumuladas eram realmente verdade, mas não era esse o motivo da distração de Elsa. “Sinto muito, Anna, sei que prometemos não mais mentir. Mas como lhe contar sobre o sonho que tive com você? Eu nem compreendo...” pensava a rainha tentando afundar a sensação de culpa por estar enganando a irmã após a promessa de não mais mentirem uma para a outra.

— Que tal se eu ler um livro para você? — sugeriu Elsa

— Ler um livro?

— Sim! Como quando éramos crianças e você deitava em meu colo e pedia que lesse para você. Lembra-se?

— Sim! — vibrou Anna alegremente

— Eu suponho que você já é capaz de ficar quieta ao ouvir uma leitura, sim?

— Hey! Eu apenas não ficava quieta até achar a posição perfeita! — protestou a princesa

— E a posição perfeita envolvia quase me esmagar? — provocou Elsa

— Ora, eu vou apenas deitar em seu colo e ficar bem quietinha. Que tal isso?

— Eu aprecio muito o gesto, minha princesa.

Anna colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, gesto comum quando estava envergonhada.  A sensação em ouvir Elsa dizer minha princesa era única e indescritível, e a princesa adorava toda vez que escutava.

Elsa sentou-se de costas contra uma almofada encostada na árvore enquanto Anna deitou a cabeça em suas pernas. Não demorou muito para que a princesa começasse a se mexer.

— Eu pensei que você fosse ficar quietinha, alteza. — brincou a rainha

— Eu só... — disse Anna levantando-se — Acho que não quero ficar deitada agora.

— Oh — pontada de decepção cutucou Elsa — Bem, então como você prefere ficar?

— Eu só acho que vou aproveitar melhor a história se estiver sentada — disse aproximando-se da irmã — bem perto de você.

Dito isso, a princesa se aconchegou a irmã e pousou a cabeça na curva de seu pescoço e a abraçou.

— Que tal isso? Bem mais conveniente, certo?

Os batimentos de Elsa haviam ficado irregulares e a palavra conveniente não fazia qualquer sentido para ela nesse momento. Ela limpou a garganta e tentou reorganizar seus pensamentos, ela não podia pedir para Anna sair. Talvez ela nem mesmo quisesse.

— Você tem certeza, Anna?

Anna apenas ronronou uma resposta afirmativa e parecia já estar encaixada.

— Apenas aguardando que você comece, minha rainha. – murmurou a princesa dando ênfase na palavra minha.

Elsa havia percebido, mas não permitiu que sua mente arquitetasse nada que ela não sabia administrar. Ela apenas disse a si mesma que fora impressão sua.

— “Em uma nação regida pela política das influências dos bem nascidos, a jovem Elindra se sentia desolada...”

A voz de Elsa era suave, límpida e muito agradável aos ouvidos de Anna. Ela achava engraçado e bonito como a irmã sempre tentaria ser o mais fiel possível à situação descrita no texto, reproduzindo o tom e o sentimento de cada personagem. A jovem princesa acabou perdendo um pouco o foco da leitura enquanto viajava no som da voz de sua irmã divagando em seus pensamentos.

“É tão bom poder estar com ela, ouvindo sua voz, sentindo seu cheiro. Então é isso que eu tenho perdido por todos esses anos? Quero estar com você o tempo todo, Elsa. Ou quase todo. E se ontem...” Anna fechou os olhos e apertou-se contra o corpo de Elsa. Um longo suspiro chamou a atenção da rainha.

— Anna, tudo bem?

— Mm? Sim, sim! É que sua voz é tão agradável que eu relaxei. Sabe, o que? Talvez depois devêssemos nadar um pouco...

— Nadar?

— Sim. Se mergulhar os pés já foi bom, imagine mergulhar de corpo inteiro? Deve ser gostoso.

— Eu sinto muito, Anna, mas não vim preparada com vestes de mergulho.

— Não seria necessário, sempre podemos nadar sem roupas...

— Princesa Anna! — exclamou Elsa fazendo Anna rir

— Você deveria ver seu rosto quando eu disse isso, Elsa!

— Nem brinque com isso, Anna! Estamos em público! Você jamais deve se banhar desnuda em público. Você me ouviu?

— Acalme-se, Elsa, foi uma piada.

Elsa recordou do encontro que Anna teria com Kristoff no dia seguinte e inúmeros pensamentos desagradáveis preencheram sua cabeça.

— Mas você jamais, absolutamente jamais deve ficar sem roupas fora de casa, entendeu, Anna?

— Elsa, eu não farei isso, okay? Puxa, quanto estresse...

A rainha ainda não estava satisfeita com a resposta e segurando delicadamente o rosto da irmã insistiu.

— Anna, me prometa! Prometa-me que você não irá nadar sem roupas nem amanhã e nem em qualquer dia, sim?

— Amanhã? — repetiu Anna de primeira confusa — Espere aí, o que tem amanhã?

— Ora, você e Kristoff sairão juntos...

— Ah é... É o que? Elsa! Eu não tenho qualquer plano de nadar pelada com o Kristoff, você foi a única pessoa que eu gostaria de- — Anna mordeu a língua no intuito de impedir que a frase fosse finalizada

A rainha estava corada e escorregou as mãos da face de sua irmã desviando o olhar.

— A única que eu já convidei e, foi tudo uma brincadeira, então... Elsa — Anna segurou o queixo da irmã — Eu prometo, está bem? Eu não fiz nenhum plano de vir para o lago com Kristoff. Pode acreditar.

— De verdade, Anna? É que você possui um senso de aventura que eu realmente precisava te pedir...

— Eu gosto de aventuras, mas não significa que pretenda tirar a roupa na frente de qualquer pessoa.

Elsa se sentia aliviada e tentava esquecer a sensação de embaraço causada pelos devaneios de Anna.

— Embora meu convite para você fosse legítimo. O convite para nadarmos juntas, não a parte de ser desnuda. A não ser é claro que você quisesse, quero dizer, qual o problema? Não é como se fôssemos estranha uma para a outra, e... Não seria nada demais. Lembro que dividíamos a banheira quando crianças, então qual a diferença? Ainda podemos dividi-la. Sei que sua banheira possui espaço suficiente para nós duas... Espera, o que?

Elsa estava boquiaberta encarando a irmã. Suas bochechas estavam visivelmente coradas e ela não era capaz de formar uma silaba sequer.

Anna por sua vez, pressionou uma mão na boca e arregalou os olhos para o que acabara de dizer. Após contar algumas respirações ela prosseguiu.

— Sinto muito, Elsa. Eu só... Eu apenas meio que percebi que sua banheira pode comportar nós duas tranquilamente. Então, talvez um dia, você sabe... — ela gesticulou com as mãos. — Não que estivesse planejando e tudo mais, eu só-

— Anna — interrompeu Elsa — Tudo bem. Você t-tem razão, minha banheira cabe nós duas. Só... — dizia a rainha timidamente

— É mesmo?

— Sim. Na minha presença tudo bem você se despir. Desde que seja exclusivamente na minha presença.

Elsa disse isso e tinha plena noção do quão era sem sentido o ciúme exagerado que estava sentindo da irmã. Afinal, Anna tinha um namoro que poderia muito bem evoluir para um noivado e possível casamento. Mas Elsa nem ao menos se permitia pensar nisso nesse momento. Vez ou outra ela se pegava imaginando como seria se Anna quisesse casar-se com Kristoff, porém o ocorrido com Hans havia ensinado algo a princesa e, embora Kristoff fosse uma boa pessoa, Elsa desejava ter a irmã por perto o máximo de tempo que pudesse.

“Tudo bem. Você é a única com quem pretendo tomar banho mesmo.” Pensou Anna, e como dessa vez não expressou verbalmente, sentiu certo orgulho de si mesma. Até que a ficha caiu “Espere, o que? Que raios de pensamento foi esse? Mas é isso mesmo, não é?”

A rainha observou a irmã que ficara de repente em silêncio e percebeu que ela parecia estar em um difícil conflito mental. O pequeno vinco formado entre as sobrancelhas e a expressão misturada entre séria e confusa. “Que linda.” Pensou Elsa.

— Anna? Eu disse algo errado?

A princesa a encarou por uns instantes e então falou.

— Não! Você disse tudo certo, quero dizer... Vamos comer? Eu trouxe chocolates.

— Chocolate? Soa perfeito!


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Notas finais do capítulo

Que tal, cookies? Gostaram? Posso chamar vocês de cookies, certo? Eu posso! *u*
Brincadeiras a parte, sintam-se livres para deixar suas impressões nos comentários. Mega curiosa pra saber o que acharam.
Bejokas *3*