Garota Valente 3: Guerra Civil escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 19
Estratégias com molho barbecue


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Desculpem a demora, aliás.



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Steve me encarou desacreditado. 

Ao fundo, Kate despejava um liquido viscoso vinho sobre um sanduíche de carne feito com os suprimentos da base que alguns seguidores de Coulson cederam a eles. Sim, alguns agentes da S.H.I.E.L.D. se aliaram ao time do Capitão! Scott olhou para Kate e perguntou: 

— Isso é ketchup? 

— Não, é barbecue. — Ela respondeu. 

— Não prestaram atenção no que eu disse?! — Perguntei, enquanto Steve cruzava os braços e encarava o chão. 

Meu pai e Carol se encaravam um pouco preocupados, mas Krys parecia preocupada também. Já Scott, e os outros... 

— Você sofreu um grande impacto emocional. — Respondeu Scott. 

— E essa é uma história difícil de engolir. — Completou Sam. 

— Mas... se for verdade... justifica nossa luta e tudo o que fizemos contra o sistema. — Disse Wanda. 

— Gente, eu tô com a Escarlate. — Respondeu o jovem Parker — E acho que isso com a Kate é ketchup sim. 

— Não, é Barbecue! Ketchup é mais claro! — Respondeu Scott. 

A viagem de DunBroch até a base onde eles estavam foi até curta. Eu ao menos esperava que fossem horas de voo, mas foi apenas uma. Quando chegamos, fomos bem recebidos, e Krys começou a fazer uma série de perguntas para Carol, como se fosse uma fã ou coisa do tipo. Nos reunimos numa espécie de mini refeitório, onde contei tudo o que aconteceu.  

— Eu confio na Merida, mas não podemos descartar a hipótese da Carol não ser quem diz ser. 

— Eu confio na Carol. — Respondeu Krystal — Coulson e Fury confiam nela, então eu também confio. E principalmente, confio na Merida. 

— Krystal está certa — Respondeu Pietro, caminhando até ela e a abraçando pelos ombros — Fury não confia em ninguém. Por um milagre, nela. É o bastante para sabermos que podemos confiar. 

— Já temos um plano, Capitão? — Perguntou Barnes. 

— Uma transmissão ao vivo, talvez. — Ele comentou, penteando os cabelos com os dedos — Precisamos que as pessoas vejam ele se transformar, mostrar o que eles são. Se só falarmos, eles não vão acreditar. 

— E vão acreditar que não tínhamos certeza, então precisamos fazer eles se transformarem antes de matarmos. — Completei. 

— Atraí-lo para fora talvez seja uma boa ideia. — Sugeriu Krystal. 

— Vocês têm uma hora pra se preparar. — Afirmou Steve, se levantando — Se apressem. 

Steve se levantou e saiu. Todos começaram a se dispersar. Me aproximei de Scott e estendi o dedo. Ele entendeu meu sinal e colocou um pouco do molho lá, e eu levei à boca, com uma expressão pensativa. Logo após, respondi. 

— Isso com certeza é Barbecue. 

— Foi o que eu disse! — Ele exclamou. 

Logo, vi Kate se aproximar e dar um peteleco no meu ombro. 

— Obrigada por me convidar pro seu casamento! 

— O que você queria que eu fizesse! Minha mãe, Elinor, estava morrendo! — Respondi, acariciando o local do peteleco. 

Então, ela me olhou surpresa. Alguns instantes depois, me abraçou. 

— Caramba, eu sinto muito. Primeiro a tia do Peter, agora sua mãe adotiva? 

Foi quando eu me lembrei do Peter. Ele estava lá! No meio da reunião. O que ele fazia aqui? Me afastei do abraço e falei. 

— Obrigada. Vou atrás do Peter. 

— Tranquilo. Cuida bem dele. — Ela falou, se afastando. 

Então, fui atrás de Peter. A base era menor do que a das montanhas e ficava no meio do oceano. A grande maioria dos agentes que estavam lá concordavam com o ponto de vista de Steve e prenderam os que discordavam, para que pudessem ceder a base para o Capitão América e seus aliados. Eu não achava aquilo totalmente certo, mas guerra é guerra, e no momento, era tudo o que se podia ser feito. 

Não foi difícil achar Peter. Ele estava colocando o traje em um quarto da base. Bastou eu perguntar a qualquer um qual era o quarto do Peter e voalá, lá estava eu, batendo em uma porta cinza e sem vidro algum. Ele demorou a atender, mas quando abriu a porta, estava com o traje quase completo, e a máscara nas mãos. Parecia abatido, mas firme. Como minha mãe antes de morrer, se fazendo de forte quando todo mundo via que ela estava fraca. Eu sorri fraco e perguntei: 

— Você está bem? 

— Olha, não preciso de consulta com psicólogo. Eu tô bem. 

— Vai por mim, eu só fiz faculdade por obrigação social. Nem sei porque eu escolhi essa. — Bem, na verdade eu fiz aquela faculdade porque queria ser útil. Mas admito que pensei várias vezes em desistir — Só queria saber se você tava bem! E principalmente, por que você veio? 

— Sabe quantas pessoas me perguntaram isso dês de que o seu pai veio me buscar ontem? Quase metade do pessoal. Eu vim porque é o meu dever! É fácil pra você estar aqui, mas não pra mim. Eu sou só um adolescente com poderes e responsabilidades! Você luta há muito mais tempo que eu. 

— E você acha que é fácil pra mim? Meus irmãos e meu pai ficaram em DunBroch. Eles acabaram de perder minha mãe e já não sabem se vão me ver viva de novo. É fácil pra mim? Meus pais biológicos estão se separando por causa de uma lei idiota. Eu não tive tempo nem de consumar fisicamente meu casamento! Eu não tô dizendo que é mais difícil pra mim, eu tô dizendo que eu sinto a mesma dor que você. 

Depois que terminei de falar, ele me olhou com um olhar triste. 

— Você ainda tem suas migalhas. A tia Mey era tudo o que eu tinha. Tudo! Eu não tenho pais, e meu tio morreu por culpa minha! E agora, minha tia também! — Ele dizia em prantos. 

— Isso não foi culpa sua! — Respondi, o abraçando. Ele retribuiu o abraço e chorou comigo. Também não pude conter as lágrimas. Ele precisava de um amigo, de alguém para enxugar suas lágrimas. E eu me dispus a ser essa pessoa — Não foi sua culpa, Peter. Quando chega a hora, chega. Seja lá de qual forma aconteça. 

Ficamos algum tempo abraçados antes dele se afastar e dizer. 

— Se eu não lutar, outras pessoas podem morrer. 

— Isso é o que significa ser um herói. 

— Obrigado, por me ouvir. 

— Eu também precisava chorar um pouco. Agora volta a se arrumar, eu vou ver se acho alguma coisa. 

Ele concordou com a cabeça e fechou a porta. Foi quando olhei para o lado e vi meu pai, com uma caixa. Fiquei um pouco confusa. Quando ele havia chegado ali? Me aproximei, enxugando uma lágrima. Então ele falou. 

— Não quis atrapalhar o momento. 

— Eu e ele estamos no mesmo buraco. — Respondi. Então, olhei para a caixa e perguntei — O que é isso? 

— Um traje da S.H.I.E.L.D. que achei por aí. Ele é bem fora do padrão. Talvez você queira fazer uns ajustes e usar hoje. Mas tem que ser rápida. 

— E meu traje antigo? 

— Está um trapo. Certeza que não quer algo mais inteiro? 

— Okay, vou correr então. 

Quando abri, a primeira impressão que tive era que aquele traje foi feito para um agente inumano, como o Neo Campbell. Não havia muito o que ajustar. Meu pai havia deixado meu antigo uniforme no fundo da caixa, e eu apenas fui combinando algumas coisas e experimentando. Quando me dei por mim, havia me distraído e faltava quinze minutos. Me vesti rapidamente e gastei algum tempo me olhando no espelho. 

Agora eu estava pronta.

 


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Notas finais do capítulo

GENTEEE:
No uniforme, no lugar de roxo é verde!

Desculpa a demora! Espero que tenham gostado!



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