Garota Valente 3: Guerra Civil escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 18
A verdade inesperada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, ando um pouco enrolada e preguiçosa. Mas vamos lá.



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Nos retiramos do local onde a maioria estava.

Fomos para a cozinha, onde ela pegou uma maçã e mordeu, de forma informal. Ela era uma mulher muito séria, eu notava, mas despojada. Seu olhar era firme e rígido. Cheguei a ficar um pouco incomodada. Então, deixou a maçã na mesa e falou:

— Vim até você porque você é a única que vai me ouvir. Os outros estão com muita adrenalina, essa informação pode ser o estopim para uma guerra. O Capitão iria usar como pretexto para um ataque e o Stark não iria acreditar.

— O que é tão sério?

— Eu fui amiga de Nick Fury. Então quando fui até a S.H.I.E.L.D., fui bem recebida, mas recebi péssimas notícias. Phill Coulson estava em coma, e em seu lugar, estava Glenn Talbot. Agora, descobri que ele não é quem diz ser.

Aquilo foi confuso.

— O que quer dizer com isso?

— Por muito tempo eu lutei ao lado do império Kree contra os Skrulls. Depois de uma visita à Terra, descobri que os dois lados estavam errados e abandonei os Kree. Dos dois lados eu conheci almas boas e ruins. — Ela explicava, com calma — Agora, um grupo Skrull independente está organizando planos de dominação territorial, destruindo as defesas do planeta de dentro pra fora.

— Está me dizendo que Talbot é um Skrull?

— Não só ele, mas o general Ross também. O registro não passa de um plano para dividir os heróis.

Deixei meus ombros caírem e cobri a boca. Como eu deveria acreditar em suas palavras? Seriam verdadeiras? Quem era aquela mulher?

— Carol Danvers... Krystal me falava de você. Disse que chegou a te conhecer uma vez. Mas você sempre estava no espaço.

— A filha do Capitão. Ela é uma boa menina.

— Como sei que posso confiar em você?

— Se conseguir elaborar um plano maligno que envolva você ter essas informações, eu dou o braço a torcer.

— Como descobriu isso?

— Estranhei o plano. Fui conversar com Talbot e estranhei o coma do Coulson, provavelmente o Skrull no lugar de Talbot fez isso com ele. Houve uma luta e minha teoria foi confirmada. Ele tentou fazer com que eu me aliasse a ele, mas eu tive que ir. Se eu simplesmente assassinasse o atual diretor da S.H.I.E.L.D., a coisa ficaria feia pro meu lado. Preciso que ele seja revelado antes.

— Eu concordo. Vou te ajudar. — Afirmei — Tem um plano?

— Ainda não. Tem alguém de confiança?

— Acho que se contarmos ao Capitão, ele não vai ser impulsivo.

— E se for? — Ela questionou, com firmeza — Não podemos correr o risco.

— Você o conhece? Steve é um estrategista. Eu o conheço e muito bem. Meu pai é um homem muito racional, se Steve ameaçar sair do eixo, ele o coloca de volta. Eu confio naquelas pessoas. Ao menos Kate, Krys e meu pai.

— Se você confia tanto neles, vamos começar por: você tem como contactá-los?

Olhei para o meu pulso. Eu ainda usava aquela pulseira de flecha que meus pais me deram. Meus pais sempre sabiam quando eu precisava de ajuda. Sempre sabiam quando eu não estava bem. Naquele momento eu parei para pensar: “Como?”. Retirei a pulseira e comecei a avalia-la até que achei um furo nela. Meus olhos se arregalaram.

— Preciso de uma agulha. Vem comigo.

Falei, a guiando pelo salão principal. As pessoas já estavam indo embora, o que me deixou mais tranquila. Meu pai chegou a me chamar, mas gritei que estava ocupada e segui até a tapeçaria. Abri a gaveta de minha mãe e procurei a agulha mais fina. Ao encontra-la, coloquei no pequeno furo no bracelete, o que fez uma luz vermelha piscar na parte de dentro da pena da flecha. Suspirei e me virei para ela, explicando.

— Conhecimentos inconscientes. Acontece quando você não tem todas as suas memoras. — Expliquei.

— Eu sei. Já estive sem memórias antes. Aliás, tive participação no projeto T.A.I.T.I., e li sobre você. Sei que precisou disso. Deve ter sido horrível.

— Ainda bem que eu não me lembro. — Respondi.

Quase no mesmo instante, Lion abriu a porta. EU tenho o feito correr muito ultimamente.

— Meri... quem é essa?

— É uma longa...

— Sou Carol Danvers, deve me conhecer como Capitã Marvel. — Ela falou, me interrompendo.

Então, meu esposo me encarou com um olhar triste.

— Já vai voltar à ativa? Meri, acabamos de nos casar! Sua mãe acabou de morrer. Você precisa respirar um pouco! Não é bom voltar agora.

Um pouco chateada, caminhei em sua direção e apoiei minhas mãos em seu rosto.

— Houve uma reviravolta. Eu preciso ir.

— O mundo não depende de você. — Ele falou.

— Dessa vez depende. Eu vou ficar bem, eu juro.

— Você não pode prometer. — Ele falou.

— Mas eu já estive em missões bem mais arriscadas. Lembra do Ultron?

— Você não estava emocionalmente comprometida.

Bufei. Deu alguns passos para trás. Carol parecia observar a cena sem nenhum interesse. Queria mais é que aquela discussão acabasse logo.

— Lion, eu já chamei meu pai. Ele colocou um rastreador na minha pulseira de flecha.

— Eu estarei com sua esposa. — Disse Carol — Vou cuidar dela.

— Eu espero. — Ele falou, um pouco abatido — Não posso te privar disso, é o seu trabalho.

— Obrigada, meu amor. — Respondi. Era bom ter seu apoio.

Carol passou a noite vigiando a área, garantindo que o Stark não aparecesse por lá. Eu e Lion dormimos em quartos separados, pois eu precisava ficar um pouco sozinha. Pensei no quanto eu era uma pessoa carente e no quanto eu precisava mudar, ser mais independente. Estava muito mal acostumada com muitas famílias, e quando perdi, não tive onde me apoiar.

Quando acordei na manhã seguinte, o castelo estava em completo silêncio. Não penteei meu cabelo, apenas vesti algo mais simples e fui atrás de Lion, que estava no quarto em que dormimos na noite anterior. Ficamos algum tempo sentados no corredor antes de irmos tomar café. E fiquei surpresa ao ver que meu pai biológico estava lá. Corri e o abracei.

— Quatro dias. Eu te deixei aqui por quatro dias, e você casou e perdeu a mãe!

— Tecnicamente eu casei porque sabia que ia perder a mãe. — Respondi, me sentando ao lado dele — Eu sinto muito por ter feito isso sem você aqui.

— Eu teria feito o mesmo, Merida. — Ele respondeu, com uma risada — Agora minha menina é uma mulher.

— Elinor se foi na mesma noite, eu e Lion não fizemos nada.

Um pouco surpreso, ele respirou fundo e apoiou a mão em meu ombro.

— Não se preocupe. Vão ter tempo quando tudo isso acabar.

Então, Carol, com calça jeans e jaqueta de couro, entrou no local e falou.

— Belo reencontro, mas vamos?

Concordei com a cabeça.

— Vamos acabar logo com isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Foi baseado numa teoria que li sobre o general Ross ser um Skrull. Está propositalmente diferente do cinema, focando mais nos quadrinhos e fazendo um mix. Não esqueçam de comentar!



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