Garota Valente 3: Guerra Civil escrita por Menthal Vellasco
Notas iniciais do capítulo
O CASAMENTO É HOJEEEEEEEE!!!!!!!!
Eu sei o quão animados vocês estão, então vamos começar!
Meu vestido precisou ser todo customizado.
Era branco liso com detalhes dourados em alguns lugares. Era bem formal pro meu gosto, mas só de pensar que minha mãe havia feito a maior parte dele, me enchia de orgulho. Ele tinha uma capa, bem indiscreta por sinal, com grandes detalhes dourados no peito, nos ombros e nos braços, mas de resto, ele era até simples. Imaginei que era o tipo de vestido que uma noiva usaria em Asgard, e supus que essa era sua intenção.
Quando falei que me casaria em menos de 48 horas, meu pai começou a agir tudo, no mesmo instante. Minha mãe exigiu ajudar, nem que seja supervisionando a comida. Sempre estava com alguém para a segurar se ela não se sentisse bem. Mas era visível o esforço dela para mostrar que estava bem, mesmo quando era óbvio que não estava. Naquela noite, chorei até dormir.
Já no dia do anúncio, as coisas já começaram a andar. Meu vestido começou a ser adaptado, os clãs foram convidados, assim como meu povo, e o castelo começou a ser decorado. Havia pouco tempo. No dia seguinte, completaram o que faltava, e deixaram tudo pronto para a grande manhã. Foi tudo tão rápido, que não tive tempo para pensar.
A ficha caiu quando eu estava pronta, minutos antes de começar. Eu estava no quarto de minha mãe, andando de um lado para o outro, quando ela entrou, sobre os ombros de uma fiel serva da casa.
— Você está tão linda quanto sempre imaginei que estaria neste dia. — Ela falou, com um sorriso.
— Fico feliz em você poder me ver assim. — Respondi.
— Sim... Estou imensamente orgulhosa de você. — Então, deixando os ombros da serva, se aproximou com algo em mãos. Quase caiu, mas eu a segurei — Acho que você se lembra disso.
Então, ela colocou um colar no meu pescoço. Era deito de prata e tinha o brasão do clã DunBroch. Eu me lembrava de ter o entregado a uma bruxa, mas agora lembro que aquela bruxa nunca existiu. Então o colar ainda estava com a minha mãe.
— Nas minhas memórias do T.A.I.T.I., eu fiz mau uso dele. Não repetirei esse erro.
— Eu sei que não. Agora vamos?
Respirei fundo e acabei soltando uma curta risada.
— Estou nervosa. Muito, por sinal.
— Não se preocupe, isso é muito normal. Mas ser normal não é desculpa para deixar isso te dominar. Você deve ser forte.
— Porque uma princesa deve ser forte? — Soltei como uma pequena ironia.
— Não. — Respondeu com uma risada — Porque uma mulher deve ser forte.
A abracei naquele instante. Choramos juntas, em um abraço apertado e carinhoso. Não queria deixa-la ir. Não queria a perder para sempre. Então, ela falou, ainda me abraçando:
— Você precisa ir.
— Espera... só mais um pouco.
Eu não queria sair de seus braços. Me lembrei de todos os momentos reais ou simulados que vivi com ela. Cada vez que ela me chamou a atenção, cada vez que ela exigiu que eu fosse a melhor versão de mim mesma. E no final, fui grata a ela por quem me tornei.
— Minha garotinha valente. — Ela falou — Está pronta agora?
Então, me afastei e respirei fundo.
— Estou.
Ela e a serva voltaram para o local da cerimônia. Algum tempo depois, eu saí. Uma cerimônia de casamento lá é bem diferente do ocidente. Eu desci pela escada até o local onde meu pai e Lion me esperavam, na frente dos tronos, no salão do castelo. Lion usava um kilt, o que era muito engraçado. Ele estava constrangido e muito vermelho, e eu não pude evitar rir. Ainda bem que sua roupa tinha peças dele, que ele havia trazido, e outras que ele mesmo pediu para comprarem na parte mais moderna do país. Me aproximei ao som de gaitas de foles e parei frente a ele, segurando sua mão. Notamos que algo passava de mão em mão pelos convidados e logo lembrei que era um costume. Eram as alianças. E meu pai estava com uma faixa quadriculada em verde nas mãos. Vendo que as coisas não seriam bem do jeito que ele conhecia, o coração de Lion quase pulou pela boca, então ri e falei, para acalma-lo:
— Você fica ótimo de kilt. Valoriza suas pernas.
— Muito engraçado. — Ele ironizou — Você está lindíssima.
— Obrigada.
Então, meu pai pigarreou, para começar a cerimônia. Como era o rei, queria ele mesmo realizar tudo. Ao menos ele foi poupado das gincanas pré-casamento, pois todos sabiam que ele vinha de outra cultura. E com 48 horas, não teriam tempo para pensar nisso. Foi tudo muito rápido e simples. Meu pai deu a benção e trocamos alianças. Mas antes de nos beijarmos, ele amarrou uma faixa quadriculada verde e azul em nossas mãos e deu um único nó. Aí, ele deu a permissão. Sorrimos um para o outro. Ele apoiou a mão em minha nuca e me puxou para um beijo, calmo e gentil. As músicas em gaita de foles aumentaram o volume.
A festa foi divertida. Os filhos dos lordes estavam casados com outras mulheres e felizes, ao que parecia. Beatrice se esforçava para dar alguns paços, mas só conseguia andar se alguém segurasse suas mãos. Havia muita bebida, mas eu e Lion preferíamos evitar. Dançamos, rimos, trocamos piadas. Nos divertimos muito naquela noite, mais do que havíamos pensado que nos divertiríamos. Cantei algumas canções para os convidados e para Lion, já que insistiam tanto. Mas principalmente, eu e Lion passamos a maior parte do tempo juntos, abraçados.
Quando os convidados começaram a sair, minha mãe se sentiu mal e foi levada para o quarto. Eu e Lion ficamos para ajudar os serviçais a arrumar a bagunça que foi feita no local, já que muitos convidados acabaram ficando completamente bêbados. Quando tudo estava quase arrumado, meu pai apareceu e nos encarou com certa reprovação:
— O que estão fazendo aqui?! Vocês se uniram em matrimônio! Não têm um casamento para consumar?! — Falou, apontando na direção do quarto.
Aquilo me deixou chocada, e a Lion também.
— Assim?! — Perguntou Lion, um pouco surpreso.
— É! Assim!
— Mas pai, ainda vamos nos casar de novo em Nova York! — Afirmei.
— Ora, Merida, fala como se esse não tivesse valido! Eu sou um rei! Se eu digo que vocês estão casados vocês estão casados! Você já é uma mulher, filha! Faça o que deve ser feito!
Eu e Lion nos entreolhamos, notando que estávamos igualmente vermelhos. Seguramos a mão um do outro e fomos para um quarto de casal no topo do castelo, com vista para todo o reino. Aquele quarto já havia sido preparado pelos servos do castelo. Nossas coisas foram levadas para lá, e a cama estava bem arrumada. Lion se sentou e falou:
— Eu faço o que você quiser.
— Eu to na dúvida. — Confessei imediatamente — Se eu fizer isso, não vou mais estar virgem na cerimônia nos EUA, e se eu não fizer, eu posso voltar e morrer, porque meu objetivo é voltar para a guerra.
— Então, seja lá qual for a decisão, você vai se arrepender? — Questionou confuso.
— Sim... Não! Claro que não! É que... você acha que isso realmente valeu?
— Na verdade, acho sim.
Então, respirei fundo e me sentei ao lado dele.
— Então vamos.
Lion se levantou e soltou um suspiro, começando a tirar o kilt.
— Ótimo, estava louco para tirar essa saia.
— Não é uma saia! É um kilt! — Respondi, me levantando e indo até ele.
— Pra mim, é uma saia. — Falou, jogando o kilt para o outro lado do quarto.
Eu ri, e ele puxou minha cintura, me dando um beijo caloroso. Ele apertou minha cintura e eu tirei seu paletó enquanto ele me colocava contra a parede do quarto. Era tudo muito novo para mim, e para ele também. Ele sabia pouco, coisas que seu pai havia dito quando ficamos noivos. Então, ele desceu seus beijos até o meu pescoço e começou a desabotoar meu vestido.
No primeiro botão, alguém bateu na porta, desesperado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
EU SOU UMA ESCRITORA MÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!!!
Espero que tenham gostado. Me mandem teorias do que acontece depois! Quero muito ler o que vocês acharam desse final.
Vestido da Merida:
https://www.megacriativo.com/wp-content/uploads/2016/02/67-vestidos-criativos-para-noivas-vestidos-para-noivas-vestido-de-casamento-ideias-para-vestidos.jpg
Roupa do Lion:
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