Garota Valente 3: Guerra Civil escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 12
A Grande Explosão


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários, Lady Liv e Sah15. Mesmo eu não fazendo mais isso por reconhecimento, me motiva muito vocês me dizendo o que acham.



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A primeira explosão foi um susto.

A segunda foi pedra voando para todos os lados, e a luz do sol invadindo intensamente nosso esconderijo. Então várias cordas desceram com vários agentes deslizaram por elas. Dois com capacete, uma sem.

Krystal.                       

Nunca imaginei que ela seria capaz disso. Ela havia entrado na minha sala em prantos depois que a S.H.I.E.L.D. tentou matar Steve, e a última coisa que ela queria era colocar a família em risco. Ela havia acabado de se casar com Pietro, não o entregaria junto com seu pai. E aquele olhar. Eu tinha certeza que era um olhar de dor e indecisão.

— Última Chance. — Ela bradou — Se entreguem. Uma legião de ferro está vindo exterminar vocês, mas se colaborarem, serão poupados. É a prisão ou a morte.

Sua voz era firme e chorosa. Não de decepção, mas de desespero. Eu já estava perto, atrás de meu pai, que olhou para mim com firmeza.

— Merida, se esconda.

— Já tenho idade para morrer por uma causa. — Ela respondeu.

— Sabe quantas vezes eu quase te perdi?

— Dessa vez seremos nós dois juntos.

Então, ele segurou minha mão, e surpreendentemente concordou. Ele parecia ter me reconhecido como uma mulher naquele momento. Então continuei olhando para a loira que eu chamava de melhor amiga.

— Filha... não é isso que você quer. — Respondeu Steve.

— Não é o que eu quero. É o que vocês precisam fazer.

Então, a vi olhar Wanda. Elas trocaram olhares por algum tempo, e foi assim que tudo começou. Wanda retirou os capacetes dos outros agentes e Pietro correu para nocautea-los. Steve arremessou o escudo para o alto e danificou o helicóptero, mas o que realmente destruiu o mesmo e todos dentro foram um conjunto de flechas explosivas. Tivemos que correr para nos esconder dos destroços.

Era uma pausa. Sabíamos que o pior estava por vir. Vários androides de Stark estavam a caminho, e logo chegariam. E a traição de Krys também chamaria a atenção. E mais uma vez, calmaria. Krys estava abraçada ao pai, e Pietro já estava a caminho. O nome dela foi a primeira palavra que ouvi ele dizer dês de que cheguei. Ao se afastar do pai, abraçou o velocista e começou a chorar, desacreditada. Então me aproximei.

— Achei que tinha nos traído. — Falei, me mantendo um pouco afastada.

Então, ela se afastou de Pietro e me abraçou.

— Eu nunca faria isso. Nunca. — Então, se afastou e ligou o comunicador para falar com a S.H.I.E.L.D. — Pode vir. Venha com força total. Quando Phill acordar, diga que eu tive uma morte que o orgulharia. — Então, soltou o comunicador e pisou nele, o quebrando.

— Não será nossa morte. — Falou Pietro.

— Talvez seja. — Respondeu Kate.

— Se não for, como vamos viver depois disso? — Perguntou Wanda.

— Vamos ter fé. Nosso destino, nós fazemos. São um bando de robôs, boa parte desse pessoal já tem experiência nisso. — Falei, me colocando na frente deles — Arriscamos tudo até aqui. Por que não arriscar um pouco mais? Se nosso objetivo é fazer com que acabem com o Acordo de Sokovia, nossa morte não fará a menor diferença. Não vamos atacá-los. Vamos apenas resistir, e continuar fazendo o que fazemos de melhor. O bem.

Naquele momento, os olhares de respeito e admiração dos outros encheram meu peito. Me lembrava de quando eu desejava aqueles olhares. Como algum dia, eu não tive voz. Eu conquistei um lugar entre eles.

— Merida está certa — Respondeu Steve — Se conheço Stark, ele vai ser orgulhoso o bastante para nos atacar agora, mas Visão e provavelmente Natasha vão insistir que escolham um momento de maior vulnerabilidade. Provavelmente a noite. Vamos nos preparar. O combate pode ser a qualquer momento. Fiquem atentos e armados o tempo todo.

— Eles disseram que você deveria falar isso. Mas eles não estavam a caminho. Provavelmente agora vão estar, porque avisei a vocês. — Disse Krys, preocupada.

— Krys, se esconda e descanse. Nós cuidaremos disso. — Falou Pietro.

— De jeito nenhum! Eu quero lutar. — Ela falou.

— Você é minha mulher. Eu devo te proteger. — Ele respondeu.

— Somos uma equipe. Até que a morte nos separe. — Respondeu minha amiga.

E esperamos. Esperamos por bastante tempo, e nada. Krys colocou algo que não fosse seu uniforme. Comeu algo, conversou com ele sobre as estratégias da S.H.I.E.L.D. que Melinda a passou em segredo, mas não podia dizer o mesmo dos vingadores. Eu treinei. Fiquei horas trocando golpes com Kate, aprimorando minhas técnicas de combate corpo a corpo. Nunca fui muito boa nisso, e não tinha mais minha mãe para me treinar.

E é claro que alguma hora eu cairia no chão. Bufei, um pouco dolorida. Então ela estendeu a mão e me ajudou a levantar. Assim o fiz, mas acabei me sentando novamente. Então ela falou.

— Vão fazer escala de quem dorme e quem espera. Steve não vai dormir.

— Eu sei. E isso me preocupa. Mas não me surpreende nem um pouco. — Falei, apoiando as costas na parede.

— Sente falta dele?

— Sinto falta de muita coisa. Pode ser específica?

— Do seu noivo.

Então, suspirei e abracei as pernas.

— Claro que sim. E ao mesmo tempo, fico feliz por ele não estar aqui. Eu só... não estou pronta pra dizer adeus. — Admiti.

— Você não vai. Sério, sua mãe vai fazer de tudo pra não te matarem. E na pior das hipóteses, ele pode te visitar na prisão.

Então começamos a rir. Era divertido não levar as coisas a sério por ao menos um segundo. Ela me olhou do alto e se sentou de frente para mim.

— Eu não sinto falta de nada. Não me arrependo de vir pra cá com o Barton. Seu pai é meu mentor, e sua família é minha família. — Ela confessou.

— Então somos irmãs? — Perguntei — Eu tenho muitos irmãos, mas nenhum da minha facha etária.

Então, ela riu e concordou com a cabeça.

— Irmãs.

Me levantei e caminhei para fora do tatame, olhando para o grande buraco formado na parte de cima da caverna. Se tentássemos fugir, a Legião de Ferro poderia aparecer no mesmo momento. E para onde fugiríamos? O que aconteceria? Naquela hora parei para pensar no que disse pela manhã, que já tinha idade para morrer por uma causa. Aquelas palavras eram realmente verdadeiras? Eu disse aquilo porque queria provar algo a alguém ou porque era verdade. Então, Krys correu em minha direção e falou:

— Acho que tem algo errado.

— O que exatamente? — Perguntei.

— E se for uma armadilha? Para localizarmos nossas forças em um único ponto, nos distraindo do local do ataque.

— Seriam criativos a esse ponto?

— É claro que seriam.

Aquilo me preocupou. Se fosse verdade, estava funcionando: todos se preocupavam com o buraco no teto, não com a entrada principal, que só era disfarçada porque ninguém sabia sobre o local.

— Temos que falar com seu...

Infelizmente, Krystal estava certa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Amo comentários.



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