Garota Valente 3: Guerra Civil escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 11
A meia noite na Árvore Forca


Notas iniciais do capítulo

Eu não estou mais fazendo por fama. Só quero a satisfação de terminar logo uma saga. Então, como estou trabalhando numa original, essa vai começar a ser resumida. Ou seja, sem enrolação, porque tem água demais a jorrar ainda. Já foi uma das quatro mortes não é? Ótimo, assim não perco a conta.



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Happy também havia traído Stark.

Antes que eu saísse da casa dos Mason, ele me deixou um bilhete de meu pai, que dizia “Me encontre a meia noite na Árvore Forca”. Era um símbolo, é claro. Meio dia, na biblioteca da cidade. Mas eu fiquei um bom tempo o esperando na biblioteca, naquele calor de rachar, usando uma rouca, casaco e óculos escuros. Fui cedo porque não tinha mais para onde ir. Meio dia em ponto, o ex motorista de Tony Stark parou na minha frente, na escadaria da biblioteca.

Quando entrei no carro, senti um alívio gigantesco: meu pai me recebeu com um abraço caloroso. Apenas não chorei porque já havia esgotado minha cota de lágrimas.

— Princesa! Que bom que está bem. Você não veio só porque eu vim, não é?

— Pai, eu li os acordos. Aquilo é um absurdo! Eu não acredito que concordei com aquilo, fui tão idiota...

— Não se preocupe, Merida! — Falou Happy — Tudo ficará bem agora. Vamos ao...

Uma pausa brusca junto com um som de vidro se quebrando. Então, o carro começou a ir mais rápido e perder o controle. Coloquei minha cabeça na frente e vi um furo de bala na cabeça de Happy. Agora ele estava morto.

— Pai, a gente tem que sair daqui! Agora!

Pulamos do carro a tempo do mesmo bater e explodir. Eu estava chocada! Mas não o bastante para minha atenção se perder. Então, lá estava Tony, em sua armadura mais moderna, dessa vez vermelha e prateada. Eu e meu pai nos levantamos e corremos para trás. Infelizmente estávamos com arcos, mas as flechas estavam na mala do carro. Por sorte, a explosão havia aberto a mala sem destruir seu conteúdo, que estava bem protegido. Olhei Stark com a mais pura raiva, e ele falou:

— Por que será que eu sabia que você iria com seu pai? Bem que Visão tentou me avisar.

— Filha, pega as flechas. Eu distraio ele.

Assim que meu pai deu a ordem, eu a cumpri. Foi instinto. Stark tentava acertar sua perna e imobiliza-lo. Mas ele era mais rápido. Mal era uma luta. Até porque, logo ele voou em sua direção e o agarrou. Mas não durou muito, pois uma flecha elétrica atingiu as costas dele. Uma flecha minha. Ele caiu atordoado e fui até meu pai, entregando uma das aljavas.

— Belo tiro, filha. Agora vamos correr.

— Eu não costumo fugir uma luta. — Respondi.

— Mas agora é diferente. Dois arqueiros contra o que há de mais avançado em tecnologia. Não podemos combater isso. Não sozinhos.

Eu queria rebater, mas ele tinha razão. Aquele homem era Tony Stark. Podia ser um completo idiota, mas ainda era um homem bom, no fundo, mesmo que bem no fundo. Então, começamos a correr, mas ele nos alcançava facilmente. Fomos quase obrigados a lutar. Comecei a atirar contra ele, e ele, em resposta, contra nós. Não podia lutar corpo a corpo contra nós dois ao mesmo tempo, então sempre que se distraia com um, o outro a atacava por trás. Até que duas flechas de PAM foram cravadas, uma em sua cabeça e outra em seu peito. A armadura se desmontou. Não havia ninguém.

— Covarde. — Falou meu pai.

— Ele é um. Provavelmente tem mais vindo. Temos que...

Foi quando sentimos um vento forte, como um quinjent aterrissando. Então, um jato da S.H.I.E.L.D. surgiu do nada na nossa frente. Primeiro Stark, agora a S.H.I.E.L.D.?! O jato estava invisível e gradativamente, ganhou forma e cores diante dos nossos olhos.

— A gente vai lutar até o fim, não é, pai?

— Relaxa, filha. É a cavalaria.

Ele estava certo. Kate Bishop saiu do jato, com seu uniforme roxo, óculos escuros e um chiclete na boca.

— Entrem logo! Tem mais daquelas coisas vindo!

Então, entramos. Dentro do jato, tive tempo para pensar e respirar. Scott também estava lá, mas a nave era pilotada por um agente que se uniu à causa. Me sentei num canto e coloquei o cinto de segurança. Era impossível não se lembrar de quando estive lá pela primeira vez. Com meu típico vestido verde, meu arco de madeira esculpido, meus pais me olhando orgulhosos, e um enorme medo em mim. Um medo de conhecer um novo mundo, de abandonar o que me era conhecido por minha segurança.

Era incrível como algo tão simples quanto colocar o cinto num jato tinha uma profundidade a qual eu mesma nunca havia me dado conta. Foi aí que meu pai se sentou ao meu lado. Com um olhar preocupado, ele perguntou:

— Você está bem?

— Como soube que eu mudei de lado?

— Sua mãe me mandou um sinal. Coisa de espião.

— Então ela contou?

— Contou o que? — Ele perguntou confuso.

Meu coração apertou. Mordi o lábio e respondi:

— Ela disse... que quer se separar. Ela disse que queria o divórcio.

Com os olhos arregalados, ele cobriu a moca e depois penteou os cabelos com os dedos. Ele estava em negação. Eu podia ver. Murmurava “Não, não, não”. E eu não podia fazer nada.

— Eu falei que não era pra ser pessoal. Eu falei que ainda a amava, eu...

Então ele parou, com um suspiro triste.

— Eu sinto muito, papai. Sinto muito.

Então, eu o abracei, e ele retribuiu com tanta força que quase perdi o ar. Ficamos assim por um bom tempo. A viagem durou um bom tempo, umas duas horas, e eu e meu pai não nos desgrudávamos. Ele parecia desolado, e eu mais ainda. Então nem notei quando o jato entrou numa caverna, e nem quando aterrissou. Só nos soltamos quando Kate parou na nossa frente e pigarreou:

— Crram crram. Com licença? Acho que a gente acabou de chegar.

Quando descemos, eu vi o lugar. Era uma espécie de base secreta da S.H.I.E.L.D. que havia sido desativada. Steve estava andando preocupado ao lado de Wanda e Pietro. Ex agentes andavam de um lado para o outro. Sam conversavam com um homem de cabelos longos. Exitei um pouco. Parei para pensar em tudo o que já havia feito.

Eu traí minha mãe, me unindo a uma resistência teoricamente criminosa. Teoricamente? Eu havia me tornado uma criminosa! E aquilo começou a me deixar nervosa. Dei vários paços para trás até uma mão tocar meu ombro.

— Hey, Meri! Bem vinda! Que bom que está começando a pensar. — Falou Peter Parker, com um sorriso bobo.

Baguncei seus cabelos e sorri. Aquele garoto tinha 15 anos, era mais novo que eu. Era uma alma muito pura. Me senti feliz. Parecia loucura, mas no mesmo instante, parei de questionar. Se Peter fez aquilo, então talvez fosse a coisa certa. Sem contar que Steve era uma das pessoas a qual eu mais confiava. Com um sorriso determinado, caminhei até ele, e quando me viu, largou o que fazia e foi até mim, me abraçando.

— Merida! Você realmente veio. Que bom. Eu odiaria você nas mãos do Stark.

— Eu to bem, Steve. Relaxa. Só não queria que fosse assim. Queria pelo menos que minha mãe estivesse aqui.

— A Krys? Como ela está? — Ele perguntou preocupado.

— Não sei. Mas a última vez que a vi, ela não parecia muito bem.

— E quem está bem com tudo isso? — Comentou Wanda.

Concordei com a cabeça. Pietro pouco falou. Estava preocupado, mas preferia ficar quieto. Havia acabado de se casar, imagino o quão péssimo deva estar se sentindo. Uma lua de mel interrompida por uma guerra civil. Aquilo estava acabando com todos nós. Meus pais estavam se separando, Krys se via contra o pai e o marido, Wanda estava contra Visão (meio estranho pensar que aqueles dois são um casal), Scott contra Hope em defesa de sua filha, a tia de Peter corria perigo e tinha o Soldado Invernal, que eu ainda não fazia ideia do motivo de seu envolvimento.

Lá, consegui tomar um banho e me trocar. As opções eram escassas, mas eu não me importava. Uma calça justa e uma blusa longa cinza eram o bastante para mim. A comida também era escassa, mas também não era tão pouca. Me sentei e peguei uma maçã, a encarando com certa curiosidade. Estiquei a coluna e comecei a comer. Como não queria um monte de gente perguntando se eu estou bem, decidi ir mais tarde, enquanto os outros estavam ocupados com outras coisas. Foi então que eu me lembrei daquela canção. Peguei um guardanapo e uma caneta que estava em meu bolso e comecei a escrever. Então, as palavras foram se completando gradativamente. Com um pequeno sorriso, comecei a cantar:

Como uma estrela é esse Amor. Mostram do norte seja onde for. Amor que queima como um Sol! Uma luz que parece um farol. — Então, respirei fundo e encostei as costas na cadeira — Pois conversar não adiantou; São palavras que o vento levou! Por que ficou tudo tão ruim? E ainda estamos tão longe do fim. E quando o dia se completar; Será que enfim algo bom vai ficar?

— Você tem uma voz bonita. — Falou uma vós atrás de mim. Quando olhei pra trás, lá estava, o famoso Soldado Invernal. Engoli seco, mas tinha bravura o bastante para não me mover. Ele riu seco e se sentou ao meu lado. Então, quando eu ia falar, ele continuou: — Não se preocupe, eu causo esse tupo de reação mesmo. Você é a Valente, não é?

— Então sabe sobre mim?

— Quas nada. Sei que é filha do Barton, e uma arqueira extraordinária. Wilson disse algo sobre você ser a princesinha do grupo.

Revirei os olhos. Aquilo me fazia parecer muito menor do que eu realmente era. Nunca deixou de ser comum falarem de mim como uma princesa. Ninguém nunca esqueceu desse fato. Mas se referir à mim como a princesinha do crupo criava uma imagem negativa de quem eu realmente era.

— Eu também não sei muito sobre você. Você é amigo do Steve. Stark disse que é um assassino.

— Eu costumava ser.

— E eu costumava ser uma princesa. — Respondi, cruzando os braços sobre a mesa — É uma história longa e complicada.

— Imagino. — Ele falou, com um sorriso bobo. Então, ele me encarou com uma curiosidade engraçada e perguntou — Literalmente uma princesa?

— De um clã muito tradicional da Escócia. — Respondi — Mas quem liga? Se a Krys disse que devo confiar no Steve quanto a você, deve ser verdade.

— Krystal Rogers... Steve não para de falar dela.

— Pietro falou algo?

— O Maximoff? Ele fala?

Aquilo era estranho. Pietro era muito tagarela. Talvez estivesse chateado por estar longe da Krys. Fazia sentido. Então, sorri de canto, estendendo a mão para ele.

— Merida. Acho que podemos nos conhecer de fato agora.

Ele se virou para mim e estendeu sua mão. Ela era d metal, e aquilo me fascinou a primeira vista. A apertei e ele respondeu.

— Bucky. Será um prazer conhecê-la, alteza.

Então, veio uma enorme explosão.


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Notas finais do capítulo

Podem comentar. Recebo de bom grato, mas a fic não é mais movida a isso.

Mortos:
Rhodes
Happy
??????
?????



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