Para sempre sua, Isabella. escrita por Lady Ink


Capítulo 3
Você.


Notas iniciais do capítulo

E o Oscar de pior escritora do ano?
Eu sei, estou muito atrasada, me perdoem, mas minha vida ta um caos.
A faculdade ta me matando e eu tive que mudar de cidade, estou morando sozinha agora e é um período de adaptação bem complicado, peço a compreensão de vocês.

Quero agradecer todos os comentários, obrigada, de verdade, vocês me motivam muito ♥

Bom, aproveitem a historia ♥



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POV Elijah.

Mystic Falls preservava o mesmo clima. Humanos comuns, vivendo suas vidas comuns e alheios a toda atividade sobrenatural que a cidade abrigava. Adorava seu clima de cidade conservadora.

Caminhei em passos brandos até a porta de entrada da casa de Bonnie Bennett e toquei a campainha. Pelo barulho ela devia estar no segundo piso.

— Um minuto – A garota gritou de dentro da casa, após alguns segundos abriu a porta e não se preocupou em esconder sua cara de surpresa ao me ver.

— Olá Bonnie. – Sorri enquanto via sua expressão mudar de surpresa para insegurança.

— Elijah, o que faz aqui? – Ela deu um passo para trás.

— Preciso de... um favor. – Me afastei um pouco da porta de entrada, obviamente ela não me convidaria a entrar.

— Um favor? – Ela passou o peso do corpo de uma perna para a outra – A ultima vez que ajudei você todos os meus amigos foram colocados em perigo por causa do seu irmão psicótico.

— Posso lhe assegurar que Niklaus se quer faz ideia de que estou em Mystic Falls – Garanti-lhe, afinal toda sua preocupação era cabível – Sabe que pode confiar em minhas palavras.

Ela me analisou mais uma vez e por fim disse.

— Olha, eu até de ajudaria Elijah, mas minhas funções de bruxa já estão ocupadas com um problema... – E então algo passou pela sua mente e iluminou seu rosto em um meio sorriso quase... desafiador – Um problema que talvez você possa me ajudar a resolver. O que acha de uma troca de favores?

— Estou ouvindo.

— Tem uma garota, prima da Elena, talvez... – Ela se sentou em uma das cadeiras brancas dispostas pela varanda – Ela foi compelida a esquecer que é uma vampira. E como só vampiros originais tem o poder de compelir vampiros... – Ela continuou um tanto quanto acusatória.

— Um momento. Ela não lembra que é uma vampira? – Perguntei sentando-me a sua frente.

— Agora sabe, mas até umas horas atrás não fazia ideia. Foi compelida para esquecer tudo o que faz dela uma vampira.

— Isso é... perturbador. – Refleti sobre as possibilidades do que aquilo poderia significar – Porem, não creio que seja responsabilidade dos meus irmãos. Mesmo a compulsão de um Original não seria tão... abrangente...

— Como assim? – Ela me olhou desconfiada.

— Bom, compelir alguém ao esquecimento é mexer com a mente da pessoa, associe cada memória a um graveto, - Expliquei de forma humanamente entendível – Quando compelimos alguém a esquecer de algo é como quebrar um graveto – Ela assentiu em entendimento - É fácil, se for apenas um graveto, mas se adicionarmos mais gravetos torna-se quase impossível que os quebremos. Estamos falando de fazer alguém esquecer de sua própria essência. Não posso imaginar nossa compulsão atingindo tais níveis. A não ser... – Um pensamento aterrorizante me passou pela mente.

— A não ser? – Ela incentivou.

— A não ser que seja compelido por algo mais forte que um original. – Seu rosto foi tomado por espanto entendendo onde eu pretendia chegar.

— Alguém que foi criado para matar os Originais.

— Mas por que meu pai compeliria alguém a isso? – Perguntei mais para mim do que para a menina.

— Então acho que não vai poder me ajudar – Ela soltou o ar do pulmões após alguns segundos.

— Talvez eu possa – Refleti lembrando-me dos grimorios que Esther havia deixado para mim – Posso conhecer um feitiço que talvez ajude.

— E o que quer em troca do feitiço – Perguntou altiva.

— Acredita que sonhos significam algo senhorita Bennett? – Sorri quase encabulado com o que iria pedir.

— Sou uma bruxa. Seria uma tola se não acreditasse. Com o que tem sonhado?

— Com uma garota - Vi seu semblante mudar de curiosidade para confusão com uma pontada de... Incredulidade?

— Uma garota? E é tipo, sempre o mesmo sonho? Você conhece ela? - Sua voz acusava que ela estava um pouco embaraçada com a situação.

— Não, ele nunca se repete da mesma forma, porém é sempre a mesma garota - Contei - E não faço a menor ideia de quem ela seja.

— Há quantos dias vem sonhando com ela? - Perguntou analisando.

— Não creio que dias seja a melhor forma medição. Fazem 50 anos.

— O que? - A bruxa foi tomada por perplexidade - Fazem 50 anos que sonha com uma pessoa que nem conhece e só agora resolveu procurar o significado? - Arqueou uma sobrancelha.

— Bom... - Foi a minha vez de ficar embaraçado - Os sonhos eram esporádicos no inicio. Começaram a ser frequente apenas nos últimos meses... Não dei muita importância até que sempre que pegava no sono via a garota.

— E qual o teor dos sonhos, vocês... parecem se conhecer?

— Depende o sonho, em alguns sinto que a conheço há séculos e em outros nem tanto. Eles são no geral conversas...

— E como se sente nos sonhos? Quero dizer em relação a ela?

— É... – Percebi minhas bochechas sendo tomadas de calor, o que denunciava meu constrangimento com a pergunta e pelo sorriso que a morena esboçou ela também percebeu – Temos certa intimidade...

— Entendi... – Ela levantou na intenção de esconder o riso – Não sei o que significa, mas posso ajuda-lo a descobrir... Mas antes preciso ajudar a prima da Elena.

— É claro, compreendo suas prioridades – Disse me levantando também – O feitiço esta em um dos grimorios da minha mãe, eles estão na casa que aluguei, perto do lago. Posso busca-los – Propus me dirigindo as escadas da varanda.

— Seria ótimo, vou estar na casa dos Salvatore, ainda tenho que contar a eles que temos um Original no caso “Vampira não vampira”, então se você puder demorar um pouco, eu agradeceria.

— É claro. E Bonnie, poderia fazer a gentileza de não comentar sobre o favor que lhe pedi? – Perguntei ao sair da casa.

— Pode deixar – Ela disse enquanto entrava novamente.

Caminhei até a casa em velocidade humana, enquanto adicionava mais uma duvida perturbadora ao meu repertorio atual de perguntas: Por que Mikael compeliria alguém a esquecer sua natureza vampirica?

 


POV Isabela.

 

Esperei atônita enquanto Edward ligava para Carlisle, Bonnie buscava um livro de feitiços e Elena e Stefan conversavam sobre minha situação.

— Quer? – Damon me ofereceu um copo do que julguei ser whisky.

— Não sou muito fã – Admiti, negando.

— Vai por mim gatinha, isso vai te ajudar muito – Ele manteve o copo estendido – Ajuda a controlar a sede e...  Tudo o que você esta passando deve ser no mínimo... – Ele deixou a frase se perder em uma careta.

Dei de ombros, mas aceitei o copo. Tomei um gole e senti a bebida rasgando minha garganta, apesar disso trazia uma sensação surpreendente de alivio.

Ainda tentava assimilar tudo o que estava acontecendo. Eu era uma vampira que havia sido forçada a esquecer isso. Não sabia de onde vinha, quantos anos tinha, são sabia quem eu era...

— Isso é whisky Bella? - A voz de Edward me arrancou de meus devaneios.

— Ajuda com a sede... eu acho. – Suspirei – Será que meu nome é Isabella? – Ri sem humor enquanto fitava o liquido escuro se agitar conforme eu fazia círculos com o copo.

 - Vamos dar um jeito nisso ok? – Ele passou seus braços por meus ombros.

Vamos, é claro que sim. O único problema é que ninguém sabia como.

— Voltei – Bonnie anunciou cruzando a porta e uma ponta de ânimo cresceu em mim.

— Achou algo? – Elena perguntou preocupada.

— Mais ou menos... – Ela passou o peso de uma perna para outra, exalava insegurança.

— Como assim fada madrinha? – Damon se aproximou dela.

— Não achei nada nos grimorios da vovó, mas encontrei alguém que conhece um feitiço que talvez ajude... Ele vai chegar com os grimorios da mãe dele daqui a pouco.

— Quem vai chegar Bonnie? – O moreno pediu desconfiado e a garota se encolheu – Por favor, não me diz que esse “ele” usa terno, tem bons modos e um irmão hibrido maluco?

— O que?  Não. – Foi à vez de Elena – Eles não estão na cidade né Bonnie?

— Só ele. Ele me garantiu que o Klaus nem faz ideia que ele esta aqui.

— Você pediu ajuda de um Original que já tentou me matar? – Damon acusou.

— Como encontrou ele? – Stefan ignorou o irmão.

— Ele estava... procurando um feitiço de localização... E, veio pedir se eu fazia então fizemos uma troca... Um feitiço pelo outro.

— Ok, quem é esse “ele”? – Perguntei sem aguentar mais a curiosidade.

— Ele faz parte da primeira família de vampiros, os Originais. Elijah Mikaelson.

Um calafrio percorreu meu corpo assim que Stefan pronunciou o nome.

Elijah Mikaelson.

O nome ressoou varias vezes em minha cabeça me deixando zonza.

— Um daqueles que pode ter compelido Bella? – Edward perguntou ao meu lado atraindo novamente minha atenção.

— Na verdade achamos que não... – Bonnie começou a explicar – Ele não acha que a compulsão de um original seja tão forte a ponto de compelir alguém a esquecer sua natureza.

— Se não foi um deles então quem foi? – Damon perguntou.

— Meu pai – Uma voz rouca e firme preencheu o ambiente, aninhando-se em meus ouvidos como musica – Olá.

E então eu o vi, parado no Hall a apenas alguns metros de mim. Vestia um terno impecável, tinha uma postura altiva, que impunha poder e respeito. Os cabelos alinhados em um corte que mesclava perfeitamente clássico e atual. O rosto tinha feições firmes porém doces. E os olhos de um castanho profundo que imaginei ser capaz de me perder para sempre dentro deles caso não desviasse o olhar.

 Ele correu os olhos pela sala analisando um rosto de cada vez e quando seus olhos pousaram em mim seu semblante firme foi transformado para assombro e então admiração quando um sorriso irradiou de seus lábios. Senti meus labios movimentarem-se num pequeno sorriso, como se meu corpo estivesse respondendo inconscientemente as ações do vampiro.

Senti as mãos de Edward na minha cintura e me repreendi pela sensação que o estranho me causava. Era muita falta de escrúpulos minha pensar isso estando ao lado do meu namorado? Eu não fazia ideia do que acontecia em mim. Mas no momento que meus olhos encontraram os olhos de Elijah Mikaelson pela primeira vez não havia mais certo ou errado. Apenas ele importava, o resto era só... Resto.

 

POV Elijah.

 

Esperei alguns minutos depois de Bonnie ter entrado e me concentrei em ouvir a conversa de dentro da casa aguardando pela minha deixa.

— Um daqueles que pode ter compelido Bella? – Uma voz masculina perguntou.

— Na verdade achamos que não...— A bruxa começou a falar – Ele não acha que a compulsão de um original seja tão forte a ponto de compelir alguém a esquecer sua natureza.

— Se não foi um deles então quem foi? – A voz do Salvatore mais velho perguntou criando a deixa perfeita.

— Meu pai – Disse entrando porta a dentro, sendo recebido olhares apreensivos – Olá.

Observei cada rosto por alguns segundos. Bonnie estava mais próxima ao Hall, seguida por Elena com suas feições que me remetiam imediatamente a Katerina, Damon e Stefan não muito distantes um do outro, um garoto de cabelos acobreados desconhecido e uma garota que me olhava intensamente...

Não pude esconder o espanto ao vê-la ali. Os cabelos castanhos emoldurando o rosto e contrastando a pele pálida. Os olhos grandes e infantis porém decididos que eu tinha visto durante tantas noites denunciavam um misto de confusão e encantamento.

A satisfação e contentamento ao vê-la ali abriram um sorriso em meus lábios e, fiquei abismado ao receber um esboço de sorriso em resposta. Não pude deixar de me perguntar se ela fazia alguma ideia de quem eu era. Provavelmente não, mas uma pequena parte de minha alma desejava ardentemente o contrario.

Ela era exatamente como eu sonhara durante tantos anos. Mantivemos contato visual por breves segundos antes dela abaixar o olhar corando delicadamente. E naquele momento eu soube que não haveria outro lugar no mundo para se estar, ela era real, e, como ela mesma havia dito da ultima vez que visitara meu subconsciente “o resto era só... Resto”.

— Elijah – Elena cumprimentou contida atraindo minha atenção para o mundo novamente.

— Trouxe um dos grimorios de Esther, o feitiço que procuram esta aqui. –Alcancei as paginas amareladas para Bonnie.

— Por que esta ajudando? – Damon perguntou sem se importar em esconder a desconfiança.

— Bom, precisava da ajuda de Bonnie com um feitiço e então fizemos uma troca. E, se nossas teorias estiverem corretas e tenha sido Mikael o compulsor, tenho total interesse em saber o motivo.

— Quer tentar Bella? - Bonnie perguntou se aproximando da garota que tinha voltado a me encarar.

Bella. Nenhum outro nome lhe faria jus.

— Acho que sim - Ela olhou para o garoto de cabelo acobreado que passou os braços em torno de sua cintura possessivamente.

Por algum motivo tive que reprimir o impulso de arrancar o coração dele e nesse instante apenas me dei conta de algo. Não sentia o sangue pulsando em suas veias. Estive tão atordoado ao encontrar Bella que não me ative ao garoto.

— Quem é você? - Perguntei e o garoto me encarou com um olhar de poucos amigos – Frio? – Soou mais como afirmação que como pergunta.

— Edward Cullen, namorado de Bella – Ele disse num falso cordialismo.

Otimo, a garota com quem eu sonho a 50 anos pertence a outra pessoa.

— Então podemos começar? - Bonnie sorriu tentando tranquiliza-la.

— Claro - Ela sentou no sofa com a bruxa a frente e o frio ao seu lado, como um guarda costas. 

— Acho que deveria alerta-las que esse é um feitiço complicado - Me pronunciei chegando mais perto - Como a Compulsão é muito profunda talvez deva ser executada por etapas, uma lembrança por vez. Quase como uma regressão - Expliquei - E isso pode ser bem doloroso Bella, tem que estar ciente disso.

— Tudo bem - Ela assentiu com um pequeno sorriso apesar dos olhos tomados pelo medo. Bonnie tomou-a pelas mãos e começou a pronunciar o encantamento. 

A feição que Bella se esforçava para manter calma foi contorcida numa careta de dor que logo irrompeu num grito agonizante. 

Contive o desejo de afasta-las para interromper o feitiço e vi que Todos na sala pareciam impulsionados a fazer o mesmo. 

Certo, eu havia sonhado com essa garota durante 50 anos, mas ainda sim eram apenas sonhos, não consigo entender por que a dor dela me fere tanto...

POV Isabella
 

Estava sentada frente a Bonnie e tinha minhas mãos nas dela quando ela começou a murmurar palavras sem sentido porem de certa forma num tom familiar. Nos primeiros segundos achei não estar funcionando pois não sentia nada. Foi só quase um minuto depois que senti algo começar a arranhar meu cérebro.

Logo sentia como se alguém estivesse arrancando partes do meu lóbulo cerebral e não consegui reprimir um grito de dor. As imagens em minha mente passavam embaralhadas e em loopings infinitos me deixando tonta. Senti meu corpo encostar em uma superfície macia e a dor cessou, restando apenas a tontura, um odor ferroso e a inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar o que acharam do capitulo, sei que alguns esperavam um reencontro mais emocionante ou que eles lembrassem um do outro mas vai ser um pouco mais complicado que isso hahaha.

O proximo capitulo esta quase pronto e será postado (sem atrasos) na sexta a noite.
Até lá