Don't Lie To Me escrita por MamaRamona


Capítulo 7
Capítulo 7 - TALVEZ




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— Pai? _sussurrei enquanto olhava ele apontando a arma para mim.

    Ele atirou.

    Mas errou.

—Flashback 2012-

— Crys? _Elena.

— Oi. _respondi sentindo-me vazia.

— O que acha de... _Elena interrompeu-se.

    Olhei para o lado e notei que Gata começou a engasgar. Franzi minha testa e cogitei a ideia de ser alguma bola de pelo, mas não, pequenas gotas de sangue foram formando-se no chão.

— GATA! _gritei.

    De forma traumática, ou não, a Gata, ou a Outra Elena, tanto faz, tinham feito a mulher do espelho desaparecer. Mas agora minha pequena heroína vomitava sangue, o desespero atingiu-me rápido.

    Só eu via o sangue?

    Olhei para Elena e ela olhava a Gata, olhei para Stefan e ele fazia o mesmo, parecia hipnotizado.

— Isso é sangue? _perguntou Elena ainda sem soltar seus braços de mim.

— Sim. _respondeu Stefan incomodado e com a voz seca.

    Eu não era a única, pelo menos o sangue eles viam também. Soltei-me dos braços de Elena, fiquei de pé e aproximei-me da Gata, que foi mais rápida e pulo pela janela.

— Stefan, vá atrás dela que eu fico aqui com a Crys_ Elena pediu, levando seu olhar assustado para Stefan_ Quando eles chegarem e você já estiver melhor, vamos levar a Gata ao veterinário. _Elena disse olhando nos meus olhos e passando a mão pelos meus cabelos_ Talvez ela esteja com raiva, talvez seja só estresse, ela ficou rosnando para o nada por muito tempo. Talvez esse sangue seja pelo esforço que ela fez, ou sei lá.

    Balancei minha cabeça encarando as gotas de sangue. Um trator passou por cima do meu emocional e esmagou-me. Meu corpo estava dolorido. Sentei-me novamente e deitei minha cabeça em Elena.

    Em algum momento Stefan tinha saído, mas eu não tinha notado, provavelmente estava de cabeça baixa quando ele saiu para achar a Gata.

— Foi só mais uma crise querida, nada esta pegando fogo. _Elena me abraçou_ tudo está bem, eu juro.

    Quando minha casa pegou fogo e eu fiquei sozinha no mundo, ganhei alguns traumas. As vezes eu sentia que tudo pegava fogo, outras me sentia asfixiada e até mesmo desmaiava. Já tinha procurado ajuda profissional, mas nada me ajudou. Elena já tinha encarado muitas das minhas crises, que simplesmente vinham e iam do nada, era ela que me ajudava a perceber que eu estava bem, que nada pegava fogo e que eu podia respirar. Mas agora, ela achava que tudo isso teria sido mais uma dessas crises, e era até plausível ela pensar isso. Pensei em contar toda a verdade para ela, mas seria melhor Elena continuar achando que era uma crise.

    Minha mente parou, tudo parou.

— Eles chegaram. _ sussurrei, sem tem consciência do que estava falando. 

— Elas quem, Crys? _Elena franziu a testa e encarou-me.

— A morte e a tristeza. _respondi.

Segunda, 27, Janeiro, 2014. Mystic Falls

Stefan Salvatore

    Assim que tal gata de Crystal começou a vomitar sangue, senti minhas presas furando minha boca e as veias do meu rosto começarem a saltar. O maravilhoso cheiro do sangue.

    Eu não poderia perder o controle.

    Não ali.

    Elena e Crystal estavam distraídas demais para me notarem, mas foi quando Elena disse que eu deveria ir achar a Gata que eu realmente soube que a hora da caça iria começar. Eu estava faminto, e quase me alimentei de Elena na entrada de sua própria casa. Agora, com um animal cheirando a sangue isso de fato me excitava. Depois eu só precisaria dar uma desculpa de que ela sumiu, foi atropelada ou morreu de tanto vomitar. Caso não acreditassem eu iria compeli-las.

    Assim que passei pela porta, notei que a Gata estava por perto. Minhas veias voltaram.

     Não levou muito tempo para eu achar algumas pistas do animal. Uma pequena poça de sangue estava na esquina seguinte e logo depois dela algumas pequenas patinhas trilhavam um caminho.

    Levei menos de dois minutos acompanhando a trilha, mas de acordo que as patinhas iam trilhando o caminho iam ficando também cada vez mais fracas até infelizmente sumirem.

    Ainda sim seu rastro estava no ar.

    Eu realmente comecei a achar estranho quando a Gata, que aparentemente estava doente, já estava longe demais da casa de Elena. Nenhum animal em suas condições teria atravessado a cidade, tudo bem, Mystic Falls é minúscula, mas ainda não deixa de ser curioso. Por alguns minutos perdi seu rastro, até finalmente voltar a senti-lo, mas agora, estava vindo da... Floresta? Aquilo me excitava cada vez mais.

    Pobre gatinha.

    Rir de mim mesmo com uma piada interna, quem eu queria enganar? Estava louco para enfiar as presas em seu pescoço e destroçá-lo como o do animal da minha ultima refeição.

    “Escondendo-se cada vez mais dos humanos você só me ajuda, Gata.” Sussurrei para mim mesmo.

    A gata estava entrando cada vez mais na floresta. Eu poderia usar minha velocidade e encontrá-la rapidamente, mas queria um pouco de emoção mais de emoção essa noite.

    O vento forte bateu e perdi novamente seu rastro. Agora eu não sentia mais seu cheiro ou ouvia seus barulhos.

    Enlouquecedor.

    Corri rapidamente até o local que eu tinha sentido o cheiro de sangue pela ultima vez desde que entrei na floresta, eu não estava tão longe, não o suficiente para a Gata sumir dali. Olhei em volta, uma pequena poça de sangue estava formada no chão.

    Estou perto.

    Comecei a emitir um barulho com a boca enquanto roçava meu dedo indicador no polegar, eu queria chamar a atenção da Gata e da ultima vez que conferir as pessoas ainda faziam assim.

— Isso é patético. _ouvi a voz abafada da mulher, ela estava atrás de mim. Me virei rapidamente e ela estava apoiada em uma arvore.

    Eu não conseguia vê-la com nitidez no escuro. Estava faminto, e quando eu estava assim meus poderes eram reduzidos a quase nada. Ainda mais eu, que para um vampiro, era relativamente novo.

    Eu consegui ver apenas sua silhueta, mas era fato de que ela tampava a boca com o braço, o que abafava sua voz e a deixava-a irreconhecível.

— Quem é você? _perguntei. Meu tom de voz frio, calculista e estabilizado. Ela não imaginava que eu poderia atacá-la a qualquer momento. Pobre coitada, quanta inocência.

    Foi apenas pensar na possibilidade de cravar meus dentes nela que meu rosto transformou-se inteiro.

— Quando foi que você ficou tão parecido com ela, Stefan? _perguntou a mulher não respondendo minha pergunta. Sua voz calma e relaxada, a cabeça estava encostada na árvore.

    Franzi a testa e meu rosto voltou ao normal. Quem era essa mulher e como sabia meu nome? Meu coro cabeludo arrepiou-se.

— Você era um rapaz bonzinho, indefeso e bobo. _ela afirmou. Colocando a mão na boca e rindo baixinho_ as mulheres realmente mudam os homens, você não acha? _ela apontou o dedo indicador para a minha direção_ Agora você é o oposto de tudo que era antigamente _ seu tom de voz estava irônico e cínico. Dei um passo para frente, ela não de moveu. Seu jeito de falar lembrava-me alguém.

— Não sei do que esta falando _coloquei minhas mãos no bolso. Vamos lá, mantenha a calma, Stefan.

— Como você não sabe, Stefan? _ela perguntou, seu tom de voz me tirava do sério. Ela estava calma, não apresentava insegurança nenhuma. Parecia ter todas as melhores cartas do jogo.  _Você tinha 21 anos, ela foi o seu primeiro amor _continuou e riu baixinho mais uma vez_ Você já esqueceu-a? _ela perguntou, inclinando a cabeça para o lado e parando de rir.

    Meu coro cabeludo arrepiou-se mais uma vez, meu coração foi à mil. Ela falava de Katherine.

— Ela realmente mudou você. Você parece melhor, agora você é como ela. _encarei-a sem piscar_ você sabe, tem um motivo para você estripar suas vitimas e esse motivo se chama Katherine Pierce, você faz isso para lembrar-se e honrá-la, certo? _perguntou, poderia jurar que estava sorrindo só pelo jeito que ela falou.

    Com o resto de força que ainda tinha corri rapidamente até ela.

    Ela sumiu.

—Hey bonitinho _ela falou do outro lado, me virei.

— Eu sou mais rápida e mais forte. Você não pode me alcançar! _ela ainda tinha a mão na boca e estava do outro lado do espaço_ enquanto você pensa em fazer eu já estou terminando. _gabou-se.

— Você é uma vampira _admiti para mim mesmo em voz alta_ E era você a mulher que estava me observando noite passada. _ apoiei-me na arvore em que ela estava apoiada antes. Era o mesmo rastro daquela noite.

— Você é esperto. _cruzou os braços_ bem mais esperto que em 1864.

    Meu coração acelerou.

    1864, o ano que conheci Katherine Pierce. O melhor e pior ano da minha vida.

— E como você sabe da minha vida? Como me conhece?

— Eu sei de tudo Stefan. _gabou-se._ Ninguém pode me esconder e nem fazer contra mim nada.

— Talvez sim, talvez não. _rapidamente quebrei um galho grosso da árvore em que estava apoiado e lancei-o em sua barriga, o galho atravessou-a antes que ela pudesse ter alguma reação, ela caiu no chão segurando o galho._ Acho que você não é tão fodona assim.


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Notas finais do capítulo

Olá amiguinhas como estão?
Esse foi o capítulo de hoje, estão gostando?
Por hoje é só.
Um beijo ♥



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