Digital Love escrita por Lady Íris


Capítulo 3
Humano.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei, é que existe uma coisa muuuito chata chamada testes de física(estudei bastante e tenho certeza que me ferrei lindamente) e isso fez eu atrasar, tipo assim:Todas as minhas produções textuais. Todas. Mesmo. Não é desculpa esfarrapada (na verdade, é sim mas...)
Sinceramente, eu sou a única que detesta essas coisas de teste e provas? Humpf!
BOA LEITURA!

Nota: A estória passou por um momento de revisão de fluidez de enredo e retirada de erros ortográficos, mas nada que afete visceralmente o Digital Love que conhecemos até o último capítulo.



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—Senhor?-A voz melodiosa de Jarvis soou suavemente insegura.

—Senta aí-Tony estava sentado no terraço deserto da Torre dos Vingadores. Havia chamado Jarvis para ter uma conversa com ele mesmo não sendo dado a seriedades, uma vez que deixava isso para o chato do Cap  Steve, reconhecia que não poderia adiar a conversa, não com o ex-AI sabendo de tudo que sabia. O bilionário sentia-se nu, exposto. E não tinha a menor pretensão de prosseguir com essa sensação.

 O menino sentou-se, ajeitando a roupa folgada no corpo.

—Lembre-me de mandar Pepper arranjar algumas roupas para você, magrelo- Brincou, tentando suavizar ao máximo o nervosismo que o consumia.

—Sim, senhor- O jovem sorriu-lhe, tímido, a face rubra. Era... Adorável.

  Mas o que diabos estava pensando!

 Tony soltou uma bufadela, ainda surpreso pelo caminho que seus pensamentos o levavam e sorveu um grande gole do Martini que descansava em um copo ao seu lado.

—Então... -Anthony inclinou a cabeça para um lado-Você lembra-se de tudo?

—Sim, senhor- Assentiu-lhe, sério-Desde quando o senhor me criou até agora.

—Sinceramente não me chame de senhor-Riu um tanto perante a expressão de pasmo do garoto-Tony basta. Devia saber.

—Mas o senhor... -Ele corou mais-O senhor sempre disse que devia o chamar de senhor, estava no meu HD e...

—Você é um humano agora, com todas as implicações chatas e inúteis-Fez um gesto de tédio com a mão-Não tem senhores.

—Mas... Mas... -Jarvis o olhou, perplexo-Eu...Isso significa que eu não posso mais o ajudar? Eu gostava de trabalhar com o senhor. Eu quero. Esse é o termo? E todos o chamam de ‘Tony’. Eu fui criado para o servir e não quero que isso acabe, por favor meu senhor, por favor- O jovem rapaz parecia a beira das lágrimas, o olhando, suplicante, como se de repente o seu mundo estivesse desmoronando.

  Primeiramente Tony ficou confuso. E logo depois entendeu.

 Jarvis tinha corpo de humano e só. Suas diversas concepções de mundo ainda não eram humanas, eram de um AI. Ele de fato fora criado para ser um servo, para obedecer e ter um mestre, como AI não foi feito para a liberdade e nem sabia o que ela era, dessa forma, não a queria. Sem falar que nunca tivera sentimentos, sempre preso em um estado de absoluta placidez, logo, qualquer emoção que o atingisse seria naturalmente... Arrebatadora.

  Mesmo assim, a ideia do jovem ser apenas um...Servo ou uma casca vazia, o enchia de repugnância. Ter um serviçal digital era uma coisa e ter um humano sem liberdade era outra totalmente diferente. Tony não queria aquilo e nunca iria querer.

 No entanto... No entanto o pobre menino estava quase implorando e por algum motivo que Tony desconhecia, a possível imagem do rapaz em lágrimas fazia seu coração doer e falhar uma batida.

 Decidiu então cuidar dele.

 É, isso mesmo. Iria fazê-lo, suavemente, desejar a liberdade. Não o trataria como um AI e sim como um ajudante até que o mesmo se sentisse seguro e quisesse tomar as rédeas da sua vida.

Uma ótima ideia, digna do gênio que Tony era.

 O ensinaria a ser um humano.

Quis rir, ele não era exemplo para ninguém, a vida o estava pregando uma peça realmente irônica.

—Hey, baby, acalme-se-De maneira desajeitada, envolveu o corpo frágil do menor em um abraço zeloso-Está tudo bem. Você pode continuar a ser meu ajudante, não vejo problema.

—Mesmo?-Indagou choroso. Tony teve que admitir para si mesmo que não havia algo mais adorável do que aquele menino. Oras! O garoto transbordava inocência!

—Mesmo-Tentou seu tom de voz mais doce. O mesmo que se utiliza ao falar com um animal selvagem assustadiço. -No entanto, realmente não quero que me chame se senhor. Chama-me de outra coisa, ok? Você não tem senhores agora e nem deve querer ter.

 O menino soltou um gemido frouxo que fez o coração do bilionário derreter mais um pouquinho.

—Anthony Edward?-Murmurou timidamente-Eu posso chama-lo assim? De Edward?

   Agora foi a vez de Tony corar, ele pigarreou e gentilmente se desvencilhou do menino. Ninguém o chamava assim... Mas aparentemente, essa era a intenção do AI, chama-lo por um nome que só ele utilizaria a famosa exclusividade.

    Sorriu, bagunçando os cabelos castanhos do jovem.

—Com certeza Jarvy-Usou o apelido costumeiro do ex-AI-Você é um baita de um menininho astuto. Será que vou ter que o batizar de Jarvip?

—Isso não soa bem-Negou envergonhado -E eu não sou um menininho! Sou tão velho quanto o senho... Você.

—Que eu saiba você só tem, oficialmente, um dia e meio de vida como um humano-Zombou, porque Tony Stark sem zombarias não era Tony Stark.

 O menino franziu o cenho, fazendo bico.

—Isso é uma... Calúnia-Decretou solene.

—Está aí uma acusação grave, pirralho-Anthony cruzou os braços, fazendo-se de irritado.

—O que os dois estão tramando aí?-Uma voz interrompeu a conversa.

   Natasha os olhava de braços cruzados, batendo o pé no terraço da Torre.

—Só estamos conversando, senhorita Romannoff- O menino sorriu repleto de vergonha.

 ‘’Ele vai ser um daqueles adolescentes tremendamente tímidos’’ Tony previu, olhando para o rapaz. Nunca teve esses problemas com timidez, na verdade, o problema sempre foi a falta dela.

 A ruiva abriu a boca, chocada.

—Ele é adorável Tony- A mulher franziu as sobrancelhas-Venha cá, rapaz. Não deixe que o maldito Stark o macule com suas bebidas e tiradas sarcásticas.

  Tony revirou os olhou terminando de sorver o líquido do copo qual desceu agradavelmente quente na garganta.

  O menino corou mais, o rosto em tom permanente de vermelho.

—Eu vou ficar com... - Olhou de esguelha para Anthony que fez um gesto de tédio com a mão.

—Vá com ela, já terminei o que tinha para falar com você-Sorriu com leveza, ciente de que tinha que ser leve como uma pluma para não assustar o menino inseguro-Os outros vão querer falar com você um pouco também. Só garanta que eles não vão arrancar de você os meus segredinhos sórdidos.

—Oras!-Natasha aproximou-se, pegando o menino pelo braço-É exatamente isso que queremos! Venha Jarvis, compartilhe comigo os segredos sujos da Lata-Velha.

 O menino corou e saiu junto com a ruiva tentando explicar que não sabia de nada.

 Tony suspirou, aliviado. Tinha chamado Jarvis para garantir que ele... De alguma forma, ainda lhe era fiel o suficiente para manter só entre eles as coisas que compartilharam.

 Acabou-se que o menino lhe era fiel demais. E por tudo que era sagrado, Tony iria resolver isso.

 


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Notas finais do capítulo

Tô morrendo de amores pelo Jarvy! Estou sim!
E para quem não entendeu o trocadilho(Tipo...A Mihh) quando Tony falou que iria mudar o nome do Jarvis para Jarvip, é muito simples.Jarvis é sigla para Just A Rather Very Intelligent System (Apenas Um Sistema Muito Inteligente),então ao trocar a letra 'V' para 'P',seria sigla para Just A Rather Very Intelligent Person (Apenas Uma Pessoa Muito Inteligente).
Só eu que estou rindo loucamente ao imaginar o Jarvy sendo ensinado nas coisas humanas pelo Tony? Ok, ok ,eu não vou abusar muito da situação.
Ah, eu descobri recentemente que as pessoas não comentam por falta de assunto, então vou dar assunto para vocês comentarem (hehehe).Três perguntinhas:
1-Quais seus nomes? O meu é Íris,para quem não sabe.
2-Suas idades/cor de cabelo/cor de olhos e altura? Faço 14 na páscoa, tenho olhos castanhos-escuros, cabelo cor de cobre e 1,75 mais ou menos(uma girafa,eu sei)
3-Vocês preferem pizza ou lasanha?Hehehe,eu adoro os dois,mas escolho pizza, porque...Poxa! É pizza!
Agora me falem de vocês!



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