Avatar: A lenda de Mira - Livro 3 - Terra escrita por Sah


Capítulo 21
Professora


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Vamos com a questões. Depois de conversar com o garoto que repostou a minha fic no Wattpad, nós chegamos a um acordo, sob algumas condições ( créditos e etc) ele vai continuar postando lá. Por isso a partir de agora essa fic está disponível no Nyah, SocialSpirit e no Wattpad. Qualquer outro lugar, não tem minha permissão. Outro pedido. Nas notas finais estará um link de um questionário. Se vocês puderem responder vou ficar muito agradecida. É para ajudar no andamento dessa história.



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Mira

Me sinto bem. Aquecida, seca e confortável. Diferente daquela sensação de antes. Do ódio fuminante, daquele calor quase insuportável. Mas por que? Isso eu ainda não sei. Eu não estou mais naquele lugar. Eu não estou mais naquele mundo. Tudo o que eu vejo é branco. Eu já estive aqui antes, é claro.

Korra me olha com a mesma apreensão de sempre.  Ela não fala comigo, apenas acena negativamente.

— O que aconteceu? – Eu pergunto.

Sua forma quase translucida se aproxima de mim.

— Não tem outra forma.— Ela diz em um sussurro.

— O que você quer dizer com isso?  

Ela me mostra a sua mão. Ela está se desfazendo.

Estou tentando segurar, mas cada vez mais sou puxada para ele Mira. Todas as nossas conciências. E em breve você também.

— Haru? Você fala dele?

Sim. Jinora nos ajudou por enquanto. Diferente de antes, agora, ela travou o seu chii.

Jinora? Eu penso na traição dela.

Ela não nos traiu Mira.

— Não?

Ela o atrasou.

—Quem?

— Vaatu. Pouco a pouco ele irá dominar a mente de Haru. Em breve ele não conseguirá se distinguir dele.

— E o que eu posso fazer?

Você ainda não está preparada. Eu já te disse, você precisa aprender tudo. Você ainda é muito fraca.

Ouvir isso dela doeu. 

Korra desapareceu completamente e aqueça sensação boa foi se esvaindo. Agora eu podia sentir o corte nos meus braços, o frio e a minha roupa molhada contra a minha pele. Sò que eu também senti um toque. Alguem passou a mão suavemente pelo o meu rosto. Eu me arrepiei. Precionei os meus olhos.

— Mira?

Uma voz familiar.

— Hina?

Eu abri o olhos e a vi olhando para mim.

Olhei ao redor. Aonde eu estava?

Me levantei e me sentei na cama em que eu estava.

Eu estava exausta. Meus ombros doíam, meus pés reclamavam de dor. A coisa que eu mais queria era voltar a dormir.

— Deite-se. Haru está trazendo um médico para você.

— Haru?

Aquilo me fez ficar alerta. Senti uma corrente elétrica passar por toda a minha coluna.  Me levantei, mesmo reclamando de dor.

— Preciso ir. – Eu disse para a garota que me olhava com pena.

— Não! Você está ferida. O médico já vem!

Ela tentou me fazer deitar novamente.

— Hina. Me solta. Eu preciso ir!

Minha paciência estava acabando, eu a empurrei da minha frente, ela caiu no chão com força e me olhou com os seus grandes olhos castanhos. Aquilo me cortou o coração e eu logo fiquei culpada por ter feito aquilo. Com dificuldade me pus de pé. E quase mancando fui até ela.

Ofereci a minha mão . E pela primeira vez eu vi um traço de raiva nela. Ela estapeou minha mão e se levantou sozinha.

— Haru disse que você não podia sair. E você não vai. Vindo um médico ou não. – Ela disse brava.

— Hina, me desculpe.

— Desculpas? Não precisa de desculpas. Você é assim?  Agressiva.

Eu engoli em seco. Eu não tinha tempo para brigar com ela.  Apenas a olhei e me pus em direção a porta.

Ela se pôs na minha frente novamente.

— Eu disse que você não vai!

Nesse momento ouvimos um alarme. Alto o suficiente para me fazer tampar os ouvidos.

— O que é isso? – Eu gritei!

Hina tambem parecia confusa. Assim eu aproveitei e sai.

O corredor estava iluminado. Eu ouvia pessoas gritando e guardar correndo. O que estava acontecendo? Eu não ficaria para descobrir.

Eu andei apoiada nas paredes, porém não tinha ideia para onde ir. Andei por uns cinco minutos e parei. Eu tinha a impressão de já ter passado por esse corredor antes. Eu odiava admitir mas, eu estava perdida.  Nisso tudo o alarme não havia parado de tocar.

O cheiro de queimado me deu forças. Alguma coisa estava acontecendo.  Andei mais um pouco.

— Creio que você não deveria estar aqui. – Uma voz familiar disse.

Olhei para um dos corredores e a vi se aproximar. Kiha.

Há quanto tempo eu não a via? Só lembro-me de tê-la visto na batalha da arena, aonde Riku e Haru lutaram. Ela está diferente. Parece mais jovem, acho que é a farda que ela usa. A deixou com um aspecto de guerreira, muito diferente daquele que eu estava acostumada.

— Professora? – Foi o que eu disse.

— Professora? Você ainda me chama disso? Depois de tudo aquilo?

—- Eu não disse que você era uma boa professora.

Ela ri.

— Sempre tão engraçada!

Eu apenas retribuo o sorriso. E dou um passo para trás.

— Aonde está indo querida?  O Avatar Haru deixou bem claro. Ele tem planos para você. 

Ela move os braços em uma posição estranha, assim eu sinto os meus músculos enrigecerem, ela está fazendo aquilo de novo. Ela está dobrando o meu sangue.

— Vamos voltar para os seus aposentos, sua amiga, Hina, deve estar preocupada.  

Meus braços se contorceram  e ficaram imóveis. Eu não conseguia dobrar nada.

Nos assustamos quando as paredes começaram a tremer, um barulho alto e forte veio logo em seguida. Kiha me soltou

— Maldito Sina! – Ela gritou.

O que Sina tinha a ver com isso?  Não importava agora. Seja o que for isso me deu chances de lutar.

Eu não tinha opções de água. Eu só podia contar com o ar naquele momento. Mesmo com as mãos machucadas, a dor foi embora quando eu senti o formigamento.

Kiha me ensinou a dobrar água com maestria, ela sempre soube do que eu sou capaz com aquele elemento, mas acho que ela nunca me viu de perto quando eu dobro o Ar. Meelo foi um bom professor,  ele apenas me ensinou o básico  mas, com isso eu consigo fazer coisas incríveis.

Mesmo naquele espaço limitado, eu tenho vantagens, enquanto ela não dobrar o meu sangue eu sinto que posso vencer.

Movo os minhas mãos suavemente, até ter o suficiente para afastá-la do caminho, Kiha bate com  força em uma das paredes.

Ela tentou se mover novamente, mas eu estava preparada. O ar rodopiou entre nós duas, e a derrubou contra o chão.  Ela não parecia assustada, apenas surpresa.

— Você melhorou bastante, Meelo ainda é um gênio apesar de tudo, conseguiu te ensinar a fazer alguma coisa útil. Mas, minha querida aluna, você ainda é apenas uma criança. Te falta experiência. Eu já enfrentei dobradores de ar antes, e uma coisa que eu sei é lutar contra eles.

Ela se levantou e retirou um pequeno frasco da lateral da farda.

— Aposto que você não conseguiu sentir isso. Olha só como a tecnologia melhorou.  Eles conseguiram criar recipientes neutros.

Ela abre a garrafa e dobra a água para fora dela.  Ela envolve os braços com a água e forma dois chicotes.

— Sabe, Mira. Quando eu te conheci, logo depois de você ter dobrado toda a água daquela piscina, eu achei que você poderia ser uma espécie de pupila para mim. No final das contas você era como eu. Eu me via em você. Problemas com os pais, competitiva e dobradora de água. Mas, pena que você não era só isso. Você tinha que ir além, querer ser alguma coisa que você nunca foi. Avatar? Eu quase acreditei em você.

Ouvir Kiha falar essas coisas me incomoda, pois no inicio eu também cheguei a vê-la como uma figura materna Mas, eu estava enganada. Ela é apenas uma pessoa mimada que não aceita perder. Ví isso no meu teste para entrar para a escola. Foi naquele momento que ela começou a nutrir seu ódio por mim.

Não consigo fazer nada com a água que ela está controlando. Uma coisa eu não posso negar, ela é a melhor dobradora de água que eu conheço.

Sentimos mais alguns tremores.

— Temos que ser rápidas, não acho que ele prédio sobreviverá muito tempo. – Ela me diz.

Nesse momento , ela me envolve  um dos meus braços com um dos chicotes.  

— Irei te levar até o Haru, ele saberá o que fazer.

Foi difícil, mas consegui me livrar do seu chicote, eu congelei metade dele e quebrei com um soco. Meus punhos doeram, mas valeu a pena.

Kiha tentou novamente, mas dessa vez eu me desviei. Como eu estava sem sapatos foi fácil flutuar sob um corrente de ar que eu concentrei debaixo  dos meus pés.  

Ela não tentou dobrar meu sangue novamente. Não é lua cheia e apesar de muito boa, ela não é um prodígio, como eu desconfiei, sua dobra de sangue tem limites.

— Não vai tentar dobrar o meu sangue novamente? – Eu provoquei.

Ela não me respondeu, apenas tentou me atacar novamente. Só que eu tinha a vantagem, me desviei, e em um impulso, saltei sobre ela, parando do outro lado do corredor.

— Ufa, ainda bem que o pé-direito daqui é alto! – Falei para ela sorrindo. – Agora você vai ter que tentar me acompanhar.

Apesar de odiar fugir de uma luta, eu me senti bem deixando ela para trás, melhor que uma vitória é fazê-la de idiota!

Toquei o chão novamente com os meus pés e senti os tremores.

Preciso me apressar.

Pensei em Hina e em todas aquelas pessoas que estavam ali. Eles perceberiam não é? Sei que sim! Eu preciso me apoiar a isso e sair rapidamente daqui. 

Finalmente encontrei as escadas.  Mas, antes de continuar eu senti um aperto no coração. Cheguei a ficar zonza. Aquela sensação estranha que eu só tenho quando ele está perto.


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Notas finais do capítulo

Respondam por favor, para me ajudar a tomar decisões sobre a fic : https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd6ETDT93r-RIPZznnsWeB12q73RGM7WEPpcpv1tKujUPsonA/viewform



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