Avatar: A lenda de Mira - Livro 3 - Terra escrita por Sah


Capítulo 19
Farsa


Notas iniciais do capítulo

Me desanimei. Sério. É complicado você dedicar quase 3 anos em uma fic e alguém vir copiar e respostar em outro lugar sem minha permissão. Alguém que eu não sei quem é, postou a fic inteira no wattpad. E tipo desde o ano passado. Não costumo entrar no Wattpad, então nunca imaginei que algo assim poderia ocorrer. Mas, ta ai o próximo capítulo. Que teve o seu nome alterado para condizer com o que aconteceu, e meio que casou com o andamento do capítulo.



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Haru

Ela estava em uma maca, desacordada. Tzar estava ao seu lado e parecia orgulhoso. Como se isso realmente fosse motivo de orgulho. Ele me saudou e sinto que ele esperava um agradecimento. Porém apenas o ignorei, eu tinha coisas mais importantes para fazer. Acho que ele sentiu o meu menosprezo e saiu da sala.

Ela está molhada e sua roupa rasgada em diversos lugares. Seu cabelo escuro está solto e grudado no rosto. Ela respira suavemente como se estivesse meditando.

Como essa situação parece errada. Tudo parece estranhamente errado, mas eu sinto que é como as coisas deveriam ser.  Há alguns cortes nos seus braços e mãos. Pequenos filetes vermelhos que ainda sangram.

Eu achei que eu me sentiria renovado ao vê-la, que minhas forças voltariam instantaneamente assim que ela estivesse sob o meu controle. Mas, eu só tenho essa sensação estranha. Esse buraco no meu peito, essa insegurança que me deixa inquieto. Eu tremo por um sentimento que não vem, e isso me deixa frustrado.  

Me aproximo ainda mais e toco o seus rosto. Sua pele ferve sob o meu toque. E eu sinto a raiva. Um ódio superficial que aos poucos se torna profundo. Quando eu tiro minha mão dela, a raiva se discipa.

 Eu não posso culpá-la. Eu já me senti assim antes. A dor da traição é enloquecedoura.  Unac sentiu todo o meu ódio por ele, e eu espero não sentir todo o ódio da Mira.  Por isso ela deve ser direcionada, ela precisa me entender antes que faça alguma coisa.

Sou interrompido. A pessoa que eu queria que chegasse está aqui.

— Pode entrar. Hina.

A pequena garota entra na sala sem levantar o olhar. Ela olha para o chão e ignora o que está a sua frente.

— Olhe para mim. Quando eu falo com você. – Eu tento dizer delicadamente.

— Sim senhor! Digo. Avatar Haru. – Ela diz se atrapalhando com as palavras.

Quando ela finalmente vê Mira. Ela se choca.

—Mira? – Ela me pergunta.

— Sim. Eles a trouxeram agora pouco.  Pode chegar mais perto!   

Ela se aproxima com cautela. Ela parece inicialmente assustada, mas quando vê o estado da garota. Ela se apressa.

— Ela está bem? Por que ela está machucada? Você disse que nunca a machucaria!  -- Ela diz em um tom de quase raiva.

—  Vocês são amigas. Correto?

Ela me olha quase desacreditada.  Enquanto toca a testa de Mira.

— Bem. Éramos.

— Mas, ela ainda confia em você?

— O que você quer dizer com isso? Ela está ferida.

Hina está agindo como o esperado. Eu ouvi dizer que antes da Mira se descobrir uma dobradora. Hina era a sua única amiga.

— Eu sei, Hina. Agora eu e ela precisamos de você.

— Como assim?

— Eu preciso que Mira entenda tudo o que estamos fazendo.

Ela para e pensa um pouco.

— Avatar Haru. Você pode me responder uma pergunta?

— Claro.

— Eu só fui recrutada para isso? Por causa dessa minha proximidade com a Mira?

Ela estava certa. Hina não é um gênio como Sina. Não há nada de especial nessa garota. Ela é como qualquer outra.  A única coisa que a torna insubstituível é essa conexão.

— Não. Eu preciso de você. Todos são importantes Hina. Para que o mundo se torne mais justo. Lembra?

Ela parece aceitar a minha resposta. E cora em um sorriso.

Ela é fraca e manipulável como qualquer outra menina na idade dela. E acho que ela enxerga Mira em mim. Por isso ela desenvolveu essa paixonite por mim.

— Hina. Preciso que cuide dela. Mandarei um médico em breve. Mas, quando ela acordar. A primeira pessoa que ela deve ver , é você.

— Sim! Você pode confiar em mim!

Aproximo-me  dela e pego a sua mão

— Eu confio!

Ela ruboriza ainda mais e baixa o olhar.

Saio e deixo as duas. Tenho esperanças que tudo dê certo. Que Mira confie em mim. Eu preciso disso para os meus planos.

Ao sair da sala sou abordado por Wren.

—Senhor, Aarion pede uma audiência.

—Aarion?  

Ah sim. Lembro-me. O filho mais velho de Meelo. O que será que ele quer aqui?

— Leve-o até a sala presidencial.

— Como quiser.  – Wren se retira.

Eu entro na sala presidencial. O corpo de Zurigi Weing já não está mais aqui. Espero que eles consigam entregá-lo a familia.

—Família. – Eu me pego dizendo enquanto observo a mancha de sangue que o seu corpo deixou.

Me sento na cadeira dele e observo a cidade escura da janela panorâmica.

Ouço a porta abrindo e me viro lentamente.  Não é apenas Aarion, Jinora e Meelo também estão aqui.

Eu sorrio.

— Avatar. – Ouço Meelo dizer.

Ele já foi mais alto que eu, mas agora, ele se encurvou tanto que não bate nem em meus ombros.

Tivemos uma conversa logo depois que cheguei aqui. Eu achei que eles não iriam ficar do meu lado, mas a culpa que eles sentiam era maior do que qualquer desconfiança.  Eu não confio neles, aprendi da pior maneira.

— Quando você fará? – Ele me pergunta apreensivo.

— Farei o que? – Pergunto.

— Acabará com tudo isso!

Eu realmente espero que ele me diga o que ele quer que eu faça.Quero ouvir da boca dele, que sempre prezou pelos preceitos dos monges do ar , para que mate a garota.

—Você sabe. Não podemos demorar. Jinora já está sentindo pouco a pouco as mudanças no mundo espiritual.

Eu olhei diretamente para Jinora. Ela está sentindo mesmo? Ou é apenas mais um truque? Não consigo confiar nessa gente.

— Sabemos que as coisas não podem ser feitas assim. Vocês monges sabem mais ainda que para tudo deve haver um ritual,uma ordem.

— Sim,mas...

— Mas? Não existe mas. As coisas serão feitas no meu tempo. Quando eu achar propicio.

Meelo parece irritado. Não posso culpá-lo. Ele acha que as coisas serão resolvidas assim, facilmente. Nada é fácil. Além do mais não tenho nenhuma intenção de matar Mira. Ela é importante demais. Eu preciso dela.

Nós precisamos dela. Ouço a voz no fundo da minha mente.

Jinora não tira os olhos de mim. Seu olhar é intenso, quase intimidador. Foi difícil convencê-la. Ela tem convicções fortes demais. Ás vezes desconfio que ela não esteja do meu lado.

— Vocês terminaram? Tenho coisas mais importantes paraq fazer.   

— Imagino que sim. Por favor, Avatar Haru, nos deixe saber quando o ritual será feito. – Meelo diz.

— Vocês serão os primeiros, a saber. – Minto.

Volto para aonde Mira e Hina estão, porém sou informado que Mira ainda permanece dormindo. Isso me faz pensar no meu próprio cansaço. Vou até o que seria uma sala de descanso e deito em um sofá, esperando que o sono me derrube, porém, nada acontece. Passo horas olhando para o teto.

Repentinamente sou engolido pela a escuridão. Eu não sonho, pelo menos não mais, por isso me assusto quando vejo aquela forma vermelha dançando na escuridão.

— Haru. – Ouço uma voz firme falar.

— Quem é? – Eu pergunto.

— Você sabe. Só não quer admitir.

— Não. Eu não sei.

Um medo toma conta de mim. Tento me afastar, mas só me afundo cada vez  mais.

A luz finalmente aparece e percebo-me. Ainda estou no sofá.  Wren me olha com preocupação.

— O que foi? Ela acordou?  -- Pergunto esfregando os olhos.

Ele nega.

— Senhor. Os prisioneiros conseguiram fugir.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo já está pronto. Tive muito prazer em escrevê-lo, já que é um POV de um dos meus personagens preferidos da fic inteira. Mas, agora, de verdade, para recuperar a minha vontade, vai ser difícil. T.T



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