Após perder para Seirin, foi inevitável para Aomine não se aproximar de Kagami Taiga. Ainda mais inevitável foi se apaixonar, e não foi por nenhuma garota com numeração de busto avantajada ou por alguma capa de revista imprópria para menores... Apaixonara-se por um maldito tigre.

Quem imaginaria que Aomine Daiki se pegaria suspirando ao pensar em Kagami Taiga? Nem ele esperava isso de si mesmo. Taiga veio como o tigre que era e abriu caminho com as próprias garras até o coração de Daiki e ele tinha esperança que sua pantera tivesse feito o mesmo com o Ás da Seirin.

Suas partidas de um contra um viraram apenas desculpas para ver Taiga, aparecer na casa do mesmo vez ou outra exigindo comida não era diferente. Já tinha virado rotina para Daiki encontrar Kagami após as aulas em uma quadra perto do Magiburger, então se perguntava o que faria naqueles meses em que Kagami ficaria na América visitando o pai durante as férias...

Aquela era a última partida deles antes da viagem, jogaram várias rodadas e Aomine chegou a conclusão que não sabia o que era melhor: a careta irritada de Taiga quando perdia, ou sua gargalhada quando ganhava, ou, talvez, seu sorriso singelo quando Daiki aceitava jogar mais uma partida... Aomine não estava acreditando que aquele maldito Bakagami estava fazendo-o ficar meloso.

De qualquer forma, após várias horas jogando, Kagami achou melhor voltar para casa para se arrumar já que partiria em algumas horas. Aomine insistiu para ir junto, e depois de uma leve discussão rotineira, ambos estavam na frente da porta do apartamento de Kagami enquanto o mesmo rodava a chave.

Aomine se atirou no sofá assim que entrou, deixando a educação de lado como já era de costume, Kagami apenas bufou e anunciou que iria tomar um banho. Nesse meio tempo em que Taiga estava no banheiro, Aomine finalmente chegou a uma decisão. Aomine Daiki se declararia para Kagami Taiga antes do mesmo ir para a América.

Kagami já estava de malas prontas e já havia ligado para todos os amigos se despedindo, quando a hora do embarque começou a se aproximar, Taiga optou por chamar um táxi para leva-lo até o aeroporto e não conseguiu negar quando Daiki pediu para acompanha-lo até lá.

Kagami admitia que Aomine estava estranho naquele dia, mas parece que piorou desde que chegaram em seu apartamento... No caminho para o aeroporto, não foi diferente, Aomine parecia evitar contato visual e estava muito mais quieto do que de costume. Kagami resolveu por ignorar, Aomine devia estar apenas chateado por não ter quem encher o saco durante as férias.

A viagem de táxi não foi tão longa, e ao chegar ao aeroporto, Kagami desceu prontamente já com suas poucas malas em mãos. Aomine optou por não descer do carro, mas pediu para o taxista esperar um momento.

— Bem... Obrigado por me acompanhar, Ahomine –Kagami soltou em um sorriso singelo enquanto Daiki baixava o vidro do carro.

— Eu sei, eu sei... Eu sou o melhor e ainda tenho um bom coração para com os carentes... –Aomine brincou em seu tom normal. Aquilo deixou Kagami menos preocupado, Aomine voltara ao normal aparentemente.

— Então... Até mais! –disse Kagami já virando as costas para o outro.

— Taiga! –Kagami voltou-se para Daiki uma última vez ao ouvir seu nome apenas para ser surpreendido pelo mesmo- Eu gosto de você, Bakagami.

E após se confessar, Daiki apenas abaixa o vidro do táxi e pede para o motorista ir embora deixando um Kagami confuso e vermelho para trás. Tão confuso quanto os próprios sentimentos em relação ao outro e tão corado como os próprios cabelos.