Caderno de ideias escrita por Benihime


Capítulo 24
Princess




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— Todos ficamos espantados com sua mensagem. — Cheetara declarou. — Como sabe que o pendente é perigoso?

— Sozinho o pendente de safira não tem poder. — A outra mulher explicou, ainda oculta pela sombra das árvores. — Mas, se combinado com a Esmeralda do Caos, confere um poder capaz de destruir o Terceiro Mundo. Mas, é claro, não precisa crer apenas em minha palavra.

Uma mão fantasmagórica se materializou, segurando um pergaminho. Cheetara o leu rapidamente, e não conseguiu conter uma exclamação de pavor.

— É por isso. — A outra mulher declarou calmamente. — A safira precisa ser escondida em segurança, longe de MumnHa.

— Tem certeza de que ele não sabe sobre isso?

— Não. Eu sou a única que sabe sobre o poder das pedras. Por isso preciso da ajuda de vocês: para destruí-las.

— Nós a ajudaremos. — A fêmea Thundercat garantiu. — Mas e quanto à esmeralda?

— Já cuidei disso. — A mulher estendeu um braço e ergueu a manga longa, revelando um bracelete de ouro com uma enorme esmeralda. — Estará a salvo, contanto que o paradeiro da safira jamais seja descoberto.

Cheetara assentiu e viu o brilho de um sorriso nas sombras.

— Sei que ainda deve ter muitas perguntas, Cheetara. — A mulher misteriosa declarou gentilmente. — Infelizmente, não há tempo para respondê-las agora. Mas haverá outra oportunidade, se desejarem. Estarei aqui, neste mesmo lugar, daqui a uma semana e responderei suas perguntas o melhor que puder. Não precisa vir sozinha. Sei que os outros também devem estar questionando a "aliada misteriosa" que apareceu tão subitamente.

Mais um aceno de cabeça. Cheetara se viu baixando a guarda, mesmo diante da recusa da mulher em se deixar ver.

— Nos veremos novamente. — Declarou, pronta para voltar à Toca dos Gatos.

— Assim espero. — A outra respondeu. — E Cheetara?

Cheetara, já pronta para correr, voltou-se novamente para as sombras.

— Avise aos outros para ficarem vigilantes. Não tenho certeza, mas MumnHa anda tramando alguma coisa.

— Avisarei — Garantiu — E obrigada.

(...)

Exatamente uma semana depois, Cheetara e Lion-O voltaram à entrada do bosque para conhecer a "aliada misteriosa".

A figura que saiu de entre as árvores fez ambos pularem de susto e Lion-O assumir a dianteira, de espada em punho. Era um vulto de manto negro que os Thundercats conheciam muito bem.

Para surpresa de ambos, o vulto ergueu as duas mãos em sinal de paz e riu. Uma risada delicada, feminina.

— Peço desculpas pelo susto. — Disse a voz, que Cheetara reconheceu — Eu devia ter imaginado o que pensariam ao me ver.

— Você é a aliada misteriosa de quem Cheetara falou? — Lion-O inquiriu.

— Sim, Mestre Lion-O. — Foi a resposta. — Pode baixar a espada, não desejo lutar.

Devagar, ainda relutante, Lion-O embainhou a Espada Justiceira. Só então a figura de manto deu mais um passo adiante, ficando diretamente sob a luz do sol, e baixou o capuz.

Ambos ofegaram. A mulher sob o capuz era jovem e tinha um belo rosto. Pálida, cabelos muito pretos, lábios cheios e — o mais incrível — um par de olhos vermelhos como rubis.

— Suponho que queiram começar com o mais óbvio — Disse agradavelmente, acomodando-se em um tronco caído à margem do caminho. — Meu nome é Calista.

Lion-O e Cheetara se acomodaram também no tronco, de frente para a jovem.

— E por que resolveu nos ajudar, Calista? — Lion-O inquiriu.

— Porque ouvi muita coisa sobre vocês. — Foi a resposta — Os Thundercats e eu ... Temos ideais em comum. Honra e justiça, por exemplo.

— Mas como sabia sobre as jóias? — Foi a vez de Cheetara inquirir.

— Já viajei muito. Ouvi lendas, estudei antigos mitos ... Quando soube sobre as jóias, sabia que precisava avisar vocês.

— Lhe devemos agradecimentos pela informação — Lion-O declarou. — Não só sobre as jóias, mas sobre MumnHa.

— Não me agradeçam. Era o mínimo que eu podia fazer.

Ambos perceberam a sombra nos olhos vermelhos da jovem. Arrependimento. Vergonha.

— Agora só resta uma pergunta, não é? — Ela disse baixinho. — Como eu sabia sobre MumnHa? Prometa manter a espada embainhada, Mestre Lion-O, e responderei.

— Tem minha palavra, Calista.

A moça assentiu, cruzando ambas as mãos sobre o colo. Seus olhos baixaram para lá, observando o movimento dos próprios dedos com interesse.

— Eu sabia sobre MumnHa porque ... Ele é meu pai.

Ambos os Thundercat pularam de pé, mas Calista ergueu novamente as mãos, pedindo que esperassem.

— Apenas escutem — Pediu — Deixem-me terminar. MumnHa é meu pai, mas não luto pelo mal. Não sou como ... Como ele.

Cheetara foi a primeira a relaxar e voltar a sentar-se. Lion-O pareceu incrédulo.

— Ora, Lion-O! — A Thundercat fêmea exclamou — Calista nos ajudou. Eu diria que ela merece ao menos o benefício da dúvida. Não concorda?

Os músculos tensos do líder dos Thundercats relaxaram pouco a pouco.

— Tem razão, Cheetara. — Concordou por fim, sentando ao lado da colega. — Se quisesse nos fazer mal, não teria nos avisado. Certo, Calista?

— Certo. — A moça assentiu, aliviada. — E obrigada pelo voto de confiança. Significa muito para mim.

(...)

— Tenho um plano para deter meu pai. — Calista anunciou, algumas semanas após o primeiro encontro com Lion-O e Cheetara. — Precisam atrai-lo para fora da pirâmide em sua forma mortal. Ele estará vulnerável, e poderei usar minha magia. Mas precisaremos de ajuda.

— É impossível. — Lion-O declarou — MumnHa jamais sairia da pirâmide sem feitiços de proteção e o poder dos espíritos do mal.

Calista abriu um sorriso travesso, seus olhos vermelhos brilhando.

— Sairá, sim. Basta lhe darmos um motivo.

— Diga como pretende fazer isso.

— Precisaremos de ajuda. Aquela sua amiga, policial Mandora ... Ainda tem contato com ela? — Lion-O assentiu, surpreso — Então chame-a. Não diga a ela nada sobre mim, apenas que sabe como pegar MumnHa. Depois acertaremos o resto.

— Parece um plano arriscado.

Calista e Cheetara lhe dirigiram olhares iguais de censura enquanto a morena cruzava os braços, ofendida.

— Pensei que confiasse em mim, Thundercat. — A moça declarou — Alguma vez os decepcionei?

— Não. — Foi a resposta — Está bem. Falarei com Mandora.

— Obrigada, Lion-O. Me avise sobre a resposta dela.

(...)

— Tem certeza? — Cheetara inquiriu.

As duas mulheres caminhavam juntas pela floresta, sozinhas. Lion-O já havia retornado à Toca dos Gatos.

— Absoluta, Cheetara. Meu plano é brilhante. Ainda melhor do que aquele da Batalha de Skytomb. Confie em mim.

— Eu confio — A loira garantiu — Por falar nisso, Phantro ficou muito impressionado com seu plano para invadir Skytomb.

Para sua surpresa, Cheetara ouviu Calista rir.

— Pensei que Phantro reconheceria seu próprio plano. — Declarou — Pelo visto, me enganei. Eu apenas adicionei meu conhecimento do local e dos Lunatacs. Era a peça que faltava.

Cheetara apenas balançou a cabeça, sem palavras.

— Você é mesmo uma mulher cheia de surpresas, Calista.

(...)

Assim que viu Calista a policial Mandora ofegou e sacou sua arma.

— Princesa das Sombras! — Exclamou.

Calista não esboçou reação, nada além de erguer as mãos no ar em sinal de paz.

— Vejo que minha antiga reputação me precede. — Disse. — Mas, para todos os efeitos, a Princesa das Sombras e eu somos pessoas completamente diferentes.

— Mentira! O que está planejando desta vez?

— Nada. — Calista se mantinha calma — Por mais difícil que seja de acreditar, estamos do mesmo lado.

— Por que eu acreditaria em você?

— Convenci os Thundercats a chamarem você e me ajudar nesse plano. Isso não é motivo suficiente?

Sua postura se alterou minimamente, e todos sabiam que ela estava olhando para Lion-O.

— Lion-O, eu sempre lhe disse que sua boa-fé acabaria sendo usada contra você.

— Não dessa vez, Mandora. — Lion-O foi firme. — Calista realmente está do nosso lado.

— Sim. — Phantro afirmou categoricamente. — Sem ela, não teríamos conquistado Skytomb.

Calista tentou não demonstrar, mas ser defendida daquela forma lhe aqueceu como uma supernova interna.

— Se até você, Phantro, foi conquistado, creio seja verdade.

E então Mandora baixou a arma. Calista sorriu, orgulhosa.

(...)

— Não! Isso é maluquice!

— Pense, Lion-O. — Calista insistiu — Posso lhe dar o que quer: MumnHa e os mutantes. E Chilla também.

— Lion-O tem razão. — Cheetara opinou — Não podemos fazer isso.

— Meu pai não sairá da pirâmide por menos do que isso. — Calista quase gritou — É a única forma de derrotá-lo de uma vez por todas!

— Não a esse preço.

— Não precisa ser real. Apenas temos que fazer parecer real.

— E eu sei como. — Mandora, que apenas escutara calada até então, se manifestou. — Posso ajudá-la, Calista.

— Ótimo! — Os olhos vermelhos da jovem brilharam. — Vocês, Thundercats, fiquem de prontidão. Darei o sinal.

Phantro assentiu e estendeu um pequeno disco negro para a moça. Era um projetor que copiava o símbolo do Olho de Thundera, projetando-o no céu tal qual a Espada Justiceira.

— Assim que tiver oportunidade, pressione o botão no centro. Iremos ao seu encontro.

— Certo. Pronta, policial?

(...)

Calista ficou parada e fechou os olhos, preparando-se.

— Você com certeza tem coragem. — Mandora comentou — Quer mesmo continuar com isso?

— Apenas seja rápida.

— É claro. — Foi a resposta — Não sentirá mais dor do que o necessário.

— Obrigada, Mandora.

— Esperem! — Era Cheetara. Trazia nas mãos uma seringa. — Calista, deixe que eu use isto. Vai anestesia-la.

— Sim, Calista — Mandora insistiu. — Aceite.

— Está bem. — Calista cedeu — Você não se sentiria bem se fizéssemos de outra forma, não é?

Para sua surpresa, Mandora deu uma resposta positiva àquela pergunta.

(...)

O anestésico a deixou sonolenta e relaxada. Calista sabia que não sentiria quando Mandora desde o tiro.

A policial ergueu a arma, mirando. Seus braços estavam pesados, mas Calista se esforçou e os ergueu o máximo que pôde, facilitando a mira. A próxima coisa de que se deu conta foi o barulho do tiro e então escuridão total.

(...)

Ao abrir os olhos, Calista se viu em um local muito familiar. Estava na pirâmide. O anestésico que Cheetara injetara era potente, fazendo com que não sentisse dor, apenas cansaço.

— Fique deitada, princesa. — Uma voz ordenou. — Seu ferimento ainda não se curou completamente.

Calista se voltou devagar em direção à voz.

— Chilla. — Chamou — Onde ... Onde está meu pai?

— Aqui, princesa.

A voz soou do outro lado da câmara, que MumnHa atravessou em poucos passos largos.

— Papai ...

— Por que não me disse que estava no Terceiro Mundo? — Ele esbravejou — E quem, por todos os demônios, fez aquilo com você?

Calista fingiu estar confusa, ainda com dor. Não era fácil. Cheetara havia injetado uma dose alta do anestésico. Seu cérebro estava lento, o que tornava mentir uma tarefa digna de Hércules.

— Mandora ... Thundercats.

— Eu sabia! — MumnHa vociferou. — Não se preocupe, princesa, dessa vez aqueles malditos Thundercats vão pagar pelo que fizeram. Eu prometo.

Calista se permitiu um sorriso e deixou que seus olhos se fechassem. Antes de cair no sono, pressionou o botão do sinalizador que Phantro lhe dera.

(...)

— Calista!

Os olhos de MumnHa se arregalaram ao ver a filha ao lado daqueles que eram seus inimigos jurados.

— Já chega, papai. É hora de acabar com isso e fazer tudo voltar a ser como era.

Só então os Thundercats notaram o colar de safira que a jovem usava. Ela reunira as duas gemas.

— Calista?

— Está tudo bem, Cheetara. — A jovem sorriu — Não pretendo traí-los, se é o que teme. Vou apenas consertar um erro cometido há muito tempo atrás.

A jovem recitou um feitiço na antiga língua do Terceiro Mundo e as duas gemas se iluminaram, formando um raio de luz que envolveu MumnHa. Calista então soltou uma única nota, límpida e pura. O raio de luz se transformou em um ciclone de fogo.

Quando as chamas enfim se extinguiram, não era mais MumnHa no centro do vórtice. Era um homem de meia idade, com fartos cabelos negros e a constituição física de alguém forjado no combate. O homem de manto vermelho ergueu a cabeça, parecendo confuso.

— Calista?

Se a situação confundira os expectadores, a voz do homem não deixou dúvidas. Todos souberam imediatamente quem ele era. A jovem correu e se ajoelhou ao lado dele, enterrando o rosto em seu peito.

— Papai! — Ela exclamou. — Ah, papai!

Lentamente, os braços de MumnHa envolveram a jovem num abraço apertado.

— Minha princesa. — O tom do velho guerreiro era hesitante — Eu quase ... Não acredito que ...!

— Está tudo bem, papai. — Era óbvio que Calista chorava, mesmo que ainda não houvesse erguido o rosto. — Acabou. Você está livre agora.

Quando Calista ergueu o rosto do peito de MumnHa, todos puderam ver a diferença. Os olhos dela não eram mais vermelhos. Eram castanhos, cor de chocolate ao leite. A moça ajudou seu pai a levantar e abriu um sorriso por entre as lágrimas.

— Thundercats ... — Disse — Eu, sinceramente, não sei como agradecer. Obrigada por me ajudarem a libertar meu pai.

— Sim — MumnHa completou. — Eu também devo agradecer. E peço perdão por todos os problemas que causei no passado.

— Calista ... — Lion-O estava obviamente sem palavras, atônito. — Mas o que ... ?

— Há muito a ser explicado. — A jovem admitiu — E vocês merecem a verdade.

— Devíamos voltar à Toca. — Phantro sugeriu — Seu pai está fraco, precisa descansar.

— Sim. Obrigada, Phantro. Explicarei tudo quando chegarmos.

(...)

MumnHa, Calista, Mandora e os Thundercats estavam todos reunidos em volta de xícaras de chocolate quente e pilhas de sanduíches. Naquele momento, a jovem e sua história eram o centro das atenções.

— Eu não fui totalmente honesta com vocês, e lhes devo mil desculpas. — Admitiu — Sei que já devem ter ouvido alguns mutantes me chamarem de "princesa". Isso é mais do que um apelido. É meu título. Fui mesmo princesa, de um reino que não existe mais há muito tempo. Como Thundera, meu reino foi destruído.

MumnHa pôs uma das mãos no ombro da filha, atraindo a atenção para si.

— Creio que eu devo contar essa parte, princesa. — Ele disse — Pode explicar um pouco ... Vejam bem, eu sou um feiticeiro. O rei, pai desta adorável dama, era um grande amigo meu, e trabalhei para ele por muitos anos. Vi sua filha, a pequena Calista, crescer. E então os Mutantes apareceram. Conquistaram o reino. Torwald, o rei, me entregou a princesa para que eu fugisse com ela. Ele não nos acompanhou, decidiu ficar para comandar o exército. Não sobreviveu.

— E então, o que aconteceu depois? — Cheetara perguntou, interessada.

— Fugimos e viemos parar no Terceiro Mundo. — MumnHa respondeu — Foi quando descobrimos a pirâmide e nos instalamos lá. Mas muitos perigos rondam essa terra, e minha magia não era poderosa o bastante. Então, me desesperei. Para manter Calista segura e cumprir a promessa feita a Torwald, invoquei os espíritos do mal. Mas não consegui controla-los. Foi quando me tornei o MumnHa que vocês conheceram.

— Quanto a mim, passei anos tentando liberta-lo, mas jamais consegui. Isto é, até vocês aparecerem. — Calista abriu um sorriso caloroso. — Devo tudo à sua ajuda.

Os outros retribuíram o sorriso, mas a jovem notou Cheetara saindo da sala.

(...)

Todos conversavam. Mesmo MumnHa parecia à vontade entre os Thundercats. A única infeliz naquela sala era Calista. A ausência de Cheetara a preocupava.

— Vá atrás dela. — Uma voz masculina sussurrou em seu ouvido. — No bosque. É para onde ela vai quando quer ficar sozinha.

Ao erguer os olhos, recebeu uma piscadela de Lion-O. A jovem não pensou duas vezes antes de seguir o conselho.

(...)

— Por que não me contou?

A voz de Cheetara saindo de trás das árvores fez com que Calista pulasse de susto. Não a havia percebido ali, escondida nas sombras.

— Eu não podia. — A jovem respondeu segundos depois, assim que recuperou a fala.

A fêmea Thundercat cruzou os braços, seu olhar duro como citrino.

— Cheetara ... — Calista suspirou — Eu queria contar. Não tem ideia de quantas vezes eu quase disse tudo a você. Sinto muito por ter precisado manter segredo.

— Por que não podia me contar? — Cheetara indagou.

— Por segurança. Eu fiz um juramento.

Cheetara apenas pareceu mais zangada com essa resposta. Porém, antes que pudesse pensar em voltar para a Toca dos Gatos, uma mão firme se fechou ao redor de seu pulso esquerdo.

Seus olhos dourados se fixaram no ponto onde Calista a segurava, sem acreditar. Ninguém que conhecia jamais conseguira superá-la em velocidade.

— Esteve escondendo mais de um segredo, princesa. — Declarou enfim, libertando-se com um puxão e correndo para longe o mais rápido que podia.

(...)

Semanas se passaram. Calista se tornara presença constante entre os Thundercats, e Cheetara cada vez mais arredia.

— Não desista ainda. — Lion-O disse numa tarde. — Cheetara sabe ser teimosa, mas vai ceder.

Calista acompanhou com os olhos a silhueta evanescente da outra mulher, suspirando pesadamente.

— Espero que esteja certo, Lion-O.

(...)

Ao chegar ao lago, Calista parou de pronto. Cheetara estava ali, parada a apenas alguns metros de distância.

— Olá, Cheetara.

O silêncio se instalou entre ambas. A jovem pensou ouvir seu nome sendo dito mas, se realmente o foi, não houve como ter certeza. Nesse momento Luna e Amok saíram de entre as árvores. Calista gritou um aviso e correu para o lado de Cheetara, que já estava com seu bastão em mãos.

— Será que ela nunca desiste? — A Thundercat fêmea inquiriu em voz baixa.

— Espero que não. — Calista rebateu — Que graça teria?

Cheetara revirou os olhos em resposta e, por um momento, as mãos das duas jovens se encontraram. Tudo estava novamente como deveria ser.


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