Caderno de ideias escrita por Benihime


Capítulo 11
O Sultão e a Rosa


Notas iniciais do capítulo

O Pequeno Príncipe, O Imperador e o Rouxinol e A Rosa Perdida me inspiraram nesse aqui.

Sim, a história foi inventada por mim. Críticas, dicas, opiniões... Estou aberta a conversar.



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 Há muito tempo, na imensidão da Arábia, vivia um jovem sultão. Ele era tão rico que podia comprar qualquer coisa que desejasse. Sua beleza fazia com que as mulheres adejassem ao seu redor como borboletas. Ele era bom, inteligente e justo, e isso o fazia amado por todo o seu povo. O sultão, porém, sentia-se solitário. Sabia que faltava algo em sua vida.

Depois de anos rezando por uma resposta, algo aconteceu. O sultão caminhava por seu jardim quando notou, na parte mais distante, uma flor diferente de todas, que imediatamente foi investigar.

A flor era belíssima, da cor do sangue. Suas pétalas eram macias como veludo, seu perfume era inebriante e, em seu caule, predominavam pequenos e afiados espinhos. Aquela flor era tão diferente, tão bela, que o sultão mal se espantou ao ouvi-la falar.

A flor apresentou-se como Rosa. A partir daquele dia, os dois se tornaram companheiros inseparáveis, confidentes até.

Algumas semanas depois, porém, o sultão percebeu que sua querida Rosa murchava. Com medo de perder a amiga, regou-a com o Elixir da Imortalidade, presente de um feiticeiro do deserto a quem um dia ajudara.

Regada com o Elixir, a Rosa recobrou sua beleza e vitalidade. Um dia, porém, ao comparecer para seu encontro habitual, o sultão viu que a Rosa havia sido cortada.

O culpado fora um garotinho, filho de uma criada. Ao ver aquela flor tão bela, resolveu presentear sua mãe.

O sultão não sabia disso, e ficou furioso. Ordenou que se descobrisse o culpado e o atirassem no meio do deserto como punição.

A ira do sultão só abrandou quando, ao caminhar pelos jardins, notou que mais dois pequenos botões nasciam da planta da qual a Rosa fora cortada.

Os botões não demoraram a desabrochar em belíssimas flores carmim. Diferentemente da Rosa original, aquelas não podiam falar. Ao sentir seu perfume, porém, o sultão podia ouvir dentro de si a voz de sua Rosa adorada.

O sultão passou a cuidar pessoalmente daquela planta, regando-a e podando-a. Seus cuidados logo fizeram com que mais flores desabrochassem. Tomado de alegria, ele decidiu dividir aquele sentimento com seus súditos e ordenou que a planta fosse plantada na praça central do reino. Em homenagem à sua grande amiga, chamou as flores de rosas.

Não estando mais no solo fertilizado pelo Elixir da Imortalidade, a planta logo murchou e morreu, mas seus galhos foram plantados pelo povo e novas plantas nasceram, chamadas de roseiras.

Mercadores, fascinados pela beleza das rosas, também levavam consigo galhos da planta. Foi assim que as roseiras se espalharam pelo mundo, e até hoje suas flores ainda são sinal de afeto e bem querer.


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