The World Of Akumas escrita por Hinata2000


Capítulo 7
Odeio estrelas cadentes


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um capítulo aqui! O/ Um aviso importante: Vou postar uma vez por semana nós sábados, domingos ou sextas um desses três dias.
Beijossss



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Marinette:

Cheguei ao parque de diversões dez minutos antes do combinado. Vestia uma blusa de manga comprida preta, uma legging e botas da mesma cor. Coloquei um cachecol vermelho, só para tampar alguns cortes na região. Sorte minha que hoje fazia frio!

Distraída com os pensamentos, nem percebi quando Adrien me cutucou:

—Mari?- Ouvi sua voz ao meu lado, me virei e corei ao ver como ele estava lindo... - Desculpe pelo atraso- Ele passou a mão pela nuca

—Hmmm... Agora tem até apelido... - Tikki zombou, soltando uma longa gargalhada.

—N-n-não... V-você chegou n-na hora certa- Dei uma risada nervosa e engoli em seco- Eu é que cismei de chegar cedo. - Admiti

—Ah, fico aliviado- Ele riu, estava me segurando para não babar- Vamos?- Ele pegou em minha mão

Acho que fiquei uns segundos olhando para ele com uma cara de boba apaixonada, porque ele soltou um riso nervoso e desviou o olhar. Limpei a garganta, já acordando para a realidade e me recompus:

—Então... - Ele começou- Você quer ir a uma roda gigante, montanha russa...? Pode escolher. – Ele disse, pagando nossos ingressos.

—A-ahm, não precisa!- Disse entregando o dinheiro dos ingressos pra ele, que pegou só para colocar em minha bolsa novamente.

— Eu insisto, eu te chamei, eu pago.

—Obrigada- Corei e comecei a sorrir- Gentileza sua...

Ele piscou e nós dois adentramos o parque:

—Não respondeu minha pergunta- Ele disse olhando para os brinquedos

—Hum?

—Aonde você quer ir. - Respondeu ele, olhando para o mapa que estava grudado na parede.

—Oh, verdade. - Esfreguei as mãos suadas de suor na blusa e olhei para ele- Na verdade, eu nunca vim aqui. - Suspirei e continuei- Mas, a montanha russa daqui parece uma boa pedida.

—Ótima escolha. - O loiro estampou um sorriso no rosto, mostrando seus belos dentes brancos.

Caminhamos em silêncio até a montanha russa e olhei lá para cima e engoli em seco. Era tão... Alta!

Adrien:

Olhei para Marinette que havia congelado com o olhar parado no brinquedo:

—Mari?- Chamei- Tudo bem com você?

Ela demorou a se virar e apenas fez um sim com a cabeça, mecanicamente. Já ia perguntar de novo quando percebi o que estava acontecendo. Ela estava com medo.

Sorri de canto, a achando fofa, nunca havia pensado nela desse jeito. Poderia dar vário adjetivos para descreve-la: Perseguidora, estranha, maluca, desajeitada e até mesmo paranoica. Entretanto, agora, ela parecia uma garota normal, com medo e até mesmo, bonita.

—Está com medo?- Perguntei, a menina me olhou e abaixou o olhar- Tudo bem. Olha, podemos ir para outro...

—Não precisa- Ela sorriu pra mim- Aqui está bom.

Assenti com a cabeça e não disse mais nada. Entramos na fila e ficamos um tempo conversando sobre escola e coisas do tipo, porém, logo chegou a nossa vez. Antes de sentarmos, tirei um pingente com um M e entreguei para ela, que ficou meio confusa.

—Era da minha mãe, me ajudava quando eu era criança e estava com medo. Pode tentar.- Pisquei para ela, que agradeceu, e olhei para frente

Nós sentamos lado a lado e ela segurou minha mão, desviei meu olhar para ela, que estava olhando para frente confiante. Sorri e o brinquedo começou a andar, em um piscar de olhos ele já estava dando voltas de cabeça para baixo, curvas, enfim, essas coisas, sabe? No brinquedo todo pude perceber que ela fechou os olhos e se agarrou a minha mão como se a vida dela dependesse disso. Quando o mesmo parou, ela levantou os braços e começou a agradecer por estar viva. Soltei uma gargalhada e me levantei com ela:

—Viu não foi tããão ruim assim. – Disse, passando o braço pelos ombros dela.

—Ah não. Só senti minha alma sendo sugada, nada de mais. - Ironizou ela, dramática.

—Ah não foi assim. - Comecei a rir, realmente me divertindo.

Passamos a tarde toda conversando, andando nos brinquedos, rindo e tudo mais.

—Já volto, só preciso ir ao banheiro. - Me levantei e andei em direção dele.

Plagg saiu do bolso do meu casaco, já cuspindo fogo:

—Você está louco?

—Como assim?- Parei e encostei-me a uma arvore

—Você sabe muito bem, Adrien Agreste. Ouça você não pode machucar essa garota, pare de iludi-la.- Advertiu meu kwami

—Foi você que me mandou sair com alguém!

—Mandei conhecer alguém. Não dar esperanças a uma pobre garota!

Revirei os olhos e fui ao banheiro sem dar atenção a ele. Eu não estava fazendo nada de errado certo? Tipo, ela nem gostava de mim, só estávamos saindo como amigos.

Se eu pudesse voltar no tempo e me dar um soco no segundo em que eu tive esse pensamento, serio eu voltaria.

 Fui até Marinette e perguntei se ela gostaria de tomar um sorvete, que aceitou rapidamente. Comprei um de morango pra ela e um de baunilha pra mim.

—Obrigada- Ela sorriu meio sem jeito, tomando seu sorvete.

Olhei para o céu, a noite já tinha começado a cair e as estrelas iluminavam o céu. Seus olhos pararam em uma estrela cadente e ela fez um pedido de olhos fechados...

Marinette:

“Ajude-me a me declarar para Adrien, por favor. Eu sou apaixonada por ele faz tanto tempo...” A partir daquele dia eu nunca mais voltei a acreditar nessa idiotice de estrelas cadentes e tudo mais. Se eu pudesse voltar no tempo e nunca ter aceitado aquele encontro, acredite em mim, eu o faria.

—Adrien- Chamei pelo loiro, que fitava o céu. - Que tal irmos a uma roda gigante?

Ele abriu um sorriso galanteador e concordou lentamente com a cabeça. Entramos na fila, que não durou nem 5 minutos, e entramos no brinquedo.

Em uma velocidade mínima, para que pudéssemos apreciar o cenário que se distanciava, ele começou a subir. Fogos de artifício explodiam no céu estrelado e nossos olhos brilhavam, minha respiração estava descompassada e meu coração parecia pular para fora do peito. Precisava dizer.

Era a última volta que o brinquedo daria conosco, e estávamos quase chegando então preferi me apressar:

—Adrien... - Chamei sua atenção- Eu preciso te falar uma coisa... - Comecei, tentando não parecer nervosa e sim confiante.

Adrien:

— O que é?- Perguntei, fitando seus olhos azuis.

Ela suspirou e começou a fitar o chão do brinquedo, mexendo as mãos inquietamente:

—Eu gosto muito de você, desde que você entrou na mesma escola que eu, ou seja, desde que eu tinha uns 12 anos- Ela riu e passou a mão pelo pescoço. NÃO, NÃO, NÃO! O PLAGG TINHA RAZÃO, ADRIEN SEU BURRO! Ia começar a falar, mas ela pediu que eu esperasse- E eu acho que você deve gostar... Err... Nem que seja só um pouco de mim, por ter me convidado pra sair e tudo mais. Então eu...

Senti um beliscão de Plagg, ele iria gritar na minha cara que estava certo.

O brinquedo parou e junto com ele meu coração parou junto. O que eu ia fazer?  Engoli em seco e comecei:

—Você é muito legal, serio! Mas, eu não gosto de você... Eu te acho meio... Err... Estranha... Você é um irmão pra mim. Entende? E eu não posso namorar um irmão. - MEU DEUS! QUE DESCULPA MAIS ESFARRAPADA, ATÉ EU ESTAVA ME ODIANDO POR DAR UMA DESCULPA DESSAS!- Então... humm... A gente...

Quando ia terminar de falar, o moço que estava controlando o brinquedo pediu para que nós saíssemos, mas antes, pude notar a tristeza estampada em seu rosto, juro que por um segundo pude ver uma lágrima escapar de seus olhos. Queria falar com ela e pedir desculpa pela baboseira que acabara de dizer, mas algumas garotas, que eram minhas fãns, me cercaram e começaram a me pedir fotos e autógrafos.

Depois de atender ao pedido delas, corri o olhar pela multidão para ver se achava ela. Mas sem sinal. Droga! Ela Marinette já devia ter ido embora, lógico! Por que diabos ela ficaria ali depois de toda a baboseira que eu disse pra ela?! Avistei em cima de um banco o pingente que eu havia lhe emprestado...

Marinette:

Corria através da multidão, tentando achar a saída do parque. Meus olhos já estavam inchados e eu chorava mais do que nunca. Como eu fui tão burra? Adrien gostar de mim? Ele nunca iria gostar de mim, nem em um milhão de anos! Marinette sua idiota!

As lágrimas rolavam quentes e pesadas sobre meu rosto e eu tinha vontade de gritar, queria que todos ali desaparecessem e me deixassem completamente sozinha. Quando achei a saída, corri para fora daquele lugar. Corria pelas ruas de Paris, sem destino algum chorando cada vez mais. Queria ir para casa! Tikki saiu de minha bolsa e começou a afagar meus cabelos com carinho e ternura.

—Sinto muito. - Disse ela, abraçando uma mexa dos meus cabelos.

Não disse mais nada, apenas fui para casa, chorar e chorar.  Se pudesse não sairia da cama nunca mais!

Continua...?


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Notas finais do capítulo

E...?