The World Of Akumas escrita por Hinata2000


Capítulo 20
Noite Passada...


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEE DESCULPA PELO ATRASOOOOOOOOOO ;w;
É que eu realmente não tive tempo pra escrever e postar, mas agora vou recompensar vocês com um capítulo maiorzinho!
Desculpa de novo >—



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Marinette:

Acordei ao som do canto dos passarinhos e pelos raios de sol que faziam questão de adentrar o cômodo, por conta deles, tive que piscar várias vezes para me acostumar com a claridade do sol. Levantei-me com um pouco de dificuldade, o sono ainda pesava em minhas pálpebras.

As lembranças da noite anterior ainda estavam frescas em minha memória, afinal, não conseguia tira-las da cabeça. Eu nunca senti tanto medo na minha vida, mas o que mais me desesperava era pensar que aqueles monstros estavam aqui, prontos para o confronto.

Depois do ocorrido, Chat não comentou absolutamente nada, sempre que tentei puxar assunto ele respondia mecanicamente e tentava desesperadamente mudar de assunto. Fiquei me perguntando se algo aconteceu com ele antes que me encontrasse, e eu até considerei perguntar para ele sobre isso, porém ele não me daria mais do que uma resposta fria e monossilábica.

Chacoalhei a cabeça, a fim de espantar meus devaneios e me levantei da cama. Dirigi-me até o banheiro e tomei um banho demorado. Enquanto a água caia sobre meus ombros e escorria sobre minhas pernas eu me recordei do final da noite de ontem.

...

Autora:

Caminhar em uma floresta escura e perigosa em plena madrugada não era um dos hábitos favoritos dos heróis de Paris, mas como não havia outra opção foram obrigados a caminhar sobre o local que ainda os amedrontava. Pelo menos não estavam sozinhos, não é mesmo? De alguma maneira Ladybug se sentia mais segura perto do malandro gato preto, que estava estranhamente quieto e serio enquanto caminhavam, a garota estranhou o repentino silencio de Chat, aquilo não era de sua personalidade.

Ladybug hesitou questiona-lo várias vezes sobre seu comportamento, mas acabou por desistir, era melhor não receber resposta alguma do que uma monossílaba mentirosa.

Oh. Se ela ao menos soubesse o que o gato teve que ouvir em sua ausência... Seria um mentiroso se não admitisse para si mesmo que estava considerando a proposta que o vilão propusera. Sentia-se extremamente mal por considerar as palavras de seu arque-inimigo, sentia-se um tolo. Talvez, pensou ele, eu seja um inútil. Que herói considera a proposta de um vilão dessa maneira?  E essa foi à questão que ele se fez pelo resto da noite.

E quanto a revelar a Ladybug sobre o ocorrido? Na verdade, iria manter em sigilo. Motivos? Para ser franco, não tinha absolutamente nenhum, apenas achava que ela não entenderia. E, além do mais, Chat tinha tanto temor de sua reação aponto de ficar inquieto quando pensava a respeito disso.

Quem sabe, se eu decidisse ficar, ela...

Um barulho baixo, porém auditivo, foi ouvido pelos dois heróis. Chat pisara em alguma coisa.

Abaixou-se para ver o que era, e se surpreendeu com o que acabara de ver. Uma capa marrom estava esparramada pelo chão, juntamente com um brinco um tanto familiar e peculiar. O acessório tinha sua cor puxada pelo tom de preto e bolinhas vermelhas se destacavam sobre o brinco, ele era quase idêntico ao brinco de Ladybug, e Chat Noir poderia jurar que já vira aquela exata peça nas orelhas de alguém.

—Bad Lady, - concluiu ela, estalando os dedos e colocando a joia em suas mãos- estes brincos pertencem a ela, é o seu miraculous! – exclamou um tanto feliz por descobrir a nova pista.

—Mas, onde está o outro?- o gatuno olhou e procurou pelo chão em busca do outro brinco que completavam um par.

Depois de um longo tempo utilizando sua visão noturna para procurar o outro par da joia, desistiu de sua busca. Ou a garota deixou apenas um cair ou o outro estava caído por ali, em algum canto da imensa floresta...

—Ou talvez isso seja uma emboscada- ele tirou suas próprias conclusões pegando a capa em seus braços e colocando-a sobre seus ombros.

— Duvido muito- declarou a joaninha, encarando os brincos- por que isso seria uma armadilha?

—Talvez estejam tentando descobrir mais sobre nós- sussurrou ele, desconfiando de escutas implantadas no “falso” miraculous- ou até mesmo nossa localização.

Aquilo era loucura... não é mesmo? Se os dois vilões já estavam até mesmo se alojando na vila, como ainda não descobriram sua localização? Ainda mais quando andavam lado a lado a uma borboleta com asas gigantes e indiscretas. E a respeito de seus segredos... Bom, eles não tinham praticamente nenhum que os vilões não soubessem. Então, por que aquilo seria uma armadilha?

E foi isso que ela tentou explicar para ele, que acabou entendendo, ambos estavam cansados de mais para uma discussão. E foi quando ela viu, no fundo do capuz alguns fios de cabelo cor violeta brilhavam e alguns já estavam caindo no chão, graças a falta de cuidado de um certo gato.

—Ei! – ela fitou os fios e se apressou para tomar o sobretudo em suas mãos, puxou o capuz para frente e arrancou alguns fios de cabelo que estavam presos. – Isso... Pode nos ajudar a descobrir a verdadeira identidade de Bad Lady.

Chat Noir apenas assentiu a explicação da joaninha, não ousou discordar de nenhuma palavra, já estava ficando cansado de tudo aquilo e o que mais queria era ir para casa, tomar um bom banho e dormir.

Ela estava tão concentrada em analisar as novas pistas, que o felino nem ousou tentar dialogar com a garota, era melhor que ela ficasse entretida com aquilo do que interroga-lo sobre os acontecimentos daquele dia. E assim se foi o longo e silencioso caminho de volta para o castelo.

Chegando ao local, foram logo recebidos com profundos suspiros de alivio e com o amontoado de criados que se formava ao redor deles. Uns queriam saber se estavam machucados, outros queriam saber se estavam com fome, já os mais curiosos questionavam a todo o momento o que havia acontecido. Os heróis não sabiam nem por onde começar a explicar, por isso se sentiram profundamente gratos e aliviados ao som da voz firme, mas ao mesmo tempo serena, de Eveline:

—Eles estão bem- dialogou- por favor, deem um espaço a eles. Estão cansados e o que menos querem agora é responder várias perguntas- e assim a multidão em volta deles se desfez e, sorrindo de maneira doce e calma, completou- obrigada.

Ao terminar seu pequeno discurso ela correu até Ladybug e a abraçou tão forte que quase a sufocou:

—Fiquei tão preocupada... – desabou a chorar no ombro de sua nova amiga- Fiquei com tanto medo que algo acontecesse a você – confessou, a borboleta não sabia se ria ou se chorava, portanto, fez os dois ao mesmo tempo.

Sem ter o que responder, ela correspondeu ao abraço e soltou um pequeno sorriso de canto, como se quisesse dizer que tudo iria ficar bem. Eveline secou o rosto com as mangas de seu suéter vermelho e sorriu para a amiga. E então, ignorando seu próprio pedido aos criados, sussurrou colocando a mão a frente da boca:

—Mas... O que aconteceu?

A garota revirou os olhos e cruzou os braços. É, a Eveline que conhecia estava de volta! Soltou um pequeno riso e deu um breve resumo dos fatos, mas não deixou de enfatizar a parte em que acharam a capa e os brincos, que seriam, supostamente, o miraculous de Bad Lady, na floresta e, para fechar seu relato dos fatos com chave de ouro, entregou a ela as pistas que conseguiram.

—Hmm – murmurou enquanto pegava o sobretudo e olhava dentro do capuz, onde alguns fios de cabelo violeta brilhantes quase saiam para fora e seguiam o vento – entendo. Bem, melhor vocês irem dormir – mudou estranhamente de assunto- tiveram um dia longo.

—Tem razão, precisamos mesmo de um descanso. - o felino, que estava quieto, tomou a palavra, olhou para sua parceira enquanto pronunciava a frase e jogou essa indireta sobre ela, que apenas revirou os olhos.

Quando colocaram o pé nas escadas foram parados pela frase de Eveline:

—Antes que me esqueça- lembrou ela- o quarto de vocês está sendo limpo, precisam dormir em outros quartos essa noite... Tudo bem para vocês?

Eles se entreolharam, acharam aquilo um pouco estranho, não podiam negar, mas apenas concordaram com a cabeça.

— Ótimo! Esperem aqui, um segundo. – ela saiu andando e se dirigiu até a sala de jantar, quando voltou estava acompanhada de uma garota e um garoto- Essa é a Margot – apontou para ela e se virou para o garoto- e esse é o Remy, eles vão te levar para seus quartos. – e antes que pudessem questionar o motivo pelo qual ela não os levava, Eveline já estava subindo as escadas e cantarolando um animado “boa noite”.

Remy era um garoto que aparentava ser mais velho do que eles, sua cabeleira loira lembrava Marinette de alguém que já tinha visto, ela só não sabia exatamente quem. Ele estampava um sorriso no rosto e uma alegria que era quase contagiante. Se ele estivesse fingindo, sem duvidas era um ótimo ator.

Já Margot... Parecia mais morta do que viva. Suas asas tinham um tom acinzentado e murcho, quase como se fossem despencar de suas costas a qualquer momento, parecia estar um tanto mal humorada ou somente... inexpressiva. Mas, uma coisa chamava a atenção dos dois heróis: seus cabelos cor violeta. Chat Noir não sabia se eram apenas efeitos do sono, mas podia jurar que a coloração de seu cabelo era idêntica a aqueles fios que se encontravam no casaco.

—Vamos?- Remy apontou para escada com o rosto um tanto rubro, os dois ficaram muito tempo encarando-o.

Eles saíram do transe e assentiram levemente com a cabeça. Margot, tirando os cabelos dos olhos, olhou para Ladybug e disse:

—Te mostrarei onde é seu quarto. – ela disse, inexpressiva.

Passaram pelo quarto em que a heroína estava instalada e foram direto para um que estava ao fim do corredor. A garota girou a chave do quarto e o abriu, todas as cortinas estavam fechadas e nenhuma luz ou lampião estavam acessos para iluminar o local. Margot abriu as cortinas e acendeu algumas velas que estavam espalhadas pelo local, a claridade das mesmas permitiu que a joaninha desse uma boa olhada no novo cômodo em que estava hospedada, e o que viu despertou sua curiosidade. Vários retratos estavam espalhados pelo local, mas um em especial chamou sua atenção, pendurado acima da cama estava um autorretrato de Margot abraçando um garoto loiro, novamente sem rosto, ambos pareciam felizes na hora em que tiraram o retrato.

—Tenho que ir- Margot disse, terminando de arrumar a cama- Vou preparar o café da manhã.

—Tão cedo?- ela arregalou os olhos

—Bom, se quiser seu café pronto quando acordar, alguém tem que prepara-lo- murmurou, sendo irônica.

As bochechas de Marinette ficaram totalmente vermelhas, se sentindo um pouco idiota por ser tão desligada.

— Tem algo especifico que prefere comer?- indagou, ajeitando os lençóis na cama.

—Ah, bem... Qualquer coisa serve... – respondeu ainda envergonhada e se sentindo um pouco chateada pela grosseria da serviçal.

—Imagino que não queira nada salgado- ela sorriu de uma maneira estranha e um pouco perturbadora- quer dizer, para quem frequentava diariamente e morava em cima de uma padaria...

—O q-que?- engasgou Ladybug – O que você...?

—Nada – ela se dirigiu até a porta- apenas um palpite, nada de mais- e foi embora.

Marinette sentiu suas pernas bambas e por alguns segundos o quarto pareceu girar. Aquela... aquela garota que acabara de conhecer sabia quem ela era debaixo de sua mascara? Sentiu-se atordoada, e jurou que se não tivesse ouvido batidas na porta, teria mergulhado muito mais fundo em seus pensamentos e teorias. A contra gosto caminhou a passos lentos e pesados até a porta, girou a maçaneta e, um pouco receosa, a abriu.

— Eu...- Chat Noir suspirou e pareceu juntar coragem para confessar- quero ficar aqui, não planejo voltar para Paris. – Ah, ele confessou. Sentiu uma estranha alegria ao tirar aquele peso das costas, mas quem não estava nada alegre era sua parceira, que desfez o sorriso no mesmo instante em que ouviu aquelas exatas palavras.

Continua...?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Qualquer erro, me avisem nos comentários! :p