The World Of Akumas escrita por Hinata2000


Capítulo 19
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem O/
P.S: Esse capítulo é a versão do Chat do que aconteceu depois que a Ladybug entrou na floresta :v



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Adrien:

—Vamos, vamos!- gritava uma garota loira, agitando os braços e sorrindo alegremente. Suas asas azuis bateram em um ritmo lento e suave, enquanto ela ria e se agarrava em meu pescoço.

—Minha vez!- um garoto de olhos azuis e cabelos alaranjados bateu o pé no chão. – Não é justo Chat. – exclamou ele, praticamente subindo em minhas costas e sentando-se atrás da menina.

—Ei, assim vocês vão cair!- adverti e comecei a rir – Além disso, eu mereço um descanso, não mereço?- perguntei, secando o suor de minha testa, parei de correr e coloquei as crianças no chão.

Elas pareceram decepcionadas, mas logo se distraíram com suas próprias brincadeiras e me deixaram, finalmente, descansar. Deitei na grama e fechei os olhos por alguns segundos, estava cansado e até com um pouco de sono.

—Você leva jeito com crianças- ouvi uma voz feminina dizer- elas irão sentir sua falta.

Ao abrir os olhos me deparei com o rosto sorridente de Eveline, ela me estendeu uma garrafinha de água e sentou-se ao meu lado.

—Obrigado- sentei-me e bebi um pouco da água- está sendo divertido brincar com elas, admito. – Retribui o sorriso e olhei para o céu estrelado.

Ela bebericou algo que estava em um copo rosa e, colocando o cabelo atrás da orelha, olhou para trás e arregalou os olhos.

—Chat... A Lady... Estava ali há um minuto. – estranhou Eveline, olhando para o banco vazio, quer dizer quase vazio, sua mochila estava esparramada e aberta sobre ele. – Você a viu sair?

—Não... Pensei que ela estava com você- franzi as sobrancelhas, procurando-a com o olhar.

Alguns segundos depois, a música medieval foi abafada pelo grito agudo de alguém, todos pararam de dançar e arregalaram os olhos.

—Droga... - murmurou a borboleta olhando para todos que estavam correndo para suas casas e para os que estavam procurando seus filhos para ir embora o mais rápido possível.

— O que foi?- indaguei, sem tirar o olhar da floresta.

—As pessoas daqui acreditam muito em mitos e lendas de antigamente. – explicou – por isso eles estão indo embora, estão com medo de que aquela garota volte e destrua tudo e todos. – Eveline colocou as mãos sobre as testas e deu um suspiro derrotado.

O grito foi ouvido novamente e, dessa vez, escutamos passos misturados com os berros. Sem perder tempo adentrei a floresta juntamente com Eveline.

Começamos a correr e a gritar o nome de My Lady, eu já estava começando a ficar aflito, não queria que nada de ruim acontecesse a ela.

Nós corremos...

—Eu conheço um atalho- admitiu a borboleta- podemos procura-la por lá.

Procuramos...

—Lady!- gritei a plenos pulmões

E enfim...

—Chat!- berrou ela, sendo puxada pela escuridão da floresta.

—Eveline!- gritei tentando puxa-la de volta, mas ela não estava mais ao meu alcance.

O medo começou a tomar conta de mim e eu queria acha-las o mais rápido possível para ir embora daquele lugar. E se algo de ruim tivesse acontecido a elas? Eu juro que nunca me perdoaria...

—Ladybug!- gritei- Eveline!

Depois de procurar quase pela floresta inteira, eu tropecei em um galho e cai no chão. Estava me sentindo a pior pessoa do universo, eu deveria ter ficado perto dela e deveria ter mandando Eveline para o castelo, ao em vez de tê-la feito me seguir.

Tapei o rosto com as mãos e sentindo um nó em minha garganta, comecei a chorar, eu estava com medo de perdê-las, estava com raiva de mim mesmo e estava me sentindo um inútil.

—Você é um inútil mesmo. - escutei uma voz extremamente familiar, vindo de cima de uma arvore.

Estremeci e levantei a cabeça para identificar quem era o dono da voz, e era a ultima pessoa que eu gostaria de ver. O rosto de Chat Blanc era iluminado apenas pela luz fraca da lua, ele mordia uma maça e fitava a lua com uma expressão um tanto peculiar.

—Onde elas estão?- me levantei bruscamente e fitei-o concentrando toda minha raiva nele.

—Quem?- ele riu de forma irônica e jogou a maça na mata- Suas amiguinhas? Elas estão bem, pelo menos à joaninha está.

— O que você fez com a Eveline?- cuspi as palavras, já gritando novamente.

—Se refere à fadinha? Ainda nada, ainda. – ele repetiu as palavras de maneira pensativa e misteriosa, como se estivesse decidindo o que fazer com ela. – Já sei, nós podemos esquentar um pouco as coisas. – ele ergueu seu dedo indicador e dele um fogo branco apareceu, ele finalmente se virou para mim e abriu um sorriso de canto. – Talvez, se eu encontrar a joaninha também, ela possa entrar na brincadeira. – ele pulou da arvore e soprou seu dedo o apagando.

— Não ouse tocar nela- rosnei, já tirando meu bastão das costas. – Eu já te derrotei uma vez e posso fazer de novo.

—Errado- Chat Blanc se aproximou de mim- foi a Ladybug. Todas às vezes.

— O que?

—Pense, se não fosse por ela você não teria mais esse miraculous. Ela consegue se virar sozinha, já você- ele riu em forma de deboche- não. Você não está cansado? Não esta cansado de ser inútil, Chat? Não está cansado daquele mundinho em que ninguém liga para você? Se você me der o seu miraculous- ele segurou minha mão e quando ia retirar o anel eu puxei a mão- você pode viver aqui para sempre. Ninguém vai te criticar, você pode viver do jeito que sempre sonhou- ele disse como se sua oferta fosse a mais tentadora.

—Chat?- ouvi a voz de Eveline- Você está ai?

—Eveline!- Gritei em resposta- Aqui!

—Hm- ele riu e olhou para a lua- pense nisso, Noir.- o vilão jogou o livro que Ladybug estava lendo naquela noite para mim e jogou também a capa que usava.

Antes que eu negasse sua proposta, ele já tinha desaparecido em meio à escuridão da noite.

—Chat!- a borboleta correu em minha direção e afastou a franja da testa e, ofegando disse- Você achou a Ladybug? Ouvi você conversando com alguém.

—Ah, era...- eu não sei porque mas eu não contei a ela, apenas completei- ninguém.

—Estava falando sozinho?- ela ergueu uma sobrancelha

—Olha depois discutimos sobre isso, vamos focar em acha-la. - disse, serio.

— Senhorita, senhorita!- escutamos várias pessoas gritarem

—São os guardas, devem estar me procurando- ela suspirou e colocou a mão em meu ombro- consegue procura-la sozinho?

—Está me chamando de inútil?- franzi o cenho e olhei para ela, porém, antes que pudesse responder, ela fez um sinal de “depois conversamos” e seguiu a voz dos guardas.

“Eu não sou inútil” repeti mentalmente “ Vocês vão ver que eu sou tão bom quanto ela”

Por impulso, coloquei a capa que Chat Blanc me dera, e depois de muito procurar, encontrei Ladybug, ela estava olhando para todos os lados e parecia preocupada. Toquei seu ombro, a mesma se assustou e caiu no chão:

—Quem é você?- Ela perguntou se afastando de mim até encostar-se a uma arvore

Eu não sei se era pelo que Chat Blanc me disse ou pelo que Eveline disse, mas eu estava fora de mim. Tirei o capuz da cabeça e comecei a me aproximar dela, eu não estava pensando direito.

—C-chat!- ela gritou- O que está fazendo?

Sua voz transmitia medo, e foi ai que eu acordei e me dei conta do que estava fazendo...

Agachei-me ao seu lado, joguei a capa longe e me aproximei mais dela, a abracei com todas as minhas forças e encostei a cabeça em seu ombro.

—Eu fiquei com tanto medo de te perder- admiti já caindo no choro.

Ela ficou um tempo parada, mas logo retribuiu o abraço e sorriu.

—Sinto muito...

Continua...?


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Notas finais do capítulo

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