O Presidiário escrita por Gewkordeiro Silva


Capítulo 5
O Aniversário Macabro do Príncipe Lênin


Notas iniciais do capítulo

O rigor dos acontecimentos denotam a vingança fria e calculista de Nailton. Ele não medirá suas atitudes para conseguir seu intento. Porém, a Gioconda poderá atrapalhar seus planos. Que sentimento existe entre os dois? Vamos à diante e veremos o que um sentimento de vingança pode fazer com uma pessoa! Valeu! Continuem firmes! Xau!



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Após um mês de espera, a família finalmente chegou, foi aquele alvoroço, Gioconda recepcionou a todos, deu uns abraços nos futuros sogros e uns beijos no seu amado, enquanto isso, sem se desviar dos seus afazeres, ao longe, Nailton assistia a tudo, com um olhar tenebroso e finalmente, vendo o rosto daquele que poderia ser o assassino de sua irmãzinha.

Mais tarde quando ele estava concentrado podando uma planta, eis que o casal vinha caminhando displicente em direção ao local onde estava o Nailton, que trajava um uniforme azul marinho, lidava com umas ferramentas e estava sujo da terra e das folhagens. E o casal conversando se aproximava:
— Olha amor, esse homem foi quem eu te falei que dominou os marginais e salvou a todos!
— Obrigado! Você foi corajoso! -Quando ouviu a voz do Lênin, Nailton foi tomado por uma sensação terrível de ódio, pois reconhecera que era a mesma voz do vídeo:
— Que nada! Qualquer pessoa teria feito o mesmo!
— Acho que não! Os nossos seguranças que são bem treinados não o fizeram! Mas em todo caso, muito obrigado de novo, não sei o que teria acontecido se você não estivesse aqui! Se tiver algo que eu possa fazer por você, pode falar!
— Não precisa se preocupar! Está tudo bem!
— Então... está bem! Até logo! Vamos né, amor?
— Vamos! Até logo!Jardineiro! Quando se afastaram comentavam sobre o Nailton:
— Sabe amor... esse homem tem algo estranho que eu não sei bem o que é!
— Impressão sua! Ele me passou ser uma pessoa normal. Deve ser o sofrimento da vida! Pobre sofre muito!
—É pode ser! Quem manda não estudar! Que sofram! Cada um escolhe o caminho que quer seguir!
—Tem razão! Vamos amor! Tem algumas coisas que preciso ver!

E se distanciaram sob o olhar disfarçado e tenebroso de Nailton que destilava ódio principalmente depois de ter escutado poucas e boas no dia do depoimento pela loira, contudo, estava atento a todas as conversas. Pois sabia que qualquer detalhe, poderia denotar algo importante sobre a morte de sua irmã.

Certo dia ocultamente, ele danificou propositalmente um fio da rede elétrica que passava por cima do muro fazendo com que a toda a mansão ficasse sem energia elétrica. Não demoraram uns trinta minutos o caseiro veio a sua procura para ver se ele dava um jeito ou se era preciso chamar outro profissional. Nailton desligou a chave geral e fingia estar procurando o defeito.
— Você acha que foi o que Nailton?-perguntou o caseiro. Ele falou:
— Não tenho ideia, mas vou ver se conserto, caso contrário, a gente chama um especialista!

Nailton entrou na maioria dos cômodos da mansão e ficava espreitando estranhamente à procura de vestígios e escutando a conversa alheia. Ele costumava ficar parado estranhamente escutando os funcionários, os integrantes da família, as conversas ao telefone, as vezes olhava algumas correspondências em cima de algum móvel, enfim ele estava louco nessa investigação.

Ele usaria esse motivo entre outros para adentrar a mansão, até por que onde ele estava instalado era num cômodo quase chegando ao pequeno bosque. Depois de umas duas horas de procura e conserto fingido, ele reparou o que tinha feito e ligou a chave geral restabelecendo a energia total da propriedade, merecendo o elogio do caseiro que se chamava Zè Honório:
— Muito bem Nailton! Você está saindo melhor que a encomenda!
— Esse conserto qualquer pessoa faria! É somente prestar atenção na fiação!
— Uma coisa é certa: eu não faria! Mas em todo caso, você está sendo muito útil! A sua admissão está sendo muito proveitosa!
— Bondade sua! Estou apenas cumprindo com a minha. obrigação! Mas agora preciso ver umas sementes! Até logo, Zé!
— Até logo, Nailton!

O Zè Honório era um homem responsável, trabalhador, cumpridor de seus deveres, ele era alto, branco, alguns cabelos grisalhos, uma ótima pessoa e muito prestativa, e assim o Nailton conseguiu sua admiração e respeito!

Finalmente o grande dia do aniversário de Lênin chegou. O dia ia ser muito movimentado na mansão. Era preciso muita organização de gente competente. Logo cedo, Gioconda convocou todos os funcionários para dar um aviso.

E nessa convocação, que foi na sala das dependências dos funcionários, todos estavam presentes inclusive o Nailton, e a loira começou falar:
— Bom dia minha gente!
— Bom dia!- todos responderam em coro, e esperavam ela dizer algo importante:
— Como todos vocês sabem, hoje é o aniversário de Lênin meu namorado, eu fui incumbida de organizar tudo a pedido de Dona Carmelita e para que nossos convidados sejam bem atendidos, contratamos uma grande equipe para assumir toda festa que é hoje, espero que não se ofendam, mas por hoje vocês serão dispensados podendo tirar esse dia de folga, pois achamos que vocês não têm competência para assumir esse evento grandioso. Então... alguém tem alguma pergunta?
— A gente pode vir para a festa à noite? - perguntou a Tereza que era a funcionária mais antiga.
— É melhor não, né? Você não têm roupas para vir nesse evento. Todos virão de Fraque ou finos ternos, e vestidos elegantes e vocês com certeza, não terão essas roupas, não é?
— Ela tem toda razão pessoal! Se a gente vier nessa festa o máximo que faremos é raiva e vergonha, o melhor que se faz é a gente aproveitar a folga para descansar, ficando em nossas casas! - Dizia um dos funcionários ironicamente.
— Também não é assim! - continuava a loira, Vocês são e sempre serão muito querido pela gente, mas hoje essas são as regras! Agora vou ter que organizar as coisas e vocês podem ir embora e amanhã, estaremos juntos novamente! Bom dia à todos!

Depois que Gioconda saiu os funcionários humilhados ficaram revoltados, inclusive a Tereza que tinha anos de dedicação a essa família e até chorou muito triste por isso. Nailton estava só olhando não disse nada, somente pensava consigo: ``Hoje começa a minha vingança, essa família dos demônios vai pagar muito caro, a começar por hoje, essa festa não acontece. Haverá muito choro e muito tormento, isso eu prometo. Essa loira um dia virá chorando e rastejando atrás de mim. Quem viver verá!``

Nailton estava muito revoltado principalmente por que seus amigos foram muito humilhados e desprezados. Seu ódio o consumia, isso tudo só teria fim quando tudo fosse devidamente esclarecido.

A mansão estava à todo vapor. O movimento era intenso. Muita gente correndo de um lado e pra outro. O entra e sai de carros era constante. A empresa contratada mostrava serviço de verdade. Tinha cerca de trezentos funcionários somente para esse evento.Afinal a quantidade de convidados se aproximava de mil pessoas.

Quando já eram cinco horas da tarde os convidados começaram a chegar. Era muitos carros entrando na mansão. Todos traziam presentes para todos os gostos. Cada caixa de presente mais bonita que outra. Não parava de chegar gente das mais diferentes famílias. Jovens de todas as idades, todos amigos de Lênin, que era muito querido. Essa noite prometia. Tinha uma banda de rock tocando. Havia um espaço exclusivo somente para por os presentes, que eram um exagero.

Uma quantidade enorme de garçons parecendo um bando de pinguins distribuindo muita bebida e muita comida. Estava tudo do jeito que Gioconda havia planejado. O aniversariante tinha ido se produzir à tarde a começar por um salão de cabeleireiro. Ele era muito vaidoso e muito aguardado, no momento exato, apareceria dando o ar da graça. Já passava das dez horas da noite e nada do aniversariante aparecer, Gioconda estava já estava preocupada, mas como Lênin era inconstante, ela deixou rolar. Deu onze meia e nada do aniversariante. Todos se divertiam, mas focados na sua chegada que estava demorando.

Quando faltavam dez minutos para a meia noite, todas as luzes da mansão se apagaram. Alguém gritou:
— Isso é coisa de Gioconda! Deve fazer parte da festa! Se acalmem! Deve de ser alguma surpresa!
E realmente era uma surpresa. Quando deu meia noite as luzes se acenderam e todos aplaudiram. Cinco minutos depois a caixa de presente mais bonita começou piscar muitas luzes e tocar uma música bem animada e bem alta, era a tecnologia usada em prol do ser humano e quando a música parou, todos aplaudiram num clima muito festivo e animado, foi quando alguém disse:
— Isso deve fazer parte da programação também, e o Lênin deve estar dentro dessa caixa! Vamos abrir a caixa!

Alguém começou procurar jeito de como abrir a caixa que se abriu em quatro partes ficando somente o que estava no centro da caixa. Uma linda toalha cobria uma redoma de vidro e quando alguém retirou a toalha, O assombro foi medonho, dentro da redoma estava a cabeça de Lênin, o desespero e o choro foram terríveis todos estavam chocados com tamanha brutalidade.
— Ô meu deus quem fez isso com meu filho. Chorava assim dona Carmelita amparada por Gioconda que chorava e gritava desesperada diante do quadro.
— Tragam um tranquilizante para dona Carmelita! - Gritava alguém.
— Cadê os empregados da casa! Onde está Tereza!
— Todos foram dispensados por hoje!
— Que mundo é esse que pessoas têm coragem de fazer uma barbaridade dessas com um rapaz tão bom?
— Eu quero morrer também! A vida não tem mais sentido pra mim! Era o único filho que eu tinha.
— Não diga uma coisa dessas, Plínio! Seria mais um perda irreparável!

O desespero tomou conta de todos, os comentários e lamentos era aleatórios e partiam de todos os lugares da festa! Alguém já tinha ligado para a polícia que chegou com o uma hora depois.

O investigador Dulcídio Castanheira foi entrando seguido por uns dez policiais todos armados na sala que estava um caos sem precedentes. As pessoas mais chegadas a família juntamente com os parentes estavam inconformados com tamanha brutalidade.

O investigador se aproximou onde estava a redoma com a cabeça do Lênin, olhou demoradamente sob a atenção de todos, sob um suspense descomunal e isso havia demorado uma meia hora nessa análise e por fim falou:
— Foi um trabalho muito bem executado! Digno de um especialista. Que fez esse trabalho merece um prêmio!
— Como assim delegado?! O que você quer dizer com isso? Isso que você esta dizendo é um absurdo! Não se pode elogiar um bandido principalmente o senhor que os combate!-bradava o pai de Lênin. Calmamente o policial continuava:
— Esse trabalho é digno de um Oscar! Quem o executou é um gênio! Um excelente profissional! Em toda minha vida nunca vi uma coisa tão bem executada!

Todos já estavam irritados pela frieza do investigador diante de um momento tão chocante e falou:
— Vamos fazer silêncio! Silêncio! Depois que os ânimos se acalmaram continuou:
— Até agora não morreu ninguém essa cabeça é uma réplica de silicone muito bem elaborada. E quem a produziu conseguiu o que queria: acabar com a festa de vocês! Agora resta saber onde está o aniversariante! E não toquem nessa redoma vamos levar para o distrito para analisar melhor e agora todos procurem o Lênin por toda propriedade que ele pode estar correndo risco de vida!

Foi um total alvoroço todos esqueceram a festa bebidas, comidas e tudo o mais para procurá-lo por toda a propriedade. Era uma coisa macabra. Todos gritavam seu nome. Vasculharam todos os cantos da propriedade e nada do Lênin. Finalmente entraram no bosque que contrastava com a vestimenta dos convidados, que vestiam socialmente embrenhando-se no meio da pequena floresta aos gritos, isso durou toda a noite, uns com lanternas, os carros com as luzes acesas para iluminar o bosque. O que seria um evento social, divertido, familiar e chique, tornou-se um caos terrível. Muitos convidados falavam que nunca mais colocariam os pés na mansão do terror. Todos os convidados estavam empenhado nessa procura. E finalmente quando estava para amanhecer o dia, alguém encontrou o Lênin amarrado em uma arvore desacordado à merce dos acontecimentos. Ele foi levado para o hospital e todos puderam ir para as suas casas descansar do evento macabro.

E é evidente que não precisa mencionar quem foi o mentor dessa barbárie. Se alguém merecesse um Oscar, esse seria indubitavelmente o Nailton pelo planejamento e execução desde plano tão chocante e macabro.


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Notas finais do capítulo

Se por um lado o rigor dos acontecimentos denotam a pretensão de vingança fria e calculista do Nailton. Por outro lado, o comportamento inescrupuloso de Gioconda faz com que nosso protagonista tenha uma atitude mais acirrada em relação a esse sistema de comportamento social, continuem acompanhando e veja do que uma pessoa é capaz de fazer. Comentem! Bjs. Xau galera!



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