Photoshoot escrita por LelahBallu


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!

Então, trouxe mais uma one para vocês, e essa estarei dedicando especialmente a "Isabela", minha amiga Isa que adora cobrar fics, um Xoxo especial para Isa e eu prometo que vou tentar fazer aquele seu pedido Isa, mas não sei realmente quando.
Espero que gostem!



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Observei o rosto de Helena se iluminar enquanto me dava o que ela achava ser a “boa notícia”.

— Você pode repetir? – Pedi estalando minha língua, eu tentava assimilar o que havia dito e por que ela parecia tão animada.

— Eu consegui um emprego para você. – Repetiu.

— Até essa parte eu entendi. – Murmurei entredentes, eu havia ficado exultante com a notícia, até ela concluir. – O que eu não entendi foi à parte em que eu faço um ensaio fotográfico.

— Lis. – Murmurou suspirando. – São apenas alguma fotos, dinheiro fácil e rápido, justo como você precisa.

— Você esqueceu Helena que eu não sou uma modelo, eu sequer consigo tirar uma selfie decente! – Argumentei.

— Nisso você tem razão. – Concordou. – Mas não deve ser difícil, você precisa apenas seguir as instruções do fotógrafo. Você vai ser dirigida, não se preocupe.

— Você está louca se acha que vou realmente fazer isso. – Falei em tom baixo. Estávamos na biblioteca da faculdade, ambas estávamos no último ano e mais do que ansiosas para nos formar. Eu mais do que Helena não via hora de pegar meu diploma e concluir minha graduação, foi um verdadeiro baque quando recebi uma mensagem da faculdade avisando que estariam cortando algumas bolsas, estando a minha dentre elas. Eu dependia da bolsa, eu trabalhava como garçonete, mas o dinheiro que eu recebia trabalhando no Big Belly era pouco e ia para pagar aluguel, Luz e comida, não tinha chance de eu conseguir pagar mais esse gasto.

Eu não poderia simplesmente desistir do meu curso quando estava tão perto de acabar, então eu estava desesperada por uma renda extra. Eu dividia um apartamento com Helena e ela assim como eu não contava com muito dinheiro, então ela sabia muito bem pelo o que eu estava passando. Ela é minha melhor amiga, sem dúvida alguma se ela pudesse estaria me ajudando de outra maneira, mas tudo o que ela podia fazer era entrar comigo na busca por um segundo emprego que fosse flexível, algo no fim de semana, eu já tinha horário apertado entre a faculdade e o Big Belly, um segundo emprego parecia algo impossível e utópico.

— Lis, você precisa desse dinheiro. – Murmurou segurando minha mão. – Não é justo que depois de batalhar tanto você tenha que desistir dos seus sonhos, o aceite, tire algumas fotos e garanta o dinheiro dos próximos meses pelo menos. – A faculdade não havia simplesmente me chutado fora, ela reconhecia que era repentino e que eu precisava me ajustar, devido as minhas ótimas notas e meu histórico o reitor se sensibilizou, eu teria a bolsa até o final do semestre, era com meu último semestre que eu devia me preocupar.

— Com quem você arranjou esse trabalho? – Franzi o cenho.

— Humm...

— Helena...

— Terceira mesa, sua direita. – Falou em tom baixo e culpado, o mais discretamente possível segui suas instruções e segurei uma imprecação ao observar Tommy Merlyn na mesa , sua mão apoiada ao queixo, mostrando claramente que ele apenas estava acompanhado sua amiga, Sara Lance, e que seu último pensamento era estudar. Seu rosto inexpressivo mostrava estar dominado por tédio e que a biblioteca era o último lugar em que queria estar.

— Você falou com Tommy? – Murmurei forçando-me a manter meu tom ainda baixo, nesse momento eu queria gritar. – Tommy Merlyn? Mal trocamos duas frases, e com toda certeza ele sequer se lembra de que trocamos, não há nada de emocionante em “Você pode me passar esse livro”? E “Obrigada”.

— Qual o problema? – Perguntou confusa. – Você precisava de dinheiro, eu conheço Tommy e sei que ele tem contato com Deus e o mundo.

— A questão é que ele não me conhece e ainda assim sabe que eu estou implorando por dinheiro! – Reclamei recebendo alguns “Shsss” e encolhendo-me com tantos olhares em mim.

— Agora boa parte da faculdade sabe também. – Helena retrucou recebendo um olhar azedo por minha parte. – Relaxe Lis, eu não disse para quê você precisava do dinheiro, nem ele quis saber, Tommy é discreto, ele poderia ser um cafetão e você não saberia.

— Estou mais tranquila. – Falei sem expressão.

— Sarcasmo não te levará a nada. – Falou. – Você pode calar a boca e apenas me agradecer?

— Estou tentando imaginar como eu posso te agradecer estando com a boca fechada. – Retruquei.

—Use libras.

— Sarcasmo não te levará a nada. – Repeti sua frase.

— Você precisa de dinheiro ou não? – Questionou-me sem paciência.

— Desculpe Helena, eu sei que você teve a melhor das intenções. – Suspirei a encarando. – Você é a melhor amiga que alguém poderia querer, eu só estou estressada com tudo isso. Por mais que o dinheiro fosse ótimo, posar, tirar fotos, não é comigo. Eles nem terminariam as fotos e me mandariam para casa.

— Eles querem te conhecer antes. – Prosseguiu.  – Eu entreguei algumas fotos suas, e eles amaram, eles provavelmente tirariam algumas fotos de testes antes de oficializar qualquer coisa.

— Você mandou fotos minhas? – Perguntei incrédula.

— Eles acreditariam que você é bonita apenas por que eu disse? – Arqueou suas sobrancelhas me provocando.

— Eu te odeio. – Murmurei inclinando minha cabeça contra a mesa.

— Hey. – Escutei a voz masculina falar próximo de mim. Pressionei mais meus olhos negando-me a levantar minha cabeça e encarar seus olhos azuis. A principal razão era por que ele não estava se dirigindo a mim. Eu não precisava pensar muito para associar Oliver Queen à voz.  – Eu imaginei que você estaria aqui, com ela. – Continuou.  Oliver é namorado de Helena, eu tenho certeza que eles não se rotulam assim, mas para mim se você está há dois meses com apenas este cara e ele passa quase todas as noites em seu apartamento você o chama de namorado.

— Olá Ollie. – Helena murmurou. Passou-se alguns segundos que imaginei terem sido gastos em um beijo sutil. – Eu estava indo atrás de você, logo.

— Por que ela está assim? – Notei que se referia a mim, por que apenas Oliver tinha a capacidade de falar sobre mim estando na mesma sala comigo como se eu não estivesse presente.

— Oh, ela...

— Ela já está indo. – A interrompi juntando minhas coisas.

— Lis...

— Você não precisa ir apenas por que eu cheguei Smoak. – Oliver falou me encarando. Havia algo em Oliver que sempre que ele abria a boca para falar comigo parecia estar me provocando, eu não gostava dele, ele sabia disso e se divertia. Eu não gostava desse seu ar petulante, de que cada olhar seu para mim fosse uma piada, não gostava do jeito que falava comigo, mais do que isso eu não gostava de Oliver apenas por não gostar. Ele é um playboy.

Estava sempre cercado por admiradores, e por garotas dispostas a qualquer coisa por sua atenção, é rico, seu nome facilita tudo em sua vida, Oliver Queen era um filho da mãe sortudo que nunca teve que correr atrás de nada na vida, ele me irritava apenas por respirar.

— Sim, eu preciso. – Falei me erguendo. – Nos vemos depois Helena.

— Pense com carinho. – Pediu. – Eu realmente acho que essa vai ser sua melhor chance.

— Do que vocês estão falando? – Oliver perguntou olhando de uma para a outra.

— Sobre o tempo Queen, sobre o tempo. – Respondi com ironia.

— Com você o tempo está sempre fechado. – Retrucou.

— Adorável. – Murmurei antes de lhe dar as costas e sair sem dizer algo mais, infelizmente eu ainda peguei seu sorriso, até o sorriso de Oliver me irritava.

— Felicity! – Virei-me confusa ao me deparar com Tommy correndo em minha direção, pelo seu tom essa não havia sido a primeira vez em que havia me chamado. – Woah. – Exclamou ofegante. – Você é rápida, eu venho te chamando desde que saiu da biblioteca.

— Desculpe, eu não tinha o escutado. – Inclinei minha cabeça o observando.

— É eu percebi. – Sorriu. Do sorriso de Tommy eu gostava.

— Algum problema? – Perguntei ainda confusa.

— É sobre o trabalho. – Comentou andando ao meu lado. – Eu conheço o fotografo, foi assim que eu consegui. Helena disse que você precisava muito, mas você não veio falar comigo, então eu estou confuso, você ainda quer? Eu preciso avisa-lo caso não queira, ele está me fazendo um favor, em te priorizar, se você não precisar mais ele precisa colocar outra garota em seu lugar.

— Eu preciso, eu realmente preciso. – Murmurei sincera. – Eu só não estou à vontade. Eu não sou uma modelo, eu acho que ele está te fazendo um grande favor em me priorizar por que vamos combinar, eu não deveria estar sendo considerada realmente para uma sessão de fotos.

— Por que não? – Perguntou franzindo o cenho. – Você obviamente é linda. – Parei surpresa com o que ele disse e como ele disse com tamanha facilidade, ele me olhou incerto do por que eu havia parado. – Você não pode estar surpresa por que eu disse que era linda. – Falou perplexo quando se deu conta.

— Obrigada, é só que você nunca pareceu me notar. – Murmurei sincera.

— Eu sou um homem, é claro que eu te notei. – Empurrou meu ombro e recomeçou a andar. – Mas o problema de nós homens é que notamos todas, e as classificamos, como decentes e não decentes. Geralmente preferimos transar com aquelas que não são decentes.

— Eu estou confusa se devo ou não me sentir lisonjeada. – Ri. A presença de Tommy é refrescante, ele é completamente honesto sobre o que pensava e como agia.

— Então, você vai? – Perguntou retomando o assunto.

— Eu não vou entrar em uma enrascada? – Perguntei ainda hesitante.

— Diggle é um cara legal, totalmente profissional.  – Murmurou me tranquilizando. – Eu prometo que você não vai entrar em alguma enrascada, ele é sério.

— Eu vou confiar em você Tommy. – Falei parando. Ele sorriu abertamente com o que eu havia dito. Eu realmente precisava desse dinheiro. – Eu vou lá e tentarei o meu melhor e caso eu entre em uma enrascada estarei indo atrás de você. – Prometi.

— Se você fosse mais alta talvez eu me sentisse ameaçado. – Brincou.

— Tommy eu posso te pedir um favor. – Mordi meu lábio inferior incerta se ele atenderia esse. – Outro.

— Se eu puder... Claro. – Assentiu.

— Não comente sobre isso com Oliver. – Pedi. – Eu sei que vocês são melhores amigos e devem falar sobre tudo, eu realmente ficaria muito grata se este não fosse um dos assuntos.

— Qual o problema com Oliver? – Questionou-me confuso.

— Nós apenas temos personalidades opostas.  –Dei de ombros. – Na verdade eu não gostaria que você falasse disso com ninguém, mas imagino que falar com Oliver seria o mesmo que jogar a merda no ventilador.

— Ele não é assim. – Garantiu. – Mas não precisa se preocupar, as únicas pessoas com quem falei sobre isso foram Helena, você e Diggle.

— Obrigada. – Murmurei sincera. – De verdade.

— Não é nada. – Minimizou balançando a cabeça e me entregou seu celular. – Apenas me dê seu número para que eu possa enviar o horário e local.

— Certo. – Falei digitando rapidamente, não pude evitar sorrir quando ele olhou para o celular e soltou um pequeno riso.

— “Felicity a decente” – Leu em voz alta. – Ótimo. Até mais Felicity.

— Tchau Tommy. – Acenei tomando meu caminho enquanto ele voltava pelo que havíamos vindo.

Quando cheguei em casa fiz um sanduiche rápido como almoço, Helena voltaria apenas no fim da tarde então eu não precisava me preocupar com nada mais elaborado, coloquei um jeans velho e camiseta folgada e desocupei meu quarto o máximo possível, deixando apenas os móveis maiores, os cobri e os afastei das paredes. Eu estava determinada a pintar meu quarto hoje então eu tinha que usar roupas que não voltaria usar publicamente, tinha terminado de pintar uma parede quando me senti ser observada. Virei-me apenas para encontrar seus olhos azuis me encarando.

Oliver estava encostado ao batente da porta, não exibia nenhum sorriso de provocação, seu semblante estava sério, algo totalmente atípico dele.

— Como você entrou? – Perguntei tentando controlar meu coração que havia disparado, eu não gostava de ser surpreendida em meu próprio apartamento.

— Helena. – Murmurou se afastando da porta e entrando totalmente no meu quarto, seus olhos avaliativos passando pelo lugar. – Ficamos de nos encontrar aqui, ela disse que precisava passar em um lugar, então me deu sua chave para eu vir na frente e a esperar.

— Tenho certeza que quando ela falou, ela pensou em talvez na sala ou no quarto dela. – Murmurei cruzando meus braços em defensiva. – Não no meu quarto. – O sorriso que havia demorado a chegar se fez presente, ele me observou com ar divertido e se aproximou ainda mais, me recusei a recuar e me sentir intimidada por ele. Ergui meu queixo. – Você está invadindo meu espaço. – Acusei.

— Você é do outro grupo não é mesmo? – Perguntou-me se afastando e pegando um pincel que eu havia deixado de lado, ele foi para outra parede e começou a tracejar em linha reta o pincel pela lateral da parede.

— De que grupo você está falando? – Perguntei confusa. – E eu não o convidei para ficar.

— Eu divido as pessoas próximas a mim em dois grupos. – Continuou me ignorando. – Aquelas que amam Oliver Queen, todos os aspectos de sua vida. Meu dinheiro, minha fama de playboy, meu nome, meu futuro como C.E.O do império Queen, tudo isso apenas por nascer um Queen. O segundo grupo é menos favorável a essa imagem, eles odeiam todos esses aspectos, a fama, o dinheiro, meu nome. Você faz parte desse segundo grupo.

— Eu... – Comecei a negar, mas parei, ele estava certo, se eu protestasse estaria apenas mentindo. Ele lançou um olhar pelo ombro seu sorriso ainda lá.

— Você ia dizer?  -Provocou-me.

— Nada.

— A questão é que os dois grupos tem algo em comum. – Continuou voltando a se concentrar em pintar a parede. – Nenhum realmente me conhece. Como você pode seriamente amar ou odiar uma pessoa sem realmente conhecê-la? – Perguntou voltando-se para mim, eu não tinha uma resposta para isso, ele se aproximou de mim novamente esperando que lhe respondesse, mas eu mantive meu silêncio e me limitei apenas a dar de ombros. – É uma pena. – Murmurou sério. – Por que eu gosto de você. – Sorriu antes tocar levemente meu nariz com o pincel o manchando. – Eu vou esperar Helena na sala. – Falou devolvendo o pincel ao seu lugar enquanto eu me preocupava em limpar a tinta. Eu estava surpresa com o que ele havia dito, mas não curiosa o suficiente para ir atrás e questiona-lo. Eu não podia esquecer que Oliver era namorado de Helena, e que essa uma das principais razões para eu me manter afastada, infelizmente Oliver me atraia, e a única pessoa que para quem eu admitia isso, era eu mesma.

Como havia prometido, Tommy me enviou uma mensagem informando-me onde eu deveria encontrar John Diggle e a que horas. Minha “entrevista” com Sr. Diggle seria daqui a três dias e se tudo desse certo no mesmo dia eu faria as fotos e receberia meu pagamento, pronto assim, rápido como tirar um curativo. Eu ainda não tinha ideia do quanto ganharia e era bom não confiar apenas nesse dinheiro, de forma que eu deveria ficar atenta a novas oportunidades, tirar alguns pares de fotos não deveria dar tanta grana, não quando era uma ninguém nesse mundo. Já era um absurdo eles realmente me considerarem.

No dia marcado Helena fez questão de me acompanhar, ela estava tão animada que parecia ser ela que iria tirar as tais fotos. Sr. Diggle era um homem enorme, mas simpático, ele logo percebeu que eu estava nervosa e tentou me acalmar, eu estava esperando um daqueles fotógrafos excêntricos e cheios de atitude do mundo da moda, esperava que ele fosse gritar comigo sempre que uma foto não saia bem, mas ele me surpreendeu.

— Essas fotos estão ótimas Felicity. – Murmurou quando terminamos. – Mas elas são apenas um teste, eu realmente gostei, mas preciso mandar para meus empregadores, eles vão escolher a garota que representaram melhor eles. Se você fechar um contrato com eles não será apenas para sessão de fotos da próxima semana, mas mais duas delas.

— Eu não sabia. – Confessei me esticando. – Tommy falou que seria apenas uma, ou foi assim que eu entendi.

— Trata-se de um contrato. – Negou. – E digo mais, se eles gostarem, como eu acho que vão gostar, você não vai parar apenas nesse.

— Eu só quero terminar minha faculdade. – Deixei escapar. Ele sorriu compreensivo. – Eu não estou muito animada também, outras garotas estão atrás, eu vi algumas, elas são bem mais bonitas, são modelos.

— Bem, eu tenho um contrato com eles. – Diggle confidenciou. – Eu conheço os perfis que eles selecionam e eu posso afirmar que você se encaixa nele. Além disso, eu tenho voto.

— E você votaria em mim? – Perguntei incrédula.

— A câmera te adora. Você é um pouco nervosa e tímida, em algumas campanhas esse ar tímido te ajudaria, mas eu acho melhor trazê-lo apenas quando necessário, é imprescindível que você fique a vontade diante de uma câmera.

— Então...

— Eu acho que você tem meu voto. – Piscou. – Eu entrarei em contato com você.

— Ok, obrigada Diggle. – Murmurei antes de me afastar. Helena ergueu-se de sua cadeira onde estava sentada me aguardando, ela correu me encontrando no caminho e me abraçando com animação.

— Você estava ótima! – Murmurou surpresa. – Um pouco nervosa no começo, mas era de se esperar, o que Diggle disse?

— Que eu tinha chances e que iria entrar em contato comigo. – Falei enquanto ela enganchava o braço no meu e andávamos juntas.

— Com certeza você está dentro, eu vi as outras garotas. – Falou em tom baixo. – Falta naturalidade nelas.

— Yep. – Murmurei revirando os olhos. – Nesse meio tempo eu encontrei um bar esperando por mim nos final de semana.

— Você encontrou sua renda extra? – Perguntou com um sorriso.

— Sim. Eu posso ir juntando e terei o dinheiro quando o semestre acabar. – Expliquei. – Então, quando eu fizer a matricula do último semestre eu poderei pagar tudo junto.

— Então, por que você veio hoje?- Perguntou-me confusa.

— Você e Tommy foram atrás disso por mim, eu achei justo pelo menos comparecer.  –Confessei. – De qualquer forma não acho que eu venha a ser chamada.

— Felicity. – Helena me parou virando-me para encara-la. – E se você for?

— Eu não acho que eu vá ser chamada, mas se for eu até mesmo posso fazer, eu gostei de Diggle, com ele a pressão não seria tão grande, e ele falou que seriam apenas três sessões no máximo, eu posso fazê-las e dar adeus a isso.

— E eu teria uma amiga modelo. – Brincou.

— Não exagere. – A recriminei. – Pelo menos eu poderia juntar o dinheiro e não ficaria tão apertado. Mas eu realmente não acho que eu seja chamada. – Ela riu. Por alguma razão ela estava muito confiante de que eu seria chamada.

Não falamos mais no assunto até que dois dias depois Diggle entrou em contato comigo e para minha surpresa ele disse que eu estava dentro. Eu não acreditei, Helena por sua vez ficou cheia de si afirmando que sabia desde o começo, ela estava exultante com essa sessões, muito mais do que eu estava sem dúvida alguma. Quando chegou o dia de tirar as fotos eu tive que pedir folga no Big Belly e mentir a razão de estar faltando, eu estava cruzando meus dedos pedindo para que essa pequena mentirinha nunca fosse descoberta, eu não poderia correr o risco de perder meu único emprego fixo.

— Isso é incrível.  – Helena murmurou admirando o estúdio, as fotos que eu havia tirando antes tinham sido no estúdio de Diggle em seu apartamento, este lugar era bem maior, o movimento de pessoas era grande, ninguém parava quieto, eles sempre estava atrás de algo ou alguém, uma assistente me recebeu assim que eu cheguei me arrastou consigo para assinar o contrato e em seguida ir para maquiagem e me arrumar.   

A roupa se parecia mais como algo que eu usaria, jeans e blusa básica. Quando pisei no cenário novamente estanquei, meu olhar encontrando a enorme cama. Mas que inferno?

— Felicity. – Diggle se aproximou sorrindo. – Está pronta?

— Por que essa cama? – Perguntei incapaz de desviar meu olhar dela.

— Oh não. – Negou. – Nós vamos tirar fotos ali. – Apontou para o outro lado totalmente branco, todo o equipamento já posto. Segurei um suspiro de alívio. – Depois voltamos para tirar fotos na cama.

— O quê? – Perguntei ao mesmo tempo em que Helena se aproximava com café.

— Isso é tão legal, a assistente me trouxe café... – Murmurou antes de se concentrar no meu rosto, percebendo em minha expressão que algo estava errado. Seu olhar se deslocou até a cama. – Wooah essa é uma cama bem grande.

— Eu estava explicando que só vamos tirar as fotos na cama depois. – Diggle murmurou atento a sua câmera. – Primeiro eu quero tirar umas fotos suas com seu parceiro ali. – Voltou a apontar.

— Meu parceiro? – Perguntei cada vez mais confusa.

— O que está acontecendo Felicity? – Diggle perguntou finalmente dando-se conta de minha hesitação.

— Eu não sabia que tiraria fotos com outra pessoa.  Eu não sabia que teria fotos em uma cama. – Confessei.

— Você não leu seu contrato? – Perguntou cruzando os braços fortes. Oh merda. Merda. Merda. Mil vezes merda. – Você está ciente de que vai pousar para uma revista erótica?

— Pornografia? – Minha voz se ergueu, eu tinha certeza que meus olhos arregalaram-se e que minha expressão era de puro choque. – Eu não acredito. – Murmurei levando minha mão até a cabeça. Não ajudava o fato de que Helena explodiu em uma risada. – Deve ser algum engano.

— Não é. – Diggle falou em tom sério. – E não é pornografia, são fotos eróticas, sensuais, você irá tirar fotos com um modelo masculino, como casal, e terá nudez parcial. – Inferno, não. Não, não, não.

— Não. – Soltei. – Desculpe Diggle, mas eu não sabia no que estava entrando.

— Você não estranhou o fato do cachê ser tão alto? – Perguntou sem paciência. Eu podia ver que ele estava chateado, eu estava atrasando seu trabalho. – Eu sou um profissional Felicity, não há nada de errado com as fotos, você não precisa temer nada. Quando começarmos o estúdio estará mais vazio, meus ângulos não permitem mostrar nada de mais, trabalhamos mais com a insinuação, imaginação de quem comprará a revista. E você tem um contrato, não pode apenas se negar, quebra-lo será pior. Eu prometo que farei tudo para que se sinta a vontade.

Eu não tinha como fugir, gostaria de pensar que poderia apenas me negar a tirar as fotos, mas não posso, eu já tinha a questão da faculdade, uma quebra de contato ia foder comigo. Virei-me com raiva e encarei Helena.

— Você sabia?

— Eu juro que não. – Falou sério. – Quando falei com Tommy tudo o que ele me disse é que conhecia um fotógrafo, nada mais.

— Felicity? – Diggle me chamou. – Você vai tirar as fotos ou quebrará o contrato?

— Lis isso parece sério. – Helena murmurou com receio.

— Eu sei. – Concordei. – Eu vou tirar essas fotos. – Escutei o suspiro aliviado vindo de Diggle. – Quem será meu parceiro?

— Infelizmente ele está atrasado. – Murmurou aborrecido. – Eu não deveria ter concordado em usa-lo como modelo, mas me disseram que ele traria a imagem perfeita. Ah ele chegou. – Diggle murmurou olhando por sobre meu ombro, virei-me nervosa para conhecer o modelo e quase me engasguei com meu próprio ar tamanho foi meu choque. Inferno, Oliver Queen?

— Oh não. – Helena murmurou ao meu lado.

— O quê? – Diggle perguntou confuso.

— Ela vai surtar. – Respondeu. Eu não tinha condições de falar algo ou até mesmo repreendê-la, meus olhos passearam por Oliver, ele foi até a assistente que se agitou com sua aproximação e trocaram algumas palavras, ela em seguida se virou procurando até que nos encarou e apontou para onde estávamos, os olhos distraídos de Oliver avançaram até Diggle, mas logo se concentrou em mim. Engoli uma lufada de ar quando Oliver me encarou surpreso, seus olhos se estreitando e então ele avançou em nossa direção.

— Helena... – Murmurei entredentes.

— Eu não tinha ideia, eu juro. – Prometeu. – Por favor, não surte.

— Helena... – Repeti.

— Respire fundo. – Pediu.

— Helena... – Falei entredentes.

— Inspira, expira. – Murmurou.

— O que diabos está acontecendo aqui? – Diggle perguntou no exato momento em que Oliver parou em nossa frente.

— O que você está fazendo aqui? – Oliver perguntou me encarando. O fulminei com um olhar, a namorada dele estava aqui, bem ao meu lado e ele pergunta o que eu estou fazendo em um estúdio de pornografia? Prioridades Queen.

— O que você está fazendo aqui? – Retruquei.

— Vocês se conhecem? – Diggle perguntou estreitando os olhos. – Você não é um namorado que descobriu sua garota, não é?

— Ele é o namorado dela. - Intervi.

— Huh? – Helena me encarou confusa.

— Humm. – Diggle murmurou compreendendo. – Sinto muito, srtª Smoak, mas você terá que fazer a sessão com ele. Aqui vocês são profissionais, você precisa esquecer que ele é o namorado de sua melhor amiga.

— Felicity é a modelo? – Oliver perguntou incrédulo. Eu estava pensando nas minhas opções, até o momento Diggle ainda não tinha me chamado pelo sobrenome, isso significava que sua paciência havia se esgotado. O que eu faria agora? Senti meu braço ser puxado e encarei Helena que me afastava da conversa dos homens.

— Você precisa fazer esse ensaio. – Falou séria. – As coisas não vão bem, Felicity. Você não pode arriscar enfrentar uma quebra de contrato, eu sei que você tem uma antipatia inexplicável por Ollie, mas você precisa deixar de lado, apenas pelo tempo de duração dessas fotos e então você estará livre.

— Ele é seu namorado, Helena. – Murmurei. – Já era ruim eu me despir para tirar fotos com um total desconhecido, as coisas pioraram consideravelmente quando descobri que se trata do namorado da minha melhor amiga, eu não vou ficar confortável.

— Nós não namoramos. – Negou. – Você que gosta de rotular as coisas, somos amigos que gostam de vez em quando tirar nossas roupas e transar.

— Poupe-me dos detalhes. – Pedi.

— Nós transamos, Felicity. – Murmurou sem paciência. – Ele é quente, solteiro e não há ligação, qualquer coisa entre nós é esquecido imediatamente. Não há espaço para ciúmes e inclusive vemos outras pessoas, entende agora que não namoramos?

— Como você consegue? – Murmurei incrédula.

— Você deveria tentar. – Sorriu. – Ollie é bom.

— Eu não sou virgem. – Sibilei.

— Mas às vezes age como fosse. – Deu de ombros.

— Essa não é a melhor hora, Helena. – Reclamei.

— Lis, apenas relaxe. – Pediu. – Eu inclusive estou saindo com outra pessoa, talvez as coisas fiquem sérias e terei que deixar Oliver de lado, eu não me importo.

— Pare. – Pedi. – Isso não muda nada para mim.

— Precisa. – Argumentou. – Ou seus problemas financeiros vão se acumular.

— Felicity. – Escutei a voz de Oliver soar mais alta, ele deu um aceno para Helena reconhecendo sua presença e dirigiu seu olhar para mim. Não tive outra opção se não me aproximar com Helena ao meu lado. – Podemos conversar? – Assenti antes de encarar Helena que entendeu a dica e se afastou.

— Por que você está aqui? – Perguntei assim que nos vimos “sozinhos”.

— Entraram em contato comigo, eu não vi nenhuma razão válida para dizer não. – Deu de ombros. – Eu conheço Diggle, estava conversando com ele quando me viram. – Explicou. – Eu conversei com Diggle agora, e pelo o que eu entendi você precisa do dinheiro. – Eu optei por permanecer em silêncio o que apenas confirmou tudo. – Trabalhar comigo seria um problema?

— Você sabe que sim. – Não neguei. – Mas não posso evitar, eu já assinei um contrato.

— Eu posso. – Deu de ombros. – Eu ainda não assinei. Se você quiser eu posso apenas me virar e ir embora. – Eu considerei sua oferta, eu realmente o fiz. Meu olhar recaiu sobre Diggle que nos encarava mais afastado, sua paciência havia ido embora, ele poderia muito bem estar nos xingando, desviei até Helena que ergueu os polegares com um sorriso encorajador e então voltei a encarar Oliver. Se não fosse Oliver eu não estaria apenas indo para casa e tudo estaria acabado, eu teria desperdiçado o tempo de todos aqui e a sessão seria adiada, eu teria que voltar e provavelmente faltar ao meu trabalho mais uma vez para então tirar essas fotos com um desconhecido que poderia ser um porco idiota.

— Não. – Neguei. – Você não precisa ir. Eu posso fazer essas fotos com você.

Eu só podia ter ficado louca.

Eu era louca. Alguém poderia me internar agora em alguma instituição psiquiátrica por que eu havia perdido completamente minha cabeça. Eu apenas concordei em tirar fotos sensuais, fotos eróticas com Oliver Queen.

— Então? – Diggle murmurou quando parou em nossa frente, seu semblante carregado. – Eu fiz uma idiotice ao contratar vocês dois?

— Nós vamos tirar essas fotos. – Garanti. – Apenas nos guie. – Pedi.

— Ótimo. – Bateu as mãos. – Oliver vá trocar suas roupas. – Ordenou. Oliver assentiu e voltou alguns minutos depois com jeans e uma camisa branca.

— Onde quer que eu fique? – Perguntou sério. Desde o momento que havia chegado Oliver não havia feito nenhuma piada sobre o assunto, nenhuma provocação sequer. Isso me surpreendia. Diggle apontou para as paredes brancas. 

— Tire sua camisa. – Diggle pediu. Oliver assentiu e com um movimento rápido retirou sua camiseta, tentei não me concentrar tanto no movimento deliberado, nas ondulações dos seus músculos, em seu abdome firme e como ele parecia vergonhosamente à vontade com seu corpo. Recebi um olhar impaciente de Diggle. – O ensaio é de casal srtª Smoak, traga sua bunda até aqui e tire sua blusa. – Corei e imediato com sua ordem e assenti, mas antes de avançar encarei Helena.

— Eu não vou me sentir a vontade com você aqui. – Confessei.

— Eu entendo. – Assentiu. – Eu estarei te esperando na recepção. – Avisou se afastando. Quando ela desapareceu, eu finalmente reuni toda minha coragem e caminhei até Oliver.

— O que você quer que façamos? – Perguntei a Diggle.

— Eu os quero bem próximos. – Murmurou, aproximei-me ficando em frente a Oliver que me encarou com intensidade, eu ainda estava insegura, então quando seu braço envolveu minha cintura me aproximando mais, eu fiquei rígida. Lembrei-me da ordem de Diggle e me afastei um pouco para tirar minha blusa. – Talvez uma das fotos aqui seja usada na capa da revista. Então não vai ser nada tão explicito. – Diggle explicou. – Mas eu quero ambos envolvidos e a vontade um com o outro, eu preciso que tire seu sutiã Felicity, Oliver impedirá que seus seios fiquem expostos.

— Ótimo. – Murmurei em tom irônico mais baixo, Oliver escutou e pela primeira vez ele sorriu. Eu já ia me mover para tirar quando ele mesmo correu seus dedos pela minha coluna causando uma série de arrepios por meu corpo e com a destreza de alguém já havia ajudado muitas garotas a se livrarem de suas peças intimas ele o soltou. Eu terminei de tirar e logo seu braço me aproximou de si novamente, seu peito colando aos meus seios, calor me envolvendo. Meus olhos foram atraídos até os seus que nãos deixaram de fitar meu rosto.

Isso era errado. Eu mal conseguia falar um bom dia para Oliver e aqui estava eu nua em seus braços. Isso é tão errado.

— Continue fitando seus lábios Oliver. – Diggle dirigiu. A percepção de que ele estava encarando meus lábios fez com que eu os sentissem secos e com necessidade de molha-los. – Incline-se mais para ela, paire seus lábios sobre o dela. – Semicerrei meus olhos quando seu rosto ficou mais próximo, nossos fôlegos mesclando, a necessidade de ar se fez mais presente, de repente era impossível não levar minha mão até sua nuca apertando os pequenos fios. Eu queria beija-lo, droga eu queria muito beija-lo agora. – Está ótimo. Eu quero essa intensidade. Vire-se Felicity, jogue seu cabelo apenas de um lado, Oliver cubra os seios dela com um braço e concentre-se em seu pescoço. – Virei-me sentindo inclinando-me contra suas costas e ajustei meu cabelo deixando a parte desnuda para a câmera, Oliver não hesitou em cobrir meus seios. As sensações eram intensas e variadas, eu estava envergonhada em estar nua na frente de tanta gente, eu era ciente da equipe de iluminação, fora Diggle e Oliver, eu não queria imaginar quem mais, mas fora isso estar tão próxima de Oliver, mantendo tanto contato estava nublando meus pensamentos. Percebi que quando Diggle mandou que Oliver se concentrar em meu pescoço ele não estava falando apenas do olhar de desejo, pois senti a respiração de Oliver aquecer minha pele momentos antes de sentir seus lábios roçando levemente.

— Relaxe. – Pediu. – Concentre-se em mim. Sinta. – Murmurou antes de encontrar o ponto atrás da minha orelha e beija-lo suavemente, deixei minha cabeça para trás, relaxando assim como pediu.  Eu sequer seguia mais as direções de Diggle que se movia por nós sempre procurando novos ângulos, Oliver murmurava em tom baixo sob minha pele e eu era guiada apenas por nossos corpos.

— Acho que já podemos fazer as da cama. – Diggle falou. Oliver se afastou e eu imediatamente cobri meus seios com minhas próprias mãos. – Vocês precisam de um intervalo? – Perguntou enquanto Oliver me entregava minha blusa, seu corpo ainda me ocultando de outros olhares.

— Eu gostaria de acabar logo. – Confessei.

— Então não se vista. – Diggle murmurou e se adiantou até o cenário com a infame cama. Ainda munida do meu pudor o acompanhei sentindo o olhar de Oliver em mim. – Deite-se. – Ordenou. – Oliver tire sua calça e em seguida a dispa.

— Eu vou manter minha calcinha, não vou? – Perguntei desconfiada. Eu deveria ter suspeitado quando vi que com as roupas básicas acompanhava roupas íntimas sexys, eu deveria ter lido o maldito contrato.

— Tentaremos fazer o contato de vocês o mais íntimo possível. – Informou-me Diggle. – Mas você pode manter sua calcinha sim. – Sorriu.

— Você está se divertindo. – Acusei.

— É a primeira vez que trabalho com modelos tão resistentes. – Confessou.

— Eu te disse, eu não sou modelo. – Falei me deitando na cama, o diálogo tinha me deixado mais a vontade, Diggle era um profissional, pessoas nuas em sua frente não o afetava de qualquer jeito. Voltei minha atenção para Oliver que já havia despido sua calça e engoli em seco observando sua ereção, era impossível não notar. Eu estava ansiosa para apenas terminamos com isso e ir embora, quando o encontrasse na faculdade fingiria que apenas não o conhecia.

— Dispa-a. – Pisquei surpresa ao escutar a voz de Diggle e percebi que estávamos recomeçando, Oliver não hesitou, seus dedos engancharam em minha calça e me despiu de forma lenta e sensual. – Você pode olhar seus seios Oliver, quando um cara está com sua garota na cama, ele olha para seus seios.

— Oh Deus, eu só quero terminar isso com alguma dignidade. – Murmurei inclinado minha cabeça contra o ombro de Oliver que havia subido em meu corpo. Seu sorriso estava lá novamente, me provocando.

— Eu só quero tomar uma ducha fria depois. – Murmurou.

— Eu quero paixão, garotos. – Diggle murmurou impaciente. – Menos conversa e mais ação. – Exigiu. – Oliver me encarou com intensidade, sua mão se arrastou por minha perna e segurou meu tornozelo levando minha perna a circundar seus quadris, reprimi um gemido ao sentir o contato de nossos corpos de forma tão intima, seu corpo se pressionou ainda mais contra o meu. Um ensaio, é apenas um ensaio fotográfico Smoak.

— Apenas nós dois. - Sussurrou contra meu ouvido novamente. – Esqueça Diggle. – Seu rosto caiu para o meu pescoço novamente, seus quadris empurrando contra os meus, eu estava feita. Simulando sexo com Oliver Queen? Eu estava realmente louca quando concordei. Oliver seguiu jogando comigo, seus lábios pressionando meu pescoço descendo por eles, seu rosto dominado pelo desejo sua mão apertando fortemente meu quadril antes de inclinar e surpreender-me com um beijo.

Não um beijo casto. Um beijo profundo que teve o poder de me deixar desejando por mais, era selvagem e intenso, fez com que por alguns segundos eu esquece que essa era uma encenação, esquecer Diggle tirando fotos, esqueci a assistente ajeitando os lençóis envolvendo parcialmente nossos corpos, esqueci Helena me esperando na recepção, esqueci tudo. Tudo o que eu conseguia fazer era correspondê-lo. Meus lábios ansiando por agrada-lo. Nossas línguas se encontrando e provocando uma a outra, minha mão alcançando a parte baixa de suas costas cravando a pele.

— Isso.  – Escutei a voz de Diggle ocupar o silêncio. Meus olhos concentrado no rosto de Oliver quando se afastou apenas alguns centímetros, seu rosto perto o bastante para eu voltar a alcançar seus lábios e retomar o nosso beijo. Eu queria tanto. – Era disso que eu estava falando. Mais algumas fotos e vou poder liberar vocês. – Garantiu. Pelo resto do ensaio eu me deixei ser guiada por Oliver e pelas sensações que ele me provocava.

 Quando terminamos ele se apressou em me passar um roupão, e quando terminei de me vestir ele estava me esperando do lado de fora em total silêncio, ele me acompanhou ainda mantendo-o.

— E então? – Helena perguntou com um sorriso grande encarando de um a outro. – Como foi?

— Hum... Tranquilo.  – Oliver falou.

— Nada de especial. – Acrescentei.

— Bem morno. – Ele murmurou assentindo e movendo-se inquieto. – Eu preciso ir. – Falou.

— Oliver. – O chamei interrompendo. – Quando me encontrar na faculdade, apenas finja que não viu meus seios. – Pedi com um sorriso. Ele assentiu devolvendo o sorriso e se aproximou prendendo meu olhar no seu.

— E fora?

— Fora? – Repeti sem sequer perceber meu sorriso coquete. – Bem, ainda temos dois ensaios.

— Eu vou ter que dar um jeito de vê-los novamente quando isso acabar. – Falou com uma piscadela.  Afastou-se com seu sorriso irritante.

— Você está pensando não é mesmo? – Helena perguntou quando ele se afastou completamente.

— Em quê?  - Perguntei confusa.

— Em tentar. – Explicou. – Com Oliver. Eu acho legal, mas você não vai conseguir seguir o conceito de amizade colorida. – Alertou-me.

— Por que não? – Perguntei agora ainda mais confusa.

— Estou falando de Oliver e Felicity. – Sorriu. – Foi feito para acontecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e nos vemos nos comentários.

Xoxo, LelahBallu.