Pov. Conrad:

Hoje era o jantar de noivado da minha melhor amiga que estava sendo realizado m seu restaurante. Estava feliz por Ang, mas algo me dizia que esse casamento não daria certo no final.

—Como se senti sabendo que Ang vai casar e não irá ter tempo para você? - Hayley questionou interrompendo meus pensamentos enquanto me entregava uma taça de champanhe.

—Só por que transamos algumas vezes na adolescência e não quis nada sério, você me tortura até hoje por isso? – questionei brincando enquanto aceitava o champanhe.

—Claro que não. Foram apenas ótimas horas de prazer e agora sou casada. - ela disse e olhou para a prima que sorria ao lado de Peter enquanto ambos conversavam com os pais dele.

—O que foi?

— Nunca gostei do Peter. Ele não é para Ang.

—Sempre achei isso. - sussurrei e tomei minha bebida em um só gole.

Em seguida vi Angélique caminhar em minha direção usando um lindo vestido frente única de seda vermelha que combinou perfeitamente com sua pele clara, já seus cabelos estavam em cascatas deixando-a ainda mais linda.

—O que foi? - ela questionou interrompendo sua conversa com Hayley e pisquei confuso tentando desviar minha atenção do quanto ela estava linda hoje.

— Você está linda, use vermelho mais vezes.- disse sem perceber e ela corou em um vermelho vivo adorável.

—Obrigada, e vou seguir seu concelho. - ela disse sem jeito e logo mudou de assunto.- E quanto ao discurso de vocês, por favor, é uma noite importante para mim.

—Já expressei minha opinião sobre seu noivo antes de desse circo todo.- Hayley disse seria.

—Hayley, por favor.- ela implorou e a prima revirou os olhos antes de concordar.

—Conrad.- ela pediu e suspirei.

—Peter e eu nos odiamos, a única coisa que temos em comum é você. Sou capaz de tudo por você, agora não me peça para mentir.- disse serio antes de pegar mais uma taça de champanhe na badeja de um garçom que passava ao meu lado.

—Tudo bem.- ela sussurrou triste antes de voltar para o lado do noivo.

— O que você irá falar? - Hayley questionou seria.

—A verdade.- disse dando de ombros antes de terminar minha taça.- E você?

—A verdade.- ela concordou antes de sermos chamados pela mãe de Hayley, para dizermos algumas palavras sobre os noivos. Afinal, Ang havia nos escolhido como padrinhos, e eu também a levaria ao altar.

— Sempre disse a Ang que você não era o cara certo para ela. Mas ela nunca me ouviu. E Ang, espero que não esteja cometendo a maior burrada da sua vida, por que esse homem não te merece. E Peter, se magoar minha amiga faço você sumir, tenho certeza que ninguém se importará com isso. - disse e todos se entreolharam confusos enquanto Peter me olhava com ódio.

Pode ver a decepção e magoa nos olhos de Ang, mas não podia esconder minha opinião sobre Peter.

Sem dizer uma palavra entreguei o microfone a Hayley que sorriu maliciosa antes de dizer o que pensava do noivo da prima enquanto eu ia em direção a cozinha para sair pelos fundos.

—Onde você vai? - Hayley questionou me seguindo pelo estacionamento.

—Pra casa.- disse tirando a chave do meu bolso.

—Mas agora que a festa ficou boa.- ela disse confusa enquanto eu destravava meu carro.

—O que foi que deu em vocês dois?!-  Ang gritou furiosa assim que se aproximou de nós.- Vocês nem se suportam e agora resolveram se unir para detonar meu casamento?! Que espécie de padrinhos são vocês?!

—Só queremos vê-la feliz. -  disse e ela sorriu sem humor.

—Eu estou feliz.- ela gritou alto.- Mas se forem fazer essa palhaçada toda no dia mais importante da minha vida é melhor nem irem.

—Só achamos que Peter não é o cara certo para você. Ele é controlador, ciumento e possessivo e você não enxerga isso. - Hayley apontou preocupada.

—Odeio admitir, mas concordo com a Hayley. Deve ter alguém mil vezes melhor para você.

—E quem seria?- Ang questionou furiosa.

—O Conrad. - Hayley disse e me empurrou para cima de Ang.

—O que?!- eu e Ang gritamos.

—Por favor, ele te conhece melhor do que eu que fui criada com você. Ele seria capaz de te dá um rim só para que você viva, há homem melhor que ele para você?!

—Você tá doida Hayley Dupree, vou dizer para o Daniel te internar. - Ang gritou furiosa.

—Internar?! Isso é pouco, ela tem que ser isolada da humanidade, sua prima surtou. - disse furioso.

—Tudo bem. - Hayley disse suave. -Conrad, qual é a cor favorita da Ang?

—Azul. - disse desconfiado.

—E qual é a cor favorita do Conrad, Ang?

—Vermelho. - Ang disse sem saber onde a prima iria chegar com as suas perguntas.

—Qual é o filme favorito de cada um?

— A Ang gosta de um amor para recordar, ela sempre chora no final.

—O Conrad gosta do O casamento do meu melhor amigo, mas sei que ele adora secretamente Titanic. Ele chora como um bebê quando o Jack morreu. - ela confessou e olhei feio para ela.

—Isso não é verdade. - disse constrangido.

—Música preferida?

—Umbrella, Rihanna. - respondemos juntos.

—Viu, vocês se conhecem melhor do que eu conheço meu marido. - ela disse e reviramos os olhos.

—Isso não muda nada, jamais vou sentir desejo pela Ang. Isso seria um incesto.

—Claro que não, vocês nem são irmãos, ou parentes.

—Chega Hayley não quero ouvir mais nada. Vou voltar para a minha festa e se vocês dois forem continuar de gracinha é melhor nem voltarem. - Ang declarou e saiu do estacionamento sem olhar para nós dois.

—Você precisa dizer a Ang que a ama. Ou ela vai fazer a maior burrada da vida dela.

—Você está começando a me assustar Hayley. Claro que amo sua prima só que a amo como uma irmã, não vejo a Ang como mulher. Me desculpe.

—Tudo bem, eu tentei. Depois não se arrependa de não ter feito algo a tempo. - ela disse e antes de voltar para o restaurante enquanto eu entreva em meu carro, ligava o motor e fazia o caminho em direção a minha casa.

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—Fiquei surpresa quando você me ligou. - Michele disse assim que cheguei ao restaurante.

Liguei para Michele alguns dias depois que passamos a noite juntos e combinamos de almoçar.

—Ficou surpresa por quê?

—Por que você não é de ligar para uma mulher depois que transa com ela. - ela disse e deu de ombros.

—Quem te contou isso? – questionei confuso e ela sorriu.

—Sua fama o  precede Conrad. E eu não ligo, afinal faço a mesma coisa. - ela segredou e sorri surpreso.

—Então você é uma “Conrad de saias”?

—Mais ou menos isso. - ela disse e o garçom trouxe nossos drinques. - Tomei a liberdade de pedir whisky para nós dois.

—Era tudo que eu precisava. - disse e tomei um gole. - Mas, por que você age assim?

—Por que não quero me envolver, quero focar na minha carreira e crescer. Mas, tenho minhas “necessidades” que as supro sempre que a vontade surge.- ela disse maliciosa e sorri.

—Acho, temos muita coisa em comum Michele.

—Talvez. - ela sussurrou sedutora e tomou seu whisky enquanto a olhava maliciosamente.

Algo me dizia que isso seria o começo de algo bastante proveitoso para ambas as partes.

Pov. Angélique:

—Tudo bem querida? - Peter questionou enquanto eu recolhia as louças do meu jantar de noivado.

—Tudo. - disse com a voz chorosa.

—Ang, o que houve? - ele questionou e me virou para vê-lo.

— Briguei com a Hayley e com o Conrad. Disse coisas horríveis aos dois, mas não quero pedir desculpas por que eles acham que você não é bom para mim. Mas, sei que você é.- solucei e ele suspirou cansado.

—Sabe o que acho disso tudo?

—Não. - disse enxugando minhas lágrimas.

—Está na cara querida. Eles não querem que você seja feliz. Não querem que você cresça e tenha uma família, por que assim terão que dividi-la com a nossa família. Você não poderia mais correr para resolver as neuras de Hayley, que vive se achando gorda e ou as crises existências de Conrad por ser órfão. Eles são egoístas Ang, e monopolizaram você a sua vida toda. Você irá continuar os deixando fazerem isso querida? Vai deixa-los destruírem nossa chance de sermos felizes?- Peter discursou segurando meus braços enquanto me olhava nos olhos.

—Você tem razão, eles são egoístas. - sussurrei e ele me abraçou forte.

—Sempre lhe disse isso, mas que bom que você percebeu a tempo. - ele disse acariciando meu cabelo.