Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 7
Sétimo capitulo:




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Pov. Conrad:

—Não quero ir papai.- Connie pediu revirando seu cereal enquanto tomávamos café da manhã em meu apartamento.

Havia decidido que era hora de levar Connie a uma psicóloga infantil, já que toda vez que tocava no assunto do acidente ela começava a falar com Mel, a sua boneca, e me ignorava completamente.

—Por que não amor? - questionei desviando a atenção do meu café para vê-la.

—Por que não quero lembrar do que houve. Mel e eu sempre ficamos tristes quando lembramos.- ela sussurrou com a voz chorosa.

—Vem cá com papai, meu cupacke.- pedi me afastando da mesa para que ela pudesse sentar em meu colo.

—Sei pelo que está passando amor.- sussurrei acariciando seus cabelos enquanto olhava em seus olhos.

—Sabe como?

— Perdi meus pais em um acidente de carro também.

— Sinto muito. Você também era pequenininho como eu?

—Não. Eu era um pouco maior que você, mas a dor é a mesma. Foi difícil para mim e ainda é, mas minha psicóloga me ajudou na época.

—Ás vezes acho que eles morreram por minha causa.- ela sussurrou enquanto desviava a atenção para Mel que estava em seu colo.

—Claro que não meu bebê. Foi um acidente. Um motorista bêbado atingiu o carro deles, você não teve nada a ver com o acidente.- assegurei sério.

—Tem certeza papai?

—Tenho.- assegurei e ela levantou os olhos para me ver.

—O senhor vai estar lá? - ela questionou insegura e sorri suave.

—Não me vejo em outro lugar que não seja ao seu lado.- prometi e Connie sorriu antes de me abraçar com força.

Assim que terminamos de tomar café peguei a chave do meu carro e fui para a garagem indo em direção ao meu Land rover branco. O caminho até o consultório da Dra. Valera foi calma e percebi pelo retrovisor que minha filha estava insegura por ter que falar com alguém sobre o acidente.

—Conrad é bom vê-lo.- a Dra. Valera disse assim que entrei em sua sala de mãos dadas com Connie.- Como está meu querido?

—Muito bem doutora.-  disse suave antes dela voltar sua atenção para Connie.

—Mas que linda menininha. Como se chama querida? - ela perguntou amável para Connie que se escondeu atrás de mim.

—Papai, quero ir embora.- Connie sussurrou chorando e a peguei no colo.

—Vai ficar tudo bem amor.- sussurrei acariciando suas costas de leve já que Connie havia escondido seu rosto em meu peito.

A Dra. Valera já havia me explicado por telefone que talvez Connie não quisesse falar, e que se ela manifestasse tal atitude não deveríamos força-la a nada, quando ela se sentisse segura iria falar.

—Foi um prazer conhece-la princesa.- a Dra. Valera disse amável para minha filha.

—Meu amor, que tal se você me esperasse lá fora com a Mel?

—O senhor vai demorar muito? - ela questionou desviando o rosto do meu peito e enxuguei algumas lagrimas que ainda estavam em seu rosto.

—Não, serei rápido.- assegurei e ela concordou antes de colocá-la no chão.

Assim que se viu livre Connie correu para fora da sala como se estivesse sendo perseguida.

—Isso é normal querido. Ela passou por muita coisa.- Dra. Valera disse assim que a porta se fechou.

—Não queria que ela passasse por isso.

—Eu sei disso. E como você está lidando com isso tudo? - ela questionou e sorri suave.

—Não sou mais seu paciente Dra. Valera.- a lembrei em um tom brincalhão e ela sorriu.

—Sei disso. Mas convivemos por muito tempo, então me sinto como sua avó. E agora me vejo como bisavó da sua filha.- ela disse dando de ombros e suspirei antes de me sentar no sofá e colocar a cabeça entre as mãos.

—Não sei como ajudar a minha própria filha. Como posso ajuda-la se nunca conseguir me desculpar pelo acidente.- sussurrei com pesar e senti a Dra. Valera se sentar ao meu lado antes de acariciar meu cabelo de leve.

—Sempre soube que você ainda se culpava. E sempre lhe disse que a culpa não foi sua. Mas só você pode julgar se é culpado ou não, assim como sua filha deve jugar se está pronta para querer ajuda.- ela aconselhou e levantei a cabeça para olhá-la nos olhos.

—Obrigado pelo conselho Dra. Valera.- disse agradecido ela sorriu.

—É para isso que servem as avós. E não desista de trazer a Connie aqui, em alguém momento ela irá se abrir. Talvez, ela seja igual ao pai, que demorou sete sessões para se abrir comigo.- ela comentou e sorrimos.

—É quem sabe.

—Me dê um abraço garoto.- ela disse amorosa e sorri antes de abraça-la com força.

Para mim a Dra. Valera era muito mais que minha antiga psicóloga.

Ela era como uma segunda avó para mim.

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Passaram- se algumas semanas até que o juiz me intimasse para o veredito sobre o julgamento da guarda de Connie, na qual tive que lutar contra os pais do noivo de Lucy já que a avó materna abriu mão de Connie.

Estava andando de um lado para o outro no corredor do juizado de menores a espera de César que não estava em lugar nenhum. Tive que deixar o caso mais importante da minha vida nas mãos do segundo melhor do meu consultório, pois os pais de Tyler alegaram que eu como um renomado advogado com um nome respeitável e temido em NY poderia influenciar o veredito. O que era um absurdo.

—Ótimo é isso que dá deixar coisas importantes para terceiros. - resmunguei furioso enquanto pegava meu celular a procura do número de Cesar.

—Me desculpe o atraso Dr. Labonair, mas o transito de NY está uma loucura. - uma morena disse se aproximando de mim e desviei os olhos do celular para olhá-la.

—Quem é você? - questionei confuso e ela sorriu.

—Sou a Dra. Michele Alonzo, sou assistente do Dr. Cesar. Ele não veio por que está doente. - ela explicou suave e segura.

A olhei de cima a baixo e percebi o quanto ela era bonita

—Certo.- disse tentando manter meu lado “pegador” controlado.

Afinal, era o futuro da minha filha em jogo e não poderia estraga-lo por um par de pernas bastante atraentes.

Talvez, mais tarde.

— Você já está a par do processo? - questionei tenteando ser profissional.

—Sim, não se preocupe doutor. - ela disse segura e concordei.

—A promotoria já foi avisada da mudança? - questionei enquanto caminhávamos em direção a sala de julgamento.

—Sim senhor.

—Por favor, me chame de Conrad. Afinal, temos a mesma idade.- pedi sorrindo e ela sorriu suave.

— Então me chame de Michele, por favor.- ela disse antes de entramos na sala.

Fomos em direção aos nossos lugares esperando pelo juiz que entrou em seguida.

— Todos de pé para receber o Juiz Harrison.- o assistente da promotoria pediu e todos ficaram de pé para recebermos os Juiz.

— Sentem-se por favor.  Veredito do processo 356 sobre a guarda da menor Connie Norris. Diante da afirmação da mãe da menor, do sinal de nascença e do teste de DNA e também da recusa da avó materna em possuir a guarda da menor assim como o desejo dos avós adotivos de possuírem a guarda. Concedo a guarda definitiva da menor Connie Norris a seu pai biológico Conrad Labonair, e o direito a visitas aos avós adotivos se a menor em questão desejar. Caso encerado.- o juiz disse e bateu o martelo.

Agora sim Connie era minha filha legalmente.

—Obrigado por tudo Dra. Alonzo. - disse assim que saímos da sala.

—Não há o que agradecer.

— Minha avó fará um jantar para comemorar a guarda definitiva de Connie e gostaria muito que você fosse.

—Estarei lá. - ela disse e sorri.

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—Então, você foi para a audiência da guarda da sua filha e arrumou uma ficante?!- Ang questionou enquanto tomávamos champanhe.

—Não é uma ficante, é apenas uma conhecida. E não é por que sou pai agora que vou esquecer minhas “necessidades”. - disse e ela revirou os olhos.

— Só que agora você tem a Connie e se ela se apegar a uma de suas “amigas” ?! Como ela irá ficar se você as dispensar?!

—Odeio quando você tem razão. - disse e tomei meu champanhe antes de ver Michele na porta. - Ela chegou, como estou?

—Normal. - ela disse obvia.

—Obrigado pela sinceridade. - resmunguei e ela sorriu enquanto eu ia até Michele.

—Que bom que você veio, e você está linda. - disse e sorri sedutor.

Nenhuma mulher resistia ao meu sorriso sedutor.

— Obrigada, e eu prometi que vinha. E então... O que tem de bom para beber? - ela questionou sedutora e sorri.

Essa noite prometia.

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—Bonito Conrad, passando a noite fora. - minha avó disse assim que entrei em sua casa.

—Bom dia vó. - disse e lhe dei um beijo. - Minha filha dormiu bem?

—Dormiu, e o que você fez a noite toda? - ela questionou e sorri malicioso.

—Você quer mesmo saber vó?!- questionei malicioso enquanto me sentava para tomar café.

—Vai tomar um banho garoto antes que sua filha acorde, ela não pode ver o pai com cara de quem passou a noite toda na orgia. - vovó disse me levantando da mesa enquanto eu ria.

Depois que estava devidamente banhado e arrumando fui acordar a minha filha preguiçosa.

—Hora de acordar meu cupacke. - sussurrei em seu ouvido e ela reclamou sonolenta o que me fez sorrir.

—Papai. - ela sussurrou dengosa abrindo os olhos para me ver e lhe dei um beijo de bom dia.

—Como passou a noite filha? Espero que tenha gostado do seu quarto na casa dos seus bisavôs. - disse acariciando seus cachos loiros.

—Gostei pai, mas senti sua falta. Não consegui dormir depois que você saiu, então a tia Ang me contou historias até que eu dormisse.

—Papai promete que não vai mais dormir fora de casa.- ela pediu suave.

—Prometo filha. - prometi e lhe dei um beijo antes de fazê-la levantar para tomar seu café.

Pov. Angélique:

—Tudo bem, qual foi à crise? – questionei preocupada assim que parei ao lado de Conrad que estava vendo Connie brincar no carrossel.

Conrad me ligou dizendo que precisava conversar, então dei a ideia de irmos ao parque. Afinal, Connie precisava se divertir e nós também.

—Lembra da Michele? - ele questionou enquanto me dava minha pipoca que estava à minha espera.

—A última com quem você transou? - questionei e ele concordou.

—É. Me senti tão culpado quando Connie me disse que não dormiu direito ontem à noite. Não consigo mais passar a noite fora, acho que vou acabar entrando em um celibato. - ele se queixou comendo pipoca e sorri.

—Não exagera, se você quiser posso tomar conta dela enquanto você se “alivia”.

—Nem pensar. Peter já me odeia, e se ele se souber que você vai ficar com a minha filha enquanto transo por ai vai ficar maluco. Dessa vez vou ser responsável e não ficar jogando minhas responsabilidades para os outros.

—Estou tão orgulhosa de você. Está se tornando adulto tão rapidamente. - disse orgulhosa e ele corou.

—Por favor, Ang.- ele pediu corado e lhe dei um beijo na bochecha enquanto entrelaçava meu braço ao seu.

—Pai, posso ir ao carrinho de bate-bate?! - Connie pediu assim que veio correndo ao nosso encontro.

—Claro que pode. Que tal se fossemos nós três? - Conrad sugeriu e sorri aceitado enquanto íamos para o brinquedo.

Passamos a tarde toda brincando no parque, Conrad me deixou em casa antes de ir para sua colocar uma Connie totalmente apagada na cama.

—Você demorou. - Peter disse assim que entrei.

—Fui ao parque de diversões com Conrad e Connie e você chegou cedo hoje. O que houve? - questionei tirando meu casaco.

—Resolvi pedir o jantar no seu restaurante preferido por que queria ter uma noite romântica com você. Mas acho que a comida já esfriou então... - Peter disse e tirou uma caixa de veludo do bolso do casaco. - Angélique, você quer se casar comigo?

E eu fiquei ali, sem saber o que dizer olhando do solitário para Peter que esperava ansioso pela resposta.

—Angélique? - ele questionou ansioso esperando pela reposta e sorri suave.

—Sim.- disse antes de ser beijada por ele.

Mas algo dentro de mim me dizia que essa não deveria ser a resposta para a sua pergunta.

 


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:


Dra. Valera:

http://images6.fanpop.com/image/photos/34100000/Castle-Season-3-Cast-Promo-Photos-susan-sullivan-34169538-2250-3000.jpg

Michele:
http://vignette4.wikia.nocookie.net/prettylittleliars/images/e/e2/SHAY-MITCHELL-at-Spring-Breakers-Premiere-in-Los-Angeles-3.jpg/revision/latest?cb=20130731181303


Anel de noivado de Ang:

http://www.poesie.com.br//uploads/aneis_de_noivado/75/Anel-de-Noivado-Uni-Ouro-18K-Diamante-I.jpg



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